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Semiologia da Infância
O ser humano em crescimento e desenvolvimento apresenta particularidades de acordo com a faixa etária.
Etapas da infância e adolescência
■ Recém-nascido (RN): 0 a 28 dias de vida.
■ Lactente: 29 dias de vida até 2 anos de idade.
■ Pré-escolar: entre 2 e 7 anos de idade.
■ Escolar: dos 7 aos 10 anos de idade.
■ Adolescente: dos 10 aos 19 anos de idade
CONSULTA PEDIÁTRICA
Pela condição emocional da criança, o médico deve ser delicado e gentil ao examiná-la, para lhe dar segurança durante o exame clínico e expressar seu respeito, com atenção à vulnerabilidade afetiva desse paciente.
A consulta exige do médico modos especiais na relação com a família, uma vez que a criança é dependente dela e a adesão ao tratamento depende inteiramente da relação médico-família.
O roteiro da consulta tem de considerar a fase da criança, uma vez que a anamnese e o exame físico são específicos nas diferentes etapas da infância: neonatal, lactente, pré-escolar e escolar, não havendo uma separação rígida entre o final da infância e o início da adolescência.
Consulta pediatria tem dois momentos: 
CRIANÇA + RESPONSAVEL 
CRIANÇA
ANAMNESE E EXAME FÍSICO
Identificar alterações no crescimento, diagnosticar problemas de saúde e observar atentamente a linguagem gestual e a relação da criança com seus pais ou responsáveis revelam os vínculos emocionais e sociais que podem repercutir na constituição do indivíduo.
Tudo deve ser motivo da atenção do médico durante a consulta.
Recém-nascido
A primeira consulta do recém-nascido deverá ocorrer na sua primeira semana de vida. Orientar e realizar imunizações, para verificar a realização da triagem neonatal (teste do pezinho) e para estabelecer ou reforçar a rede de apoio à família.
· verificação da Caderneta de Saúde da Criança, da identificação de riscos e vulnerabilidades ao nascer e da avaliação da saúde da puérpera.
Anamnese
A anamnese do recém-nascido (RN) deve incluir a avaliação de etapas anteriores ao seu nascimento, pois os fatores gestacionais e as condições do periparto são de grande importância nesta faixa etária.
A queixa principal ou o motivo da consulta e a história clínica são informadas pelo responsável, de acordo com sua capacidade de observação e de percepção do que está ocorrendo com a criança.
 INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO:deve ser realizado por sistemas, como se descreve a seguir.
Geral.: Indague sobre o sono, saiba quantas horas o RN dorme ao dia. Neste período, a criança dorme mais. Com o crescimento, as horas de sono vão diminuindo, variando de cerca de 16,5 h de sono por dia na primeira semana de vida a 15,5 h de sono por dia ao fim do primeiro mês de vida. Verifique se há irritabilidade, prostração e dificuldade para amamentar.
Sistema tegumentar. Questione sobre pápulas, manchas, placas, descamações e alterações da cor da pele (icterícia, por exemplo).
Cardiovascular. Informe-se da ocorrência de dispneia ao amamentar, presença de edema e cianose.
Respiratório. Verifique se há congestão nasal, coriza, tosse, cianose, esforço respiratório, roncos e sibilos.
Digestório. Identifique o ritmo intestinal, as características das fezes e se há vômitos.
Geniturinário. Questione sobre número de diureses (estimule quem cuida da criança a observar quantas micções apresenta no dia) e as características da urina (cor, quantidade). No caso do sexo masculino, busque saber se o jato urinário é forte e se projeta a longa distância ou se é fraco e curto (possibilidade de válvula de uretra posterior).
· A partir da anamnese, procura-se avaliar principalmente as condições do nascimento da criança (tipo de parto, local do parto, peso ao nascer, idade gestacional, índice de Apgar, intercorrências clínicas na gestação, no parto, no período neonatal e nos tratamentos realizados) e os antecedentes familiares (as condições de saúde dos pais e dos irmãos, o número de gestações anteriores, o número de irmãos), muitas vezes já conhecidos pelas equipes de atenção básica.
· Avalie a presença de situações de risco e vulnerabilidade à saúde do recém-nascido Situações de vulnerabilidade: • Criança residente em área de risco; • Baixo peso ao nascer (inferior a 2.500g); • Prematuridade (menos de 37 semanas gestacionais); • Asfixia grave ou Apgar menor do que 7 no 5º minuto; • Internações/intercorrências; • Mãe com menos de 18 anos de idade; • Mãe com baixa escolaridade (menos de oito anos de estudo); • História familiar de morte de criança com menos de 5 anos de idade. Outras situações reconhecidas de vulnerabilidade: aleitamento materno ausente ou não exclusivo, gestação gemelar, malformação congênita, mais do que três filhos morando juntos, ausência de pré-natal, problemas familiares e socioeconômicos que interfiram na saúde da criança, problemas específicos da criança que interfiram na sua saúde, não realização de vacinas, identificação de atraso no desenvolvimento e suspeita ou evidência de violência. Entre as situações familiares consideradas de vulnerabilidade, encontram-se as seguintes: gravidez de alto risco ou eventos traumáticos para a mãe durante a gestação, presença de rupturas e conflitos do casal quando da descoberta da gravidez, separações e lutos na família, mãe em situação de sofrimento agudo ou diagnóstico de doença mental, parto difícil ou traumático, pais com dificuldades de assumir a parentalidade (tornar-se pai e tornar-se mãe) e famílias com problemas múltiplos (drogadição, alcoolismo, pobreza, condições crônicas) 
ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES
Com relação à gestação. É importante saber a duração da gestação (se o RN foi pré-termo, pós-termo), se houve intercorrências (diabetes gestacional, infecções do trato urinário poucos dias antes do parto), via do parto (natural ou cesariano), exames complementares realizados pela mãe para toxoplasmose, hepatites B, C, vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV), vírus da imunodeficiência humana (HIV) I e II, citomegalovírus (CMV), sífilis, rubéola; se foi constatada alguma alteração do feto ao exame ultrassonográfico, tipo sanguíneo materno AB0-Rh.
Com relação ao recém-nascido. Informe-se se houve alguma intercorrência no parto (aspiração de mecônio, trabalho de parto prolongado), quais as condições do RN ao nascimento (índice de Apgar na Caderneta de Saúde da Criança, se chorou logo após o nascimento, se houve cianose prolongada), se foram necessárias manobras de reanimação neonatal ou de administração de oxigênio. Caso tenha sido necessária passagem por unidade de terapia intensiva, deve-se pedir o relatório. Verifique o uso de antibióticos, hemoderivados, necessidade de ventilação mecânica e por quantos dias. Questione o grupo sanguíneo AB0-Rh do RN, se houve icterícia ou edema. Indague peso, estatura e idade gestacional. Pergunte sobre doenças diagnosticadas até o momento da consulta, assim como medicamentos usados.
Com relação à família. Informe-se sobre doenças nos familiares de primeiro e segundo graus (pais, irmãos, avós, tios, primos). Questione sobre doenças raras ou frequentes entre os familiares.
Vacinação. Verifique a Caderneta de Saúde da Criança. Nesta idade, deve ter recebido BCG e primeira dose da vacina anti-hepatite B. Verifique se houve modificações nos esquemas vacinais. Recentemente o Sistema Único de Saúde incorporou a vacina anti-hepatite B à vacina DTP + Hib, criando a pentavalente; e aderiu à recomendação da Organização Mundial da Saúde de indicar apenas uma dose da vacina antiamarílica, extinguindo o reforço.
As datas devem ser consideradas de acordo com o Calendário Nacional de Imunização 
ALIMENTAÇÃO
Verifique se o RN está em aleitamento materno exclusivo. Estimule-o, parabenize a mãe que o estiver fornecendo. Enfatize a importância dessa conduta para o melhor desenvolvimento do RN. Já está demonstrado que o aleitamento materno exclusivo até o 6o mês de vida é a melhor opção para a saúde do bebê.
Vantagens do aleitamento materno
■ Menor custo.
■ Diminuição da mortalidade infantil, principalmente por causas infecciosas, como diarreia e infecções respiratórias, alémde enterocolite necrosante.
■ Proteção contra ocorrência e gravidade das diarreias, pneumonias, otite média, e outras infecções neonatais.
■ Proteção contra síndrome de morte súbita do lactente, diabetes insulinodependente, doença de Crohn, colite ulcerativa, linfoma, doenças alérgicas e outras doenças crônicas do sistema digestório.
■ Lactentes em aleitamento materno exclusivo têm melhor desempenho cognitivo.
■ Aceleração da involução uterina, diminuindo o sangramento pós-parto.
■ Proteção da mãe contra câncer de mama, ovário, aumento do período de amenorreia e do intervalo de tempo entre as gestações.
Caso tenha desmamado a criança, questione o motivo. Se a mãe ainda tiver leite, proponha um plano para reestabelecer o aleitamento materno exclusivo. Caso não seja possível, identifique o leite em uso, como é preparado (diluição, cuidados de higiene) e como é oferecido.
DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR
No desenvolvimento do RN, é esperado que, até 4a semana de vida, ele mantenha atitude fletida e gire a cabeça de um lado para o outro quando em posição prona. Quando suspenso ventralmente, espera-se que a cabeça fique pendida. Na posição supina, geralmente o RN fica fletido, um pouco rígido, podendo fixar o olhar em faces ou na luz na linha de visão. Quando vira o corpo, apresenta o fenômeno denominado olhos de boneca. O RN deve apresentar reflexo de Moro ativo, assim como reflexos de passada (marcha reflexa), braçada e preensão, com preferência visual pela face humana.
Exame físico
O primeiro exame físico do RN é de fundamental importância para identificação de malformações e problemas de saúde inerentes a esta faixa etária. Podem-se identificar sinais de doenças que necessitem de acompanhamento a longo prazo ou que exijam intervenções imediatas.
Faz parte do exame físico do RN a aferição das medidas corporais: comprimento, peso, perímetros cefálico e torácico.
À ectoscopia, devem-se avaliar a cor da pele e a presença de cianose ou icterícia, turgor, descamação, manchas (manchas mongólicas, eritema tóxico), equimoses, hematomas e lesões cortocontusas, que podem ocorrer no momento do parto.
Lactente, pré-escolar e escolar
Anamnese do lactente
Essa fase da vida da criança é marcada por rápido crescimento e intenso desenvolvimento. 
Recomenda-se avaliar o cotidiano da criança perguntando sobre os padrões e a adequação do sono, da alimentação, das funções fisiológicas, das relações familiares com o bebê e dos cuidados domésticos para prevenir acidentes.
As principais preocupações são com o ritmo do crescimento e a aparência física do lactente.
Algumas dúvidas estão relacionadas aos lactentes jovens e dizem respeito à cicatrização do coto umbilical, exantemas, primeiras enfermidades (como resfriado ou febre), erupção de dentes, uso de medicamentos e vitaminas, reações a imunizações, bem como a análise da visão e da audição do bebê.
Os pais devem ser incentivados a discutir sua avaliação sobre o temperamento do lactente (irritadiço ou calmo), a previsibilidade do comportamento e a resposta deles aos comportamentos típicos da criança, como sua reação ao choro ou à irritação.
Nos lactentes mais velhos devem-se buscar evidências que indiquem o aparecimento de ansiedade de separação e insegurança da criança diante de estranhos. Essas reações devem ser explicadas aos pais.
Anamnese do pré-escolar e escolar
Esse período da vida da criança é marcado por intensa atividade motora, com rápida aquisição de habilidades, linguagem e grande capacidade de aprendizagem. Por isso é importante, durante a consulta, avaliar a dinâmica familiar e o estilo pessoal da criança e da família, com objetivo de promover integração e atender às necessidades da criança para o desenvolvimento. Também é o período em que se deve proceder às triagens sensoriais para verificar as condições para aprendizagem.
Na anamnese exploram-se as dúvidas e preocupações dos pais.
A partir da idade de 3 a 4 anos, deve-se estabelecer um diálogo com a criança durante a consulta.
As habilidades motoras e a sociabilidade também devem ser motivo de questionamentos.
Com relação às crianças maiores, indaga-se e estimula-se a prática de esportes e exercícios físicos.
Exame físico do lactente ao escolar
O exame físico deve ser sempre realizado com paciência e gentileza, com atenção desde o tom da voz usado até os momentos e as formas adequados de manipular ou conter o paciente.
Os procedimentos mais temidos ou dolorosos costumam ser deixados para o fim da consulta. Eles devem ser previamente informados ao paciente e não podem ser suprimidos por vontade dos pais ou da criança.
O exame físico, em consulta de primeira vez, retorno ou na emergência, deve ser sempre completo.
O exame físico tem início quando o paciente é recebido pelo médico no consultório. Estado geral, grau de atividade ou prostração, fácies, desconforto respiratório, irritabilidade e choro fácil, cianose e edemas podem ser rapidamente identificados.
Em 2006, foram propostas pela Organização Mundial da Saúde as novas curvas para avaliação do crescimento da criança, por meio de um estudo mundial que teve início em 1996, com a participação de países representativos das seis principais regiões geográficas do mundo. Nas curvas de crescimento, o peso ou a estatura em determinado mês (ou ano) de vida deve ser plotado na curva de acordo com a idade na consulta.

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