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SÍNDROME ÁLGICA 4 - DOR TORÁCICA DISSECÇÃO AÓRTICA AGUDA: • Ruptura da camada íntima = Dissecção da parede —> Falsa luz • Fatores de risco: HAS / Trauma / Síndrome de Marfan • Clínica: • Dor torácica intensa, súbita, irradiação para dorso • Aorta Ascendente = IAM (coronárias) / Insuficiência aórtica / Tamponamento cardíaco • Arco Aórtico = Subclávia (≠ PA) / Carótida (Síncope / AVEi) • Aorta Descendente = Hemotórax / Isquemia mesentérica ou renal • Classificação: • Stanford: • A = Ascendente (+ arco aórtico) • B = Descendente • DeBakey: • I = Ascendente Inteira • II = Ascendente Parcial • III = Descendente • Diagnóstico: • Estável = AngioTC / RM de tórax • Instável = ECO transesofágico • Tratamento: • Clínico: • Alvos = PAS 100-110 e FC<60 • Beta-bloqueador IV (esmolol, propanolol) • HAS persistente = Nitroprussiato de sódio • Alternativa = Labetalol (bloqueio alfa e beta) • Cirúrgico: • Tipo A = Sempre! • Tipo B = Casos complicados… PERICARDITE AGUDA: • Causas: • Idiopática (viral) • Piogênica • Imune • Urêmica • Pós-IAM • Clínica: • Dor: contínua, pleurítica, postural dependente —> melhora em posição genupeitoral ou de Blechman (“abraçado) e piora ao deitar, tosse ou inspiração profunda • Atrito pericárdico (85%) = Específico —> Som áspero (sistólico e diastólico) • Diagnóstico: • RX de tórax com “coração em moringa” • ECG: supraST difuso = Côncavo (U) e Sem Q de necrose / Infra de PR (+ específico) • Ecocardiograma = Derrame pericárdico • Tratamento = Sintomático (quando idiopática): AINE ou corticoide (se refratário) / Evitar recorrência (alta chance) = Colchicina COSTOCONDRITE IDIOPÁTICA: • Síndrome de Tietze • Dor à digitopressão da borda esternal • Inflamação / Episódios recorrentes • Conduta: • Orientação e repouso • Gelo local • AINE ESPASMO ESOFAGIANO DIFUSO (EED): • Clínica: Cólica esofágica com deglutição / estresse • Diagnóstico: • Esofagografia baritada = Esôfago em “Saca-Rolhas” • Manometria com teste provocativo = Padrão-ouro • Tratamento: • Nitrato ou ACC • Opções: antidepressivos, sildenafil, botox • Refratário = Esofagomiotomia longitudinal DOENÇA ISQUÊMICA DO MIOCÁRDIO: • Tipos: • Síndrome coronariana crônica (angina estável = placa estável) —> Cuidados ambulatoriais • SCA = Angina instável (sem obstrução com necrose) / IAM 1) Síndrome Coronariana Crônica: • Lesão obstrutiva com perda da reserva coronariana (em repouso) • Principal causa = Aterosclerose • Outras causas: vasculites, embolia, anomalias congênitas • Apresentação = Angina típica: 1. Dor ou desconforto retroesternal <15 minutos 2. Piora com esforço ou estresse 3. Melhora com repouso ou nitrato • Abordagem: 1. ECG de repouso: Onda T simétrica e pontiaguda / Desnivelamento do segmento ST —> Geralmente inespecífico = Teste provocativo (funcional) 2. Teste Ergométrico (Esforço) • Teste+: Infra de ST ≥1mm Retificado ou Descendente —> Disponibilidade / Baixo custo • Limitações: física / alteração em ECG base (HVE, BRE) 3. Perfusão por Radionuclídeos (Cintilografia / PET): • Teste+: Defeito na perfusão com esforço • Localiza melhor / Avalia viabilidade miocárdica (em repouso = reversível ou não) • Se limitação física = Estresse farmacológico: Cintilo com dipiridamol -> CI em asmáticos) ou Eco ou RM com dobutamina 4. Testes anatômicos: • AngioTC / AngioRM ==> Pode ser realizado como primeiro teste • Indentificam a lesão / Alto VPN (exclui) • Limitações: Menor disponibilidade / Lesão pode ser ocasional 5. Coronariografia (CAT): • Padrão-ouro!!! • Indicações: Causa indefinida / Angina limitante e refratária / Teste diagnóstico com risco aumentado (isquemia com baixa carga ou múltiplos déficits de perfusão) • A lesão é realmente a culpada?? Refinamento 6. Refinamentos para o CAT: • Angiografia quantitativa • USG intravascular • Reserva de fluxo fracionada (FFR ≤0,8 = lesão significativa) • Conduta (ABC): • Baixa perfusão = Controlar obstrução ==> Terapia antitrombótica • Aumento da demanda miocárdica de O2 = Controlar PA e FC ==> Terapia anti-isquêmica • Terapia Anti-Isquêmica: • Beta-bloqueador • IECA • ± Nitrato SL ou VO (não altera a sobrevida) • Terapia Antitrombótica: • AAS (OU antagonista ADP: Clopidogrel) • Estatina • Refratário: CAT + Intervenção por cirurgia ou angioplastia: • CAT cirúrgico = Lesões graves / Difícil abordagem: • Lesão de tronco • Outras: DA proximal, trivascular, DM, disfunção de VE 2) Síndrome Coronariana Aguda (SCA): • Apresentação: • Dor prolongada >15-20 minutos • Instalação rápida, “em crescendo”, com pequeno esforço ou repouso • Náuseas, vômitos, diaforese • Placa instável = Suboclusão (Angina instável ou IAM subendocárdico = SST com troponina±) ou Oclusão total (IAM transmural = CST com troponina+) • Abordagem: • ECG (avaliação em 10 minutos) + Troponina (curva 0-1-3h) —> Troponina (marcador de necrose miocárdica) não define conduta, não esperar o resultado para tratar (indica gravidade) • IAMSST (ABC): • Terapia Anti-Isquêmica: • Betabloqueador VO / Não = sinais de IC descompensada, BAV, broncoespasmo e risco alto (>70 anos, PA <120, FC >110) • IECA • ± Nitrato SL ou Nitroglicerina IV (após 3ª dose do SL) / Não = A - AAS + ADP + ACO + Angiografia B - Betabloqueador C - Captopril + Colesterol Hipotenso, IAM de VD ou Sildenafil <24h • Terapia Antitrombótica: • AAS + Ant. ADP (Ticagrelor* / Prasugrel / Clopidogrel) *Trabalho: prasugrel pode ser superior • Estatina (Atorvastatina* / Rosuvastatina) • Anticoagulante (Heparina / Fondaparinux) • Estratégia Invasiva = Angiografia: • Imediata (<2h) / Precoce (<24h) / Retardada (<72h) • Estratificação de risco: Conduta Risco Fatores IMEDIATA (<2H) Muito Alto (Instável) Hemodinâmica (IC / Choque) Elétrica (TV / FV) Clínica (Angina refratária) PRECOCE (<24H) Alto = Papel (Exame / Escore) Elevação da troponina ECG alterado GRACE >140 RETARDADA (<72H) Moderado (Relacionadas) DM Insuficiência renal ou cardíaca Revascularização prévia • Após a alta = Suspende heparina / Mantém outras (como AAS) / Clopidogrel por 1 ano • IAM no ECG: • Fases: • Fase hiperaguda = Supra / Onda T apiculada • Fase subaguda = Supra convexo / Onda T invertida • Fase crônica = Onda Q • SupraST: ≥1mm em 2 derivações consecutivas / V2-V3: ≥2mm (1,5mm se mulher) • Paredes / Vasos: • Posterior / Inferior / Base do septo (70%) = Coronária Direita • Lateral = Circunflexa • Anterior / Septal / Ápice = Descendente Anterior PAREDE DERIVAÇÕES VASO ANTERIOR V1-V4 DA LATERAL Baixa: V5-V6 / Alta: D1 + aVL CX ANTERIOR EXTENSA (+ grave) V1-V6 + D1 + aVL TCE ou DA+CX INFERIOR (fazer V3-V4R) D2 + D3 + aVF CD (70%) VD V1 + V3R + V4R CD DORSAL (POSTERIOR) V7-V9 CD (70%) *Imagem em espelho: Dorsal e Anterior (Supra e Q necrose) / Inferior e Lateral alta (Infra e R ampla) *Infra V1-V3 = Dorsal (espelho) • IAMCST: • Terapia Anti-Isquêmica: • Betabloqueador VO • IECA • ± Nitrato SL —> Nitroglicerina IV • Terapia Antitrombótica: • AAS + Ant. ADP • Estatina • Anticoagulante • Reperfusão Imediata: • Indicação = Sintomas ≤12h + Supra ST ou Bloqueio de ramo novo • Angioplastia (ICP)* ou Trombolítico (fibrinolítico): • Angioplastia: • Preferência: se <90 minutos (120 minutos se transferência) OU choque cardiogênico • Angioplastia indisponível = Trombolítico em 30 minutos (na própria ambulância) • Trombolítico: • 1ª escolha = Tenecteplase (TNK) -> dose em bolus • Opções: Alteplase (tPA) / Estreptoquinase (SK) -> maior chance de sangramento • Encaminhar paciente para CAT dentro de 3-24h (estratégica farmacoinvasiva) • Critérios de reperfusão = Melhora da dor + Diminuição do maior Supra de ST em >50% • Principais Complicações: • 1) Fibrilação Ventricular: • Principal causade óbito pré-hospitalar • Cardiodesfibrilador Implantável (CDI) se: PCR / TV sustentada / FE <30% • 2) Infarto de VD: • IAM inferior (até 50%) • Evitar: Diurético / Nitrato / Morfina • 3) Comunicação Intraventricular: • Sopro sistólico na borda esternal • Muito grave = Suporte clínico + Cirurgia! • 4) Pericardite: • Aguda = Precoce (<2 semanas) / Contiguidade / TTO: AAS • Dressler = Tardia (2-6 semanas) / Imune / TTO: AAS ± Corticoide
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