Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Síndrome coronariana aguda Síndrome isquêmicas miocárdicas instáveis (SIMI) Conjunto de condições que cursam com isquemia miocárdica aguda, decorrente da redução abrupta do fluxo coronariano. IAM com supra de ST (IAMCSST) (transmural) IAM sem supra de ST (IAMSST) (não- transmural) Angina instável Na angina instável, o paciente refere dor ao repouso; já na angina estável, o paciente refere dor aos esforços. Dor torácica Sinais de Alarme Rebaixamento de nível de consciência por causa do baixo débito cardíaco - Glasgow < 8 IOT (intubação orotraqueal) - Queda > 2 pontos no Glasgow: realizar screening metabólico (eletrólitos, função renal, glicemia); há déficit neurológico focal (AVCi, dissecção aórtica aguda, AVCh)? Arritmia Secundária a outra situação? Causa primária dos sintomas? Siga o ACLS! Instabilidade Presença de sinais de má perfusão (incapacidade de ofertar oxigênio para as células) e/ou congestão pulmonar (prejuízo na troca gasosa devido à presença de líquido nos pulmões) Hipotensão Enchimento capilar lento Edema agudo de pulmão Rebaixamento do nível de consciência PAs < 90 mmHg PAm < 60 mmHg Secundária à insuficiência de VE, pós IAM? Infarto de VD? Diagnóstico diferencial: TEP, tamponamento, pneumotórax Reposição volêmica? Drogas vasoativas? Insuficiência respiratória FR > 30, tiragem, batimento de asa do nariz, uso de musculatura acessória Saturação O2 < 88% Insuficiência de VE → congestão pulmonar → estertores Diagnóstico diferencial: TEP, PNM, pneumotórax Dor Torácica – Protocolo 10 minutos para: ECG História rápida – caracteres da dor, comorbidades (hipertensão e diabetes), tabagismo, etc Classificação da Dor Torácica Tipo A: definitivamente anginosa Tipo B: provavelmente anginosa Tipo C: provavelmente não-anginosa Tipo D: definitivamente não-anginosa ECG – Sempre diagnostica infarto? Repetir ECG 6/6h na suspeita de síndrome coronariana aguda Aproximadamente 50% dos pacientes em PA apresentam ECG normal ou não-diagnóstico IAM não transmural (sem supra de ST) – clínica + enzimas Alterações transitórias de onda T (momento de repolarização) (desnível ou inversão) indicam instabilidade elétrica – comuns na AI (angina instável), mas não obrigatórias Obs.: Paciente com sobrecarga ventricular: normalmente, apresenta onda T invertida no ECG; na presença de dor isquêmica, há pseudonormalização da onda T Escores prognósticos Os escores prognósticos informam se o paciente é de baixo, médio ou alto risco. TIMI (Thrombolysis in Myocardial Infarction) Prático, fácil memorização Estima risco nos próximos 14 dias Estima risco de morte, novos eventos e RM de emergência Mesmo peso a todas as variáveis – prejudica análise discriminatória OBS: a especificidade prognóstica de ambos é semelhante! GRACE (Global Registry of Acute Coronary Events) Estima mortalidade na internação e nos próximos 6 meses Melhor poder discriminatório que o TIMI Não estima risco de novos eventos, apenas mortalidade Exames laboratoriais Marcadores de necrose miocárdica (enzimas) →CK-MB massa (concentração) →Troponina T →Troponina I →Mioglobina A mioglobina é essencial quando está negativa, pois demonstra que não houve perda muscular. Usual: →CK (total) →CK-MB (atividade) →Troponina T Se a troponina é ultrassensível, não é necessário pedir CK e CK-MB. Por sua vez, se a troponina é normal, é necessário pedir CK e CK- MB. Outros exames laboratoriais: →Hemograma →Creatinina →Eletrólitos →Etc (verificar quadro clínico e comorbidades) “Enzimas cardíacas” Devem ser repetidas por causa do tempo de elevação. Exames Laboratoriais – Observação →:Troponina: Detecta pequenas lesões Mais específica para tecido miocárdico – CK-MB é encontrada em tecidos não cardíacos Observar outras causas de aumento de troponina: insuficiência cardíaca, embolia pulmonar, insuficiência renal crônica, sepse →Mioglobina Não é específica p/ miocárdio, mas afasta diagnóstico quando negativa Métodos não invasivos Teste Ergométrico Dor atípica (tipo D) ECG não diagnóstico Enzimas normais TE (teste ergométrico) normal → alta, pois a possibilidade de doença coronariana está descartada ECO Stress Pacientes já compensados há mais de 24- 48h Não realizar em pacientes de alto risco Cintilografia de Perfusão Miocárdica A região de isquemia terá menor captação do radiofármaco. Pacientes já compensados há mais de 48- 72h Não realizar em pacientes de alto risco Angiotomografia Sensibilidade elevada Sujeito a artefatos – excesso de cálcio dificulta avaliação Dificuldade de análise para coronárias < 2mm Angio RNM Pouca disponibilidade Indicação restrita, na urgência (várias contraindicações) Prescrição Mnemônico MONABICH: morfina (M), oxigênio (O), nitrato (N), AAS (A), beta-bloqueador (B), IECA (I), clopidogrel (C), heparina (H) →O2 – se sat < 90% O uso desnecessário pode ser prejudicial A hiperóxia, em paciente rebaixado, causa hipofluxo cerebral e redução da perfusão. →Morfina – analgesia, diminui pré-carga – efeito colateral: hipotensão →Nitratos Sublingual – Isordil EV – Mononitrato de isossorbida, nitroglicerina Contraindicados em hipotensão e infarto de VD!!! →Betabloqueadores – diminuem PA, FC e contratilidade → reduz consumo de O2 → diminui área de isquemia →Estatinas – estabilizam a placa →IECA/BRA – promovem remodelação miocardíaca – preferenciais se ICFER (insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida), HAS ou DM (ver função renal!) Prescrição – Antiplaquetários São medicamentos endovenosos feitos durante o tratamento na hemodinâmica. Medicações disponíveis: →AAS – dose de ataque →Clopidogrel/ticlopidina (tienopiridinas) →Prasugrel/ticagrelor (medicamentos mais novos) →Antagonistas IIb/IIIa - Abciximabe - Tirofiban Prescrição – Antiplaquetários O que realizar? AAS – dose de ataque O prasugrel deve ser preferência em relação ao ticagrelor nos pacientes com SCASSST que vão para CAT (IIA) Maioria dos serviços – disponível clopidogrel A preferência é pelo prasugrel; contudo, se o medicamento disponível for o clopidogrel, este deve ser utilizado. Prescrição – Heparinas →Impedir progressão da trombose →Heparina não fracionada – preferível por hemodinamicistas, devido à meia vida mais curta e reversão mais fácil →Heparina de baixo peso molecular – superioridade clínica em relação à HNF Infarto agudo do miocárdio IAM com supra de ST Dor + BRE (Bloqueio de Ramo Esquerdo) novo ECG dá diagnóstico imediato! → visualização do supradesnivelamento de ST → infarto transmural → conduta imediata! → angioplastia ou trombólise Discussão: o BRE é novo? → tratamento BRE antigo: há supra além do BRE? (critérios de Sgarbossa) Tratamento clínico: ataque com antiagregantes, etc CATE de emergência: tempo porta-balão < 90 minutos Se passar de 90 minutos, a indicação de angioplastia é mantida para pacientes com dor e supra de ST no eletrocardiograma. Critérios de Sgarbossa Quando o segmento ST é concordante com o complexo QRS significa que ambos são positivos ou negativos. →Se ≥ 3 → 98% de especificidade para infarto →Sensibilidade baixa (20%) Supra de ST IAM de parede anterior (supra de ST de V1 a V5) IAM de parede inferior (supra de ST em DII, DIII e aVF), com imagem em espelho (infra de ST em parede anterior) Aproximadamente 40% dos infartos de parede inferior cursam com infarto de ventrículo direito, visto que a A. coronária direita é responsável pela irrigação desses locais. Vale ressaltar que o quadro clínico do infarto de VD é caracterizado por hipotensão e ausência de congestão pulmonar. Sendo assim,em casos de infarto de parede inferior, é importante solicitar outros eletrocardiogramas com as derivações direitas (V3R e V4R) e derivações posteriores (V7, V8 e V9). Trombólise no IAM →Streptoquinase (1ª geração) →Alteplase (2ª geração) →Tenecteplase (3ª geração) Avaliando eficácia da trombólise – critérios de reperfusão: →Alívio da dor →Redução do supra em 50% ou mais →Arritmias de reperfusão: ausência de onda P e complexo QRS estreito →Pico precoce de enzimas (12-18h): queda das enzimas antes do esperado (36 horas) Se não eficaz/instabilidade (ex.: hipotensão, choque) → CATE de resgate Trombólise – Contraindicações Absolutas →AVCh ou AVC desconhecido prévio, a qualquer tempo →AVCi há menos de 6m →Neoplasia ou MAV SNC →Trauma, cirurgia, TCE < 3 semanas →Hemorragia TGI < 1 mês →Sangramento ativo Relativas →AIT < 6 meses →Anticoagulação oral →Gestação/puerpério 1 mês →Punções não compressíveis →Ressuscitação traumática →Hipertensão refratária (PAs > 180) →Doença hepática avançada →Endocardite infecciosa →Úlcera péptica ativa Dor após procedimento – RM (Revascularização Miocárdica) ou ATC (Angioplastia Transluminal Coronária) →Complicações agudas →Novas lesões →Trombose tardia do stent →Reestenose Dor 48 horas após ATC →Obstrução aguda do stent →Espasmo coronariano transitório →Trombo não oclusivo →Oclusão de ramo →Embolização distal Dor – Revascularização Miocárdica (RM) →Dor precoce: trombose do enxerto →30 dias a 1 ano: hiperplasia miointimal → redução da luz do vaso sanguíneo →Após 1 ano: nova lesão ateroesclerótica, degeneração não trombótica do enxerto Síndrome coronariana aguda (SCA) →IAM com supra de ST (transmural) →IAM sem supra de ST (não transmural) →Angina instável Dor torácica →Sinais de alarme: rebaixamento do nível de consciência, arritmia, instabilidade, insuficiência respiratória →ECG e história: em até 10 minutos ECG Repetir a cada 6 horas →IAM com supra de ST: supradesnivelamento de ST conduta imediata →IAM sem supra de ST: história clínica e marcadores de necrose miocárdica (“enzimas” – troponina, CK, CK-MB e mioglobina) →Angina instável: alterações transitórias de onda T (desnivelamento ou inversão) Prescrição – IAM com supra de ST →Mnemônico MONABICH: morfina, oxigênio, nitrato, AAS, beta-bloqueador, IECA, clopidogrel, heparina - Morfina - Oxigênio se saturação < 90% - Nitrato - Antiplaquetários: AAS (dose de ataque), clopidogrel/ticlopidina ou prasugrel/ticagrelor - Beta-bloqueador - IECA ou BRA - Anticoagulante: heparina (não fracionada ou de baixo peso molecular) - Estatina Conduta – IAM com supra de ST →Suporte clínico →Cateterismo de emergência (angioplastia) →Trombólise: streptoquinase, alteplase ou tenecteplase →Critérios de reperfusão: alívio da dor, redução do supra de ST em 50% ou mais, arritmias de reperfusão (ausência de onda P e complexo QRS estreito), pico precoce de enzimas (12 a 18h) →Cateterismo de resgate: instabilidade ou reperfusão ineficaz
Compartilhar