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AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER

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P á g i n a | 1 
 
 
 
AO JUÍZO DA ___ VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE TEÓFILO 
OTONI/MG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTHONY HOPKINS, brasileiro, viúvo, advogado (aposentado), portador da Cédula 
de Identidade RG n.º ... e inscrito no Cadastro das Pessoas Físicas (CPF) sob o n.º ..., usuário 
do endereço eletrônico: e-mail desconhecido, neste ato representado por seu único filho, 
JOHNNY HOPKINS, brasileiro, divorciado, dentista, portador da Cédula de Identidade RG 
n.º ... e inscrito no Cadastro das Pessoas Físicas (CPF) sob o n.º ..., usuário do endereço 
eletrônico: e-mail desconhecido, residentes e domiciliados à Rua São João Batista, n. 24, bairro 
..., Teófilo Otoni/MG, vem, respeitosamente, por intermédio de seu advogado abaixo assinado 
(procuração em anexo), com endereço profissional sito à Rua/Av. ..., à presença de Vossa 
Excelência, pelo procedimento comum, com fundamento no artigo 536 e seguintes do Código 
de Processo Civil de 2015, propor a presente 
 
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER 
 
em desfavor de: 
PLUSMED, pessoa jurídica de direito privado, com sede na Rua ..., n.º ..., bairro ..., CEP ..., 
município/(UF) ..., inscrita no CNPJ sob o n.º ..., endereço eletrônico: e-mail desconhecido. 
 
 Pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas: 
P á g i n a | 2 
 
 
 
DOS FATOS 
 
 O Autor é detentor de contrato firmado com a Ré em 19 (dezenove) de março de 2010 
(dois mil e dez), onde foram contratados os serviços de assistência médica com cobertura total. 
 Aos quatro dias do mês de maio de dois mil e dezessete, o Autor foi internado no 
Hospital LIFE, devido a um grave acidente vascular cerebral (AVC) que sofreu, porém, seu 
estado de saúde piora a cada dia que passa. Em razão disso, estando completamente incapaz de 
praticar qualquer ato da vida civil, para todos os procedimentos que se fazem necessários, o seu 
filho – Johnny Hopkins –, como substituto processual, deverá providenciar o que for preciso na 
defesa dos interesses do pai. 
 Em visita hospitalar prestada ao pai, Johnny teve a notícia de que, encontrando-se em 
estado comatoso, não haveria motivo para que seu pai, o Autor, permaneça no hospital e, desta 
forma, receberá alta dentro de 48 (quarenta e oito) horas, sendo-lhe aconselhado que se instale 
uma unidade home care em sua residência, com os equipamentos necessários para que o 
acamado tenha conforto e dignidade. 
 Diante de tal situação, Johnny fez contato com o plano de saúde – PlusMed (Ré) –, 
solicitando que fosse instalado o equipamento de home care em sua residência, visando atender 
as solicitações médicas, sendo-lhe negado tal procedimento. 
 Desse modo, a presente exordial é remédio eficaz para que o Autor tenha seu direito 
contratual efetivado por sentença. 
Expostos os fatos, passa o Autor a expor a sua fundamentação jurídica. 
 
DOS FUNDAMENTOS 
 
1 DA LEGITIMIDADE 
 
1.1 ATIVA E PASSIVA 
 
A figura do consumidor e do fornecedor constituem os elementos subjetivos da relação 
de consumo. Grifei 
P á g i n a | 3 
 
 
 
No caso em tela, percebe-se que a relação entre as partes é nitidamente de consumo. 
Isto porque, nota-se que houve uma contratação de serviços por parte do Autor, manifesta no 
contrato que ora se anexa nos autos. A Ré é considerada fornecedora, posto que presta os 
serviços de plano de saúde de forma habitual, conforme amplamente conhecido. Grifei 
 
2 DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
 
A defesa do consumidor é matéria de ordem pública, que possui em seu âmago matriz 
constitucional, sendo direito fundamental dos cidadãos e princípio da ordem econômica a sua 
promoção e proteção pelo Estado. Assim prescreve a CF/88: 
Art. 5º, inciso XXXII: o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; 
 
No âmbito infra, o Código de Defesa do Consumidor – CDC, (Lei 8.078/90) – expressa 
de forma clara em seu artigo 2º, para todos os fins legais, o conceito de Consumidor, qual seja: 
Artigo 2º: Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto 
ou serviço como destinatário final. Grifei 
 
Noutro giro, o art. 3º do mesmo diploma legal prescreve a caracterização da figura do 
fornecedor: 
Art. 3°. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou 
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de 
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, 
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante 
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, 
salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. Grifei 
 
Para ser considerado consumidor – Autor –, a doutrina sustenta que o Código de Defesa 
do Consumidor se destina à proteção da pessoa física, presumivelmente vulnerável, frágil frente 
ao fornecedor. O fornecedor – Ré –, por sua vez, é caracterizado pela habitualidade no 
desempenho da atividade prestada. 
Como salientado anteriormente, percebe-se que a relação entre as partes é nitidamente 
de consumo. 
P á g i n a | 4 
 
 
 
Como se não bastasse, o STJ já estabeleceu que se aplica aos contratos de plano de saúde 
o Código de Defesa do Consumidor (Súm. 469 do STJ). 
Evidenciada a relação de consumo, convém assinalar a posição inferiorizada do 
consumidor, reconhecida pela doutrina, pela jurisprudência e pela lei. 
Destaca-se, as partes devem se atentar aos princípios contratuais de boa-fé subjetiva e 
objetiva que regem as relações privadas, impedindo a prática de ilícitos contratuais que 
contrariem as prescrições legais e principiológicas. 
Atentando-se, portanto, a vulnerabilidade reconhecida pela lei (art. 4º, inc. I do CDC) 
do consumidor, o legislador estabeleceu a inversão do ônus da prova visando equilibrar a 
relação quando do surgimento de contendas envolvendo a lei supracitada, enquadrando-a no rol 
de direitos básicos do consumidor: 
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: 
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a INVERSÃO DO 
ÔNUS DA PROVA, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for 
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias 
de experiências. Grifei 
 
Diante do exposto, verificada a relação de consumo existente no caso em tela, requer, 
desde já, a aplicação do CDC ao caso dos autos, bem como a inversão do ônus da prova a seu 
favor, nos termos do art. 6º, inc. VIII da Lei nº 8.078/90, por ser de inteira justiça. 
 
3 DA INCAPACIDADE RELATIVA 
 
Tendo em vista que o Autor está em estado de incapacidade civil relativa em decorrência 
de enfermidade que lhe retira a possibilidade de manifestar vontade, faz-se necessário declarar 
a sua incapacidade e constituir como curador para este ato seu filho, nos termos do art. art. 18º 
do Código de Processo Civil de 2015 combinado com art. 4º, inciso III, do Código Civil de 
2002. 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 5 
 
 
 
4 DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA 
 
No que tange à responsabilidade da Ré quanto ao ato praticado no caso dos autos, 
estabelece o art. 14 do Código de Defesa do Consumidor: 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de 
culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à 
prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre 
sua fruição e riscos. 
 
Portanto, a responsabilidade da Ré é objetiva, nos termos da Lei 8.078/90 e da nossa 
Constituição Federal, art. 5º, XXXII. 
Além disso, cumpre salientar que o Autor está em ordem com o pagamento de sua 
mensalidade, conforme faz prova o recibo anexo aos autos, e, desta forma, não há motivos para 
a NEGATIVA da Ré em instalar o home care,com equipamentos necessários à manutenção 
da vida do Autor. 
Tendo em vista que o Autor pode ser compelido a retornar para a sua residência e ficar 
sem cuidados médicos algum, necessário se faz a determinação em caráter liminar, da instalação 
do equipamento de home care, conforme preceitua o artigo 536, do Código de Processo Civil 
de 2015, sendo certo que preenche os requisitos da benesse antecipatória. 
Ademais, não há perigo de irreversibilidade do provimento, eis que no final, caso venha 
ser julgado improcedente o pedido, o serviço a ser prestado poderá ser regularmente cobrado. 
Em contrapartida, com intuito de compelir a Ré ao cumprimento desta obrigação de tão 
importante necessidade, que este Nobre Julgador estipule multa diária, nos termos do art. 537, 
do Código Processo Civil de 2015, caso não seja a obrigação cumprida no prazo determinado. 
Destarte, ante a urgência do direito pleiteado e da recusa injustificada da Ré ao seu 
cumprimento, não resta opção outra, senão se valer da tutela jurisdicional para ter seu direito 
efetivado. 
Exposta a fundamentação jurídica, passa o Autor a formular o seu pedido. 
 
 
 
 
P á g i n a | 6 
 
 
 
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
 
 Pelo exposto, requer a PROCEDÊNCIA do pedido, condenando a Ré na obrigação de 
fazer, para realizar a instalação de equipamento de home care, sob pena de multa diária a ser 
arbitrada, e, ao final, julgar procedente o pedido. Além disso, sejam impostas à Ré os ônus de 
sucumbência, ou seja, custas e despesas processuais, bem como os honorários advocatícios, 
conforme art. 85, § 2º do Código de Processo Civil (CPC/15), por ter dado causa à presente 
demanda litigiosa. 
Requer ainda: 
A intimação do ilustre Representante do Ministério Público para que empreste 
manifestação, sob pena de nulidade processual, com fulcro no art. 178, II, CPC/15; 
A declaração da INCAPACIDADE RELATIVA do Autor, Anthony Hopkins, e 
constituir Curador especial para este ato, Johnny Hopkins, com fulcro no arts. 1.767 e 1.775, § 
1º do CPC/2015; 
A citação da Ré, para que apresente defesa, no prazo legal, sob pena de revelia e seus 
efeitos, com base no arts. 344 a 346, do CPC/2015; 
A inversão do ônus da prova por se tratar de relação de consumo, nos termos do art. 6º, 
inc. VIII da Lei nº 8.078/90 (CDC). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 7 
 
 
 
DAS PROVAS 
 
 Protesta por provar o alegado através de todos os meios de prova em direito admitidos, 
em especial pela produção de prova documental, testemunhal, depoimento pessoal do 
representante da Ré, além da juntada de novos documentos e demais meios que se fizerem 
necessários. 
 
 Dá-se à causa o valor de R$ ... – em conformidade com art. 292, Código de Processo 
Civil de 2015. 
 
 
 
 Nesses termos, pede deferimento. 
 Local ..., data ... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
______________________________________________ 
Advogado ... 
OAB ...

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