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1 Resenhas Estetica

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Universidade Estadual da Paraíba 
Centro de Ciências Sociais Aplicadas -CCSA 
Departamento de Comunicação Social - DECOM 
Curso: Jornalismo 
Componente Curricular: Estética da Comunicação 
Docente: Veronica Oliveira 
Discente: Annellyezy Aparecida Oliveira Duarte 
 
 
 
Resenhas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campina Grande 07 de setembro de 2017 
SANTAELLA, Lucia. Porque as comunicações e as artes estão convergindo? São 
Paulo: Paulus, 2015 
 
Maria Lucia Santaella Braga (Catanduva, São Paulo, 1944) é uma pesquisadora e 
professora. Graduada em letras, nas línguas português e inglês, pela Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), em 1966. Obtém doutorado em teoria 
literária pela mesma universidade em 1973, com a tese Manuel Bandeira e a Poética do 
Elemento Lexical. Faz pós-doutorados na Indiana University (1993), Estados Unidos, e na 
Gesamthochschule Kassel (2004), Alemanha, e obtém livre docência na Universidade de 
São Paulo (USP), em 1993, com o trabalho Metodologia Semiótica. 
Em seu livro “Porque as Comunicações Convergem?” publicado pela editora Palus 
em São Paulo -SP em 2005, a autora começa fazendo uma breve descrição sobre as eras 
culturais, conceito proposto pela mesma, que divide-se em seis: 1.Comunicação oral - 
começa antes da escrita e tem a oralidade como principal forma de comunicação; 
2.Comunicação escrita- surgi com escrita abrindo caminhos para o registro de pensamentos 
e narrativas históricas; 3. Comunicação Impressa – tem seu início com a prensa de 
Guttemberg por volta de 1430 facilitando a reprodução de livros a preços acessíveis, 
fazendo com que a informação se torne mais popular e democrática; 4. Comunicação de 
Massa- surge junto a revolução industrial no século XIX que permitiu a criação de meios 
de comunicação de massa como a fotografia, posteriormente o cinema de modo a 
reproduzir conteúdo em grande escala populacional; 5.Comunicação Midiática- trata da 
cultura onde a informação é adquirida por meio das diferentes mídias sendo estas 
selecionadas pelo leitor, ocorrendo uma maior interação entre este e os emissores da 
informação 6. Comunicação Digital- tem a interatividade do homem com a máquina como 
possibilidade fragmentada e individualizada da mensagem e da informação. 
Porém neste trabalho a autora prefere se deter a parti da era de Comunicação de 
Massa conforme a mistura de meios e linguagens resultantes da experiência sensório –
perceptivas ricas do receptor. Mistura esta que com o desenvolvimento das tecnologias da 
comunicação é responsável pelas trocas culturais resultando na convergência artística vista 
na televisão, clipes musicais, rádios, internet e outros propagadores de conteúdos que faz 
com que não exista mais uma cultura pura que se sobreponha a outra e sim um conteúdo 
recheado de informações vindos de vários lugares com base na globalização que na Era da 
Digital acaba com a noção de territorialização física quando pessoas de diferentes países, 
culturas, conseguem conversar entre si na internet, por exemplo. 
Mas nem sempre foi assim, Lucia Santaella cita em seu texto que inicialmente a 
Comunicação de Massa costumava exaltar a culta das “Belas Artes”, especialmente a 
pintura e escultura. Essa herança histórica veio desde a idade média com o Renascimento 
em meados XIV e o fim do século XVI começando na Itália e espalhando-se por quase toda 
a Europa, tendo como uma das principais características a retomada da arte clássica greco-
romanas; período em que artes eram restritas apenas a nobreza, pessoas ricas, ao clero, 
igreja, e aos governantes. Seguindo adiante no modernismo, fim do século XIX e no XX, 
segundo a pesquisadora, que as artes começaram a se libertar desde modelo restrito e 
simétrico de arte com a quebra de sistemas estéticos da arte tradicional. 
Por fim a autora fala que a cultura de mídias foi responsável pelo surgimento da 
cibercultura que possibilita uma diversidade de movimentos e agentes sociais se conectem 
e teçam críticas aos modelos hierárquicos e verticais hegemônicos de tomada de decisão, 
como as grandes corporações midiáticas e seus aliados; viabilizando as novas interações 
culturais dentro do ciberesparço, o espaço virtual para a comunicação que surge da 
interconexão das redes de dispositivos digitais interligados no planeta. O que resulta na 
mistura de cultural- cultura hibrida. 
Pode-se considera que o texto tem uma escrita leve, o que facilita baste o seu 
entendimento dentro da comunidade acadêmica. Nesse sentido a autora consegue em 
poucas páginas resumir o conteúdo e explicar os motivos que levaram as artes a 
convergirem dentro da comunicação, perpassando por vertentes históricas para sustentar a 
tese de que a “comunicação massiva deu início a um processo que estava destinado a se 
tornar cada vez mais absorvente: a hibridização das formas de comunicação e de cultura” 
(p.11). E de forma crítica ela desmistifica as sobreposições de cultura e a convergência 
midiática que por vez acabaram com o conceito padronizado de “Belas Artes” como 
privilegio das classes economicamente dominantes para dar lugar popularização de uma 
cultura de impossibilidade de separação nítida entre as artes e comunicações. 
 
 
 
 
 
 
 
RAMOS, Alexandre Dias. Mídia e arte; aberturas contemporâneas. Porto Alegre, RS: 
Zouk, 2006 
 
O livro “Mídia e arte: aberturas contemporâneas de Alexandre Dias Ramos” 
publicado pela editora Zouk em Porto Alegre- RS no ano de 2006 trata da influência da 
mídia no sistema de produção, circulação e recepção da arte, e nos dispositivos culturais 
de aprendizagem, dentro e fora da escola. No primeiro capítulo: “Arte e jogo social” o autor 
faz um aparato da relação da arte com os meios de comunicação de massa, ressaltando a 
forma como a mesma serve como imposição de status social. 
Ele cita o sociólogo Francês Pierre Bourdieu e desbrava o conceito de capital 
cultural que é responsável pelo conhecimento cultural de cada indivíduo, priorizado a 
cultura erudita como superior a cultura popular e de massa. Nesse sentido aquele que possui 
grande capital simbólico (renda, salários e imóveis) sempre estará à frente no capital 
cultural por ter melhores condição de acesso a museus, concertos e teatros, por exemplo, 
sujeitos estes que são dotados de instrumentos de poder, ou seja, de capital social que nada 
mais é do que a rede ações diferenciadas em relação aos demais grupos. Esse conjunto de 
capacidade de uma determinada estrutura social ser incorporada pelos agentes por meio de 
disposições para sentir, pensar e agir são denominadas de hábitos ainda segundo Bourdieu. 
Adiante Alexandre Dias explica que foi a partir do Modernismo, fim do século XIX 
e no XX, que a cultura popular de músicas, comidas e objetos começaram a ser valorizadas 
pela “nobreza”, a exemplo do Brasil em que os músicos eruditos do novo estilo se voltaram 
para a música popular buscando nela uma representação para o país em diálogos entre a 
música erudita, a música popular e a literatura na formação do pensamento modernista que, 
por sua vez, propunha o diálogo entre as artes. 
E apesar de toda a liberdade artística presente em muitos movimentos de difusão 
cultural, segundo o autor, os meios de comunicação ainda tem um forte papel de influenciar 
a forma de agir e pensar das pessoas em seu cotidiano. O que gera uma alienação e 
dependência do sujeito a indústria cultural que os injeta conteúdos massivos em seus 
momentos de lazer após um dia cansativo de trabalho quando o mesmo vai assistir à 
televisão, por exemplo. Essa transmissão de conteúdo gera toda uma carga simbólica que 
é somada a hábitos históricos e sociais adquiridos e incorporado pelo indivíduo ao longo 
de sua vida. 
“A obra de Arte só existe na medida em que é percebida (decifrada) e só tem valor 
àqueles que estão dispostos a valida-la” p.41. Dessa maneira para o autor as galerias de arte 
funcionamcomo seletores de conteúdo (capital e cultural) e de classes sociais (capital 
social) deixando para traz aqueles que não pertencem ao público “culto”. Entretanto ele 
rebate dizendo que o sentido de uma obra de arte depende do local e do tempo que é 
apresentado, sendo uma estátua de um deus da idade antiga considerada um objeto divino 
naquela época e hoje apenas um objeto histórico artístico, por exemplo. 
O texto por sua vez, é de extrema importância para expandir e conscientizar a 
comunidade acadêmica sobre o papel da arte, sua relevância histórica e sua forma de 
distinção social; considerando que o objeto artístico também é status de poder e distinção 
social. E para que estas barreiras sejam quebradas são necessários que tais estudantes 
conheçam e tenham um olhar crítico sobre o tema. Outro ponto que deve ser levado em 
consideração é a linguagem usada pelo autor que, por ser demasiadamente simples, em que 
se utiliza palavras diretas e objetivas; acaba por ajudar no entendimento do conteúdo. Mas 
infelizmente o texto deixa um pouco a desejar no que diz respeito a estrutura textual, 
podendo ele ser topicalizado para melhor situar o leitor em relação ao tema explorado. 
Podendo perceber ainda o quanto Alexanre Dias conhece e estudou o assunto no momento 
em que ele consegue dialogar com vários autores em seu texto.

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