Buscar

Princípios da instrumentação cirúrgica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Princípios da instrumentação cirúrgica
Autor: Pedro V.F. Medrado
Vestuário cirúrgico
 Conjunto de vestes e tecidos usados no ato operatório, servindo como barreira estéril entre a superfície contaminada e o campo operatório.
- Pijamas, gorros, toucas, máscaras e propés não são classificados como vestuário cirúrgicos. São limpos, porém não são estéreis.
Componentes do vestuário cirúrgico
1. Avental cirúrgico
2. Luvas
3. Opa
4. Borracha laminada
5. Campos cirúrgico
6. Compressas cirúrgicas
1. Avental cirúrgico
Tecido vegetal ou sintético, longo, possuindo mangas compridas, com punhos elásticos, com alça (Alça de punho evita o deslocamento do punho durante a cirurgia), cordões e cinto para amarração.
Técnica de uso
· São esterilizados já dobrados ao avesso de modo especial, e deve ser pegado enrolado com a ponta dos dedos sem tocar na face externa e desenrola-lo sem deixar tocar no chão, nem em nenhum outro lugar.
· Introduzir as mãos e os braços e colocar as alças do punho, uma auxiliar localizada nas suas costas tocará apenas na face interna do avental para amarrar os cordões. O cirurgião pega o cinto pelas pontas e o apresenta lateralmente para auxiliar que o amarrará. 
Cuidados:
· Não deixar o cirurgião, nem a auxiliar tocar na face externa do avental
· Não deixar a auxiliar tocar nas mãos do cirurgião
· Que o cirurgião com o avental não encoste em superfícies contaminadas
2. Luvas cirúrgicas
Fornecidas aos pares acondicionada em envelope duplo, com o tamanho variando de 6,5 a 8,5, devendo-se escolher o número adequado.
Principio fundamental: evitar tocar com a mão nua a face externa da luva e vice versa.
3. Opa
Avental sem mangas, provido de alças para introdução dos braços. É colocado nas costas para isolar a face posterior do avental cirúrgico, considerado contaminado. É vestido com o auxílio de uma circulante, com pinça estéril ou de um elemento da equipe, de modo semelhante a se vestir um casaco.
4. Borracha laminada
Lâmina de borracha esterilizada, se apresenta enrolada com um campo, e seve para cobrir a mesa instrumental, funcionando como isolante de líquidos que eventualmente possam ser derramados sobre a mesa.
5. Campos cirúrgicos
Porções de tecidos grossos de origem vegetal ou sintética de tamanhos variados, com a função de delimitar, isolar a área operatória.
Tipos:
Simples – contém uma única lâmina.
Duplos – contém 2 lâminas unidas entre si por costuras (utilizados para cobrir a mesa instrumental).
Fenestrados – contém orifício central para delimitar campos operatórios pequenos.
Não fenestrados – não contem fenestras, são contínuos.
Técnica de colocação dos campos cirúrgicos:
Técnica de fixação dos campos cirúrgicos:
6. Compressas
Tecidos de gaze de forma quadrada com as seguintes dimensões: 35 x 35 cm (Tamanho Grande), 25 x 20 cm (Tamanho Pequeno).
Possuem pequena alça costurada em um dos cantos para servir como ponto de fixação à borda da ferida (para evitar que esqueça dentro do paciente).
Servem para:
· Proteção da ferida como campo secundário
· Proteção das bordas da ferida na aplicação de afastadores
· Limpeza e absorção de líquidos em zonas cruentas ou cavidades
Instrumental cirúrgico, arrumação e passagem
Diérese – cortar e divulsionar – Bisturi e tesoura
Preensão – reparar estruturas – Pinças anatômicas e Dente de rato.
Hemostasia – pinçar vasos – Pinças de Kelly e Halsted.
Exposição – afastar tecidos – Doyen, Farabeuf e Volkmann.
Especial – funções peculiares – Pinças de Backaus e Duval.
Síntese – unir tecidos – Porta-agulhas e agulhas.
Mesa instrumental
1º quadrante Diérese – cortar e divulsionar – Bisturi e tesoura
2º quadrante Preensão – reparar estruturas – Pinças anatômicas e Dente de rato.
3º quadrante Hemostasia – pinçar vasos – Pinças de Kelly e Halsted.
4º quadrante Exposição – afastar tecidos – Doyen, Farabeuf e Volkmann.
5º quadrante Especial – funções peculiares – Pinças de Backaus e Duval.
6º quadrante Síntese – unir tecidos – Porta-agulhas e agulhas.
· Posicionada a 90º em relação a mesa cirúrgica do lado oposto ao cirurgião. O instrumentador posiciona-se ao lado do 1º auxiliar.
Diérese (divisão): manobra cirúrgica com objetivo de criar uma via de acesso
Bisturi
Lâminas de bisturi Nº9 a 17 – Cabo de bisturi 3 – mais usados: 11 a 15.
Lâminas de bisturi Nº18 a 50 – Cabo de bisturi 4 – mais usados: 22 e 23.
Na montagem e desmontagem se usa a pinça hemostática ou porta agulha, segurar a lâmina pela parte não cortante.
Solicitação e passagem manter os 3 primeiros quirodáctilos aproximados, movimentando para baixo e para cima semelhante ao ato de incisar. A instrumentador segura o bisturi pela face dorsal e, entregando-o pelo cabo.
· Entregar pela face não cortante para empunhadura em arco de violino.
· Entregar pela face cortante para empunhadura em lápis.
Empunhadura: em arco de violino e em lápis.
Na devolução o cirurgião entrega ao instrumentador segurando pelo lado dorsal com o cabo dirigido para o instrumentador.
Arrumação do bisturi na mesa
Armado: parte funcional voltada para baixo e parte cortante voltada para fora.
Desarmado: parte funcional voltada para cima.
O cabo Nº4 deve ser colocado antes do Nº3.
Tesouras
Curvas ou Retas: as curvas são mais utilizadas pelo cirurgião por permitir maior visualização do campo, as retas ficam restritas para cortes de fio ou outros materiais.
Metzembaum (Tesoura do cirurgião)
Porção final equivale a 1/3 do comprimento da tesoura o que lhe dá mais firmeza e precisão – por isso é preferida pela maioria dos cirurgiões. É mais delicada.
Mayo
Porção final equivale a ½ do comprimento da tesoura, é mais forte.
Solicitação e passagem o cirurgião faz um sinal de abertura e fechamento com o 2º e 3º quirodáctilos. Se a tesoura for curva os quirodáctilos ficam levemente curvados. Para passar a tesoura a instrumentador segura pela ponta e repassa ao cirurgião que deverá estar com a mão espalmada.
Empunhadura: Colocar os anéis da tesoura no 1º e 4º quirodáctilos, o 3º quirodáctilo firma o ramo inferior, enquanto a 2º firma a articulação da tesoura. A técnica de manutenção da tesoura na mão enquanto se utiliza outros instrumentos é feita girando 180º em torno do 4º quirodáctilo, fixando com o 5º.
Arrumação da tesoura na mesa: Colocar com a parte funcional voltada para o instrumentador e a curvatura voltada para baixo. A tesoura delicada (Metzembaum) deve ser colocada antes da tesoura de Mayo.
Preensão (ato de agarrar tecidos, compressas e gazes)
Pinças de dissecção
Pinça dente de rato: traumática, habitualmente utilizada para demarcar uma incisão ou testas sensibilidade
Pinça anatômica: possui estrias transversais atraumáticas
Outras: Pinça de Adson com ou sem dente.
Solicitação e passagem Pinça anatômica é solicitada com os 2 primeiros quirodáctilos distendidos, realizando movimentos de aproximação e separação, estando os outros quirodáctilos fletidos. A pinça dente de rato é o mesmo movimento, porém com os 2 primeiros quirodáctilos semi-fletidos. Na passagem o instrumentador apanha a pinça pela metade inferior e entrega fechada ao cirurgião, já com a mão em posição de usá-la. 
Empunhadura: deve ser empunhado como um lápis, apenas utilizando os 3 primeiros quirodáctilos permitindo assim uma melhor visualização do campo.
Arrumação das pinças na mesa: devem ser posicionadas com a porção funcional voltada para o instrumentador, sendo que a pinça dente de rato, por ser utilizada primeiro para demarcar a incisão e testar a sensibilidade, é colocada na frente. 
Hemostasia (evitar a perda sanguínea)
Pinças hemostáticas
Possuem anéis com cremalheira permitindo diversos graus de fixação contínua, são empunhadas como tesouras bastando aproximar os anéis para fechar a cremalheira e um ligeiro movimento de aproximação ainda maior dos anéis para abri-la. Podem ser curvas ou retas e têm comprimento variável.
4 tipos básicos:
Halsted – também conhecida como “mosquito”.
Kelly – pinça hemostática média com estrias apenas na porção distal.
Crile – pinça média com estrias em toda superfície da pinça (essa eu tenho).
Rochester – pinça hemostáticagrande, com pontas robustas. É usada para pinçamentos de tecidos como aponeurose e hemostasia em locais profundos na cavidade abdominal.
Solicitação e passagem Cruza-se o 2º e o 3º quirodáctilo da mão direita, em supinação. O instrumentador, no caso de pinça curva, deverá transportá-la com a ponta voltada para o lado oposto da região palmar, recebendo-a já o cirurgião em supinação e em posição de uso pois ao fazer movimento de pronação, a ponta da pinça estará voltada para baixo, que é a posição mais habitual.
Arrumação na mesa: devem ser agrupados por ordem de tamanho, as curvas devem vir antes das retas e a curvatura deverá ficar voltada para baixo. A parte funcional deverá ficar voltada para o instrumentador.
Exposição (afastadores)
Afastadores auto estáticos (abre e mantém-se aberto)
Afastadores dinâmicos (precisa fazer força para afastar)
Tem que gravar os nomes
Farabeuf: o 2º quirodáctilo fica fletido incompletamente com os demais quirodáctilos fletidos.
Doyen: pode-se com os dedos juntos, estirados e em ângulo de 90º sobre o resto da mão.
Gosset: pede-se este afastador com os dedos médio e indicador de ambas as mãos semifletidos com os demais dedos completamente fletidos sobre a palma da mão, fazendo um movimento de afastar que imita os ramos do Gosset.
Arrumação na mesa: 4º quadrante.
Instrumental especial
As pinças especiais variam de acordo com a especialidade cirúrgica
Cirurgia gastrointestinal: Clamp intestinal, pinças de pressão atraumática, (Collin – antissepssia do paciente, Duval, Badcock e Foerster – antissepssia do paciente) e pinça de pressão traumática (Allis).
Outros: Backhaus ou pinça de campo (Solicitação mão cerrada com o primeiro quirodáctilo entre o 2º e 3º), Bulldog, Satinsky, Cheron, Cureta Recaimer, Espéculo vaginal Collin, Pozzi, Cuba rim, Moynihan, Kocher com dente, Mixter, Ponta de Aspirador, Tentacânula e Serra de Gigli.
Arrumação na mesa: 5º quadrante.
Síntese (reunir tecidos – porta-agulhas, agulhas e os fios)
Hegar
Mathieu (mais usado na Odontologia)
Mão semifechada, realizando movimento de supinação e pronação.
Arrumação na mesa: Quando desmontado é colocado com suas pontas para cima, o instrumentador pega pelos anéis para montá-lo, quando montado é colocado com a ponta para baixo. Para passagem o instrumentado pegará o porta-agulha montado pela ponta, e entrega ao cirurgião que deverá estar com a mão em supinação.

Continue navegando