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2
PERFIL DO GESTOR ESCOLAR
Suelen Hass[footnoteRef:2] [2: Graduada em Artes Visuais (UNIASSELVI/2014). suelen_hass@hotmail.com] 
Melissa Probst[footnoteRef:3] [3: Orientadora. Graduada em Pedagogia (FURB) e em História (UNIASSELVI). Mestre em educação pela Universidade Regional de Blumenau (FURB) e doutoranda em educação pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP). mel.probst@gmail.com] 
Resumo
Neste trabalho tem-se como principal objetivo abordar o perfil do gestor escolar e propor uma reflexão deste contexto, bem como tratar das definições e argumentos utilizados pelos gestores em seu dia a dia. Procura-se também entender melhor qual o perfil ideal para o gestor educacional, bem como refletir sobre a instituição, a participação da comunidade escolar e as formas de escolha do diretor, presentes na literatura e prática das instituições do atual modelo de ensino. Parte-se do pressuposto de que a gestão democrática é respaldada pela Constituição Federal e pelas leis que embasam a ação educativa no Brasil, porém, é preciso que esta se apóie também em valores, tais como a qualidade, a história, a solidariedade, a ética, a democracia e a inovação de um excelente gestor escolar.
Palavras-chave: Gestão. Escolar. Perfil Gestor.
1 INTRODUÇÃO
No momento que pensamos na instituição escola a primeira imagem de profissional que vem a cabeça e mais comum é a do professor, como o profissional da educação, é o primeiro personagem que nos vem a mente. Porém existem outros profissionais que auxiliam a manter a instituição, cuja atuação é indispensável e determinante para o cotidiano e gerenciamento escolar: um desses indispensáveis funcionários é o gestor escolar, denominado em algumas regiões do país como diretor, administrador escolar ou coordenador-geral.
Conforme Machado (1999, p. 86), 
é porque o mundo passa por mudanças muito rápidas. Na verdade, a globalização coloca cada dia um dado novo, cada dia, uma coisa nova. Há necessidade de adaptação e de constante revisão do que está acontecendo. Então, isso gera a necessidade de que o poder decisório esteja exatamente onde a coisa acontece. Porque, até que ele chegue aonde é necessário, já houve a mudança, as coisas estão diferentes, e aí aquela decisão já não tem mais sentido.
	O ensino público Brasileiro passa por inúmeras transformações em toda a sua essência, com os grandes avanços mundiais e tecnológicos no âmbito educacional, onde os responsáveis pela gestão escolar e toda a sua equipe pedagógica precisam estar cientes das mudanças e deve acompanhar toda essa evolução, para que a escola possa se adaptar para atender a uma nova geração que esta ligada em todos os detalhes e novidades.
Essas transformações, que ocorrem em escala mundial, decorrem da conjugação de um conjunto de acontecimentos e processos que acabam por caracterizar novas realidades sociais, políticas, econômicas, culturais, geográficas. (Libâno, 2004).
Sendo assim neste trabalho temos em foco a importância do gestor escolar que em seu contexto delimita todas as etapas através de leituras e vivências de todo um cotidiano. O papel do gestor escolar ou diretor é criar um ambiente de trabalho, proporcionando aos seus companheiros um ambiente harmonioso sabendo articulares suas funções de administrar a escolar de forma justa e coerente, junto com suas obrigações de gerir a instituição. O gestor escolar também deve levar em conta os sentimentos que existem dentro da instituição, lembrando que não é só um edifício, mas um local onde várias pessoas convivem todos os dias, onde encontrara vários desafios para executar seu trabalho perante a sociedade.
Desse modo, considera-se que seja muito importante, prestar atenção, e participar integralmente de todas as atividades, e principalmente ouvir todos os funcionários, bem como professores, prestadores de manutenção, sendo os pais presente, alunos e comunidade em geral, é de muito valor para todos aqueles que querem um ambiente escolar de qualidade e auxiliar o processo educativo. Porém ter um perfil que atende todas as características existentes para um gestor escolar, neste mundo de incertezas é muitas vezes um desafio ser um bom gestor, é imprescindível analisar questões fundamentais e os novos desafios à gestão escolar, sendo um mediador entre as partes existentes na escola, em virtude das novas demandas que a escola enfrenta, no contexto de uma sociedade que se democratiza e se transforma a fim de ter pleno sucesso da sua gestão e consequentemente o sucesso da instituição escolar em seu ensino aprendizagem. 
2 CONCEITO DE GESTAO ESCOLAR
Conforme Andrade (2001), a palavra portuguesa, gestão, em seu sentido original, vem do termo latino “gestio”, que expressa ação de dirigir, de administrar e de gerir a vida, os destinos, as capacidades das pessoas e as próprias coisas que lhes pertencem ou que delas fazem uso. Segundo o autor, uma parcela da sociedade compreende gestão como sendo umas funções burocráticas, destituída de uma visão humanística, como ação voltada à orientação do planejamento, da distribuição de bens e da produção desses bens. É relevante perceber também que a prática administrativa não se dá de forma isolada, descontextualizada e individual, ela acontece no grupo e para o grupo, implicando decisões coletivas e organizadas.
Segundo dicionário Interativo da Educação Brasileira (2001), o termo gestão escolar está ligada à atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço do processo educacional do estabelecimento de ensino aprendizagem dos alunos.
Foi criado conceito de gestão escolar para superar um possível enfoque limitado do termo administração escolar que era utilizado antigamente. Constituído a partir dos movimentos de abertura política do país, que começaram a promover novos conceitos e valores associados, sobretudo à ideia de autonomia escolar, à participação da sociedade e da comunidade, à criação de escolas comunitárias, cooperativas, associativas às associações de pais. 
Para tal desempenho Braslavsk (1996, p.66) afirma que:
As competências entendem-se as capacidades agregadas e complexas para desempenhar-se nos diferentes âmbitos que compõem a vida humana ou um conjunto de conhecimentos, habilidades, destrezas e atitudes que permitem aos indivíduos desempenhar-se no âmbito do trabalho de maneira eficiente e com graus de autonomia crescente.
Assim, no âmbito da gestão escolar, o estabelecimento de ensino passou a ser entendido como um sistema aberto, com uma cultura e identidade própria, capaz de reagir com eficácia às solicitações da comunidade local em que se inserem.
2.1 A FORMAÇÃO HISTÓRICA DO GESTOR ESCOLAR
O gestor precisa acompanhar toda uma evolução na sociedade, pois as mudanças acontecem rapidamente, com isso é preciso que o gestor se atualize, pois aquele que assume uma direção com preocupação somente com o burocrático, até mesmo aquele que é autoritário, já não propicia uma gestão com qualidade. O gestor, no entanto, é aquele que é um educador, que sabe ser, sabe conhecer, sabe fazer e viver, sempre obtendo uma visão ampla.
Constituição Federal de 1988, nossa Carta Magna, estabelece, no seu artigo 206, que a forma de gestão da educação brasileira deve ser democrática e participativa, como atestado artigo a gestão democrática do ensino público, na forma da lei. Já no artigo 3º, inciso VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, diz que a gestão do ensino público deve ser democrática, respeitando a forma da lei e da legislação dos sistemas de ensino. 
No artigo 14 dessa mesma lei estabelece que os sistemas de ensino definam as normas da gestão democrática do ensino público, na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. (BRASIL, 1996).Nesse sentido, evidencia-se a forma democrática e participativa que deve assumir a gestão escolar, codificando os sistemas de ensino para que possam organizar e adaptar a gestão pública escolar, conforme o contexto em que ela está inserida. Por isso, a democracia, em boa parte do mundo e em particular, no nosso país, vem propiciando maior liberdade e autonomia de expressão e participação nas tomadas de decisões para as políticas sociais. Apesar de merecer uma reflexão mais profunda a respeito do assunto.
Dadas as modalidades de acesso ao cargo de gestor escolar adotada nas diferentes redes pode-se assumir o cargo por nomeação, concurso ou eleição.
2.2 PERFIL DO GESTOR
É importante destacar que a administração é uma prática e uma necessidade primitiva, pois, desde os tempos mais remotos, as sociedades humanas já exerciam determinadas formas de administrar em função de interesses comuns e com a crescente complexidade dessa sociedade, a partir da família, do estado, igreja ou tribo, foram surgindo modos diferenciados de administrar o tempo e os recursos.
Contudo, ao buscar um conceito geral de administração, é necessário levar em consideração os seus determinantes sociais, sendo entendida essa condição da administração geral como a utilização racional de recursos para a realização de fins determinados. Dessa forma, a administração é capaz de estabelecer objetivos livremente e utilizar-se dos recursos de modo racional (MARTINS, 1991).
Segundo Libâneo (2004, p.217), “O diretor de escola é o dirigente e principal responsável pela escola, tem a visão de conjunto, articula e integra os vários setores (setor administrativo, setor pedagógico)”. 
2.3 Perfil do gestor escolar na instituição
Um gestor educacional deve primariamente ter qualidades ligadas à dedicação, comprometimento e envolvimento com as diversas áreas escolares: saber ouvir, ser mediador, ter espírito de liderança, desempenhar bem o seu papel, entregar-se "de corpo e alma", ser envolvido e comprometido, gostar do que faz e estar presente em todas as áreas de interesse da instituição. Esses são os atributos de um bom perfil de gestor escolar.
As funções do diretor são, predominantemente, gestoras administrativas, entendendo-se, todavia, que elas têm conotação pedagógica, uma vez que se referem a uma instituição e a um projeto educativo e existem em função do campo educativo. (Libâneo, 2004, p.217)
Quanto ao seu tempo, os gestores escolares devem as Secretarias de Educação, em reuniões periódicas com a equipe técnica, reuniões sobre questões administrativas e burocráticas (em média 15 por ano), para a prestação de contas (em, média 10,5 por ano), acompanhamento de programas promovidos pela Secretaria (em média 11 por ano) e atividades vinculadas a sua própria formação (em média 12 reuniões anuais relação as questões do dia a dia: merenda, saída de alunos da classe, acompanhamento do atendimento dos pais, organização e limpeza das classes. Também priorizam recepção de alunos e a garantia de material escolar. (Censo Escolar – Inep – edição 2006).
Segundo Luck, (2004, p.32), 
É do diretor da escola a responsabilidade máxima quanto à consecução eficaz da política educacional do sistema e desenvolvimento plenos dos objetivos educacionais, organizando, dinamizando e coordenando todos os esforços nesse sentido e controlando todos os recursos para tal. Devido a sua posição central na escola, o desempenho de seu papel exerce forte influência tanto positiva, como negativa sobre todos os setores pessoais da escola.
As funções do trabalho do gestor estão diretamente relacionadas à organização e gestão da escola. O processo de organização escolar dispõe, portanto de funções, propriedades comuns ao sistema organizacional de uma instituição, com base nos quais se definem ações e operações necessárias ao funcionamento institucional.
São quatro as principais funções constitutivas desse sistema: 1) planejamento: 2) organização: racionalização de recursos humanos, físicos, materiais, financeiros, criando e viabilizando as condições e modos para realizar o que foi planejado: 3) direção/coordenação: coordenação do esforço humano coletivo do pessoal da escola: 4) avaliação comprovação do funcionamento. 
Desse modo, tem-se evidente que o gestor desempenha vários papéis dentro do ambiente escolar, cabendo a ele a articulação de todos os setores e aspectos do mesmo. É da sua habilidade o desempenho de influenciar o ambiente que depende em grande parte, da qualidade do ambiente e clima escolar. O desempenho do seu pessoal e a qualidade do processo ensino aprendizagem. A fim de seu papel abranger uma série de funções, tanto de natureza administrativo, quanto pedagógica. 
2.4 GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA 
A gestão participativa está bastante ligada à gestão democrática. Mas o que seria uma gestão democrática? Uma gestão idealizada para o futuro? Um compromisso coletivo dos educadores? Uma gestão de qualidade? Um ambiente de respeito e afetividade? São muitas as perguntas que englobam uma gestão democrática, mas alguns princípios básicos devem ser seguidos, para que dessa forma possamos conhecê-la melhor. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) n° 9394, 20 de dezembro de 2006, estabelece em seu artigo 14 que:
Os sistemas definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I – Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político pedagógico da escola. II – Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
É na convivência, por meio da interação, da participação dos alunos, professores e da comunidade que o gestor educacional exercita uma gestão democrática, onde todos possam sentir-se seguros em opinar e sugerir. Uma escola democrática pode ser definida como,
... uma instituição que se propõe instruir e formar alunos e alunas por meio da participação, juntamente com professores e professoras, no transcorrer das tarefas de trabalho e convivência docente. Uma escola democrática pretende que os alunos e as alunas sejam protagonistas da própria educação e que o façam participando ou tomando parte direta em todos aqueles aspectos do processo formativo possíveis de deixar em suas mãos. Caberá a ela ter cuidado e não limitar em excesso o que pode ser feito pelos jovens e pelas jovens, porém também caberá a ela atribuir responsabilidades e tarefas que não podem assumir. De fato, uma escola democrática deseja que a participação de alunos e alunas e a responsabilidade dos educadores e das educadoras sejam complementários, de acordo com as idades e as diferentes circunstância de cada escola. Uma escola democrática é uma escola que facilita a participação dos jovens sem negar, contudo, o papel e a responsabilidade dos educadores. Além disso, uma escola democrática é, sobretudo, uma instituição que facilita em níveis acessíveis a participação do aluno, esperando que adquira a autonomia e a responsabilidade que permitem incrementar paulatinamente a amplitude de sua participação na comunidade. (PUIG, 2000, p. 27-28)
Portanto, uma escola com gestão democrática é aquela em que o gestor dialoga com o coletivo da escola e cujas práticas pedagógicas têm como meta a formação do aluno autônomo para viver numa sociedade democrática, respeitando valores nela existentes e dessa forma contribuir.
...para a construção de um mundo qualitativamente melhor para todos, o que poderia ser sintetizado em educação para a democracia, compreendida como mediação para a construção e exercício da liberdade individual e social. (BEDENDI 2003, p.61)
Desse modo compreendemos que gestão democrática resulta da construção pessoal e coletiva dos envolvidos no processo com suas idas e vindas, acertos e erros, sucesso e fracasso, ganhos e perdas que fazem parte do educar democrático e participativo, valorizando o modo crítico e o olhar diferenciado que o aluno terá sobre a sociedade e a atuação dos educadores considerando o caráter eos valores que estão agregados a cada indivíduo passando a qualificarem-se cada dia mais para o futuro.
É importante, desse modo, que o gestor educacional possa criar um vínculo com a sua equipe, na qual todos interajam nas questões pedagógicas e administrativas, por meio da participação coletiva na elaboração do Projeto Político-Pedagógico. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em um primeiro momento estão explícitas as mudanças que ocorreram na história do papel do gestor e depois o papel desempenhado por ele em razão disso, coloca-se a questão da importância do gestor, pois tudo que o rodeia está em constante mudança, não só ao modo de ver o sistema de educação como os próprios profissionais educadores, os pais, alunos tal como a comunidade em geral.
Segundo Vasconcelos (2006, p.61).
A direção tem por função ser o grande elo integrador, articulador dos vários segmentos– internos e externos – da escola, cuidando da gestão das atividades, para que venham a acontecer e a contento (o que significa dizer, de acordo com o projeto). Um grande perigo é o diretor se prender à tarefa de “fazer a escola funcionar”, deixando de lado seu sentido mais profundo. Se não falta professor, se tem merenda, se não há muito problema de disciplina, está tudo bem... é claro que a escola tem de funcionar, mas sua existência só tem sentido se ocorrer dentro de determinadas diretrizes, de uma intencionalidade.
Ainda segundo Vasconcelos (2006, p. 61), “Assim, não se trata de um papel puramente burocrático - administrativo, mas de uma tarefa de articulação. De coordenação, de intencionalização, que, embora suponha o administrativo, o vincula radicalmente ao pedagógico”. 
Consideramos que ser um gestor educacional vai muito além de um mero cargo ou uma profissão de grande responsabilidade, além de ser um representante da escola o gestor também é um profissional graduado na educação. Ser gestor implica em ser autêntico, com visão, ser líder, pois o líder envolve a todos no trabalho, fazendo das suas ações um exemplo, tornando importante cada membro de sua equipe, motivando para que todos os envolvidos acreditem no seu próprio valor pessoal e profissional para uma gestão com qualidade, compreendendo todos com quem trabalho e conviver.
Analisamos também que o gestor educacional pode promover uma gestão participativa e democrática, participar do convívio cotidiano, compartilhar acertos e desacertos. Valores como respeito, confiança, sinceridade, fortalece muito a equipe pedagógica de uma instituição, construindo dessa maneira relações interpessoais saudáveis e solidárias e um ambiente de formação e aprimoramento de conhecimentos dos profissionais com qualidade. 
 Com a evolução da tecnologia e o avanço da ciência vêm-se exigindo cada vez mais da instituição escolar, e esses são os novos desafios a serem enfrentados por todos que dela fazem parte. Conseqüentemente, a maneira como são enfrentados os desafios trazem resultados marcados pelo desempenho de cada um e de todos na instituição, voltados por um único foco: o processo de ensino e aprendizagem e o sucesso dos alunos. Cabe ao gestor servir e liderar, compartilhar acertos e insucessos, ajudar, acolher, aceitar críticas e opiniões, criar ambiente que envolva prazerosamente toda a instituição e acima de tudo ter amor e vontade para fazer do seu trabalho não uma obrigação, mas uma realização benéfica voltada para a educação dos alunos, da sua equipe e da sua comunidade, valorizando sempre o conhecimento e a realização pessoal e coletiva de todos. 
Nesse sentido, Lück (2010) a gestão é a capacidade de liderança que consiste em um englobar ações, comportamentos e atitudes a fim de influenciar seu pessoal na busca de um objetivo comum. E é papel do gestor organizar o trabalho com base nas capacidades de sua equipe.
O envolvimento e liderança, necessariamente devem ser oferecidos dentro de uma linha de ação segundo a qual o diretor é um facilitador, alguém que pensa e assume responsabilidade de articular a equipe gestora, para assim desenvolver uma gestão integrada com todos os segmentos da escola O gestor também é muito importante para esse aprimoramento da participação da família. Portanto o gestor tem que desenvolver junto a toda a equipe escolar o espírito de liderança para produzir motivação a todos para atender as exigências do desenvolvimento de uma escola.
Esperamos que novos e constantes estudos possibilitassem aos gestores ampliar o caminho trilhado com alternativas que despertem a alegria de realizar um trabalho bem sucedido, voltado para a formação plena de crianças e jovens. O gestor exerce várias funções, onde ele precisa saber desenvolver o seu papel dentro da escola, sendo aquele que assume uma liderança, oferecendo uma comunicação aberta, desenvolvendo credibilidade, cuidando sempre do relacionamento interpessoal de alunos, professores e pais.
 Então certamente o perfil do gestor é um componente importante para uma escola e também para o sucesso de toda a sua equipe. Mas sempre se faz necessário ao gestor uma formação continuada, que possibilite a compreensão do seu papel, contribuindo, para o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes ligadas à prática gestora.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, J. V. Gestão em lazer e turismo. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
Censo Escolar – Inep – edição 2006.
BEDENDI, Teresa do Carmo Ferrari. Resistência e práticas pedagógicas. Dissertação de Mestrado. Campinas: Unicamp, 2003
BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96. Brasília: 1996.
BRASLAVSKY, C. The curriculum. Geneva: UNESCO-IBE, 1996.
LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Texto na íntegra Lei 9394 de 20 de dezembro de 1996. São Paulo: Saraiva, 1996.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 2004. 
LUCK, Heloísa: Ação integrada: Administração Supervisão e Orientação Educacional: 22 ed. Petrópolis 2004. 
LÜCK, Heloísa. Liderança em Gestão Escolar. Petrópolis RJ: Vozes, 2010
MACHADO, Ana Luiza Machado. Formação de Gestores Educacionais. In: Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária. Gestão educacional: tendências e perspectivas. São Paulo: Cenpec, 1999.
MARTINS, J. do P. Administração escolar. São Paulo: Atlas, 1991.
PUIG, Josep M. Democracia e Participação Escolar: Propostas de Atividades. São Paulo: Moderna, 2000.
VASCONCELOS, Celso dos S. Coordenação do Trabalho Pedagógico– do projeto político - pedagógico ao cotidiano da sala de aula.7ª Ed. São Paulo: Libertad Editora, 2006

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