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Reumatologia – FMBM Pamela Barbieri – T23 Profª Dra. Letícia Tamashiro 1 Definição: Também são colagenoses. Doença em que há fraqueza muscular em consequência à inflamação dos músculos estriados. Na dermatopolimiosite, além da inflamação muscular, existem alterações cutâneas típicas. Introdução: Incidência: 2-10 casos por milhão. Prevalência: 14,9 por milhãos, 21 por milhão (>50 anos). 2,5x mais frequentes em mulheres. FR: inverno e primavera – Coxsackie B. →Fraqueza muscular: Fraqueza muscular insidiosa (musculatura proximal mais acometida), lenta, progressiva e simétrica. Cintura pélvica e escapular (musculatura proximal). Não dolorosa. Dermatopolimiosite: Alterações da pele podem ser divididas em patognomônicas, características e compatíveis. As patognomônicas ocorrem em 70% dos casos, com as pápulas de Gottron, que são lesões violáceas sobre articulações interfalangeanas ou metacarpofalangeanas, cotovelos ou joelhos, e o sinal de Gottron, que consiste em eritema violáceo sobre placa atrófica nas mesmas distribuições. Lesões características incluem as telangectasias periungueais e distrofias cuticulares, a mácula eritêmato- vinhosa e edematosa na região periorbital conhecida como heliotropo pela semelhança com a coloração violácea da flor heliotropo e as máculas eritêmato-poiquilodérmicas distribuídas nos ombros, braços, V do decote ou dorso, conhecidas como sinal do xale. Associação com neoplasia: pode ser sindrome paraneoplásica. 7-10% dos pacientes com miosite podem apresentar neoplasia. Maior associação com dermatopolimiosite. Mais velhos: 55-60. Ausência de anticorpos miosite específicos. Ovário – CA-125 – maior associação. Melhora da miosite como o tratamento do câncer. Ovário, pulmão, pâncreas, estômago, coloretal, linfoma não-Hodgkin também são associados. Reumatologia – FMBM Pamela Barbieri – T23 Profª Dra. Letícia Tamashiro 2 Dermatopolimiosite amiotrófica: apenas lesões de pele Fraqueza muscular clinicamente inaparente. Enzimas musculares normais. Avaliação laboratorial: Enzimas musculares: CPK, aldolase (avaliação lesão de fibras musculares). CPK aumenta na fase de ativação e diminui quando a doença melhora (CPK é melhor para acompanhamento. Autoanticorpos: Auxiliam no diagnóstico do paciente. Relação com manifestação clínicas e prognóstico. FAN: 25-40% Pontilhado Baixos títulos 90% sobreposição Anti-sintetase: miosites-específicos (sensibilidade pequena, poucos pacientes tem) Anti-J01-20%; Predomina na polimiosite 80% dos pacientes com fibrose pulmonar e dermato/polimiosite tem AC anti-sintetase+ Eletroneuromiografia: avaliação de alterações miopáticas. Fazer em um membro (porque a doença é simétrica; e o lado contralateral será biopsiado). Achado: potenciais motores miopáticos, fibrilações, ondas espiculadas positivas e aumento da irritabilidade basal. Histologia: Necrose e regeneração de fibras, infiltrado mononuclear, difuso ou focal. Polimiosite – endomísio; dermatopolimiosite – permísio, perivascular, atrofia perifascicular. Infiltrado inflamatório em perimísio (polimiosite). Reumatologia – FMBM Pamela Barbieri – T23 Profª Dra. Letícia Tamashiro 3 Infiltrado inflamatório focal no endomísio, atrofia perifascicular (dermatopolimiosite). →Ressonância magnética: Não invasiva Visualiza grandes áreas Atividade da doença Ajuda diferenciar de miosites não inflamatórias onde está mais branco: inflamação; observe que é simétrica. Critérios de classificação – Bohan e Peter, 1975: 1. Fraqueza muscular proximal 2. Elevação de enzimas musculares 3. Alteraçõesm miopáticas na ENMG 4. Biópsia muscular com atrofia, regeneração e inflamação 5. Alterações cutâneas na dermatopolimiosite Diagnóstico provável de polimiosite: 3 de 4 menos rash Diagnóstico provável de dermatopolimiosite: 2 de 4 mais o rash Reumatologia – FMBM Pamela Barbieri – T23 Profª Dra. Letícia Tamashiro 4 Fisiopatologia: Hipótese: Infecção viral promove lesão direta na fibra, expondo autoantígenos da fibramuscular, que quando apresentados aos LT, desencadeiam resposta contra as fibras musculares. Ou vírus tem proteínas parecidas com a das fibras musuclares, agredindo fibras musculares por reação cruzada. (?) Ou mimetismo molecular de céls. neoplásicas. Dx diferencial: Doença neurológica do SNC ou periférico; Distrofia muscular. Doeças metabólicas: relacionadas ao exercício; metabolismo do glicogênio, lipidios; mitocondriopatias. Distúrbios HE: hipocalemia(uso de diurético), hipo/hipercalcemia, hipomagnesemia. Endocrinopatias: Hipotireoidismo (aumento CPK), hipertireoidismo, Sd Cushing, deficiência de vit D. Drogas (podem causar aumento de CPK): estatinas, colchicina, cloroquina, corticoesteroides, azitromicina. Tratamento: Corticoesteoides 1mg/kg/d até normalizar enzimas (4-8s). Redução gradual (6-10m). Imunossupressores: Reativações frequentes: MTX Ciclofosfmia – para pneumonite intesticial (pacientes podem desenvolver pneumonia por aspiração por miopatia em terço proximal do esôfago). Imunoglobulina: Mecanismo desconhecido Casos refratários Não é imunossupressor Caro Pele: Filtro solar Antimaláricos Isotretinoína Talidomia Reabilitação muscular: exercícios passivos, fortalecimento muscular. Balanço nitrogenado postivo (maior ingestão proteica). Conclusão Doença muscular inflamatória rara Fraqueza muscular porximal e simétrica Associa-se a neoplasias Autoanticorpos podem ajudar a diferenciar manifestações clínicas e prognóstico Responde a corticoides.
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