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Reumatologia – FMBM Pamela Barbieri – T23 Profª Dra. Letícia Tamashiro Artrites piogênicas 1) Não gonocócica: mais frequente, S. aureus. É uma emergência médica, altamente destrutiva. Pode levar a sepse e morte. Escoreou a pele (geralmente joelho) e pela pele atinge articulação (contiguidade) ou hematogênica. Predispõe a artrite séptica: alterações anatômicas secundárias a OA/AR; próteses; imunossupressões. Incidência: 2-19 casos/100.000 30-70 casos/100.000 (prótese/doença reumatológica. Etiopatogênes: Patógenos com seletividade para a membrana sinovial. Receptores para moléculas de superfície da cartilagem (fibronectina/elastina/colágeno). Staphylococcus aureus (60%) Streptococcus beta-hemolítico (15%). Neonatos: S. aureus; gram- → via hematogênica. Fisiopatologia: Reumatologia – FMBM Pamela Barbieri – T23 Profª Dra. Letícia Tamashiro →Manifestações clínicas: Adultos: joelhos – 40-50%. Crianças: coxofemorais 20-25% (principalmente neonatos). Usuários de drogas: acromioclavicular, costocondral, sacroilíacas. Febre, sinais flogísticos: calor, rubor, dor, edema, perda de função. →Diagnóstico: Hemograma: AUMENTO Glóbulos Brancos AUMENTO VHS e PCR Solicitar hemocultura Líquido sinovial (punção de joelho): Turvo, diminuição de viscosidade (quebra de proteína), GB >20.000, com predomínio de polimorfonucleares (90%). Gram-50%/cultura 50-90%. Tratamento: Sthapylococcus aureus – gram +: Oxacilina 2g 6/6h (se hospilar, vancomicina). 4-6semanas, via endovenosa. Alergia a oxacilina – clindamicina. Agente não identificado: Ceftriazona + Oxacilina. Lavar a articulação: artroscopia, manter a céu aberto – centro cirúrgico. Retirar prótese. Fisioterapia (prevenir contraturas). 2) Gonocócica Neisseria gonorrhoeae – diplococo gram -. Principal causa de artrite séptica entre adultos jovens, em fase sexual ativa. Migra para articulação via hematogênica. Atralgia migratória/aditiva (aumenta ou muda de articulações). Tenossinovite (inflamação da articulação e tendões ao redor – dactilite). Pústulas não dolorosas em pele. Joelhos/quadris/cotovelos/punhos. Menos sinais flogísticos e menos sequelas. Reumatologia – FMBM Pamela Barbieri – T23 Profª Dra. Letícia Tamashiro Cultura do líquido sinovial: geralmente negativa (50%); solicitar em ágar-chocolate. Cultura de orofaringe/uretra/reto. →Tratamento: Ceftriaxona 2g/d por 1-2 semanas. Conclusão: artrite séptica é uma urgência reumatol´goica. Sempre que possível puncionar. S. aureus é o principal agente. Adultos jovens sexualmente ativos: considerar gonorreia. ATBterapia venosa, EV, Artrites virais Geralmente poliarticulares Acometem pequenas articulações Dx diferencial de artrite reumatoide – FR pode ser positivo. Podem ter rash cutâneo associado Autolimitadas Não erosivas Fisiopatologia: HIV Depleção de células TCD4. Pacientes sem tratamento: artrite reativa e artrite psoriática. (Geralmente poupam esqueleto axial). Pacientes em uso de antirretrovirais: Semanas ou meses após tratamento – síndrome de reconstituição imunológica, paciente pode cursar com doença que simula doença autoimune. Exacerbação de AR, LES, doença tireoidiana. É autolimitada; deve manter tratamento. Imunossupressão deve ser mínima. Arbovírus Dengue, Zika, Chikungunya. Chinkungunya: ‘andar encurvado’; quadro mais grave de artrite, que pode cronificar. Zika: Reumatologia – FMBM Pamela Barbieri – T23 Profª Dra. Letícia Tamashiro Conclusão: poliartrites são manifestações comuns em viroses, frequentemente tem manifestações de pele associadas. Quadro de poliartrite aguda – suspeitar de viroses. Curso autolimitado; trata-se com sintomáticos. Cuidado com dx errado de AR. →Artrite por Mycobactéria Tuberculose: Osteoarticular – 1% das pessoas com tuberculose. Brasil: 500.000 pessoas com tuberculose. Via hematogênica – Inicia com osteomielite: 50% vértebras (mal de Pott); 30% articulações que suportam peso. Vértebras mais acometidas torácica e lombar. Artite monoarticular: Articulações que suportam peso, crônica, insidiosa, sem rubor. Em crianças há acometimento de quadril. Diagnóstico: Biópsia da membrana sinovial – sinovite granulomatosa; necrose caseosa nem sempre é encontrada. Líquido sinovial: >10.000cel/mm³; viscosidade DIMINUIDA, esfregaço geralmente BAAR; solicitar cultura. PPD: reator forte. Conclusão: as artirtes infecciosas não se resumem apenas as artrites piogênicas. Sempre considerar infecções como dx diferencial de doenças reumatológicas. Biópsia, cultura e testes sorológicas auxiliam o diagnóstico. Tratar patologia de base. Reumatologia – FMBM Pamela Barbieri – T23 Profª Dra. Letícia Tamashiro Febre reumática Sequela de amigdalite pelo estreptococo beta hemolítico do grupo A (estrepto pyogenes) em indivíduos geneticamente predispostos. Pacientes de 5 a 15 anos. 100/100.000 – países desenvolvidos. Em países em desenvolvimento, é maior. Inicia-se 1-5 semanas (em média 3) após infecção. Fisiopatologia: mimetismo antigênico; proteína M. Critérios de Jones (1992) Evidência de infecção prévia pelo estreptococo do grupo A +2 critérios maiores ou 1 critério maior e 2 menores. ASO (antistreptolisina o), cultura de orofaringe/teste rápido. Diagnóstico: ASO: deve ser colhida 2x Aumenta 7-12 dias apóes infecção, atinge pico em 4-6 semanas, seguido de declínio. Pode não normalizar. Artrite da febre reumática: pode durar até 2 semanas. Acomete grandes circulações. É migratória e incapacitante. Não deixa sequela e tem ótima resposta a AINEs. Tratamento: Profilaxia primária – tratar amigdalite < 7 dias. Erradicaçao de estreptococo – Penicilina benzatina IM DU Profilaxia 2ªria: penicilina benzatina IM a cada 21 dias. Até 18 anos – sem cardite Cardite sem sequela – até 25 anos Cardite crônica – toda vida
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