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OCLUSÃO Alinhamento e oclusão da dentição • Alinhamento e oclusão → mastigação; • Mastigação, deglutição e fala → posição dos dentes no arco → relacionamento com os dentes opostos; • Posições dentárias → não são determinadas ao acaso; • Numerosos fatores → largura do arco e o tamanho do dente; • Forças controladoras -→ tecidos moles circundantes. Fatores e Forças que Determinam a Posição do Dente • Alinhamento da dentição → resultado de forças multidirecionais complexas → durante e após a erupção; • Dente erupcionado → posição onde forças opostas estão em equilíbrio; • Forças opostas → musculatura circundante; • V → lábios e bochechas → forças L leves e constantes; • Lado oposto língua → forças vestibulares; • Ambas → forças leves e constantes; • Com o tempo → movimentação dentro do arco. • Posição neutra → forças VL e bucolinguais se igualam; • Durante a erupção → exageradamente para L ou V → força dominante força à posição neutra; • Isso ocorre quando há espaço no arco; • Sem espaço → forças não posicionam o dente; • Resultado → dente fora da arcada → apinhamento; • Mesmo após erupção → mudanças na direção ou magnitude das forças → movimento do dente → equilíbrio. • Ruptura das forças → língua extraordinariamente ativa ou grande; • Forças descompensadas nos dentes; • Espaço neutro não se perde → deslocado para V; • Dentes anteriores → abertos para V → até equilíbrio das forças; • Resultado → mordida aberta anterior; • Condicionado a engolir → língua preenche espaço anterior. • Importante → forças musculares atuando e regulando → função dentária; • Forças externas não orais → podem influenciar; • Cachimbo, caneta, dedo, instrumentos musicais etc; • Posição anormal identificada → indagar o paciente sobre os hábitos; • Falha na correção → se hábito negligenciado. • Contato proximal → ajuda alinhamento normal; • Resposta funcional do osso alveolar e fibras gengivais → deslocamento para LM; • Mastigação → movimento VL e Vertical → desgastes das superfícies de contatos proximais; • À medida desses desgaste → deslocamento mesial → ajuda a manter contato oclusal; • Resultado → estabilização do arco; • Deslocamento mesial evidente → cárie, trauma e extração; • Possibilidade de inclinação. • Contato oclusal → impede extrusão → estabilidade; • Fechamento da mandíbula → padrão único → reforço da posição; • Porção da superfície perdida/alterada → dinâmica do periodonto permite movimentação; • Dentes antagônicos → erupção além do normal; • Dente perdido → movimento horizontal e vertical; • Evento dramático na instabilidade do arco. Relação normal dos dentes enquanto estão alinhados nos arcos • Relação dos dentes entre si no arco dentário; • Plano oclusal → linha imaginária estabelecida em todas as pontas de cúspides bucais e borda incisal dos inferiores; • Em seguida → esse plano se abriria → incluir as pontas das cúpides linguais; • Posterior → prosseguiria por todo o arco → abarcar pontas de cúspide V e L do lado oposto e lingual do lado oposto. • Duas ATMs → raramente funcionam com movimentos simultâneos e idênticos; • ATMs → determinam maior parte do movimento detectável; • Movimentos mandibulares → complexos; • Plano oclusal reto → não permitiria contato funcional simultâneo em mais de 1 área; • Planos oclusais → curvados → máxima utilização dos contatos na função; • Curvatura → dentes posicionados em diferentes inclinações. • Quando arcos examinados lateralmente→ relação axial mesiodistal; • Ao traçar linha no longo eixo da raiz de maneira oclusal → angulação em relação ao osso alveolar; • Arco inferior → anteriores e posteriores mesialmente inclinados; • Arco superior → padrão diferente de inclinação; • Maxila → Dentes anteriores inclinados mesialmente; • Maxila → molares mais posteriores distalmente inclinados; • Traçando-se uma linha → curvatura convexa no arco superior e côncava no inferior; • Linhas se encaixam → arcos ocluem → curva de Spee. • Arcos em vista frontal → relacionamento axial bucolingual; • Dentes posteriores do arco superior → inclinação V; • Arco inferior dentes posteriores → inclinação L; • Plano oclusal curvado → superior convexo e inferior côncavo; • Curvatura frontal → curva de Wilson; • Superfície oclusal → cúspides, fossas e sulcos; • Superfície oclusal pode ser dividida em várias áreas; • Área entre as pontas de cúspides V e L dos posteriores → mesa oclusal (aspecto interno); • Mesa oclusal → onde maioria das forças é aplicada; • Área oclusal fora do espaço das cúspides → aspecto externo; • Aspectos externo e interno → compostos por vertentes que se estendem desde as pontas de cúspide até a FC; • Vertentes → interna ou externa; • Vertentes → M ou D. Relacionamento normal dos arcos entre si à medida em que são colocados em oclusão. • Relação dos dentes de um arco em relação ao arco oposto; • Fechamento mandibular → duas arcadas se encontram → relação oclusal dos dentes é estabelecida; • Dentes maxilares e mandibulares → ocluem de maneira precisa e exata; • Comprimento do arco → linha da distal do 3o molar de um lado até a distal do outro 3o molar do mesmo arco; • Duas arcadas → aproximadamente o mesmo comprimento; • Arcada mandibular ligeiramente menor → incisivos inferiores. • Largura do arco → distância que atravessa o arco; • Largura do arco mandibular ligeiramente menor que a do maxilar; • Resultado → quando cada arcada oclui cada dente superior está posicionado mais V que os inferiores; • Assim → relação oclusal normal dos dentes posteriores → cúspides V dos inferiores → ocluam nas áreas da FC dos superiores; • Cúspides palatinas dos superiores → ocluem na FC dos inferiores. • Essa relação protege os tecidos moles circundantes; • Evitando que lábios, bochechas e língua se interponham entre os dentes em função; • Língua, lábios e bochecha → importantes em função → recolocam o alimento; • Relação VL → maximiza a eficiência da musculatura → minimizando traumas de tecido mole. • Discrepâncias no tamanho esquelético da arcada e padrão de erupção; • Cúspides V dos dentes maxilares na FC dos mandibulares → mordida cruzada. • Cúspides V dos dentes posteriores inferiores e L dos dentes posteriores superiores → ocluem com a fossa central oposta; • Essas cúspides → cúspides de suporte/cêntrica → mantém distância entre maxila e mandíbula; • Essa distância sustenta a altura vertical da face → DVO; • Essas cúspides → desempenham papel fundamental na mastigação; • Cúspides de suporte são amplas e arredondadas; • Observadas do aspecto oclusal → pontas a 1/3 de distância da largura VL total do dente. • Cúspides V dos dentes posteriores superiores e L dos dentes posteriores inferiores → cúspides guia ou não cêntrica; • Relativamente pontiagudas → pontas a 1/6 de distância da largura VL total do dente; • Pequena área da cúspide guia → importância funcional; • Pequena área → vertente interna da cúspide guia e/ou em contato com uma pequena parte do aspecto externo da cúspide cêntrica antagônica; • Essa pequena área da cúspide cêntrica → única que um aspecto externo tem significado funcional; • Área chamada → aspecto funcional externo; • Pequeno aspecto funcional externo na cúspide de suporte → contra vertente interna da cúspide guia. • Função principal da cúspide guia → minimizar impacto tecidual e manter bolo alimentar na mesa oclusal; Também dão estabilidade mandibular; • Essa relação dos dentes em máxima intercuspidação → PMI; • Mandibula mover lateralmente em relação a essa posição → contato não cêntrico → contatar e guiar a mandíbula; • Se boca aberta e depois fechada → cúspides guia guiam amandíbula de volta a PIC; • Durante mastigação → essas cúspides terminam os contatos de guia → informações ao sistema NM, que controla movimento de mastigação. Relação de contato oclusal vestibulolingual • Arcos vistos em vista oclusal → pontos de referência podem ser visualizados → uteis para entender a relação interoclusal: - Linha imaginária ao longo de todas as cúspides V dos dentes posteriores inferiores → linha vestíbulo-oclusal (VO); - Arco normal → linha flui suave e continuamente→ revelando a forma geral do arco; - Ela também representa a demarcação entre os aspectos internos e externos das cúspides V. • Arcos vistos em vista oclusal → pontos de referência podem ser visualizados → uteis para entender a relação interoclusal: - Linha imaginária através dos sulcos centrais → dos dentes posteriores, superiores e inferiores → linha da fossa central; - Em um arco normal bem alinhado → linha contínua que revela a forma do arco. • Linha FC estabelecida → observar relação importante nas áreas de contato proximal; • Essas áreas estão localizadas uma posição V em relação a linha FC → nicho L maior e nicho V menor; • Durante função → nicho lingual → área de escape para o alimento em mastigação; • Oclusão dos dentes → maior parte do alimento é retornada à mesa de mastigação pela língua. • Linha VO dos dentes inferiores → oclui com a linha FC dos dentes superiores; • Simultaneamente → linha LO dos superiores → oclui com a linha FC dos inferiores. Relação de contato mesiodistal • Contatos oclusais → ocorrem quando as cúspides cêntricas contatam a linha FC; • Vistas a partir do aspecto V → essas cúspides geralmente entram em contato com uma das seguinte sáreas: - Área da FC; - Área das ameias e da crista Marginal. • Contato entre as pontas de cúspide e a FC; • Comparado à trituração do pistilo no gral; • Duas superfícies curvas se encontram → apenas algumas regiões se contatam → áreas livres que funcionam como escape; • À medida que a mandíbula se movimenta durante a mastigação → áreas diferentes se contatam → diferentes áreas de escape; • Esse movimento aumenta a eficiência da mastigação. • 2o tipo de contato oclusal → entre as pontas de cúspide e cristas marginais; • Nessa relação → a ponta da cúspide pode penetrar facilmente no alimento; • Conforme a mandíbula se move a área de contato aumenta a eficiência da mastigação. • Relacionamento dental interarco normal visto pela lateral → cada dente oclui com dois dentes antagonistas; • Duas exceções a essa regra → incisivos centrais mandibulares e 3os molares maxilares; • Nesses casos →oclusão apenas com um antagonista; • Assim →cada dente oclui com seu oposto + um adjacente; • Essa relação ajuda a distribuir as forças oclusais e manter integridade do arco; • Relação normal → inferiores ligeiramente posicionados para lingual e mesial em relação aos opostos. Contatos oclusais comuns dos dentes posteriores • Parte da atenção → voltada ao 1o molar; • 1o M inferior → ligeiramente para mesial em relação ao 1o superior; • Em alguns pacientes → posição distal; • Em alguns pacientes → para mesial; • Variação na relação molar descrita por Angle; • Relação molar de Angle → classe I, classe II e classe III. Relação de contato oclusal vestibulolingual • Arcos vistos em vista oclusal → pontos de referência podem ser visualizados → uteis para entender a relação interoclusal: - Linha imaginária através das cúspides linguais dos dentes posteriores maxilares → linha línguo-oclusal (LO); - Revela a forma geral do arco e representa a demarcação entre os aspectos externo e interno das cúspides cêntricas; Classe I • Mais comum encontrada na dentição natural; • Caracterizada do seguinte modo: - Cúspide MV do 1oMI → oclui na área da ameia entre o o 2o pré S e o 1oMS; - Cúspide MV do 1oMS → alinha-se diretamente com o sulco V no 1oMI; - Cúspide ML do 1oMS → situada na FC do 1oMI. • Nesse relacionamento → cada dente inferior oclui com seu antagonista com com o M adjacente; • Exemplo: 2o Pré I → contato com o 2o pré S + 1o pré S; • Duas variações no padrão de contato oclusal → considerando áreas da crista marginal; • Alguns casos →cúspide em contato com ameia de forma direta (ambas cristas M) → dois contatos na área de ponta de cúspide; • Outras vezes → ponta de cúspide contata apenas uma crista marginal. Classe II • Alguns pacientes → arco maxilar maior ou se projeta anteriormente; • Outros casos → arco mandibular pequeno ou projetado posteriormente; • Resultado → posicionamento do 1o MI distal à relação molar de classe I. • Cúspide MV do 1o M inferior → oclui na área de FC do primeiro M superior; • Cúspide MV do 1oMI → alinha-se com o sulco V do 1oMS; • Cúspide DL do 1oMS → oclui na área de FC do primeiro molar inferior; • Em comparação com classe I → cada par de contato situa-se na posição distal; Classe III • Geralmente correspondente a um crescimento predominante da mandíbula; • Resultado → molares inferiores mesialmente aos superiores • Cúspide DV do 1oMI → situada na ameia entre o 2o pré e o 1oMS; • A cúspide MV do 1oMS → situada sobre a ameia entre 1o e 2o MI; • A cúspide ML do 1oMS → situada na fossa mesial do 2oMI; • Cada par de contato oclusal situada em posição bastante mesial em relação a classe I. Contatos oclusais comuns dos dentes anteriores • Dentes superiores → semelhante aos posteriores os anteriores → posição labial em relação aos anteriores inferiores; • Porém → tanto superiores quanti inferiores inclinam para V; • Muita variação mas → bordas incisais dos incisivos inferiores superfície palatina dos superiores; • Contato → fossa lingual dos IS → a 4 mm das bordas incisais; • Vista V → 3 a 5 mm dos inferiores ocultos pelos superiores. • Inclinação V dos dentes anteriores → função diferentes dos posteriores; • Inclinação V dos superiores e maneira como os inferiores ocluem com eles → não favorecem resistências a forças oclusais intensas; • No fechamento mandibular → forças intensas sobre os dentes anteriores → deslocamento dos dentes maxilares para V; • Oclusão normal → dentes anteriores em MI → contatos mais leves que os posteriores; • Ausência de contato de anteriores na MI → não é raro; • Finalidade dos anteriores → não é manter a DVO → mas guiar a mandíbula em movimentos laterais; • Contatos chamados de guia anterior. • Guia anterior → papel importante na função do sistema mastigatório; • As características são ditadas pela posição e relação dos dentes anteriores; • Pode ser examinado tanto horizontal quanto verticalmente. • Distância horizontal entre dentes anteriores superiores e inferiores → trespasse horizontal → overjet; • Distância entre a borda incisal V dos IS e a superífie V os inferioresem MI. • Guia anterior → no plano vertical → trespasse vertical ou overbite; • Distância entre as bordas incisais dos dentes anteriores opostos; • Oclusão normal → 3 a 5 mm se sobreposição vertical. • Outra função dos anteriores → iniciar a mastigação; • Dentes anteriores incisam o alimento assim que ele entra na cavidade oral; • Importante papel na fala → suporte labial e estética. • Em algumas pessoas essa relação normal não existe; • Variações → resultado de diferentes variações de desenvolvimento e crescimento; • Termos específicos para essas variações. • Mandíbula subdesenvolvida → relação molar classe II → dentes anteriores inferiores em contato com o terço gengival dos dentes superiores; • Mordida profunda ou trespasse vertical profundo. • Relação anterior de Classe II → maxilares centrais e laterais em inclinação V normal → divisão 1; • Incisivos maxilares inclinados para L → relação Classe II, divisão 2. • Outros indivíduos → crescimento mandibular acentuado; • Nesse caso → dentes anteriores inferiores em contato com a borda incisal dos superiores; • Relação topo a topo; • → Relação molar Classe III; • Casos extremos → inferiores tão a frente que não há contato em MI. • Outra relação é o trespasse vertical negativo; • Dentes posteriores em MI → anteriores opostos não se sobrepõe ou se contatam; • Mordida aberta anterior→ sem contatos dentais anterior durante o movimento mandibular. Contatos oclusais durante o movimento mandibular • Até agora → somente as relações dos dentes anteriores e posteriores; • Porém → sistema mastigatório dinâmico; • ATM e musculatura → permitem movimentos da mandíbulas nos três planos: sagital, horizontal e frontal); • Com esses três planos aparecem os contatos dentais em potencial. • Importante compreender os tipos e locais de contatos dentários que ocorrem durante osmovimentos mandibulares básicos; • Excêntrico → termo usado para descrever qualquer movimento da mandíbula partindo da posição de intercuspidação que resulte em contato dentário. • Três movimentos excêntricos: protrusivo, laterotrusivo e retrusivo. Movimento mandibular protrusivo • Ocorre quando a mandíbula se move para frente a partir da posição de intercuspidação; • Qualquer área de um dente que entre em contato com um dente oposto durante o movimento protrusivo →contato protrusivo; • Oclusão normal → contatos protrusivos → em dentes anteriores; • Entre as bordas incisais e V de incisivos I →contra fossa palatina e bordas incisais de IS; • Considerados → vertentes guia dos dentes anteriores. • Posteriores → movimentos protrusivos → leva as cúspides cêntricas inferiores → cruzar anteriormente as superfícies ocluais dos dentes superiores; • Contato → Ocorrem entre as vertentes D das cúspides palatinas superiores e vertentes M das fossas e cristas marginais opostas; • Também podem ocorrer entre as vertentes M das cúspides V inferiores e vertentes D das fossas e cristas marginais opostas. Movimento mandibular de lateralidade • Dentes posteriores inferiores direito e esquerdo cruzam com seus antagonistas em diferentes direções; • Mandíbula para esquerda → posteriores inferiores esquerdos irão se movimentar lateralmente através de seus dentes opostos; • Já dentes posteriores inferiores direito → movimento medial em relação aos deus opostos; • Áreas potenciais de contato em diferentes locais → diferentes nomes. • Dentes posteriores do lado esquerdo → movimento esquerdo → contato em duas áreas vertentes; • Vertentes internas das cúspides V dos superiores e vertentes externas das cúspides V inferiores; • Ou → vertentes externas das cúspides palatinas e vertentes internas das cúspides linguais inferiores; • Ambos chamados de laterotrusivos; • Contato de trabalho → maioria dos contatos para o lado que a mandíbula se desloca. Movimento mandibular retrusivo • Mandíbula se desloca posteriormente a partir da posição de intercuspidação; • Comparado aos demais → menor (1 a 2 mm); • Limitado pelas estruturas ligamentares; • Cúspides V inferiores → movem-se para D → sob superfície oclusal dos dentes superiores opostos. • Áreas de potencial contato → vertentes D das cúspides V inferiores (cêntricas) e vertentes M das fossas e cristas marginais opostas; • Arcada superior → contatos retrusivos entre as vertentes M da fossa central e marginais opostas; • Contato retrusivo ocorre nas vertentes opostas do contato protrusivo → movimentos opostos. MECÂNICA DO MOVIMENTO MANDIBULAR Conhecendo o aparelho estomatognático • Série complexa de atividades tridimensionais de rotação e translação → inter-relacionadas; • Atividade combinada e simultânea das ATMs; • ATMs não podem funcionar inteiramente independentes uma da outra; • Porém → raramente funcionam com movimentos idênticos e conjuntos; • Para entendimento →isolar movimentos que ocorre em uma ATM; • Dois tipos de movimentos; • Posterior → movimentos tridimensionais serão divididos em movimentos dentro de um único plano. Movimento de rotação • Movimento de um corpo em torno do seu eixo; • Sistema mastigatório → ocorre quando a boca abre e fecha → em torno de um ponto fixo dentro dos côndilos; • Dentes separados e ocluídos sem mudança na posição dos côndilos. • Na ATM → rotação ocorre como movimento dentro da cavidade inferior da articulação; • Movimento entre a superfície superior do côndilo e superfície inferior do disco articular; • Pode ocorrer em todos os três planos: horizontal, frontal (vertical) e sagital; • Em cada plano ocorrem em torno de um ponto chamado eixo; • Considerar cada um dos eixos. Eixo horizontal de rotação • Movimento mandibular em torno desse eixo → é o movimento de abrir e fechar; • O movimento denominado de rotação; • → E o eixo horizontal chamado de eixo de rotação; • Esse movimento de dobradiça → é o único movimento mandibular onde eixo de rotação puro acontece; • Todos os outros movimentos da mandíbula → rotação ao redor do eixo → acompanhada depois por translação do eixo; • Quando côndilos em posição mais superior da fossa articular → boca aberta exclusivamente por rotação. Eixo frontal (vertical) de rotação • Movimento em torno do eixo frontal → ocorre quando um côndilo move-se anteriormente → fora da posição terminal de dobradiça; • Mas → eixo vertical do côndilo oposto permanece na posição de rotação; • Esse tipo de movimento não ocorre naturalmente → devido inclinação da eminência articular → que determina a inclinação do eixo frontal → enquanto côndilo em movimento se move para frente. Eixo sagital de rotação • Ocorre quando um côndilo se move inferiormente → enquanto o outro côndilo permanece na posição de rotação; • Ligamentos e musculatura da ATM impedem luxação → esse movimento isolado não ocorre naturalmente; • Porém esse movimento se dá em conjunto com outros movimentos → Quando os côndilos orbitantes movimentam-se para baixo e para frente → através da eminência articular. • Ocorre quando um côndilo se move inferiormente → outro côndilo permanece na posição de rotação; • Ligamentos e musculatura da ATM impedem luxação → esse movimento isolado não ocorre naturalmente; • Porém se dá em conjunto com outros movimentos; • Quando os côndilos orbitantes movimentam-se para baixo e para frente → através da eminência articular. Movimentos de translação • Cada ponto do objeto que se move simultaneamente → mesma velocidade e direção; • No sistema matigatório → ocorre quando a mandíbula move-se para frente (protrusão); • Dentes, côndilos e ramos → movem-se todos na mesma direção e extensão. • Translação → ocorre dentro da cavidade superior da articulação; • → entre a superfície superior do disco articular e superfície inferior da fossa articular; • Durante a maioria dos movimentos normais da mandíbula → rotação e translação ocorrem simultaneamente; • Enquanto a mandíbula está rotacionando em torno de um ou mais eixos → cada um dos eixos está translando ou mudando sua orientação no espaço; • Resultado → movimentos muito complexos e extremamente difíceis de visualizar; • Para melhor entendimento → consideraremos que a mandíbula se movimenta isoladamente em cada um dos planos de referência. Movimentos bordejantes num mesmo plano • Movimento mandibular → limitado pelos ligamentos, pelas superfícies articulares das ATMs e morfologia e alinhamento dos dentes; • Movimentos através dos limites externos do movimento → limites descritíveis reprodutíveis → movimentos bordejantes; • Movimento bordejante e movimentos funcionais típicos → descritos para cada plano de referência. Movimentos bordejantes e funcionais no plano sagital • Movimento mandibular no plano sagital → quatro componentes de movimento: - Bordejante de abertura posterior; - Bordejante de abertura anterior; - Bordejante de contato superior; - Funcional. • Extensão de movimentos bordejantes de abertura posterior e anterior → limitada pelos ligamentos e morfologia da ATM; • Movimentos bordejantes de contato superior → determinados pelas superfícies ocluais e incisais dos dentes; • Movimentos funcionais → não são considerados bordejantes → visto que não são determinados por limite externo de movimento; • Movimentos funcionais → determinados pelas respostas condicionadas do sistema muscular. Movimentos bordejantes de abertura posterior • Ocorrem como um plano de dobradiça em dois estágios; • 1o estágio → côndilos estabilizados na sua porção mais superior da fossa (posição terminal de rotação); • Posição mais superior do côndilo → onde movimento de rotação pode acontecer → posição de relação cêntrica; • Mandíbula pode ser abaixada (boca abrindo) num movimento de rotação puro → sem translação dos côndilos; • Para isso ocorrer → posição mandibular anterior a RC → movimentos bordejantes de abertura posterior → únicos come esse movimento de dobradiça mandibular. • Em RC a mandíbula pode rotacionar em torno do eixo horizontal até 20 a 25 mm ( entre borda incisal deIncisivo S e Incisivo I); • Nesse ponto de abertura → ligamentos da ATM tensionados; • Se continuar a abertura → resulta em translação anterior e inferior dos côndilos; • Côndilos transladam → eixo de rotação da mandíbula passa pelo corpo dos ramos → resultando no 2o estágio de abertura posterior bordejante. • Durante esse estágio a mandíbula rotaciona em torno de um eixo horizontal passando através dos ramos; • Os côndilos se movendo anterior e inferiormente; • Porção anterior da mandíbula se movendo posterior e inferiormente; • A abertura máxima alcançada quando ligamentos capsulares impedem movimentos adicionais dos côndilos; • Abertura máxima → 40 a 60 mm → distância entre as bordas incisais. Movimentos bordejantes de abertura anterior • Com a mandíbula totalmente aberta → o fechamento acompanhado pela contração dos pterigoideos laterais produzirá o movimento bordejante de fechamento anterior; • Teoricamente → se os côndilos fossem estabilizados nessa posição anterior um movimento de rotação pura poderia ocorrer conforme o fechamento da mandíbula → a partir da abertura máxima até protrusão máxima; • Conforme ocorre fechamento → tensão dos ligamentos produz um movimento posterior dos côndilos. • A posição condilar é mais anterior na abertura máxima → mas não na protrusão máxima; • O movimento posterior do côndilo a partir da posição de abertura máxima até a posição de protrusão máxima produz excentricidade no movimento anterior bordejante; • Dessa forma esse não é um movimento de rotação pura. Movimentos bordejantes de contato superior • Os outros movimentos bordejantes são limitados pelos ligamentos; • O movimentos bordejante de contato superior é determinado pela superfície oclusal dos dentes; • Durante todo o movimento o contato dentário está presente; • A delineação precisa desse movimento depende de condições dentárias. • Sua delineação precisa depende de: - Diferença entre RC e MIH; - Angulação da vertente das cúspides dos dentes posteriores; - Quantidade de overbite e overjet; - Morfologia palatina dos dentes anteriores superiores; - Relações gerais interarco. O movimento bordejante neste caso é determinado unicamente pelo dente. Assim, alterações sofridas pelos dentes resultarão em mudanças na natureza do movimento. • Em RC → contatos dentários são encontrados em um ou mais pares de dentes antagônicos posteriores; • O contato dentário inicial no fechamento terminal de rotação (RC) ocorre entre as “vertentes M de um dente superior e as vertentes D de um dente inferior; • Se for aplicada força muscular na mandíbula → movimento ântero superior ou deslocamento até a MIH; • Durante essa mudança de posição pode haver um desvio lateral em 90% da população. • Na MIH os dentes anteriores opostos geralmente entram em contato; • Quando a mandíbula é protruída a partir da MIH → contato entre as bordas incisais dos dentes anteriores mandibulares e as vertentes palatinas dos anteriores maxilares; • Resultado → em movimento ânteroinferior da mandíbula; • Isso continua até que os dentes dos dois arcos estejam numa mordida topo a topo → onde a trajetória horizontal é seguida. • Movimento horizontal continua até que as bordas incisais dos inferiores ultrapasse os superiores; • Nesse ponto a mandíbula move-se numa direção superior até dentes posteriores ficarem em contato. • Assim →superfície oclusal dos dentes posteriores terminam o trajeto até a posição de protrusão máxima; • Se une com a posição mais superior do movimento bordejante de abertura anterior. Movimentos funcionais • Ocorrem durante a atividade funcional da mandíbula; • Acontecem dentro dos movimentos bordejantes → considerados movimentos livres; • Maioria das atividades → requer intercuspidação máxima; • Sendo assim → começa em MIH ou abaixo dela; • Mandíbula em repouso → encontra-se aproximadamente a 2 a 4 mm abaixo da MIH; • Posição conhecida como → posição clínica de repouso. • Se o movimento de mastigação for examinado no plano sagital → será visto começando em MIH; • → para baixo e ligeiramente para frente → até a posição desejada de abertura. Efeitos da postura no movimento funcional • Cabeça ereta e alinhada → posição postural da mandíbula de 2 a 4 mm abaixo da MIH; • Músculos elevadores se contraem → mandíbula elevada para a MIH; • Face direcionada a aproximadamente 45o para cima → posição da mandíbula alterada → ligeiramente retruída; • Alteração relacionada com estiramento e alongamento de vários tecidos que sustentam a mandíbula. • Se os músculos elevadores se contraem com a cabeça elevada → o trajeto de fechamento será ligeiramente posterior ao trajeto de fechamento da posição ereta; • O contato dental ocorrerá posterior à MIH. Movimentos bordejantes e funcionais no plano horizontal • Registro do arco gótico → aparelho usado pararegistrar os movimentos mandibulares; • Trata-se → placa de registro presa aos dentes superiores e uma pua presa nos dentes inferiores; • Mandíbula se movimenta → pua traça uma linha que coincide com esse movimento; • Movimentos bordejantes no plano horizontal podem ser facilmente registrados e examinados. • Quando os movimentos mandibulares são visualizados no plano horizontal → traçado romboide com movimentos distintos: - Bordejante lateral esquerdo; - Bordejante lateral esquerdo continuado com protrusão; - Bordejante lateral direito; - Bordejante lateral direito continuado com protrusão. Movimentos bordejantes laterais esquerdos • Com os côndilos na posição de RC → contração do piterigoideo lateral inferior direito → faz o côndilo direito se movimentar anterior, medialmente e inferiormente; • Se pterigoideo lateral inferior esquerdo permanece relaxado → côndilo esquerdo permanece em RC; • Resultado → movimento bordejante lateral esquerdo; • Côndilo esquerdo → côndilo de rotação →porque a mandíbula rotaciona em torno dele; • Côndilo direito → côndilo orbitante → porque orbita ao redor do côndilo de orbitante; • Côndilo esquerdo → côndilo de trabalho; • Côndilo direito → côndilo de balanceio. • Durante o movimento a pua irá traçar uma linha na placa de registro com o movimento bordejante esquerdo. Movimentos bordejantes laterais direitos • Uma vez que os movimentos bordejantes esquerdos tenham sido registrados no traçado → mandíbula retorna a RC → movimentos laterais direitos são registrados; • A contração do piterigóideo lateral inferior esquerdo → levará o côndilo esquerdo anterior, medial e inferiormente; • Se o músculo pterigóideo lateral inferior direito permanecer relaxado, o côndilo direito continuará em RC; • Resultado → movimento bordejante lateral direito; • Côndilo direito → côndilo de rotação; • Côndilo esquerdo → côndilo orbitante. • No decorrer desse movimento, a pua irá gerar uma linha na placa de registro que coincide com o movimento bordejante lateral direito. Movimentos bordejantes laterais direitos continuados com protrusão • Mandíbula na posição bordejante lateral direita + contração do pterigoideo lateral inferior direito + contração ininterrupta do pterigoideo lateral inferior esquerdo → faz côndilo direito se movimentar para anterior e para a esquerda; • → Côndilo direito já está na sua posição anterior máxima → logo, o movimento do côndilo esquerdo até a sua posição anterior máxima → causará um desvio da linha média mandibular; • → Linha média mandíbula coincidirá com a linha média da face; • Isso completa os movimentos bordejantes no plano horizontal. Movimentos bordejantes laterais no plano horizontal • Movimentos laterais podem ser gerados nos mais variados níveis de abertura mandibular; • Os movimentos bordejantes gerados em cada grau de abertura → irão resultar em traçados sucessivamente menores; • Até que → em posição de abertura máxima → pouco ou nenhum movimento possa ser feito. Movimentos funcionais • Como no plano sagital → os movimentos funcionais no plano horizontal ocorrem mais perto da MIH; • Durante mastigação → amplitude de movimento começa um pouco distante da MIH; • A medida que o alimento é quebrado a mandíbula de moveem direção à MIH; • A posição exata da mandíbula durante a mastigação é ditada pela configuração oclusal existente. MOVIMENTOS BORDEJANTES E FUNCIONAIS NO PLANO FRONTAL (VERTICAL). • Quando movimento mandibular é observado no plano frontal um padrão em forma de escudo pode ser visto com quatro componentes com movimentos distintos → juntamente com o componente funcional: 1. Bordejante superior lateral esquerdo; 2. Bordejante de abertura lateral esquerdo; 3. Bordejante superior lateral direito; 4. Bordejante de abertura lateral direito. Movimentos bordejantes superiores laterais esquerdos • Com a mandíbula em máxima intercuspidação → realizado um movimento lateral para a esquerda; • Um dispositivo de registro irá revelar a geração de um traçado côncavo inferior; • A natureza precisa deste traçado é determinada primariamente pela morfologia e por relações interarco dos dentes superiores e inferiores que estão em contato durante este movimento; • A extensão lateral máxima deste movimento é determinada pelos ligamentos da articulação em rotação. Movimentos bordejantes de abertura laterais esquerdos • Da posição bordejante superior lateral esquerda máxima, um movimento de abetura da mandíbula produz um traçado convexo lateral; • A medida que a abertura máxima é alcançada, os ligamentos se esticam e produzem um movimento direcionado medialmente; • Esse movimento causa retorno da linha média mandibular → para coincidir com a linha média da face. Movimentos bordejantes superiores laterais direitos • Uma vez que os movimentos frontais esquerdos são registrados → mandíbula retorna à máxima intercuspidação; • A partir dessa posição um movimento lateral é feito para a direita; • Semelhante ao movimento bordejante superior lateral esquerdo; • Pequenas diferenças podem ocorrer devido aos contatos dentários envolvidos. Movimentos bordejantes de abertura laterais direitos • Da posição bordejante lateral direita máxima → um movimento de abertura produz um trajeto conexo lateral similar ao movimento de abertura esquerdo; • Ao atingir a abertura máxima → ligamentos se esticam; • → Assim é produzido um movimento direcionado medialmente; • Isso provoca um deslocamento de retorno da linha média da mandibular para coincidir com a linha média da face; • Enfim → encerramento do movimento esquerdo de abertura. MOVIMENTOS FUNCIONAIS • Como nos outros planos → movimentos funcionais começam e terminam na MIH; • Na mastigação → mandíbula desce até alcançar a abertura desejada; • Posterior → mandíbula se movimenta para o lado onde o bolo alimentar se encontra e eleva-se; • Quando se aproxima da máxima intercuspidação → bolo alimentar é quebrado entre os dentes antagônicos; • Por fim → mandíbula retorna rapidamente à MIH. Envelope de movimento • A combinação dos movimentos mandibulares bordejantes nos três planos (sagital, horizontal e frontal) produz um envelope de movimento tridimensional; • → Representa a amplitude de movimento máxima da mandíbula; • Apesar do envelope ter essas características → diferenças de pessoa para pessoa; • Superfície superior do envelope → determinada pelos contatos dentários; • Outras bordas → determinadas pelos ligamentos e pela anatomia da articulação → que restringem ou limitam o movimento. MOVIMENTO TRIDIMENSIONAL • Durante um simples movimento lateral ocorre um movimento em torno de cada eixo(sagital, horizontal e vertical); • Ao mesmo tempo cada um dos eixos se inclina → para se acomodar em relação ao movimento que está ocorrendo em torno dos outros eixos; • Tudo isso ocorre dentro do envelope de movimento; • Tudo isso é controlado de forma complexa pelo sistema neuromuscular para evitar danos a qualquer uma das estruturas.
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