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Mecanismo de parto O feto é o móvel ou objeto, que percorre o trajeto (bacia), impulsionado por um motor (contração uterina). Atitude habitual: flexão da cabeça sobre o tronco e de entrecruzamento dos membros ovoide fetal. O formato ovoide é composto por dois segmentos: o ovoide cefálico (cabeça) e o córmico (tronco e membros). Embora o ovoide córmico seja maior, seus diâmetros são facilmente redutíveis, tornando o polo cefálico mais importante durante a parturição. Mecânica do parto: analisa os movimentos da cabeça, sob ação das contrações uterinas, a transitar pelo desfiladeiro pelvigenital. O trajeto, ou canal da parturição, estende-se do útero à fenda vulvar, e é constituído por formações de diversas naturezas, partes moles do canal do parto (segmento inferior, cérvice, vagina, região vulvoperineal), e é sustentado por cintura óssea (pequena pelve, pequena bacia ou escavação). Mecanismo do parto: movimentos que o feto executa durante o percurso através do canal parturitivo (contratilidade uterina + músculos abdominais). São movimentos puramente passivos, e procuram adaptar o feto às exiguidades e às diferenças de forma do canal. Com esses movimentos, os diâmetros fetais se reduzem e se acomodam aos pélvicos. O mecanismo do parto tem características que variam de acordo com o tipo de apresentação e a morfologia da pelve. Maioria dos casos: o parto processa-se com o feto em apresentação cefálica fletida – apresentação de vértice. TEMPOS DO MECANISMO DO PARTO Dividido em três: insinuação, descida e desprendimento. INSINUAÇÃO OU ENCAIXAMENTO É a passagem da maior circunferência da apresentação através do anel do estreito superior. Nessas condições, e pelo geral, está o ponto mais baixo da apresentação à altura das espinhas ciáticas (plano “O” de DeLee). Tem como tempo preliminar a redução dos diâmetros, o que, nas apresentações cefálicas, é conseguido pela flexão (apresentação de vértice), ou deflexão (apresentação de face). de vértice. Na apresentação pélvica (sentadinho), a redução dos diâmetros é obtida aconchegando-se os membros inferiores sobre o tronco ou desdobrando-se os mesmos, para baixo ou para cima. Nas apresentações córmicas, a insinuação não ocorre com feto de tamanho normal, em decorrência da grande dimensão dos diâmetros. Por isso, o parto pela via vaginal é impossível. Mecanismos atípicos que promovem o parto transpélvico espontâneo podem ser processados somente nos fetos mortos, ou de pequenas dimensões. Para que se processe a insinuação, é necessário haver redução dos diâmetros da cabeça, o que será obtido pela orientação de diâmetros e por flexão. No início dessa fase, a cabeça fetal encontra-se acima do estreito superior da bacia, em flexão moderada, com a sutura sagital orientada no sentido do diâmetro oblíquo esquerdo ou do transverso e com a pequena fontanela (fontanela lambdoide) voltada para esquerda. Alguns autores consideram a variedade de posição mais frequente a occípito-esquerda-anterior (OEA), que designam de primeira posição. Ordem decrescente de frequência, a occípito-direita-posterior (ODP) (32%), segunda posição; a occípitoesquerda-posterior (OEP) (6%); e, bem rara, a occípito-direita- anterior (ODA) (1%). Já outros autores, fundamentados em estudos radiográficos, opinam que a variedade de posição mais frequente, na insinuação, é a transversa (60 a 70%), a esquerda superando numericamente a direita. Na realidade, o encaixamento depende, essencialmente, da morfologia da pelve. Nas de tipo ginecoide, ele se dá, preferencialmente, pelo diâmetro transverso; nas androides, as posições transversas são cerca de três vezes mais comuns que as anteriores e as posteriores reunidas, sendo essas últimas as de maior incidência; nas antropoides é menor a frequência do encaixamento pelo diâmetro transverso; alguns autores estabeleceram que esse tipo de bacia predispõe às posições posteriores, embora as posições diretas também sejam comuns. Nas bacias platipeloides, a cabeça deve ser encaixada quase obrigatoriamente através dos diâmetros transversos. O aproveitamento dos diâmetros oblíquos ou transversos (os mais amplos do estreito superior) é indispensável para a passagem do diâmetro anteroposterior, o maior da circunferência de encaixamento. A atitude de moderada flexão (atitude indiferente), em que se encontra a cabeça no início do mecanismo do parto, apresenta ao estreito superior da bacia o diâmetro occipitofrontal, maior do que o suboccipitobregmático, que mede 9,5 cm. Para apresentar esse último diâmetro, mais favorável, a cabeça sofre um 1º movimento de flexão. O eixo maior do ovoide cefálico toma a direção do eixo do canal. A flexão da cabeça pode ser explicada por três teorias: TEORIA DE ZWEIFEL A implantação da coluna cervical na base do crânio se faz mais para o lado occipital do que da face, criando a condição de uma alavanca de braços desiguais. A contrapressão exercida pelo contato das bordas da pelve, representando forças iguais nos dois extremos da alavanca, domina o braço mais longo, que corresponde à face, por isso esse extremo sobe e o outro desce. RESUMINDO: A CONTRAÇÃO UTERINA EXERCE UMA FORÇA NA COLUNA E COM ISSO A CABEÇA FETAL VAI DE ENCONTRO À PELVE, REALIZANDO A FLEXÃO. TEORIA DE LAHS Define que as pressões laterais exercidas sobre a cabeça pelo canal do parto alcançam níveis diferentes, sendo o mais baixo o lado occipital. A ação das linhas de força em sentido oposto resulta no abaixamento do occipital. TEORIA DE SELLHEIM Mediante uma diferença de pressão atmosférica, quando um elipsoide de rotação, colocado obliquamente ao seu eixo, progride através de um tubo reto, igual ao canal do parto, o elipsoide dispõe-se de modo que seu eixo maior coincida com o eixo do tubo. APENAS ZWEIFEL DEIXA ENTENDER QUE AS FORÇAS ATUANTES NA FLEXÃO DA CABEÇA RESULTAM DO CONTATO COM A REBORDA ÓSSEA DA PELVE, ENQUANTO AS OUTRAS DUAS TEORIAS SUGEREM PRESSÕES LATERAIS DAS PORÇÕES ALTAS DO CANAL MOLE (SEGMENTO INFERIOR DO ÚTERO). A insinuação ocorre por dois processos diferentes: Insinuação estática, processada na gravidez, em mais de 50% das primigestas. Flexão por aconchego no segmento inferior e na descida, conjuntamente com o útero, por tração dos ligamentos sustentadores do órgão e pressão das paredes abdominais. Insinuação dinâmica, que surge no fim da dilatação cervical ou no início do período expulsivo nas multíparas. Flexão por contato com o estreito superior da bacia e descida à custa das contrações expulsivas. A insinuação estática é considerada prognóstico favorável para o parto, desde que proporcione boa proporção cefalopélvica. DESCIDA Completando a insinuação, a cabeça migra até as proximidades do assoalho pélvico, onde começa o cotovelo do canal (Figura 19.5). Até aí mantém a mesma atitude e conserva o mesmo sentido, apenas exagerando um pouco a flexão. O ápice do ovoide cefálico atinge o assoalho pélvico, e a circunferência máxima encontra-se na altura do estreito médio da bacia. A descida ocorre desde o início do trabalho de parto e só termina com a expulsão total do feto. Durante esse mecanismo do parto, o movimento da cabeça é turbinal: à medida que o polo cefálico roda, vai progredindo no seu trajeto descendente penetração rotativa. ROTAÇÃO INTERNA DA CABEÇA Uma vez que a extremidade cefálica distenda e dilate, o conjunto musculoaponeurótico que compõe o diafragma pélvico sofre movimento de rotação que levará a sutura sagital a se orientar no sentido anteroposterior da saída do canal. Ao forçar a distensão do assoalho pélvico, a cabeça fetal desliza nas paredes laterais (planos inclinados) e roda para acomodar seus maiores diâmetros aos mais amplos da fenda vulvar. Sob a ação das pressões da parede uterina no período expulsivo, o feto fica transformado em cilindro, com flexibilidade variável, em seus diversos segmentos, cada um dos quais apresenta um facilimum e um dificilimum de flexão. Para transpor o cotovelo do canal de parto, o cilindroide fetal será compelido a sofrer movimento de rotação, capaz de dirigir o seu facilimum de flexão de modo que o occipital entre em contato com a sínfise pubiana. A passagem das espáduas só se fará com movimento de rotação que oriente o facilimum de flexão desse segmento também no rumo da curvatura do canal. INSINUAÇÃO DAS ESPÁDUAS Simultaneamente com a rotação interna da cabeça, verifica-se penetração das espáduas através do estreito superior da bacia. O diâmetro biacromial no período expulsivo sofre redução apreciável porque os ombros se aconchegam, forçados pela constrição do canal, e se orienta no sentido de um dos diâmetros oblíquos ou do transverso daquele estreito. À medida que a cabeça progride, as espáduas descem até o assoalho pélvico. DESPRENDIMENTO Terminado o movimento de rotação, o suboccipital coloca-se sob a arcada púbica; a sutura sagital orienta-se em sentido anteroposterior. O desprendimento ocorre por movimento de deflexão. A nuca do feto apoia-se na arcada púbica e a cabeça oscila em um movimento de bisagra. Com o movimento de deflexão, estando o suboccipital colocado sob a arcada púbica, liberta-se o diâmetro suboccipitobregmático, seguido pelo suboccipitofrontal, suboccipitonasal e, assim por diante, até o completo desprendimento. ROTAÇÃO EXTERNA DA CABEÇA Imediatamente após desvencilhar, livre no exterior, a cabeça sofre novo e ligeiro movimento de flexão, pelo seu próprio peso, e executa rotação de 1/4 a 1/8 de circunferência, voltando o occipital para o lado onde se encontrava na bacia (Figura 19.6 A e B). É um movimento simultâneo à rotação interna das espáduas, por ela causado, e conhecido como restituição. ROTAÇÃO INTERNA DAS ESPÁDUAS. Ao chegarem ao assoalho pélvico, e por motivos idênticos aos que causaram a rotação interna da cabeça, as espáduas também sofrem movimento de rotação, até orientarem o biacromial na direção anteroposterior da saída do canal. O ombro anterior coloca-se sobre a arcada púbica; o posterior, em relação com o assoalho pélvico, impelindo para trás o cóccix materno. DESPRENDIMENTO DAS ESPÁDUAS 19.6 C/D Nessa altura, tendo o feto os braços cruzados para diante do tórax, a espádua anterior transpõe a arcada púbica e aparece através do orifício vulvar, onde ainda se encontra parcialmente recoberta pelas partes moles. Para libertar o ombro posterior, o tronco sofre movimento de flexão lateral. Com o tronco fletido lateralmente, desprende-se a espádua posterior. Assitência ao parto DIAGNÓSTICO DO TRABALHO DE PARTO Define-se trabalho de parto a presença de contrações uterinas rítmicas, regulares capazes de promover a dilatação e o esvaecimento cervical, e que não diminuem com o repouso da gestante. São considerados dois parâmetros, contrações uterinas e dilatação cervical: 2 ou mais contrações em um período de 10 minutos, cada contração devendo possuir, pelo menos, 40 segundos de duração; uma dilatação cervical de no mínimo 3 a 4 cm (depende do hospital admissional); a formação da bolsa das águas (bolsa amniótica); eliminação do tampão mucoso. O Ministério da Saúde, em sua diretriz nacional de assistência ao parto normal (2017), considera a dilatação ≥ 4cm para o diagnóstico de trabalho de parto. PERÍODO PREMONITÓRIO (PRÉ-PARTO) Período caracterizado pela descida do fundo uterino. Situada nas proximidades do apêndice xifoide, a cúpula do útero gravídico baixa de 2 a 4 cm, aumentando a amplitude da ventilação pulmonar “QUEDA DO VENTRE”. A adaptação do polo proximal do feto ao estreito superior é responsável pela incidência de dores lombares, por estiramento das articulações da cintura pélvica e transtornos circulatórios decorrentes dos novos contatos. As secreções das glândulas cervicais tornam-se mais volumosas, com eliminação de muco, por vezes mesclado de sangue; encurta-se a porção vaginal do colo; inicia-se a percepção, por vezes dolorosa, das metrossístoles intermitentes do útero, com espaços cada vez mais curtos e contrações que se vão intensificando. A atividade uterina cresce paulatinamente, especialmente após 36 semanas, resultante da maior intensidade e frequência das contrações de Braxton-Hicks. No pré-parto acentua-se o amolecimento do colo, combinado ao apagamento, caracterizando- se a madurez cervical. Esse amadurecimento ainda não é totalmente esclarecido, podendo ser dividido em duas fases, uma que se inicia desde o 1º trimestre e se caracteriza pelo lento amolecimento do colo. A segunda fase é mais acelerada e se caracteriza pela máxima perda de complacência e integridade tecidual; semanas ou dias antes do parto. CONFIGURA-SE A FASE LATENTE AO FIM DO PRÉ-PARTO OU AO INÍCIO DO TRABALHO, QUANDO AS CONTRAÇÕES UTERINAS, EMBORA RÍTMICAS, NÃO DETERMINAM AINDA A DILATAÇÃO PROGRESSIVA DO COLO. O TRABALHO DE PARTO É DIVIDO EM QUATRO PERÍODOS: PRIMEIRO PERÍODO O primeiro período consiste nas fases de latência e fase ativa (trabalho de parto estabelecido), sendo a fase latente caracterizada por dilatação cervical gradual (podendo durar mais de 20 hrs nas nulíparas e mais de 14 hrs nas multíparas) e a fase ativa por dilatação cervical rápida. A fase de latência é caracterizada quando existe contrações uterinas irregulares (contrações de treinamento) responsáveis pela dilatação/apagamento cervical não maior que 4 cm. O apagamento e a dilatação, nas primíparas, se processam nessa ordem sucessiva; e nas multíparas, eles ocorrem simultaneamente. A fase ativa é definida pela presença de contrações regulares, isto é, 2 contrações em 10 minutos, com duração de cada contração de, no mínimo, 40 segundos, associado a uma dilatação ≥ 4 cm (1 cm a cada hora, podendo ter modificações). A ruptura espontânea da bolsa das águas (amniorrexe), com evasão parcial do conteúdo líquido do ovo, dá se, em 80% dos casos, no fim da dilatação ou no início da expulsão. A cada hora, deve-se fazer: o controle da dinâmica uterina, ou seja, durante 10 minutos são avaliadas frequência, intensidade e duração das contrações, além da palpação dos pulsos. A cada 4 horas medimos a temperatura e aferimos a pressão arterial da paciente, assim como realizamos o toque vaginal. A frequência da diurese ainda deve ser quantificada. Os toques não devem ultrapassar 6 vezes e devem ser realizados por médicos qualificados quanto à evidenciação da apresentação fetal, ao apagamento cervical, à posição do colo, se centralizado, posterior ou anterior, e à bolsa das águas, se íntegra ou rota. A ausculta cardiofetal é extremamente necessária e deve ser realizada antes, durante e após as contrações. SEGUNDO PERÍODO (FASE DE EXPULSÃO) Inicia-se quando a dilatação está completa (10cm) e se encerra com a saída do feto. Caracteriza-se pela associação sincrônica das contrações uterinas (cinco contrações a cada 10 min), da força contrátil do diafragma e da parede abdominal. A descida da apresentação fetal promove a compressão do períneo, sobretudo dos músculos levantadores do ânus, e a paciente habitualmente relata sensação semelhante ao desejo de defecar. Esse momento desenvolve-se com a insinuação e descida do polo cefálico (apresentação mais comum, OAE – occipitoanterior esquerdo); a rotação interna no polo cefálico, com posterior fixação do occipito fetal no púbis materno; extensão; rotação externa; liberação dos ombros e recepção do RN. Podem ser observados alguns fenômenos plásticos como a distensão da musculatura perineal, o esvaziamento dabexiga e ampola retal e a dilatação do esfíncter anal. Algumas vezes, é necessária a ajuda do médico no momento da expulsão, como a manobra de Ritgen modificada, em que se faz um movimento de retração, empurrando a musculatura perineal para trás, protegendo de rotura, ou a ajuda do médico com o desprendimento da cintura escapular. A episiotomia é indicação seletiva e é feita quando: o feto não consegue sair pelo impedimento causado pela parede muscular ou quando a sua saída poderá levar a lacerações perineais grave, em caso de sofrimento fetal, distocia de ombros, alguns casos de parto operatório (uso de fórceps e extrator à vácuo), fetos macrossômicos, período expulsivo prolongado. Só é realizada se o feto se encontrar em posição OP (occiptopúbico), pois ele precisa da musculatura para defletir. TERCEIRO PERÍODO (DECEDURA OU DELIVRAMENTO) O terceiro período se caracteriza por descolamento (dequitação ou dequitadura), descida e expulsão ou desprendimento da placenta e de suas páreas para fora das vias genitais; e compreende o intervalo de tempo desde o nascimento da criança até a saída da placenta e membranas. Nesse momento, é recomendado que haja uma intervenção mínima e uma duração de no máximo 30 minutos. Não devem ser realizadas manobras para promover o descolamento da placenta de forma rápida. O secundamento constitui-se de três tempos fundamentais: Descolamento, que decorre da retração do músculo uterino após o nascimento do concepto, e em consequência de suas contrações. Assim, reduz-se de modo acentuado a superfície interna do útero, pregueando-se a zona de inserção da placenta, o que ocasiona o seu descolamento. Ocorre de acordo com dois tipos de mecanismos: (1) mecanismo de Baudelocque-Schultze; (2) mecanismo de Baudelocque-Duncan. (1) a placenta inserida na parte superior do útero inverte-se e desprende-se pela face fetal, em forma de guarda-chuva e o sangramento é junto com a saída a placenta; (2) o sangue se exterioriza antes da placenta, que, por deslizamento, se apresenta ao colo pela borda ou pela face materna. QUARTO PERÍODO (PERÍODO DE GREENBERG) Primeira hora após a saída da placenta (inicia-se após a dequitação). Riscos de hemorragia e ao descuido. Avalia-se a integridade do canal de parto, se há perda volêmica, o globo de segurança de Pinard (contração uterina fixa para oclusão dos vasos da porção muscular, de forma definitiva), reparação de eventuais porventura existentes. Se após esse período, não houver a formação do globo você estará diante de um puerpério hemorrágico. As complicações hemorrágicas no pós-parto, são caracterizadas pela perda de sangue superior à 500 ml. É nessa hora também que é realizada a episiorrafia, se episiotomia anterior. A episiorrafia se inicia com a sutura da mucosa vaginal com pontos contínuos ancorados e, em seguida, realiza -se a sutura dos músculos e da pele do períneo, com pontos separados. FASES Miotamponagem imediatamente após a expulsão da placenta, o útero se contrai e é palpável um pouco abaixo do umbigo. a retração inicial determina a ligadura viva dos vasos uterinos, o que constitui a primeira linha de defesa contra a hemorragia. Trombotamponagem é a formação de trombos nos grandes vasos uteroplacentários, constituindo hematoma intrauterino que recobre, de modo contínuo, a ferida aberta no local placentário. Indiferença miouterina o útero torna-se apático e, do ponto de vista dinâmico, apresenta fases de contração e de relaxamento, com o perigo de encher-se progressivamente de sangue. Contração uterina fixa normalmente, decorrida 1 h, o útero adquire maior tônus e assim se mantém.