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UNIVERSIDADE PAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA THATIANA SOPHIA DE OLIVEIRA DE SOUZA GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM AMBIENTES ESCOLARES E NÃO ESCOLARES CAMPO GRANDE-MS 2021 UNIVERSIDADE PAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA THATIANA SOPHIA DE OLIVEIRA DE SOUZA GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM AMBIENTES ESCOLARES E NÃO ESCOLARES. CAMPO GRANDE-MS 2021 Projeto e práticas de ação pedagógica, apresentado para obtenção de notas na matéria. Universidade Paulista – Polo Facsul TEMA Responsável por auxiliar no crescimento pessoal de cada aluno e na sua Vicência em comunidade, o orientador educacional é o profissional que pertence à equipe de gerência escolar. Como o próprio nome sugere, cabe a este profissional nortear as decisões e buscar resolução aos dilemas que envolvem os atores da comunidade escolar, sendo elas constantes nas relações entre alunos e aluno-professor. Buscando compreender o papel do orientador educacional e sua relevância para o ambiente escolar criou-se esse projeto cujo tema aborda especificamente sua atuação como mediador de conflitos escolares. SITUAÇÃO-PROBLEMA A aprendizagem é alcançada quando há condições que encorajam o trabalho e o esforço do aprendiz. Em ambientes desarmoniosos, por outro lado, há consequente apatia e desinteresse pelo aprender. Desta maneira, por conta dos recorrentes atritos entre alunos e aluno-professor, bem como a dificuldade do professor em lidar com esses dilemas já que sua atribuição se delimita, muitas vezes em apenas transmitir aos educandos conceitos teóricos, houve necessidade de um trabalho criterioso par amenizar as futuras consequências destas atitudes. O projeto foi elaborado levando-se sempre em consideração que o discente está em constante desenvolvimento, devendo mostrar-se disposto ao diálogo com o orientador de maneira eficiente para que haja efetiva transformação da realidade. Desta forma, levantam-se os seguintes questionamentos: Como abordar as problemáticas tão vastas e delicadas perante o mundo conflituoso vivenciado por cada um? Como promover o crescimento da moderação dentro da Escola? Como promover o crescimento da moderação dentro da escola? Foram elaborados planos de intervenção onde o aluno pudesse sentir-se como uma parte positiva do todo educacional. Assim, o aluno chegará até a culminância do projeto com uma visão mais integral de seu ambiente sentindo-se parte desta integração, tendo como vistas a conciliação e manutenção da cordialidade. Para isso, “precisamos ter como uma de nossas preocupações educacionais mais relevantes a descoberta e valorização das potencialidades do aluno” JUSTIFICATIVA E EMBASAMENTO TEÓRICO Tendo em vista iniciativas que abordam como prioridade a construção e valorização integral do aluno e utilizando-se como princípio o respeito e a valorização mútua, desenvolveu-se o presente projeto pedagógico pretendendo-se oportunizar a todos os alunos da nossa escola e a sua gerência a reflexão acerca da importância da boa Vicência na escola, sendo ela significativa para a vida do aluno. Idealizar um projeto e reproduzi-lo com excelência para conseguir os objetivos desejados é tarefa árdua. Assim sendo, este projeto foi elaborado considerando-se primordialmente o trabalho do orientador educacional que, através de seu posto, encarrega-se de buscar um aprendizado que acarrete transformação para a vida dos educandos. Segundo Freire “...toda ação cultural é sempre uma forma sistematizadora e deliberada de ação que incide sobre a estrutura social, ora no sentido de mantê-la como está ou mais ou menos como está, ora no de transformá-la” (Freire, 1987). Objetiva-se assim, estabelecer um ambiente que facilite as relações entre aluno-escola, buscando instaurar sentimentos de confiança, aceitação, respeito mútuo e sinceridade. Diante disto, nota-se a importância desse projeto que, como abordado na problematização, busca através do trabalho do orientador sanar e evitar situações de desequilíbrio e desentendimento vivenciados pelos alunos por meio do diálogo sendo assim possível manter a integração e a boa vivência entre os protagonistas do meio acadêmico. Nesse projeto é possível dar sentido à ação sendo o orientador educacional o instrumento norteador das ações educativas. Este deve ter como finalidade a construção íntegra do cidadão, fornecendo ao estudante, ainda, a assistência necessária à sua melhor inclusão social. É necessário que o orientador educacional tenha em mente que o aluno por si só é capaz de buscar conhecimento, entretanto, educar não é somente passar conhecimento, mas dar oportunidade ao discente de conhecer-se inteiramente e buscar conhecer e relacionar-se assim de forma saudável com outro. A função do orientador é inteiramente assistencial, dessa forma deve procurar o bem-estar de seus alunos. Para isso, mais do que transmitir conteúdos deve encontrar formas de ensiná-los a viver em conjunto de maneira harmoniosa tornando o ambiente escolar um lugar saudável e equilibrado. PÚBLICO ALVO Esse projeto busca alcançar a equipe de gerência escolar de forma a reforçar a necessidade de um orientador educacional com vistas a contribuir com uma gestão democrática e alunos de 1º a 5º ano do Ensino Fundamenta II e docentes de maneira a auxiliar na eficiência do processo de aprendizagem. OBJETIVO GERAL • Reconhecer a importância de si e ao mesmo tempo respeitar ao próximo buscando instaurar a harmonia no ambiente escolar; • Valorizar o papel do orientador educacional. OBJETIVO ESPECÍFICO • Ressaltar o estudante como elemento integrante da sociedade; • Fortalecer vínculos entre estudantes e a escola; • Exercitar o espírito de cooperação, espontaneidade, responsabilidade e valorização individual e de grupo; • Solucionar desentendimento no ambiente escolar e evitar sua recorrência. • Reforçar a necessidade de um orientador educacional destacando seu papel como mediador de conflitos. • Promover o diálogo saudável e a empatia como principais ferramentas para salvar- se de desavenças. PERCURSO METODOLÓGICO Com este projeto, pretende-se desenvolver temas relevantes que contribuirão para a formação de conceitos nos alunos, por meio de rodas de conversa, brincadeiras, atividades escritas, recortes e colagem, músicas, dinâmicas, entre outras. A primeira etapa é a de estruturação: Produção dos materiais necessários para o desenvolvimento das atividades em sala. Por meio destes materiais a equipe de orientação se norteará para elaborar as dinâmicas. A segunda etapa será a do início da execução do projeto: Diariamente, ao chegarem ao colégio, as turmas se reunião no auditório ou outro ambiente adequado à atividade que será desenvolvida, para que sejam feitas as apresentações pertinentes ao dia. 1º dia: assistir a primeira parte do filme: O touro Ferdinando. 2º dia: assistir a segunda parte do filme: O touro Ferdinando. O touro Fernando se trata de uma animação cinematográfica que aborda o tema da não violência e da prática da gentileza, deixando claro que o melhor caminho a ser seguido é o da pacificação mesmo em um mundo cheio de pessoas que acreditamque podem resolver seus problemas através do uso da força. 3º ao 5º dia: serão desenvolvidas dinâmicas. Os alunos serão distribuídos em grupos menores para agilizar as atividades. As dinâmicas desenvolvidas serão: • 3º dia – Dinâmica da empatia. Analisar situações-problemas que, se não são nossas, poderiam ser. Cada participante deve escrever em um pedaço de papel branco, alguma dificuldade que tem, por exemplo (não leio bem, não consigo terminar as tarefas, não sei matemática etc.) Em seguida, os papeis são misturados e por sorteio um é escolhido. O grupo deve então sugerir formas de resolvê-lo: frequentar mais a biblioteca, se concentrar mais, pedir ajuda aos colegas, etc. O objetivo é se colocar no lugar do outro, buscando entender seus sentimentos e limitações e melhorando a convivência em grupo. • 4º dia – Com que animal me pareço? Conhecer a imagem que transmito aos outros. Em um pedaço de papel cada criança deve desenhar/escrever um animal que caracteriza seus amigos do grupo. Com auxílio de uma fita crepe, colar o papel nas costas do aluno que foi caracterizado. Após esses momentos, todos sentam-se em círculo e um a um são chamados ao meio da roda e retiradas as fitas. O aluno então é convidado a refletir por quais motivos foi taxado com esse perfil. O que significa cada animal? Houve repetição de animais? Eu percebo que possuo esses traços? • 5º dia – Fazendo o seu brasão. Nessa atividade as crianças deverão confeccionar, usando o material disponibilizado, um desenho que deverá ser especificamente criado com a finalidade de identificarem-se como indivíduos valendo-se do conjunto de suas características físicas, psicológicas e comportamentais. Ao fim, o brasão será afixado na camiseta dos estudantes. Para o 6º a 8º dia será feita uma eleição mirim. Em cada turma serão eleitos dois juízes-mediadores. A função destes será intervir em conflitos que ocorrem no ambiente escolar entre alunos e professores de forma a buscar uma resolução pacífica. Serão elencados dois alunos pra não haver parcialidade no “júri”. Casos complexos serão levados à orientação escolar, que enfatiza o diálogo cordial, levantará soluções e se for conveniente e trouxer acréscimos ao objetivo do projeto, será solicitada a presença de todos os juízes- mediadores para acompanhar o caso. A terceira etapa acontece na sala de aula com os alunos e professores. Estes desenvolverão as atividades voltadas ao tema do projeto e o professor irá abordá- las conforme a necessidade da turma. A cada dia serão realizados exercícios de modo a levá-los a pensar sobre a importância de se estar consciente de que somos parte de um grupo e neste grupo têm a mesma ligação com todos. Do mesmo modo será abordado o fato de que as relações são de níveis diferentes. Debater sobre o aprendizado de se viver em grupos e sobre como é importante ter consciência de que transmitimos uma imagem aos outros e a influência que temos sobre elas, trabalhando a identidade de cada um. RECURSOS Materiais: • Canetas para desenho; • Fita adesiva; • Alfinetes; • Tesoura; • Etiquetas autoadesivas; • Canetas; • Formulários de identificação; • Tinta guache; • Folha sulfite A4; • Lápis de cor. Filmes: • O touro Fernando CRONOGRAMA DE ATIVIDADES O projeto terá durações de 20 dias e será dividido em fases. - 1º Fase (10 dias) Elaboração para o projeto – Professores e Orientadora. Juntamente às dinâmicas propostas pelo projeto, as professoras desenvolverão atividades curriculares cotidianas em seus planos de aula que levem à reflexão acerca da importância da boa convivência na escola. - 2º fase (8 dias) Execução do projeto – No início das aulas do dia, que serão encurtadas para por em práticas o projeto, serão desenvolvidas as seguintes atividades, uma por dia de aplicação do planejamento. 1º dia – filme: O touro Ferdinando. 2º dia – filme: O touro Ferdinando. 3º dia – Dinâmica da empatia. 4º dia – Com que animal me pareço? 5º dia - Fazendo o brasão. 6º dia – Eleição mirim. 7º dia – Eleição mirim. 8º dia – Eleição mirim. - 3º fase (2 dias) Sala de aula: Aplicação do projeto em sala de aula através das atividades curriculares cotidianas. AVALIAÇÃO E PRODUTO “Devemos ensinar as perguntas e não as respostas. As respostas nos permitem andar em terra firme. Mas somente as perguntas nos permites entrar pelo mar desconhecido” (ALVES,2005). Assim sendo, como mediados do conhecimento, levantaremos questionamentos e deixaremos os nossos alunos busquem saberes, de maneira independe, para que posteriormente, compartilharem uns com os outros as descobertas alcançadas. Será avaliada a participação ativa do aluno no processo por meio do interesse apresentado por ele, levantando-se em consideração as transformações que se almeja que sejam ocorridas ao longo de todo o período letivo, esperando-se que estas ultrapassem os muros da instituição, causando diferenças na vida além do ambiente escolar do discente. Espera-se que o aluno faça avaliações do próprio comportamento e que estas reflexões gerem atitudes de diferentes níveis, para melhoria dos próprios alunos tanto no meio acadêmico quanto fora da Instituição de Ensino. Como produto final será constituído um portfólio, reunindo fotos das atividades que promoveram a integração entre os alunos e depoimentos de estudantes que se sentirem transformados pelo aprendizado proporcionado pelo projeto. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Daniela. O mediador da escola. NOVA ESCOLA.Editora Abril. Ano XXIV, nº220. Março de 2009. Ministério da educação FNDE. De bonis Racy, Paula Márcia Pardini. Psicologia da educação: origens, contribuições, princípios e desdobramentos. I.ed. Curitiba:InterSaberes,2012,p.37 GRINSPUN, M.P.S.(org) A prática dos orientadores educacionais. São Paulo: Cortez, 1994.
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