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Causas de exclusão de tipicidade

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Causa� legai� d� exclusã� d� tipicidad�
Desistênci� voluntári�
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede
que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados
● DESISTE DE CONTINUAR AGINDO ANTES DE ENCERRAR OS ATOS EXECUTÓRIOS
● Conceito: situação na qual o agente que inicia a prática de uma ação típica, dela vem
a desistir, ou seja, interrompe a sua execução, por ato voluntário. O agente não leva
adiante a ação iniciada, a execução da conduta que realizava, desistindo dela.
● O Instituto da desistência voluntária tem lugar naquelas hipóteses em que o sujeito
já está no âmbito de uma tentativa imperfeita (quando o agente não consegue
praticar todos os comportamentos descritos no tipo penal e necessários à
consumação.), pois sendo perfeita a tentativa não poderá haver desistência, porque
já terá o agente executado toda a ação típica. Todavia, desistência voluntária não se
confunde com tentativa imperfeita.
● Diferença entre desistência voluntária e tentativa perfeita: Enquanto na desistência
voluntária o agente desiste por conta própria ( posso, mas não quero) ,na tentativa
imperfeita ele é impedido de prosseguir ( quero, mas não posso).
● Quando o crime não atinge o momento da consumação porque falta a vontade do
agente, não pode mais haver tipicidade para o fato que pretendia cometer. Sendo
assim, só responde pelos crimes já praticados.
Arrependiment� Efica�
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que
o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados
● DESISTE DE CONTINUAR AGINDO DEPOIS DE ENCERRAR OS ATOS EXECUTÓRIOS E
INICIA UMA NOVA AÇÃO PARA IMPEDIR O RESULTADO
● Conceito: o agente, APÓS ter esgotado toda a execução, toda a ação típica, de ter
esgotado todos os meios necessários e suficientes para o alcance do resultado,
arrepende-se, praticando nova atividade para impedir que o resultado se verifique.
● O êxito do arrependimento está na relação direta do impedimento do resultado.
Assim, ainda que o agente se arrependa, muito, se não houver conseguido impedir o
resultado, responderá pelo crime como consumado.
● O instituto do arrependimento eficaz tem lugar naquelas hipóteses em que o sujeito
já está no âmbito de uma tentativa perfeita e, em face do arrependimento, logra
impedir a eclosão do resultado ( eficácia do arrependimento).
● Quando o crime não atinge a consumação porque a vontade do agente foi,
exatamente, impedir a produção do resultado, ou seja, porque o agente não quer
mais o resultado, deve-se considerar que a adequação típica é adequada apenas em
relação aos fatos já praticados.
Crime� Imp�ssívei�
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
● Tentativa impunível / idônea
1. Ineficácia absoluta do meio: O meio utilizado jamais permitiria alcançar o resultado
pretendido. Ex: tentativa de homicídio com arma sem munição quando objetivo era
matar com os disparos; tentativa de homicídio por envenenamento com substância
que não é veneno. Impunível: impossível consumar o crime.
2. Absoluta impropriedade do objeto: objeto que se quer atacar não “existe”. Ex:
tentativa de homicídio quando a pessoa já está morta por outro motivo e o agente
não tinha conhecimento [“Não se pode matar quem já morreu”]; Quer roubar um
objeto que não existe: assaltar uma pessoa que está sem dinheiro.
Obs: precisa ser impossível a chance de efetuar. Ex: câmeras de
monitoramento em lojas. Algumas jurisprudências entendem que o flagrante é
um crime impossível. No entanto, alguns entendem que existe a possibilidade
do criminoso fugir. Sendo assim, não entendem como uma situação de crime
impossível.
Súmula 145: “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia
torna impossível a sua consumação.”
- Flagrante preparado/esperado: quando a polícia previamente alertada sobre
um comportamento criminoso, vai ao local e se coloca de espreita impedindo
a consumação pois estava de butuca esperando. (crime tentado).
[ iniciativa do criminoso]
- Flagrante provocado: incita a prática delituosa colocando uma ISCA. Isso
torna impossível a consumação do crime. A polícia que estimulou aquela
prática. (Súmula 145 trata desses casos)
[ iniciativa da polícia]
Err� d� tip�
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite
a punição por crime culposo, se previsto em lei.
● Conceito: O erro de tipo é a falsa percepção da realidade, pelo agente, que afeta
algum/ um elemento que integra o tipo penal. Sua primeira consequência é a
exclusão do dolo, pois, atingido algum elemento do tipo, não há que se falar em
vontade e, consequentemente, em dolo. Pode o agente responder por crime culposo,
se o erro era vencível e se for admitida esta modalidade.
● Não queria cometer o tipo penal, mas por erro de tipo / falsa percepção, acaba por
realizar. Não há ânimo / vontade / determinação
● Exclusão de dolo e culpa: Ex: pegar casaco por engano → sem responsabilidade no
art 155 ( furto/roubo) pois achou que era o seu {não tem o elemento ALHEIO do tipo
penal furto}e não há tentativa de roubo prevista em lei; vender óculos que são
prejudiciais à saúde tendo comprado de um fornecedor confiável e com preço de
mercado; comprar carne imprópria para consumo de um açougue que tem
credenciais [ ERRO DESCULPÁVEL]
● Exclusão de dolo, mas manteve a culpa: Ex: matar uma pessoa supondo que era um
animal → culposo se provar que poderia ter se precavido melhor para se certificar
que não se tratava de um animal. [ NÃO É TOTALMENTE DESCULPÁVEL]

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