Buscar

Sondagem Nasoenteral e Drenos Abdominais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Júlia Figueirêdo – HM VI 
SONDAGEM E DRENOS ABDOMINAIS: 
SONDAS NASOGÁSTRICAS E NASOENTERAIS: 
As sondagens nasogástrica/nasoenteral são 
procedimentos de responsabilidade 
médica ou do enfermeiro, que têm como 
finalidade garantir acesso a diversas 
partes do trato gastrintestinal. 
Cada um desses aparelhos apresenta 
finalidades específicas, a saber: 
 Sonda nasogástrica (sonda de Levine): 
possibilita a aspiração do conteúdo 
gástrico, bem como a lavagem com 
carvão ativado, principalmente em 
indivíduos com risco de 
broncoaspiração; 
Esse procedimento visa evitar 
pneumonias químicas, que 
apresentam difícil manejo e grande 
possibilidade de complicações. 
 
Sonda de Levine, indicando os poros em sua porção 
terminal 
 Sonda nasoenteral: é usada para a 
nutrição de pacientes com dificuldade de 
atingir a ingesta proteico-calórica 
adequada. 
 
Sonda nasoenteral, feita de silicone, mais longa e 
mais maleável 
A inserção desses dispositivos pode ser 
realizada com ou sem o auxílio da 
endoscopia, sendo esse método 
recomendado em: 
 Lesões com obstrução da porção 
superior do trato gastrointestinal; 
 Cirurgias ou fístulas nasais; 
 Lesões cáusticas da mucosa; 
 Alterações anatômicas previamente 
conhecidas; 
 Pancreatite aguda (na sondagem 
nasoenteral); 
 Insucesso após duas tentativas da 
enfermagem. 
Como contraindicações da sondagem 
enteral, destacam-se obstruções 
intestinais e íleo paralitico. 
Os materiais necessários para a realização 
desses procedimentos são bastante 
parecidos, a saber: 
 Sonda nasogástrica ou nasoenteral; 
 Seringa de 20 mL; 
 Gaze; 
 Xilocaína em gel; 
 Estetoscópio; 
 Luvas de procedimento; 
 Fita adesiva hipoalergênica. 
Júlia Figueirêdo – HM VI 
 
Representação da bandeja de procedimento para a 
sondagem nasogástrica ou nasoenteral (cateter em 
evidência) 
Quanto ao passo-a-passo da inserção 
dessas sondas, ele segue as seguintes 
etapas: 
1. Verificação da prescrição médica; 
2. Colocação da bandeja próxima ao 
leito; 
3. Orientação do paciente sobre o 
procedimento; 
4. Elevar a cabeceira da cama a 45º 
(posição de Fowler); 
 Em pacientes com restrição de 
movimento, é possível adotar o 
decúbito dorsal com lateralização da 
cabeça. 
 
Exemplo de posição de Fowler 
5. Higienização das mãos; 
6. Limpeza das narinas e da pele do nariz 
(reduzir a oleosidade para a fixação); 
7. Abertura e inspeção da sonda 
escolhida; 
8. Realizar a medição da sonda, 
marcando o comprimento adequado 
com fita adesiva; 
 Na sonda nasogástrica, medir do 
lóbulo da orelha à ponta do nariz, e, 
em seguida, da ponta do nariz ao 
processo xifoide; 
 
Pontos de medição da sonda nasogástrica 
 Para a sonda nasoenteral, seguir os 
passos acima, acrescentando mais 
10cm após o processo xifoide do 
esterno (usar a cicatriz umbilical 
como referência). 
9. Calçar as luvas de procedimento (e 
demais EPI, se disponíveis); 
10. Lubrificar a ponta do cateter com uma 
gaze embebida em xilocaína; 
11. Introduzir lentamente a sonda por uma 
das narinas; 
 O paciente pode auxiliar o processo 
por meio da deglutição e ao fletir a 
cabeça sobre o peito. 
12. Fixar a sonda adequadamente com fita 
hipoalergênica; 
13. Confirmar o posicionamento da 
sonda; 
 Sonda nasogástrica: aspirar com 
seringa para detectar suco gástrico 
e auscultar a região de hipocôndrio 
esquerdo enquanto insufla o cateter 
com 10 mL de ar, buscando por 
borborigmos; 
 Sonda nasoenteral: realizar 
radiografia após a ausculta para 
confirmar o “enovelamento” da sonda 
próximo ao piloro. 
 
 
É necessário observar o surgimento de 
sinais como dispneia, tosse, cianose ou 
desconforto respiratório, indicativos de 
que o cateter foi desviado para vias aéreas 
 
Júlia Figueirêdo – HM VI 
14. Realizar os procedimentos específicos 
com cada instrumento (lavagem ou 
nutrição). 
 Antes de iniciar a nutrição, é 
necessário aguardar a migração da 
sonda para o duodeno (até 24h), 
confirmando-a com radiografia. 
Ressalta-se que não há tempo 
padronizado para a troca das sondas 
nasoenterais, sendo necessário inspecioná-
las para verificar a presença de obstruções. 
Como principais complicações da 
sondagem enteral, é possível destacar: 
 Obstrução; 
 Erosões, úlceras ou abcessos nasais; 
 Rouquidão, sinusite ou otite; 
 Saída ou mudança de posição da 
sonda; 
 Inflamações ou úlcera esofágicas; 
 Fístula traqueoesofágica ou ruptura de 
varizes locais; 
 Pneumonia e outros eventos 
respiratórios. 
DRENOS ABDOMINAIS: 
Atualmente, o uso de drenos é realizado de 
forma bastante rigorosa, tendo como maior 
finalidade o “escoamento” de fluidos em 
áreas bem delimitadas. 
É observado que esses equipamentos 
podem formar tampões, dificultando a 
saída do material e retardando a 
evolução clínica dos pacientes. 
Os drenos apresentam diversas 
classificações, usadas como critérios para 
a escolha do instrumento mais adequado, a 
saber: 
 Material: 
o Borracha: são mais macios e 
maleáveis, causando menos lesões 
estruturais às vísceras abdominais. 
Apresentam maior susceptibilidade 
à colonização bacteriana devido à 
superfície irregular e, por isso, são 
menos usados. 
Ex.: drenos de Pezzer e 
Malecot. 
 
Cateter de Malecot para drenagem 
o Silicone: é um composto inerte, 
radiopaco e relativamente 
maleáveis, sendo utilizados 
amplamente como substitutos aos 
drenos de borracha. 
Ex.: drenos torácicos e Kehr 
(dreno em T para 
procedimentos biliares). 
 
Dreno de Kehr 
 Forma de ação: 
o Capilaridade: a eliminação de 
secreções é feita pela porção 
externa do dreno, sem que fluidos 
passem pelo lúmen; 
Ex.: dreno de Penrose. 
Júlia Figueirêdo – HM VI 
 
Diversas apresentações do dreno de Penrose 
o Gravitação: normalmente possuem 
grosso calibre e bolsas coletoras, 
compondo sistemas fechados 
(menor risco de contaminação); 
Ex.: drenos para cistostomias 
ou sistemas com selo d’água. 
 
Sistema fechado de sucção na drenagem 
pleural 
o Sucção: nesse tipo de drenagem, a 
eliminação de fluidos depende de 
pressão negativa na cavidade-
alvo, indicados frente ao acúmulo de 
líquidos em grandes quantidades. 
 Atividade: 
o Passivo: são dependentes da 
capilaridade/gravidade, pois existe 
uma diferença natural de pressão 
entre a cavidade e o meio externo, 
sendo representados pelo dreno de 
Penrose; 
o Ativo: é necessária a formação de 
pressão negativa para que a 
coleção de líquidos seja drenada. O 
diâmetro do tubo apresenta grande 
relevância nesse grupo. 
 Drenos de alta pressão: formam 
sistemas fechados, com melhor 
monitoramento da drenagem, mas 
que devem ser inseridos com 
cuidado par não romper o vácuo; 
 Drenos de baixa pressão: 
possuem um pondo de retirada 
do ar e manutenção do vácuo, 
refeito constantemente com o 
avanço da drenagem. 
Na drenagem terapêutica de infecções, 
recomenda-se o uso de drenos macios, de 
forma a evitar o aumento da inflamação 
mediada por materiais irritantes. 
Dentre as complicações associadas à 
colocação de drenos, destacam-se: 
 Contaminação retrógrada; 
 Formação de fístulas (em usos 
prolongados); 
 Movimentação do dreno; 
 Escape interno (“sumiço” pela incisão); 
 Evisceração; 
 Obstrução do lúmen. 
A retirada dos drenos é recomendada 
quando a eliminação de fluidos é inferior a 
30-50 mL.

Outros materiais