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Desenvolvimento Psicomotor no Primeiro Ano de Vida

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1 Camila Carminate – 6 FASE 
Desenvolvimento Psicomotor 
Durante o primeiro ano de vida, funções reflexas aparecem e desaparecem, de acordo com a evolução do Sistema Nervoso 
Central (SNC), progredindo para movimentos mais complexos e voluntários. 
Neste processo de maturação cerebral, as experiências sensório-motoras da criança contribuem para o desenvolvimento das 
habilidades motoras, através do estabelecimento e reorganização de sinapses e formação de novas redes neurais. 
As etapas do desenvolvimento motor evoluem de forma gradativa, organizada, sendo consequência da precedente e 
necessária para a aquisição da próxima. 
Por exemplo, equilibrar a cabeça e, posteriormente, o tronco, permitirá à criança manter-se de pé, pré-requisito esse para o 
andar. Alterações quanto à sequência de eventos pode ocorrer, como andar antes do engatinhar, mas mesmo assim a 
ordenação das aquisições motoras apresenta uma interdependência e hierarquia. 
No que se refere ao desenvolvimento motor, o acompanhamento das aquisições é feito por meio de: avaliação observacional 
da motricidade espontânea, provocada, liberada e dirigida; avaliação do tônus muscular; avaliação das reações e dos reflexos 
primitivos; observação do desenvolvimento motor normal e avaliação por meio de instrumentos padronizados de medidas 
motoras. 
• Motricidade Espontânea 
A motricidade espontânea do bebê é, como seu próprio nome diz, a forma como ele se apresenta espontaneamente. Para 
tanto, o bebê necessita estar em estado de alerta e o examinador não precisa necessariamente entrar em contato visual com 
ele. 
Preferencialmente deve ser avaliado no período entre as mamadas, pois logo após esta, o bebê pode apresentar sonolência e 
com a movimentação ativa diminuída. Em caso de crise de choro forte, a observação da movimentação espontânea estará 
prejudicada, mas ainda assim poderá ser realizada, levando em consideração que ocasionalmente estará aumentada. 
Recomendam ainda que, para conseguir uma adequada observação da motricidade espontânea do bebê de até três meses, 
em sua avaliação o observador deve certificar-se que: 
1. Os movimentos da criança são simétricos. 
2. As mãos da criança se abrem e fecham espontaneamente. 
3. Os membros superiores e inferiores apresentem algum grau de liberdade em sua movimentação, que será maior à medida 
que a roupa for retirada, e atingirá sua amplitude no momento que o bebê estiver sem roupa e em ambiente aquecido. 
4. Os movimentos de “busca e fuga” ocorram nos membros superiores, tendendo a linha média. O examinador pode chamar 
a atenção da criança para o lado oposto a fim de observar a mudança do padrão de movimentação. 
5. Os movimentos dos membros inferiores serão menos amplos do que os movimentos dos membros superiores, imitando 
ocasionalmente o pedalar, ora fletindo-se, ora estendendo-se, simétricos. Os autores salientam ainda que o examinador 
precisa considerar que a motricidade espontânea da criança, na presença de uma alteração do SNC, é pobre, os movimentos 
não tendem à linha média e pode existir um aumento do tônus muscular. 
• Motricidade Provocada 
A observação da motricidade provocada é um complemento da motricidade espontânea. 
É o examinador que provoca a motricidade do bebê por meio do contato visual, estimulando seu corpo na região do abdômen 
ou produz-se uma estimulação sensorial tátil com tecido fino (preferencialmente fralda de pano da própria criança) em seu 
rosto e corpo, observando suas reações. Orienta-se observar os seguintes aspectos: 
 
2 Camila Carminate – 6 FASE 
1. Ocorrência de aumento brusco da movimentação espontânea dos membros superiores, isto é, se os movimentos são rápidos 
e amplos ou se continuam tendendo a linha média. 
2. Simetria da qualidade da movimentação em todo o corpo e se as mãos abrem e fecham. 
3. Movimentação dos membros inferiores acompanhando o aumento geral da movimentação e se os movimentos amplos de 
flexão e extensão aumentam. Vale ainda destacar que, como o tônus de base do bebê de até dois meses de idade é 
predominantemente flexor, raramente se observa a extensão total dos membros inferiores nesta fase. 
• Motricidade Liberada 
É usada para referir-se a motricidade observada quando se sustenta com uma das mãos a nuca da criança semissentada, 
deixando o corpo livre para a movimentação espontânea. 
O examinador deve ficar de frente e na mesma altura da criança para estabelecer contato ocular e verbal com ela. É importante 
observar: 
1. Se o padrão de movimentos amplos diminui e melhora a qualidade dos movimentos dos membros superiores, tornando-se 
mais complexos. 
2. Se as mãos se encontraram preferencialmente abertas. 
3. Se há endireitamento da cervical e tronco. 
• Motricidade Dirigida 
É obtida mediante o uso de estímulos feitos no corpo da criança, dirigindo seu movimento. 
No exame da motricidade dirigida, espera-se que o estímulo tátil desencadeie, em resposta, movimentação dos membros 
superiores como, por exemplo, a supinação, a pronação e a abertura dos dedos, e a mesma observação possa se feita em 
membros inferiores, principalmente nos pés. 
O examinador deve cuidar para que o estímulo sensorial seja delicado, apenas um roçar de pano ou da sua mão. Deve também 
ser rápido, leve e repetido. 
• Observação do Desenvolvimento Motor Normal 
As mudanças durante o primeiro ano de vida são as mais importantes modificações, nas quais se processam os maiores saltos 
evolutivos em curtos períodos de tempo. Mesmo com toda a variabilidade, o desenvolvimento motor da criança respeita uma 
seqüência de eventos: a criança, passo a passo, eleva seu corpo contra a gravidade, através do controle corporal progressivo 
adquirido com a maturação cerebral e aprendizagem dos movimentos. 
 
 Escala de Denver II 
 
 
1 Camila Carminate – 6 FASE 
Alimentação do Lactente 
Alimentação complementar: manter o leite materno e introduzir outros alimentos 
Alimentos de transição: alimentos complementares preparados exclusivamente para a criança. Sem óleo, com 
pouco sal. Ou alimentação modificada da família (Ex.: pegar o feijão inteiro e amassar com batata) 
❖ Complicações do período de transição nutricional 
Introdução errada da alimentação da criança, principalmente nos primeiros anos de vida, quando está sendo 
formado o paladar e os hábitos alimentares. 
Ao introduzir o alimento para a criança nem sempre ela vai gostar da primeira vez. Tem que tentar dar para a 
criança pelo menos 9 vezes para comprovar que ela realmente não gosta. 
Muitas vezes, a família introduz outros alimentos que normalmente a criança aceita com mais facilidade como os 
carboidratos, batata frita, macarrão instantâneo. Isso leva a distúrbios alimentares e nutricionais, como: 
 Desnutrição proteico-calórico 
 Obesidade 
 Síndrome metabólica 
 Doença cardiovascular no adulto→ origem na infância 
 
❖ Desenvolvimento do lactente 
 
o RN a termo: reflexo de busca (vira em direção alimento), deglutição, sucção. Alta atividade da lactase, 
sendo o açúcar do leite o carboidrato principal é a lactose. Então está preparada para digerir esse açúcar. 
o Lactente 4 a 7 meses: sentada com e sem apoio; movimentos mastigatórios; redução dos movimentos de 
extrusão da língua (colocar a língua para fora); início da produção de amilase salivar e amilase pancreática 
(possibilita o inicio da digestão na boca e terminar no estômago e intestino). 
o 6 meses: erupção dentária (amassada mas com alguns pedacinhos); mantem sentado; melhora padrão da 
mastigação (se a mãe tritura o alimento no liquidificador ele não sente a necessidade de mastigar e 
também não sente o sabor do alimento) ; alimentos de maior consistência. 
o Até 1º ano: se estimular segura colher e copo com as mãos e leva até a boca. 
o Após 12 meses: movimentos rotatórios de mastigação (joga os alimentos de um lado para o outro na 
boca); estabilizar a mandíbula (mastigar e arrancar pedaços);alimentação semelhante a da família (bem 
cozidos e não condimentados) 
 
 Lembrando que: até os 6 meses LM exclusivo, pois o desenvolvimento da criança não é compatível com 
outros alimentos. Após 6 meses: introdução lenta e gradual de outros alimentos (frutas e papinha de sal) 
- Ao introduzir outros alimentos, eles têm um aporte de sódio maior, então deve ser oferecido água para evitar a 
sobrecarga renal. 
-Oferecer frutas, legumes, carnes, tubérculos... 
 
2 Camila Carminate – 6 FASE 
-Se a criança estiver em aleitamento materno são oferecidas 3 porções ao dia: uma fruta de manhã, o almoço e 
outra fruta mais tarde. Se a criança não estiver em aleitamento materno, está usando fórmula, oferece 5 porções, 
sendo o leite pode ser batido com uma fruta, por exemplo. 
-Não ter rigidez de horário e sim sequência na alimentação: se a criança está dormindo na hora que o almoço 
ficou pronto, não adianta acordá-la, pois ficará com sono e com mau humor. 
-Alimentação deve ser espessa desde o início→ consistência de papas e purês, para estimular mastigação e evitar 
engasgar. 
-Oferecer para as crianças diferentes alimentos durante o dia ricos em ferro (principal fonte é a carne, pois tem o 
ferro ligado ao aminoácido. Ferro-heme. Mais biodisponível e melhor absorvido), cálcio, zinco e folatos (presente 
nas folhas verde escuros)→ alimentação colorida, atrativa, variar os alimentos (cenoura, batata, abóbora). 
Colocar verdura de folha picada nas sopas e de fácil cozimento. 
- Cada alimento com uma cor diferente possui um tipo de vitamina diferente. 
-Evitar: açúcar, café, enlatado, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos, doces... 
-Tempero caseiro: salsa, cebolinha, pouco sal 
-Criança doente: é normal que o paladar fique ruim, logo ela comerá menos. Oferecer alimentos que ela tenha 
preferência durante esse período. Ex.: se a criança não gosta de comer mamão mas gosta de banana, deve-se 
ofertar o segundo alimento. Diminuir o volume e aumentar a frequência, dessa forma a quantidade de caloria ao 
final do dia será praticamente a mesma. 
-Respeitar a vontade da criança: não forçar a alimentação até provocar vômitos, pois perde até o que ela já havia 
ingerido. 
-Criança tem dificuldade de aceitar novos alimentos, isso se chama neofobia. Tem que oferecer o alimento 9 
vezes para dizer que ela não gosta e com preparo diferente. Ex.: oferecer a cenoura cozida em palito, ralada, 
batida no suco de laranja, na sopa, etc. 
-Não oferecer mel a crianças menores de 1 ano→toxina botulínica pode provocar apneia. 
- Crianças com história familiar de alergia alimentar grave: evitar ovo, amendoim, nozes, peixes no 1º ano de vida. 
❖ Necessidades nutricionais 
Gordura: fornece a maior das necessidades calóricas; fonte de aminoácidos essenciais; absorção de vitaminas 
lipossolúveis. 
Ao contrário do que ocorre no adulto, a criança tem necessidade de ingerir gordura (ácido graxo) que é 
responsável pela mielinização dos neurônios. Tem relação direta com o desenvolvimento da criança. 
Existe a gordura saturada e a insaturada. Fornecer para a criança a gordura insaturada, encontrada no óleo 
vegetal. Colocar azeite de oliva na papinha. 
Vitamina A: Áreas endêmicas em hipovitaminose A deve ser suprido, tanto na criança quanto na mãe. 
Estimular o consumo de alimentos ricos em vitamina A que são os vermelho-vivo, como o tomate, cenoura, 
beterraba, moranga, pimentão vermelho. Carnes, produtos lácteos. 
 
3 Camila Carminate – 6 FASE 
Vitamina D: exposição direta a luz solar sem protetor, preferencialmente ao meio dia. Crianças tem necessidade 
de pelo menos 5 minutos de exposição. Em locais muito poluídos essa incidência de luz solar fica prejudicada 
necessitando de um tempo maior e se não for possível a vitamina D deve ser suplementada. 
Ferro: encontrada no feijão, verduras verde escuras, beterraba. No entanto esse tipo ferro é o de origem vegetal, 
tem baixa biodisponilidade, ou seja, deve ingerir uma quantidade maior desses alimentos para que seja absorvida 
uma pequena quantidade. A maioria dos alimentos de origem animal, exceto a gema do ovo, tem alta 
biodisponibilidade de ferro. Quando é necessário um aporte maior de ferro, é necessário que se consuma a carne. 
A carne não sofre influência de nenhum inibidor. Existem alimentos que eles diminuem a absorção do ferro nos 
produtos de origem vegetal. Ex.: café, chá mate, leite. 
-Fatores que facilitam a absorção de ferro: principal é a vitamina C (bater couve com suco de laranja; temperar 
uma salada com limão). Tomate, maracujá e outros alimentos cítricos aumentam a biodisponibilidade do ferro. 
-Fatores que dificultam a absorção de ferro: fitatos, café, leite, cereais integrais, cebola. Tudo que tem muita fibra 
diminui a absorção desse ferro. 
-Fontes de ferro: gema do ovo, lentilha, feijão, soja e vegetais escuros possuem baixa disponibilidade. Carne 
vermelha e fígado são os que possuem alta biodisponibilidade. 
-Farinha de trigo e farinha de milho: no Brasil, devido problemas de desnutrição e a alta incidência de anemia na 
população, foi criada uma lei pelo governo para enriquecer essas farinhas com ferro. Se o individuo come pão, 
macarrão, entre outros alimentos que são a base da alimentação em geral, elas conseguem ter um aporte de 
ferro. 
-Suplementação de ferro: todo RN que nasce a termo, adequado para a idade gestacional, peso e tamanho 
adequados, possuem uma reserva de ferro que foi feita durante a gestação. Essa reserva dura de 4 a 6 meses. O 
leite materno é de origem animal e, por isso, possui alta biodisponibilidade de ferro. Porem, ao introduzir outras 
alimentações, apenas o ferro do LM passa a não ser suficiente, pois a criança ingere menor quantidade do leite e 
também ele passa a sofrer ação dos fatores inibidores que a criança ingere. É necessário introduzir a 
suplementação de ferro diária, e segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria essa suplementação vai ate 2 anos e 
segundo o Ministério da Saúde vai ate 18 meses (apenas por uma questão de custo). 
❖ Alimentos complementares 
-Frutas: devem ser oferecidas sob a forma de papa e não liquidificada, para não perder as fibras que possuem 
importante papel no bolo alimentar. As únicas frutas contraindicadas são aquelas que possuem muito agrotóxico, 
como kiwi e morango. 
-Sucos: devem ser de polpas naturais. Eles não substituem refeições e nem a própria fruta. Após 40 min as 
refeições, no máximo 100 ml para não atrapalhar a ingesta de outros alimentos. Não dar liquido nenhum durante 
o almoço. 
❖ Papa salgada 
-Conter azeite e ser oferecida próxima ao horário do almoço, ou seja, próximo ao horário da família 
-Deve substituir uma mamada. Caso a criança não aceite almoçar naquela hora, guardar e oferecer mais tarde, 
não oferecer mamadeira. É preciso mostrar que o almoço é importante. 
 
4 Camila Carminate – 6 FASE 
-Nas crianças menores de um ano, mesmo se almoçar bem e pouco mais tarde a criança sentir a necessidade de 
tomar mamadeira esse poderá ser ofertado. 
-Um mês após a introdução do almoço inicia a segunda alimentação salgada que deve ser oferecida próxima ao 
horário do jantar 
-Nunca liquidificar a papinha, sempre deixar pedaços. 
-Criar o hábito de sentar à mesa, desligar aparelhos eletrônicos como TV e celular. 
-Estimular a higiene oral após as refeições. Se a criança não tiver dentes usar apenas uma gaze. Se possuir dentes, 
iniciar com a escova e pouco creme dental sem flúor. 
-Exemplo de papa salgada: proteína (geralmente a carne ou ovo), legumes verdes e vermelho-amarelados, 
cereais, verduras de folha, leguminosa. 
❖ 2º ano de vida 
Depois que a criança faz 1 ano, ou seja, depois de 12 meses, a criança está entrando no 2º ano de vida. 
-Refeição de sal deve seguir o padrão da família, ou seja, a criança deve se alimentar daquilo que a família está 
comendo. Pode modificar um pouco, cozinhando mais o alimento, colocado mais caldo, etc.-Padrões alimentares da família tem importância fundamental: exemplo dos responsáveis que dão o alimento 
para a criança e que sentam à mesa com ela. 
-Ingesta diária de leite diminui com o tempo. Deve ingerir no máximo 500 ml diariamente. 
-Até 2 anos o consumo de gordura não é regulado. Criança não pode tomar leite desnatado, requeijão light pois 
ela precisa dessa gordura. 
-evitar consumo de salgadinhos, alimentos artificiais, refrigerantes, doces. 
 Lembrar que o hábito que a criança adquire nessa faixa etária vai mudar. No entanto, na fase adulta, o 
individuo retorna aos hábitos adquiridos na infância, voltando a alimentar como antes. Por isso a 
importância da introdução de uma alimentação adequada na infância. 
 
 
 
 
 
Calendário Vacinal 
• Falsas contra indicações à vacina: 
o Tosse e/ou coriza; 
o Diarreia leva ou moderada; 
o Doenças da pele, exceto se estiver localizada no local da aplicação; 
o Desnutrição; 
o Doença neurológica estável; 
o Tratamento sistêmico com corticoides, em doses baixas. Se o corticoide estiver sendo usado em doses 
ou tempo que provoquem imunossupressão a vacina não poderá ser administrada. Se o paciente fizer 
uso de corticoide inalatório para controle/prevenção de asma a vacina não é contraindicada. 
o Alergias; 
o Prematuridade ou baixo peso ao nascer. Obs.: o RN prematuro receberá a 2ªdose de BCG, mas a 
vacina deve ser administrada, a menos que ele tenha <2000g (isso segundo a Leticia, mas segundo 
o PNI é apenas 1 dose) 
VACINAS 
 
➢ Vacina BCG 
o Produto: bacilos vivos atenuados de Mycobacterium bovis (vivo atenuado) 
o Proteção: TBC. Protege contra as formas graves e disseminadas de tuberculose: meningite e TBC 
miliar. Não protege contra TBC pulminar. 
o Idade: a partir do nascimento 
o Via: Intradérmico (ID) a direita no deltoide 
o Dose: única. Adiamento em filhos de mães que usaram imunossupressor durante a gravidez. 
1 dose ao nascer ou no 5º dia de vida, após ter 2kg. 
Retirado reforço aos 10 anos: foi comprovado que existe imunidade duradoura 
Prematuros com menos de 33 semanas: aplicar a vacina após 1 mês de vida e após o bebê completar 2 kg 
o Contra Indicação: gerais, afecções dermatológicas extensas, sobretudo se afetarem o local da 
aplicação; peso <2000g, criança com AIDS 
 
 
o Evolução da cicatriz: mácula eritematosa; pápula endurada; centro amolecido; crosta; úlcera; cicatriz 
(6-10ªsemana) 3-7mm, cicatrização até 4 meses. 
Obs.: atualmente, mesmo não apresentando a cicatriz, a criança não deve ser revacinada. 
o Complicações: especialmente técnicas. (úlcera, abscesso e adenopatia axilar): 
▪ Úlcera prolongada: necessário tratar 
▪ Abscesso: é asséptico, não precisa de antibiótico. 
▪ Adenopatia axilar: deve ser tratada 
▪ tem pega vacinal→ acima de 1 ano: revacinar 
➢ Vacina Hepatite B 
o produto: Antígeno (Ag) de superfície viral (HBsAg), associado a um adjuvante que é o hidroxido de 
Alumínio. 
o Esquema: 3 doses: 0dias, 30dias e 180dias (0meses, 1-2 meses, 6meses). Em caso de esquema 
incompleto deve-se completar, ou seja, o fato de não se ter completado o esquema não necesida de 
recomeça-lo do zero. A primeira dose deve ser aplicada, preferencialmente, nas primeiras 12 horas de 
vida. Esse esquema de 3 doses se refere aos RN a termo. Os prematuros com baixo peso devem 
receber a 4ªdose, uma vez que eles apresentam uma resposta imunológica menor e com isso a 
proteção pela vacina também poderia ser menor apenas com a aplicação de 3 doses. O intervalo 
mínimo da primeira pra segunda dose é de 1 mês e da primeira pra terceira dose é de 4 meses. 
o Via de aplicação: IM; não aplicar nos glúteos 
o CI: RN<2000g e/ou 33semanas, reação anafilática em dose anterior 
o Uso combinado: 
▪ Penta: DTP(tríplice bacteriana) + HiB(Haemophilus) +HB(Hepatite B) 
▪ Hexa: DTP + Hib + Hep B + Varicela 
o RN de mães HBsAg + devem receber Ig, além da vacina: Receber vacina contra hepatite B nas 
primeiras 12 horas e 0,5ml de Imunoglobulina (soro) contra hepatite B ou no máximo até 7 dias após 
o nascimento→ nesse caso a mãe pode amamentar, pois criança já recebeu o soro e quando esse 
soro estiver caindo vai ter anticorpos secundários a resposta vacinal. 
Repetir a vacina aos 2 e 6 meses: igual as crianças eutróficas 
Quando existir um risco de transmissão intrauterina, ao nascer, antes de fazer a vacina, vai realizar a 
dosagem de HBs-Ag da criança, para verificar se foi contaminada ou não. 
Testar essa criança aos 6 meses: se HbsAg positivo: iniciar tratamento, se negativo (90%): vacinar 
com a quarta dose. 
Se recebeu vacina + HBIG: pode amamentar 
➢ Vacina tríplice bacteriana (DTP/DTPa): difteria, tétano e coqueluche 
o Componente: toxóide tetânico e diftérico, células mortas e inteiras de B. pertussis. 
DTPa acelular se possível (menos reatogênica) 
A B. pertussis é a responsável pelas reações 
o Adjuvante: sais de alumínio→ Função: aumentam a eficácia da vacina fazendo que a dosagem de 
toxoide possa ser menor e diminuem o risco de manifestações sistêmicas graves. Ponto negativo: Em 
contrapartida, aumenta o risco de manifestação local, pois o alumínio não dilui e é tido como corpo 
estranho, havendo reação local de antígeno-anticorpo→ sinais flogísticos (edema, calor, rubor e a 
dor), endurecimento no local. 
o Esquema: 5 doses (2m, 4m, 6m, 15m e reforço aos 4 e aos 6 anos) 
 
 
Até 6 anos, 11 meses e 29 dias 
o Via: IM profunda. É realizada no vasto lateral da coxa, pois é o local onde a criança de 2 meses mais 
terá músculo. 
o CI DTP: quadro neurológico em atividade(o componente pertussis pode piorar esse quadro 
neurológico), convulsão nas 72hrs após aplicação da 1ª dose (essa reação permite a solicitação da 
DTP com componente celular para essa criança, ou seja, a solicitação de DTPa para a próxima 
aplicação), episódio hipotônico responsivo nas 1ª 48hrs, encefalopatia 7 dias após a aplicação e reação 
anafilática (decorrente do componente pertussis). 
o Reações: 
▪ Febre alta 
▪ Dor local da aplicação 
▪ Edema 
▪ Eritema 
▪ Endurecimento no local de aplicação 
▪ Abscessos assépticos pelo alumínio 
o Eventos adversos relacionados ao componente pertussis: 
▪ Febre alta 
▪ Choro constante e inconsolável: podendo durar de 3 a 24 horas 
▪ Crise hipotônico hiporresponsiva: mais grave. 
▪ Crises convulsivas 
o Tétano e Difteria não produzem memória: por isso deve-se vacinar as crianças que tiveram essas doenças. 
o Idade máxima para aplicar essa vacina: 6 anos 11meses e 29 dias. A partir de 7 anos aplica a vacina do 
adulto. Devido a alta incidência de reações adversas associada ao componente pertussis e a quantidade 
de toxóide diftérico da vacina. 
o É usada a dT→ contém 1/10 do toxóide diftérico e sem o componente pertussis) 
➢ Vacina dT (difteria e tétano) /dTpa (difteria, tétano e coqueluche) 
o Adolescentes com esquema primário de DTP ou DTPa completo devem receber um reforço com dT 
(dupla adulto) ou dTpa (tríplice adulto), preferencialmente com a formulação triplica acelular, aos 14 
anos de idade. Alguns calendários preconizam esse reforço com 10 anos; 
o No caso de esquema primário para tétano incompleto, este deverá ser completado com uma ou duas 
doses da vacina contendo o componente tetânico, sendo uma delas preferencialmente com a vacina 
tríplice acelular; 
o Crianças com 7 anos ou mais, nunca imunizadas ou com histórico vacinal desconhecido, devem 
receber três doses da vacina contendo o componente tetânico, sendo uma delas preferencialmente 
com a vacina tríplice acelular com intervalo de dois meses entre elas (0,2 e 4 meses-intervalo mínimo 
de quatro semanas). 
➢ Vacina Hib (Haemophilus influenzae B) 
o A vacina penta do PNI é uma vacina combinada contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e 
Haemophilus influenza tipo B (conjugada). Hexa = Hep. A 
o Esquema: três doses, aos 2,4 e 6 meses de idade.Existe uma 4ª dose que pode ser aplicada aso 15 
meses de idade. Quando utilizada pelo menos uma dose de vacina combinada com componente 
pertussis acelular (DTPa/Hib/IPV/DTPa/Hib, DTPa/Hib/IPV, HB,etc), disponíveis em clinicas privadas, 
Eventos adversos: Crise hipotônico 
hiporresponsiva e crises 
convulsivas. Governo cobre a vacina 
DTP acelular para as crianças que 
tiveram essas manifestações. Possui 
fragmentos das células do pertussis e 
não as células inteiras e mortas, que é 
o principal causador dessas 
manifestações graves. 
 
 
 
uma quarta dose contribuir para diminuir o risco de ressurgimento das doenças invasivas causadas 
pelo Hib em longo prazo. 
o Alta eficácia contra doença invasiva por Haemophilus 
o Vacina tetravalente: DPT+HiB (reforço) 
▪ Não usar em crianças acima de 5 anos: baixa incidência de infecções por essa bactéria nessa idade 
▪ Vacinar crianças acima de 5 anos: esplenectomizadas e imunossuprimidas 
o Vacina pentavalente: Vacina tetravalente + vacina contra hepatite B 
➢ Vacina VIP (vacina inativada contra poliomelite) / VOP (vacina oral contra poliomielite, vivo atenuado) 
o As três primeiras doses, aos 2,4 e 6 meses, devem ser feitas obrigatoriamente com a vacina pólio 
inativada (VIP). A recomendação para as doses subsequentes é que sejam feitas preferencialmente 
também com a vacina inativada (VIP). 
o Nesta fase de transição da vacina pólio oral atenuada (VOP) para a vacina pólio inativada (VIP) é 
aceitável o esquema atual recomendado pelo PNI que oferece três doses iniciais de VIP (2,4 E 6 meses 
de idade) seguida de duas doses de VOP (15 meses e 4 anos de idade). 
o A VOP está sendo extinta. 
o No primeiro ano de vida é realizada a vacina inativada da pólio. Ela pode ser administrada em 
imunossuprimidos. É injetável. 
o A VOP elimina o vírus vacinal pela urina e pelas secreções. Com isso ela diminui a circulação do vírus 
primitivo e aumenta a circulação do vírus vacinal, que seria menos antigênico (pode causar doença, 
mas seria mais branda, com menos sequela). Não pode ser administrada em imunossuprimidos. 
➢ Vacina pneumocócica conjugada 
o PNI: vacina pneumocócica conjugada 10-valnete no esquema de duas doses, administradas aos 2 e 4 
meses, seguidas de um reforço aos 12 meses, podendo ser aplicada até os 4 anos e 11 meses de 
idade 
o SBP: vacina conjugada 13-valente, pelo seu maior espetro de proteção no esquema de três doses no 
primeiro ano (2, 4 e 6 meses) e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses de vida. 
o Crianças saudáveis com esquema completo com a vacina 10-valente podem receber uma dose 
adicional da vacina 13-valente, até os cinco anos de idade (é mais recomendado até os 2 anos), com 
o intuito de ampliar a proteção para os sorotipos adicionais. 
o Crianças com risco aumentado para doenças pneumocócicas invasivas devem receber também, a 
partir de 2 anos de idade, a vacina polissacarídica 23-valente, com intervalo mínimo de dois meses 
entre elas (vide recomendações no manual do CRIE- Centro de Referência de Imunobiológicos 
Especiais). 
➢ Vacina meningocócica conjugada 
o Recomenda-se o uso rotineiro das vacinas meningocócicas conjugadas para lactentes maiores de 2 
meses de idade, crianças e adolescentes. Sempre que possível utilizar preferencialmente a vacina 
MenACWY pelo maior espectro de proteção, inclusive para os reforços de crianças previamente 
vacinadas com MenC. 
o Crianças com esquema vacinal completo com a vacina MenC podem se beneficiar de uma dose 
adicional da vacina MenACWY a qualquer momento, respeitando-se um intervalo mínimo de 1 mês 
entre aas doses 
o No Brasil estão licenciadas as vacinas: MenC, MenACWY-CRM e MenACWY-TT a partir de 2 meses 
e a vacina MenACWY-D a partir de 9 meses de vida. 
 
 
o O esquema de doses varia conforme a vacina utilizada 
o Não existem dados sobre intercambialidade entre as vacinas meningocócicas conjugadas 
o O PNI utiliza a vacina MenC no esquema de duas doses aos 3 e 5 meses, com reforço aos 15 meses, 
além de duma dose adicional da vacina para adolescentes entre 11 e 14 anos. 
➢ Meningocócica B recombinante 
o Indicação: lactentes a partir de 2 meses de idade, crianças e adolescentes; 
o Para os lactentes que iniciam a vacinação entre 2 e 5 meses de idade, são recomendadas três doses, 
com a primeira dose a partir dos 2 meses e com pelo menos 2 meses de intervalo entre elas, além de 
uma dose de reforço entre 12 e 23 meses de idade 
o Para aqueles que iniciam a vacinação entre 6 e 11 meses, duas doses da vacina são recomendadas, 
com dois meses de intervalo, e uma dose de reforço no segundo ano de vida 
o Para crianças que iniciam a vacinação entre 1 e 10 anos de idade, são indicadas duas doses com 2 
meses de intervalo entre elas 
o Adolescente são indicadas duas doses com 1 mês de intervalo 
o Não se conhece, até o momento, a duração da proteção conferida pela vacina e eventual necessidade 
de doses de reforço 
o Não está disponível na PNI. 
➢ Vacina rotavírus 
o Monovalente: duas doses seguindo os limites de faixa etária: primeira dose aos 2 meses (limites de 
1mes e 15 dias até, no máximo, 3 meses e 15 dias) e a segunda dose aos 4 meses (limites de 3 meses 
e 15 dias até no máximo 7 meses e 29 dias). Rede publica. 
o Pentavalente: disponível somente na rede privada, é recomendada em três doses, aos 2, 4 e 6 meses. 
A primeira dose deverá ser administrada no máximo até 3 meses e 15 dias e a terceira deverá ser 
administrada até 7 meses e 29 dias. O intervalo entre as doses deve ser de 2 meses, podendo ser de, 
no mínimo, quatro semanas. Iniciada a vacinação, recomenda-se completar o esquema com a vacina 
do mesmo laboratório produtor. Rede privada. 
o Vacina de vírus vivo atenuado. 
o Essa vacina já foi muito associada a intussuscepção intestinal. 
o Via de administração: Via oral. Se criança regurgitar, cuspir ou vomitar: não repetir a dose. É 
recomendado que a criança não mame 30 min antes e depois da vacina. 
o Evento adverso: intussuscepção→ alça intestinal entra no próprio eixo. Área onde fica uma sobre a 
outra entra em sofrimento, isquemia e pode evoluir com necrose e perfurar a alça intestinal. Pode 
desfazer espontaneamente ou não. (Contraindicado em crianças com história dessa patologia ou 
malformação intestinal). 
➢ Influenza 
o Crianças e adolescentes a partir dos 6 meses de idade 
o A primovacinação de crianças com idade inferior a 9 anos deve ser feita com duas doses, com intervalo 
de 1 mês entre elas 
o Entre 6 a 35 meses pode variar conforme o fabricante, e a partir de 3 anos é de 0,5ml 
o Disponíveis duas vacinas influenza: tri e quadrivalente, sendo que a segunda contempla uma segunda 
variante da cepa B 
o A vacina deve ser feita anualmente e deve ser aplicada idealmente antes do período de maior 
circulação do vírus 
 
 
➢ Sarampo, caxumba, rubéola e varicela (vacina triplice viral –SCR; Tetraviral-SCRV; varicela-vva) 
o 12 meses de idade devem ser feitas, na mesma visita, as primeiras doses das vacinas tríplices viral 
(SCR) e varicela (V), em administrações separadas ou a vacina tetraviral (SCRV) 
o Aos 15 meses de idade deverá ser feita uma segunda dose, preferencialmente com a vacina SCRV, 
om intervalo mínimo de 3 meses da última dose de varicela e SCR ou SCRV. 
o Em situações de risco como, por exemplo, surtos ou exposição domiciliar ao sarampo, é possível 
vacinar crianças imunocompetentes de 6 a 12 meses com a vacina SCR 
o Em casos de surtos ou contato íntimo com caso de varicela, a vacina varicela pode ser utilizada a partir 
de 9 meses de vida 
o O PNI introduziu a segunda dose da vacina varicela aos 4 anos de idade em 2018. 
o A vacina varicela pode ser indicada na profilaxia pós-exposição dentro de cindo dias após o contato, 
preferencialmente nas primeiras 72 horas 
o HIV positivo com CD4 adequado: pode receber a vacina. Se o CD4 estiver abaixo de 25% não pode 
receber. 
o Estados em surtos ouexposição familiar ao sarampo: pode ser vacinar a partir de 6 meses. No entanto, 
semelhante a febre amarela, se vacinou aos 6 meses ela não conta como dose, pois não confere 
imunidade. 
➢ Vacina Hepatite A 
o Esquema: duas doses, a partir de 12 meses de idade 
o O PNI oferece a vacina em dose única aos 15 meses de idade 
o Protege contra as formas graves da doença 
o Só terão direito a vacina crianças até 4 anos 11 meses e 29 dias. 
➢ Febre amarela 
o Indicação: residente ou viajantes para áreas com recomendação da vacina (pelo menos 10 dias antes 
da data da viagem). Pessoas que se deslocam para países que exigem a comprovação de vacinação 
o Formação de anticorpos ocorre de 7 a 10 dias após a vacinação→ Se viajar para áreas de risco, vacinar 
contra Febre Amarela 10 (dez) dias antes da viagem. 
o vírus vivo atenuado, com clara de ovo 
o Recomenda-se apenas uma dose da vacina na vida, sem necessidade de reforços 
o Lactantes de bebês menores de 6 meses de idade, quando vacinadas, devem ser orientadas para a 
suspensão do aleitamento materno por 10 dias após a vacinação 
o Deve ser evitada a aplicação da vacina febre amarela no mesmo dia que a vacina tríplice viral 
(sarampo, caxumba e rubéola) em crianças menores de dois anos, devido a possível interferência na 
resposta imune, sendo ideal guardar um intervalo de 30 dias entre a aplicação das duas vacinas 
o Contraindicação: 
▪ Menores de 6 meses: pode causar encefelite grave 
▪ Gestantes (fora das epidemias) 
▪ Lactantes de crianças menores de 6meses → se vacinar: suspender LM por, no mínimo, 10 
dias. 
▪ Imunodeprimidos 
▪ Alergia grave a ovo 
➢ HPV 
o 2 Vacinas disponíveis no brasil contra o HPV (papiloma vírus humano): 
 
 
▪ VLPs (partículas semelhantes ao vírus –vírus –like “particle”) dos tipos 16 e 18 (HPV2) – apenas 
para o sexo feminino 
▪ VLPs dos tipos 6, 11,16 e 18 (HPV4) -ambos os sexos, NI 
o Esquema: duas doses com intervalo de 6 meses entre elas para indivíduos entre 9 e 14 anos, e em 
três doses (0,1 a 2 e 6 meses) para maiores de 15 anos 
o Imunodeprimidos por doença ou tratamento devem receber o esquema de três doses 
➢ Dengue 
o Licenciada me nosso país no esquema de três doses (0,6 e 12 meses) 
o Recomendada para crianças de adolescentes a partir de 9 anos até no máximo 45 anos de idade que já 
tiveram infecção previa pelo vírus da dengue (soropositivos) 
o Contraindicada para gestantes, mulheres que amamentam e portadores de imunodeficiências 
o Não deve ser administrada simultaneamente com outras vacinas do calendário 
Intervalo entre as vacinas: 
o Vacina inativa -vacina inativada: nenhum intervalo 
o Vacina de vírus atenuado- vacina inativada: nenhum intervalo 
o Vacina de vírus atenuado- vacina de vírus atenuado: intervalo entre 15 e 30 dias entre as duas vacinas. 
 
Vacina simultânea: 
o Conceito: é a aplicação de 2 ou mais vacinas em diferentes sítios anatômicos 
o não intensifica a ocorrência de eventos adversos pós-vacinais e não prejudica a resposta imunológica 
o as vacinas podem ser administradas simultaneamente, exceto a vacina de febre amarela e tríplice viral em 
crianças < 2 anos. Neste caso, estas vacinas devem ser administradas com intervalo mínimo de 30 dias 
 
56
Quadro 4 – Indicadores de desenvolvimento motor da criança de zero 
a 03 anos
IDADE INDICADOR DE DESENVOLVIMENTO
1° mês Postura característica do bebê em supino: membros flexionados 
(hipertonia fisiológica), cabeça oscilante, comumente mais 
lateralizada, mãos fechadas. Os membros inferiores mais livres, 
que alternam movimentos de flexo-extensão, porém com as 
pernas geralmente fletidas sobre o abdome. O tronco apresenta 
característica mais hipotônica, com ausência de equilíbrio cervical e 
de trono. Apresenta movimentos amplos, variados e estereotipados, 
com forte influência de reflexos primitivos. Abre e fecha os braços em 
resposta ao estímulo, movimento que pode estar influenciado pelo 
Reflexo de Moro.
Em prono: o peso do corpo se encontra na cabeça e tronco superior, 
em função da elevação da pelve decorrente da flexão de membros 
inferiores. Isto dificulta a ampla mobilidade dos membros superiores. 
Pode levantar a cabeça momentaneamente, sempre lateralizada, sem 
alcance da linha média (ajeita a cabeça para poder respirar / primeiro 
passo no desenvolvimento da extensão anti-gravitacional). 
2° mês Em supino: pode apresentar uma postura mais assimétrica, 
influenciada pela resposta ao Reflexo Tônico Cervical Assimétrico 
(extensão dos membros superior e inferior do lado para o qual a 
face está volta, e flexão dos membros contralaterais). Acompanha 
visualmente os objetos ou a face humana, com movimentos de 
cabeça geralmente até a linha média.
Prono: eleva mais a cabeça, aproximadamente 45°, mas não a 
mantém erguida. Os membros inferiores estarão um pouco mais 
estendidos, porém ainda em flexão.
Colocado na posição sentada, mantém a cabeça elevada 
intermitentemente.
continua
57
IDADE INDICADOR DE DESENVOLVIMENTO
3° mês No final do 3° mês, espera-se aquisição do equilíbrio cervical.
Supino: melhor controle cervical, consegue manter a cabeça na 
linha média. Acompanha objetos visualmente com movimentos 
de rotação da cabeça para ambos os lados, a mais de 180º. Os 
movimentos dos olhos e cabeça já são, muitas vezes, simultâneos e 
coordenados. 
Prono: é capaz de fazer a descarga de peso em antebraços, com 
melhora da estabilidade escapular, elevando a parte superior do 
tronco e a cabeça (em 90°), na linha média. 
Puxado para sentar: leve atraso de cabeça.
Colocado na posição sentada: mantém a cabeça erguida, podendo 
ainda ocorrer oscilações.
4° mês Alterna facilmente os movimentos dos membros entre a extensão 
e a flexão. Postura mais simétrica; une as mãos na linha média, 
mantendo também a cabeça mais centralizada. Os olhos são mais 
ativos e a atenção visual contribui para o aumento da estabilidade da 
cabeça e garante a sua correta orientação no espaço. 
Supino: consegue alcançar os joelhos e rolar para decúbito lateral, 
com maior percepção corporal. Ouvindo ruídos, o bebê para de 
mover-se e vira para a fonte sonora. 
Prono: é capaz de manter o apoio das mãos com o cotovelo 
estendido, e de se estender contra a gravidade deixando apenas 
o abdome no apoio. Tendência a cair para os lados, rolando 
acidentalmente para supino. Inicia reação de Landau.
Gosta de ser colocado na posição sentada, mantendo a cabeça ereta, 
mas instável quando o tronco oscila; tronco permanece menos 
tempo fletido.
5° mês Supino: é capaz de levar os pés à boca, eleva o quadril e pode arrastar 
em supino empurrando o corpo para trás (interesse no alcance do 
objeto), inicia o rolar para prono ainda sem muita rotação do tronco.
Prono: desloca lateralmente o peso sobre antebraços para o alcance 
dos brinquedos, rola para supino, tenta “nadar” no chão, é capaz de 
pivotear (giro sob o próprio eixo) e de manter membros superiores 
estendidos.
Puxado para sentar: eleva a cabeça do apoio.
Colocado na posição sentada: a cabeça não oscila; começa a sentar 
com apoio, mantendo o tronco ereto.
continua
continuação
58
IDADE INDICADOR DE DESENVOLVIMENTO
6° mês Ao final do 6° mês, a criança já tem domínio sobre os movimentos 
rotacionais, denotando controle sobre as transferências de decúbito 
como o rolar. 
Supino: rola para prono, levanta a cabeça espontaneamente.
Prono: suporta peso nas mãos, liberando o apoio de uma delas para 
o alcance de objetos; apresenta reação de equilíbrio nesta posição, 
começando em supino; inicia o arrastar.
Puxado para sentar: auxilia no movimento, elevando a cabeça do 
apoio e tracionando membros superiores.
Colocado na posição sentada: é capaz de manter-se nessa postura 
com apoio, por longo tempo, ainda com cifose lombar. Apoia as 
mãos à frente do corpo pela reação de proteção para frente. Como 
ainda não tem total controle do seu deslocamento de peso nesta 
postura e não apresenta ainda as reações lateraise posteriores de 
apoio, pode cair para os lados e para trás.
7° mês Nesse período, o desenvolvimento adequado da musculatura 
de tronco e da pelve permite uma ótima estabilidade na postura 
sentada e, com isso, a retificação do tronco fica mais evidente. 
Supino: reações de equilíbrio presentes (iniciando na posição 
sentada); eleva a cabeça como se fosse sentar.
Prono: mantém cabeça elevada, com apoio no abdomen e nas mãos, 
pode girar ou arrastar-se. Brinca em decúbito lateral.
Aquisição do equilíbrio de tronco / senta sem apoio.
8° mês Com o domínio das rotações, o bebê experimenta várias posturas 
diferentes como o sentar em anel, o sentar de lado (sidesitting), 
o sentar com as pernas estendidas (longsitting), sentar entre os 
calcanhares (sentar em “w”), e todas essas possibilidades permitem a 
transferência para a postura de gatas e ajoelhado e vice-versa.
Supino: geralmente rola ou puxa-se para sentar.
Prono: assume a posição quadrúpede (ou de gatas), transfere de 
prono para sentado e vice-versa.
Sentado: bom equilíbrio de tronco, inclina-se para frente, apresenta 
reação protetora para os lados. 
continua
continuação
59
IDADE INDICADOR DE DESENVOLVIMENTO
9° mês Uma vez na postura de gatas, a criança experimenta as transferências 
de peso, balançando para frente, para trás e para os lados; com 
isso, vai desenvolvendo o equilíbrio e a força muscular para iniciar 
o engatinhar. Inicialmente desenvolve o engatinhar com o tronco 
em bloco e depois de maneira dissociada, ou seja, com movimentos 
laterais do tronco. 
Apresenta reação de equilíbrio na posição sentada (inicia 
quadrúpede), com melhor controle de tronco (realiza movimentos 
de rotação).
Engatinha e realiza transferências de sentado para a posição de gatas 
e vice-versa.
Começa a assumir a posição de joelhos e fica de pé com apoio.
10° mês Ao final do 10° mês, a criança consegue se transferir de sentado para 
gatas, para joelhos, semi-ajoelhado e tracionar-se para de pé. 
Engatinha ou desloca-se através da posição “tipo urso”, com apoio 
nas mãos e pés, mantendo joelhos estendidos. Sentado, apresenta 
extensão protetora para trás, roda em círculos.
Inicia marcha lateral com apoio nos móveis e é capaz de caminhar 
quando segurado pelas mãos.
11° mês Essa fase é marcada pelo desenvolvimento da postura ortostática; a 
criança realiza marcha lateral e já é capaz de liberar o apoio de uma 
das mãos. Posteriormente, realiza marcha para frente, empurrando 
um apoio móvel (como cadeira ou banquinho). O caminhar para 
frente, ao redor dos móveis, enquanto se apoia com uma mão, é um 
precursor natural da marcha para frente com auxilio da mão de um 
adulto.
12° mês Capaz de elevar-se estendendo ativamente membros inferiores; 
transfere da posição ortostática para sentado dissociando 
movimentos de membros inferiores; inicia ficar de pé sem apoio; 
primeiros passos independentes.
Na fase inicial da marcha independente, a criança assume uma 
base alargada de apoio nos pés, abdução dos braços e fixação do 
tronco superior. Apresenta passos curtos e acelerados, com cadência 
aumentada em função do déficit de equilíbrio.
A literatura aponta que a ocorrência de marcha sem apoio antes dos 
12 meses ou até os 18 meses pode ser considerada dentro da faixa de 
normalidade, no caso de uma criança nascida a termo e sem sinais de 
comprometimento neurológico.
continua
continuação
60
IDADE INDICADOR DE DESENVOLVIMENTO
12 a 18 
meses
Ganho gradativo de equilíbrio, reduz base de suporte durante a 
marcha.
Após o 15º mês, a criança mantém o ritmo de aquisições motoras, 
porém com foco no refino das habilidades motoras grossas e 
habilidades manipulativas. Sobe e desce escadas engatinhando ou 
apoiada pelas mãos. Ajoelha-se só.
18 a 24 
meses
Melhora do equilíbrio e desempenho de marcha: realiza choque 
de calcanhar no inicio do apoio, diminui cadência e aumenta a 
velocidade.
Fica sentada sozinho numa cadeira.
Sobe e desce escadas segurando-se no corrimão. Começa a saltar 
sobre os dois pés.
24 a 30 
meses
Corre e bate numa bola sem perder o equilíbrio; tenta se equilibrar 
num só pé.
30 a 36 
meses
Sobe escadas alternando movimento de membros inferiores (coloca 
um pé de cada vez no degrau, apenas para subir). Consegue se 
manter em pé sobre uma única perna. Salta no mesmo local com 
ambos os pés. Anda de triciclo.
Fonte: Adaptado de Bly, 1994; Shepherd, 1996; Braga, 2005; Flehmig, 2005; Castilho-Weinert 
e Fort-Belleni, 2011.
Em um estudo multicêntrico, a Organização Mundial de Saúde 
coletou dados de 816 crianças de diferentes países para identificar os 
períodos aquisitivos do que os autores denominaram as “seis janelas de 
desenvolvimento motor grosso”, sendo estas e os respectivos percentis 
1º e 99º em meses (WHO, 2015):
• Sentar sem suporte (3.8 e 9.2).
• Ficar de pé com assistência (4.8 e 11.4).
• Engatinhar com mãos e joelhos (5.2 e 13.5).
• Andar com assistência (5.9 e 13.7).
• Ficar de pé sozinho (6.9 e 16.9).
• Andar sozinho (8.2 e 17.6).
Os achados apontam que a maioria das crianças completou o 
período aquisitivo, para os marcos de desenvolvimento em questão, 
até o limite dos 17.6 meses de vida, sendo que 97% das mesmas 
conclusão

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