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MEDICINA PERIODONTAL

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Greicy Peres
Cirurgiã-dentista
Manaus
2021
MEDICINA PERIODONTAL
É um termo emergente na área da saúde 
que se ocupa com o relacionamento 
bidirecional entre patologias 
periodontais e certas condições 
sistêmicas
Magda Feres, 2007
ETIOPATOGÊNESE
• .
Definição de Doença 
Periodontal
Evolução / Progressão
Mecanismo de defesa e 
a susceptibilidade à 
doença periodontal
O processo inflamatório 
desencadeado
A resposta Imune de 
cada indivíduo
Ricardo Farias Almeida e Col. 2006
DESEQUILIBRIO
BACTÉRIA / DEFESA DO 
HOSPEDEIRO
Alterações 
vasculares e
Exsudato 
Inflamatório
• Cor
• Sangramento
• Edema
Gengivite
Bolsa
Perda óssea
Migração Apical 
do Epitélio
O processo inflamatório 
desencadeado
Ricardo Farias Almeida e Col. 2006
DESTRUIÇÃO
Cemento Radicular
Ligamento periodontal
Osso alveolar
ALTERAÇÕES
A resposta Imune de cada indivíduo
Fatores de risco
Biológicos e
Comportamentais
Bactérias 
Específicas
Resposta de Defesa
Específica ou Inata
Bactérias 
/ Produtos
NEUTÓFILOS
(Metaloproteinases)
FIBROBLASTOS,
CELULAS EPITELIAIS E 
MONÓCITOS
DESTRUIÇÃO 
DO
COLÁGENO
Prostaglandina E 
(PgE)
Interleucina 1 e 6 (IL1 e IL6)
Fator de Necrose Tumoral 
alfa (TNFα)
REABSORÇÃO 
ÓSSEA
Ricardo Farias Almeida e Col. 2006
A placa bacteriana é essencial para o 
processo patológico.
A resposta do hospedeiro a esta 
agressão sofre grandes variações. 
Fatores e Doenças 
Sistêmicas
DANOS AO PERIODONTO
FATORES
ETIOPATOLOGICOS
Má Higiene Oral
Hábitos Nocivos 
A RESPOSTA IMUNE é a 
fonte mais provável de 
variação do hospedeiro.
Portanto, um fator 
importante na 
etiopatogênese da doença 
periodontal. 
Como a DP vai 
influenciar nas 
doença sistêmicas?
Doenças Sistêmicas como um fator 
de risco para a doença periodontal.
A doença Periodontal como um 
agravante para a doença sistêmica.
Ricardo Farias Almeida e Col. 2006
Discutiremos as possíveis relações entre a 
Doença Periodontal e algumas Patologias 
Sistémicas.
1. Diabetes Mellitus.
2. Doenças Cardiovasculares 
3. Infecções Respiratórias
4. Gravidez (ocorrência de Partos Prematuros)
E por que falarmos 
dessas Patologias?
OBJETIVO
Abordar sobre a associação da doença 
periodontal com as doenças sistêmicas analisadas 
enfatizando os mecanismos inflamatórios e 
imunológicos semelhantes e em sinergismo que 
existe entre ambas as doenças.
DIABETE MELLITUS
• O diabetes mellitus(DM) é uma alteração metabólica 
caracterizada pelo aumento da glicose sanguínea, ausência 
relativa ou absoluta de insulina, ou até mesmo incapacidade 
da insulina de exercer adequadamente seus efeitos, pela 
alteração do metabolismo de carboidratos, proteínas e 
gorduras. (SILVA, 2004; MADEIRO,2005).
Tipo 1 Tipo 2
A real relação entre a Doença Periodontal
e a Diabetes mellitus
O paciente 
diabético.
A associação entre 
a doença 
periodontal e o 
diabetes.
A resposta 
imunológica 
exacerbada.
Secreção de mediadores 
inflamatórios.
Interação de mediadores 
inflamatórios e imunossupressão 
na DP e na diabetes mellitus.
Tal associação atribuiu à DP o patamar de 
ser considerada pela endocrinologia o sexto 
fator de complicação da diabete mellitus
Alves et al 2007 
Diabete Mellitus
ALTERAÇÕES BIOQUIMICAS ALTERAÇÕES IMUNOLÓGICAS
Hiperglicemia Intracelular
e distúrbios da via do 
poliol.
Aumento da concentração 
de sorbitol e frutose
Glicosilação não 
enzimática
Produção de 
Mediadores Inflamatórios
Alteração no Colágeno
Lesão Vascular
Alterações 
salivares
Crescimento Bacteriano
Produção de Ácido Lático
Formação de Cálculos
DOENÇA PERIODONTAL
Distúrbios dos 
Neutrófilos
Aumento da secreção 
de citocinas
Diminuição da quimiotaxia, 
aderência, fagocitose e 
destruição intracelular
Ativação de 
osteoclastos e 
osteoblastos
Diabete Mellitus
ALTERAÇÕES TECIDUAIS
Alterações
microvasculares
Hipóxia tecidual
ALTERAÇÕES
GENÉTICAS E AMBIENTAIS
Alteração no tecido conjuntivo
Redução da função e nº de fibroblastos.
Diminuição da síntese/maturação de Colágeno
Maior quantidade de plasmócitos
Alves et al 2007 
Os sintomas orais mais comuns descritos em 
associação com a Diabetes mellitus são:
• Boca seca que pode causar 
úlceras e cáries.
• Sangramento.
• Edema gengival, formação 
avançada de bolsas e 
abscessos periodontais.
• A presença ou gravidade da doença
periodontal afeta o estado metabólico nos
pacientes diabéticos?
• Tratamento periodontal visando reduzir o
desafio bacteriano e minimizar inflamação
tem efeito mensurável sobre o controle
glicêmico?
DOENÇA PERIODONTAL
E
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Vários outros fatores também podem estar relacionados à 
doença periodontal e doença cardiovascular como: 
RAÇA
IDADE
SEXO EDUCAÇÃO
DIABETE
PRESSÃO ARTERIAL PESO CORPORAL
NIVEL
SÓCIOECONOMICO
FUMO
• Está claro que a doença periodontal 
parece ter um papel importante como 
fator do risco para o aparecimento de 
algumas doenças sistêmicas, entre elas 
as alterações cardiovasculares. 
• Invasão dos microrganismos 
periodontopatogênicos na corrente 
sanguínea por meio dos tecidos 
periodontais inflamados, os quais podem 
desencadear tromboses ou isquemias 
cardíacas. 
Relação da DP com Doenças Cardiovasculares
• Em estudo recente, apontou a condição bucal, principalmente a Doença 
Periodontal, como um dos principais fatores de risco às doenças cardíacas, 
talvez até mais importante que o fumo.
Figura: Gengiva edemaciada, 
sangrante.
BACTERIAS
GRAM-NEGATIVOS
PAREDES 
ENDOTELIAIS
COAGULAÇÃO 
SANGUÍNEA
FUNÇÃO DAS 
PLAQUETAS
LIPOPOLISSACARÍDEOS/
ENDOTOXINAS
TROMBOXANO 
A2
FATOR DE NECROSE 
TUMORAL
PCR
NUMERO 
AUMENTADO 
DE BACTERIAS
RESPOSTA 
IMUNOLOGICA
INTENSA
MEDIADORES 
INFLAMATÓRIOS
EVENTOS 
TROMBOEMBOLÍTICOS 
E ATEROSCLERÓTICOS.
INTERLEUCINA
Mecanismo de Ação da 
DP na Doença Cardiovascular
INFECÇÃO 
SISTÊMICA OU 
PERIODONTAL
FIBRINOGÊNIO
CONTAGEM DE LEUCÓCITOS
FATOR DE VON WILLEBRAND
VISCOSIDADE SANGUÍNEA
CARDIOPATIA ISQUÊMICA
Quando combinados com 
contagem de Leucócitos 
aumentada, a viscosidade 
sanguínea aumenta.
Viscosidade aumentada do 
sangue , aumenta o risco 
de formação de trombo, e 
a consequentemente a 
Isquemia coronária .
Cardiopatia isquêmica é 
associada a trombose e 
arterogênese. 
Hipercoagulabilidade
Efeito da infecção sobre a viscosidade sanguínea
ATEROSLEROSE E TROMBOEMBOLISMO 
FATORES DE RISCO DE CC 
ATEROSCLEROSE TROMBOEMBOLISMO
ESTREITAMENTO DAS 
ARTÉRIAS CORONÁRIAS
OCLUSÃO DAS ARTÉRIAS 
CORONÁRIAS
ISQUEMIA MIOCÁRDICA
ANGINA INFARTO DO MIOCÁRDIO
AGUDA CRÔNICA
• O estudo RUTGER et al. (2003), observou uma estreita
correlação entre as doenças periodontais com o IAM, sendo
alguns desses casos fulminantes.
• ANGELI et al. (2003) mostra que pacientes com DP têm a
massa do ventrículo esquerdo do coração aumentada,
provavelmente devido ao maior esforço que o coração precisa
fazer para conseguir bombear sangue através dos vasos
sanguíneos que estão totalmente ou parcialmente
obliterados por placa de ateromas.
• Esse quadro parece ser mais evidente em pacientes
portadores de periodontopatias, como pôde ser constatado
nas pesquisas de ELTER et al.(2004) e JAIN et al. (2003)
Conclusões:
-A doença periodontal parece ser um significativo fator de 
risco para doenças cardiovasculares.
- A maior gravidade da doença periodontal nos pacientes 
cardiopatas sugere que fatores sistêmicos podem estar 
envolvidos de forma simultânea na origem das duas doenças.
- O conhecimento da associação entre essas doenças devem 
ser de interesse do Cirurgião-Dentista, pois em fazendo 
manutenções da saúde bucal, estaremos contribuindo 
também para uma diminuição no risco das doenças cardíacas.
• Periodontite e Doença Aterosclerótica Coronariana: “as Relações 
Perigosas” 
Wellington Bruno Santos*, Miriam Zaccaro Scelza**, Levi Ribeiro 
Jr**, Ana Lúcia da Silva Longo***, CheilaHermano*** 
• A doença aterosclerótica coronariana (DAC) é uma doença multifatorial.
Os estudos que demonstram associação entre DAC e periodontites ainda
são escassos e pequenos. Há diferentes definições de doença
periodontal/periodontite o que resulta em dificuldades para elaboração
de revisões sistemáticas e metanálises. A alta prevalência de DAC e de
doença periodontal em nosso meio é uma oportunidade para integrarmos
nossas ações com o objetivo de melhorar a saúde do indivíduo como um
todo. Ainda não podemos afirmar: “cuide de seus dentes hoje para não
sofrer do coração amanhã”. Contudo, as evidências sugerem uma
associação entre periodontite e doença arterial coronariana (DAC) que
não pode ser menosprezada. Ainda se desconhece se as intervenções na
saúde oral podem resultar em modificação de desfechos da DAC, ou
mesmo sua prevenção. Estudos maiores e bem delineados são
necessários. Esta é uma estrada que ainda está sendo construída para
saber se poderemos utilizá-la no futuro.
Infecções Respiratórias
• As doenças respiratórias dentre as
doenças sistêmicas e sua relação
com as periodontais.
• As Periodontopatias e as
pneumonias
• Pneumonia e paciente idoso e/ou
imunocomprometido
• A pneumonia é a segunda causa de
infecção hospitalar. Equivale de
10% a 15% das infecções
hospitalares, com 20% a 50% de
óbito dos pacientes afetados
Infecções Respiratórias
acumulam mais
periodontais, são
um risco
nosocomial,
significante
aumenta
prolongar em
pacientes,
hospitalares.
Infecções Respiratórias
Pacientes 
internados 
em UTI
Aumento de 
biofilme 
conforme o 
tempo de 
internação
Aumento de 
patógenos 
respiratórios
Infecções Respiratórias
Pneumonia 
Bacteriana
Doença Pulmonar 
Obstrutiva 
Crônica
Doença pulmonar obstrutiva crônica:
• ESTUDO 1:
- Estudo longitudinal
- 1100 homens por 25 anos
- Perda óssea alveolar foi associada a risco de 
DPOC
- 23% foram diagnosticados com DPOC
- Perda óssea inicial mais grave: risco aumentado
- Baixa higiene oral: maior risco de bronquite e 
enfisema
- Não foram conclusivos 
• Nos estudos citados pelo livro Carranza
revelou ausência de associação em um dos 
casos e em revisão sistemática afirmou que 
existe evidência insuficiente para associação.
DP e infecções respiratórias agudas:
• Pneumonia Nosocomial
• Pacientes em que a orofaringe posterior se torna 
colonizada com PRPs tem risco aumentado de 
desenvolver a pneumonia
• A placa dental serve como reservatório e fonte de 
aspiração potencial
• Descontaminação seletiva
• Influência com má higiene oral (revisão sistemática)
• Organismos anaerobios de bolsas periodontais
podem servir como o inóculo primário para doenças 
supurativas( abscessos pulmonares)
DOENÇA PERIODONTAL
X
GRAVIDEZ
• Características próprias do sexo feminino envolvendo a saúde e a doença
podem afetar as condições bucais.
• As variações hormonais, além de interferirem no sistema reprodutivo,
exercem forte influência na cavidade bucal, em condições fisiológicas ou
não, incluindo significativamente o comportamento dos tecidos
periodontais.
• Essa influência é de tal ordem que de longa data tem-se aceito a
exacerbação das alterações gengivais produzidas durante a gravidez.
• A literatura encontrou evidências da provável participação de
componentes bacterianos associados à infecção periodontal e/ou de seus
produtos, bem como de componentes bioquímicos associados ao
processo inflamatório periodontal, reversamente influenciando o
nascimento de bebês prematuros de baixo peso corporal.
• Nosso propósito aqui é de apresentar considerações sobre essas
evidências.
A presença de receptores específicos para esses hormônios no tecido gengival, nos 
fibroblastos do periósteo e do ligamento periodontal e nos osteoblastos sugere que 
esses tecidos são entidades alvo para os mesmos 
ESTROGÊNIO PROGESTERONA
• Responsável pela diminuição da ceratinização e 
aumento de glicogênio no epitélio gengival, 
desta forma reduzindo aefetividade da defesa 
que a barreira epitelial exerce no organismo. 
• Tem ação vasodilatadora, levando a um 
aumento da permeabilidade vascular, 
estimula a produção de prostaglandinas 
e de leucócitos no fluido gengival . 
• Além disso, pode promover retenção de 
nitrogênio, acúmulo de água no tecido 
conjuntivo. (Edema)
• Inibe a síntese de proteínas colágenas e 
não colágenas por fibroblastos do 
ligamento periodontal e a proliferação de 
fibroblastos gengivais, alterando a taxa e 
padrão do colágeno na gengiva. 
• No tecido gengival, não só estimula a
proliferação de fibroblastos gengivais e síntese e 
maturação de tecido conjuntivo gengival, como 
também aumenta a severidade da inflamação 
gengival, independentemente da quantidade de 
placa presente.
• Aumenta a degradação metabólica do 
folato, influenciando assim, o processo 
de reparo e manutenção tecidual.
• (Retardo da Cicatrização.)
Tabela 1: O estrogênio e a progesterona exercendo efeitos diretos sobre o periodonto. 
De acordo com a literatura consultada são três os 
mecanismos subjacentes a essa associação:
3. Agressão imunológica induzida 
por microorganismos periodontais.
1. Infecção à distancia devido 
à translocação hemática de 
microorganismos.
2. Infecção à distancia devido à 
circulação de toxinas de 
microorganismos 
periodontopatogênicos.
Ricardo Farias Almeida e Col. 2006
Gravidez: um dos estágios da vida da 
mulher com capacidade de influenciar a 
sua saúde bucal. 
Período em que os cuidados com a 
saúde materna e a educação da 
paciente têm um efeito profundo na 
sua saúde bucal e na de seu filho.
Estreita relação entre profissionais da 
odontologia e obstetrícia, para 
assegurar uma melhoria na saúde bucal 
das gestantes e de seus bebês.
Doença Periodontal como Fator de Risco para Parto
Prematuro e Nascimento de Bebês de Baixo Peso
Corporal
• Mecanismo primário: Infecção materna pode 
levar a presença de produtos bacterianos 
amnióticos como LPS Gram -, os quais estimulam 
a produção de citocinas derivadas do hospedeiro 
que estimulam a produção aumentada de 
prostaglandinas a partir do âmnio, levando ao 
trabalho de parto prematuro
• Aumento de PGE2 e PGF2 alfa é característico de 
parto prematuro
• ESTUDO 1: Sugere que a infecção distante, 
não disseminada por P.gingivalis pode ter 
consequência na gravidez
• ESTUDO 2: 
- Estudo prospectivo
- 1.500 mulheres periodontite generalizada
- Risco 5X maior de parto prematuro antes de 
35 semanas
- Risco 7X maior antes de 32 semanas
• ESTUDO 3:
• Estudo transversal
• Encontraram soropositividade do anticorpo 
imunoglobulina M para bactéria oral
• A reposta imune fetal é ativada in utero por 
antígenos bacterianos derivados da cavidade 
oral
• Níveis de FSG e PGE2 inversamente 
proporcional ao peso ao nascer
• Mulheres que tem lactentes com BPN 
apresentam mais alta prevalência e gravidade 
de periodontite, mais inflamação gengival, 
níveis mais altos de supostos patógenos 
periodontais e resposta inflamatória 
subgengival elevada
Tratar a DP antes ou depois do parto?
• Estudo e intervenção
• 351 mulheres com Periodontite
• Raspagem antes de 28 semanas, profilaxia a cada 2 
semanas até o parto
• Taxa de BPN de 1,8%
• Os que não tiveram o tratamento: taxa d 10,1%
• Jeffcoat et al, observaram taxa reduzida de
parto prematuro em mulheres com terapia
periodontal. Porém necessita de mais estudos
• AFIRMAÇÃO: Raspagem no segundo e terceiro
trimestre é segura
• Nenhum estudo mostrou aumento nas taxas
de resultados adversos
• ROSA, Maria Inês da et al. Tratamento de doença periodontal e risco de
parto prematuro: revisão sistemática e metanálise . Cad. Saúde Pública
[online]. 2012, vol.28, n.10, pp. 1823-1833. ISSN 0102-
311X. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2012001000002.
• Os eventos que levam à prematuridade ainda não são completamente
compreendidos. Foi realizada uma revisão sistemática quantitativa para
avaliar os efeitos do tratamento de doençaperiodontal durante a gravidez
para prevenir o nascimento prematuro e baixo peso ao nascer. A
metanálise incluiu estudos randomizados de grávidas com diagnóstico de
doença periodontal antes de 20 semanas de gestação. O risco relativo (RR)
com intervalos de 95% de confiança (IC95%) foi calculado. Avaliou-se os
desfechos prematuridade e baixo peso ao nascer. Foram incluídos 13
estudos, comparando 3.576 mulheres em grupos de intervenção com 3.412
mulheres que receberam tratamento habitual. A metanálise mostrou uma
redução não significativa nos partos prematuros (RR = 0,90; IC95%: 0,68-
1,19) e baixo peso ao nascer (RR = 0,92; IC95%: 0,71-1,20). O gráfico de
funil revelou clara evidência de viés de publicação. Em resumo, o
tratamento periodontal em mulheres grávidas não pode ser considerado
uma forma eficiente de reduzir a incidência de parto prematuro ou baixo
peso ao nascer.
• Periodontal disease in pregnant women as risk factor to low
weight and preterm birth of infants
Vanessa Marinho NovaesI; Camila Marinho NovaesII; Sylvia
Maria Correia TodescanIII
• Diante do que foi discutido podemos concluir que a as-
sociação entre doença periodontal infecciosa e doenças
sistêmicas tem sido proposta há aproximadamente uma dé-
cada. Estudos recentes têm procurado demonstrar uma cor-
relação significativa entre a doença periodontal e o retardo de
crescimento intra-uterino, resultando em nascimentos de
bebês com medidas menores que o normal. De acordo com as
evidências clínicas disponíveis até o momento, foi possí- vel
concluir que a infecção periodontal em mulheres grávi- das
pode ser um novo fator de risco para o nascimento de
crianças prematuras com baixo peso, além da possibilidade de
redução desse tipo de nascimento com a implementação da
terapia periodontal, entretanto sugere-se novos estudos
randomizados para melhor avaliação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• As doenças sistêmicas crônicas crescentemente vêem sendo
associadas às periodontopatias devido a mecanismos
inflamatórios e imunoreguladores comuns a ambas as doenças
que conferem influências recíprocas na etiopatogenese e
agravamento de ambas.
• Um melhor esclarecimento das vias envolvidas na associação da
doença periodontal com as doenças crônicas debilitantes da
sociedade atual pode, no futuro, promover o desenvolvimento
de terapias farmacológicas coadjuvantes no controle de ambas
as doenças.
• Entretanto a associação clínica evidenciada pela literatura deve
desde já direcionar o profissional a promover tratamento
periodontal na prevenção do desenvolvimento e manutenção da
saúde sistêmica de paciente portadores de doenças sistêmicas
crônicas.
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2007.
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