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DRENAGEM TORÁCICA A drenagem torácica tem como objetivo a manutenção ou restabelecimento da pressão negativa do espaço pleural. Ela é responsável pela remoção de ar, líquidos e sólidos da cavidade pleural ou mediastino, que podem ser decorrentes de algum processo infeccioso, trauma... Ela é indicada em casos de pneumotórax (simples e hipertensivo), hemotórax (simples e maciço) e derrame pleural (exsudato, empiema e quilotórax). Além disso, a drenagem torácica é indicada como conduta profilática em pacientes em respiração mecânica e em pacientes sob anestesia geral. A drenagem torácica não apresenta nenhuma contraindicação absoluta, apenas relativas. O médico deve atentar-se para pacientes com distúrbios de coagulação, aderências pleurais, bolhas gigantes, atelectasia pulmonar total (colabamento pulmonar), ruptura diafragmática, diátese hemorrágica (predisposição à hemorragias espontâneas) e derrames pleurais por doença hepática. É importante salientar que essas condições não necessariamente indicam a não feitura do procedimento, mas sim um maior cuidado na sua execução. Para a realização da drenagem torácica, o paciente deve ser colocado em decúbito dorsal, com membros superiores elevados e cotovelos fletidos. Depois, será realizada a degermação e antissepsia adequada. Em seguida, é feita a anestesia das costelas (superior e inferior), da pele e do subcutâneo. A incisão deve ser transversal, com cerca de 2 – 3cm, no 5º EIC, entre a linha axilar anterior e média. Posteriormente, será feita a inserção de uma pinça hemostática fechada para perfurar a cavidade pleural. Depois, a pinça é aberta para expandir a região e o médico deve colocar o seu dedo utilizar o dedo para “abrir” mais o caminho do dreno até a cavidade pleural e avaliar a presença de estruturas. Em seguida, o dreno (28 a 32 F) é inserido a cerca de 3cm na horizontal e, então, no sentido posterior e superior. Por fim, o dreno é conectado a um sistema coletor (sistema de selo d’água) abaixo do paciente e então ele é fixado no local com uma sutura (ponto em U). Além disso, deve-se aplicar um curativo oclusivo e fixar o dreno na parede torácica com esparadrapo. Após o procedimento deve ser feita uma radiografia do tórax e caso for necessário obter gasometria arterial e/ou conectar um monitor de oximetria de pulso. A toracocentese deve preceder qualquer forma de abordagem invasiva na cavidade pleural, podendo ser feita para diagnóstico ou terapia (punção de alívio) Qualquer incisão feita na cavidade torácica deve ser realizada acima da margem superior da costela inferior, para não acometer o feixe vasculonervoso presente no sulco da costela
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