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Introdução - Doença infectocontagiosa do sistema nervoso que acomete diversas espécies de mamíferos domésticos, com maior prevalência entre suínos, levando a manifestações nervosas, reprodutivas e respiratórias, causadas por um Herpesvirus. - As perdas causadas pela doença decorrem de elevado índices de mortalidade e morbidade entre leitões, queda de produtividade das matrizes e redução no desenvolvimento dos animais em crescimento e terminação. - A DA é uma das mais importantes doenças que afetam os suínos, talvez somente superada economicamente pela PSC (peste suína clássica). - Sua ocorrência no Brasil é conhecida a bastante tempo, embora seu caráter enzoótico nos suínos tem se agravado com as criações industriais de suínos. Importância Econômica - Doença de notificação obrigatória à OIE (organização mundial de saúde animal) - Restrições ao comércio internacional de animais. - Mortalidade em animais jovens (100% em leitões) - Desempenho reprodutivo (adultos): abortamentos, repetição de cio esterilidade em machos - Custo de manutenção de um rebanho suíno com aujeszky: R$ 65,00/matriz/ano - Em outras espécies: mortalidade (letalidade de 100% em qualquer idade). Etiologia - Por causa de sua estabilidade em relação ao pH e a diferentes temperaturas, o vírus da DA é muito resistente ao ambiente. - Temperaturas baixas, umidade relativa do ar baixa, presença de colóides, tecidos e soluções proteicas, favorecem a preservação do vírus. - Os hospedeiros primários do VDA (vírus da doença de Aujeszky) são os suínos domésticos e silvestres, embora o vírus possa infectar outras espécies de mamíferos domésticos, entre os gatos, cães e bovinos. - Os hospedeiros secundários (ruminantes, felinos, caninos e roedores), usualmente se contaminam através de ingestão de carne e tecidos de suínos infectados. Nestas espécies, o vírus leva a encefalite fatal, que traz como características marcantes um intenso prurido e tendências à automutilação. - Em felinos, a evolução rápida leva a que o prurido não seja observado. - Equinos e aves são muito pouco sensíveis à infecção e o homem é refratário. - Após a infecção primária, o vírus migra para gânglios nervosos, via terminações nervosas periféricas, podendo estabelecer infecção latente ou invadir o Sistema Nervoso Central. O estabelecimento de latência torna o animal uma fonte de disseminação viral durante toda a vida. - Em animais jovens predominam sinais neurológicos com a taxa de mortalidade aproximando-se dos 100%, em leitões não imunes. - A enfermidade caracteriza-se por sinais de comprometimento neurológico e respiratório. Em adultos apresentam febre, taxas variáveis de aborto, reabsorção fetal, dificuldade respiratória e eventualmente vômitos. - A vacinação de suínos contra a Doença de Aujeszky é uma prática comum na maioria dos países com ocorrência endêmica da doença. - Embora a imunidade induzida pela vacinação não impeça a excreção viral após infecção, a vacina contra esta enfermidade tem como objetivo não só proteger os suínos contra a doença, mas também prevenir o estabelecimento da infecção ou, se esta ocorrer, reduzir a eliminação viral. - A única exigência sanitária requerida é sorologia negativa nas granjas de reprodutores suínos. O uso de vacinas é regulado por órgão oficial, e seu uso somente é permitido em situações de foco. - A erradicação do VDA dos rebanhos pode ser feita por despovoamento, seguido de vazio sanitário e repopulação com suínos livres. Transmissão - Via contato direto entre animais, água e alimentos contaminados (eliminação do vírus principalmente pelo aparelho respiratório, podendo ser eliminado pelo leite). - Situação de stress - portadores eliminam o vírus. - Aerossóis - importante disseminador da doença. Em áreas de grande concentração de suínos, torna-se difícil controlar a disseminação do vírus, que pode ser transportado até 9 km pelo vento. - Forma Respiratória: o vírus chega ao pulmão, multiplica-se nas células alveolares e nos macrófagos, que são então destruídos pelo sistema imune dos suínos (imunodepressão). - Infecção uterina: pode interferir em todos os estágios de desenvolvimento embrionário e fetal, podendo provocar abortos, nascimento de fetos mumificados, infertilidade, etc. Sinais Clínicos - Forma clássica: manifesta - se sob 3 formas clínicas: sinais nervosos, respiratórios e reprodutivos. Diagnóstico - Epidemiológico: alta mortalidade em leitões neonatos e ocorrência dos sinais e sintomas em suínos simultaneamente a outras espécies. - Anatomia patológica - Direto: amostras do cérebro e tonsilas, animais de laboratório, cultivo celular e imunofluorescência. - Indireto: Soroneutralização e Elisa. Prevenção e Controle - Medidas aplicáveis às fontes de infecção (diagnóstico – remoção do rebanho) - Medidas aplicáveis aos susceptíveis (vacinas) 1 – Interdição da área 2 – Inquérito epidemiológico 3 - Despopulação das granjas com animais com sinais clínicos e isolamento viral 4 – Sorologia: coleta e teste do soro de animais de todas as granjas 5 – Despopulação das granjas com animais soropositivos; 6 - Vazio das instalações por 4 meses; 7 – Desinfecções acompanhadas; 8 – Vistoria final e liberação para repovoamento.
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