Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO EDUARDO LOPES DA MOTTA Matrícula: 20181302007 CADEIAS DE MARKOV E ANÁLISE DE MARKET SHARE AVALIAÇÃO 2 – MODELAGEM DE SISTEMAS DISCRETOS Rio de Janeiro Setembro 2021 EDUARDO LOPES DA MOTTA CADEIAS DE MARKOV E ANÁLISE DE MARKET SHARE AVALIAÇÃO 2 – MODELAGEM DE SISTEMAS DISCRETOS 2a Avaliação da disciplina Modelagem de Sistemas Discretos apresentada ao Curso de Engenharia de Produção da Universidade Veiga de Almeida como requisito para a obtenção do título de bacharel. Rio de Janeiro Setembro 2021 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO:..........................................................................................................4 DESENVOLVIMENTO...............................................................................................4 Enunciado............................................................................................................4 Soluções..............................................................................................................5 CONCLUSÕES…………………………………………………………………………… 8 REFERÊNCIAS.........................................................................................................9 3 INTRODUÇÃO Decisões associadas ao planejamento estratégico de uma empresa precisam estar fundamentadas em muitas informações, e, entre elas, a pesquisa de mercado é de extrema relevância para conhecer melhor os concorrentes e o público- alvo. Nesse sentido, sabendo que o mercado é dinâmico, o profissional de engenharia precisa fazer bom uso das ferramentas que se apresentam, por exemplo, as Cadeias de Markov. DESENVOLVIMENTO Enunciado Uma informação importante para a análise das bebidas alcoólicas é o market share no ano de 2015 (FLANDERS INVESTMENT & TRADE, 2015 apud CERVIERI JÚNIOR, 2017), isto é, o cenário se apresentava com as seguintes parcelas: Ambev/Brasil – 67%; Grupo Petrópolis/Brasil – 13%; Heineken/Holanda – 10%; Brasil Kirin/Japão – 8%; e outras – 2%. Sabe-se que o mercado é dinâmico e que os consumidores podem “deixar de ser fiéis” a uma determinada marca dependendo dos investimentos em marketing que a empresa possa vir a fazer ou do lançamento de novos produtos. Agora, imagine que você faça parte da equipe de uma empresa do ramo de bebidas e seu setor analise constantemente as informações de evolução do mercado, como o relatório “Panoramas Setoriais 2030 – Bebidas” e outras fontes. A partir dos dados de market share do ano de 2020, você observa que, dependendo da região do país, os consumidores passaram a migrar entre os grupos de empresas apresentados, mas esse movimento tratou-se de uma migração atípica. Com base em uma nova pesquisa para analisar essa tendência nessa região especificamente, foi elaborada uma matriz de probabilidades de transição sinalizando essas possíveis migrações de preferência dos consumidores. Observe que uma informação importante surgiu nesse ínterim: em 2017, a Heineken anunciou a aquisição da Brasil Kirin, o que alterou a proporção do market share entre as empresas. Em uma reportagem (https://www.istoedinheiro.com.br/a- transformacao-da-cervejaria/) analisada por sua equipe, foi possível obter dados mais atualizados dessa divisão do mercado, conforme figura a seguir. 4 https://www.istoedinheiro.com.br/a-transformacao-da-cervejaria/ https://www.istoedinheiro.com.br/a-transformacao-da-cervejaria/ Com base nesse contexto, as probabilidades trabalhadas por sua equipe foram detalhadas a partir dessas informações e dos seguintes quesitos: Coincidentemente, o percentual do market share representa o mesmo percentual de fidelidade dos consumidores com essas empresas. Quando os clientes são consumidores de determinadas marcas, eles nunca migram para um grupo específico, e isso é recíproco, ou seja, os consumidores da Ambev não migram para o Grupo Petrópolis; os da Heineken não migram para o grupo outras. O percentual restante sempre segue a proporção em que 2/3migram para as maiores empresas, e o restante, para as menores, mas considerando maiores e menores associados à fatia de mercado. Soluções 1a QUESTÃO - Apresentar a matriz e o diagrama de probabilidade de transição. Não se esqueça de identificar os estados relacionados a essa cadeia a partir da indicação da variável aleatória em análise. Atribua números ou letras aos estados. A – market share da Ambev H – market share da Heineken + Brasil Kirin P – market share da Grupo Petrópolis O – market share da Outras t = 10 anos (2020 até 2030) Matriz de Transição Cálculos: 1a linha - Ambev: 55%, Ambev não migra para Petrópolis, então P=0; 2/3 de 0,45 = 0,30 das maiores, no caso Heineken; 1/3 de 0,45 das menores, no caso outras = 0,15. 2a linha – Heineken: 21%, Heineken não migra para outras, então O=0; 2/3 de 0,79 = 0,53 da Ambev e 1/3 de 0,79 = 0,26 do Grupo Petrópolis. 3a linha – Petrópolis: 16%, Ambev não migra para Petrópolis, logo A=0; 2/3 de 0,84 = 0,56 da Heineken e 1/3 de 0,84 = 0,28 para Outras. 4a linha – Outras: 8%, Heineken não migra para outras, logo H=0; 2/3 de 0,92 = 0,61 para Ambev; 1/3 de 0,92 = 0,31 para Petrópolis. 5 Xt = A H P O A 0,55 0,3 0 0,15 H 0,53 0,21 0,26 0 P 0 0,56 0,16 0,28 O 0,61 0 0,31 0,08 Diagrama de Transição 2a QUESTÃO - Classificar os respectivos estados da matriz. Adicionalmente, indique os períodos e as classes. O Estado A se comunica com H e O e o Estado H se comunica com A e P, assim todos os estados se comunicam entre si, sendo portanto todos da mesma classe. São recorrentes pois podem ser retornar ao estado anterior, não sendo transientes. O número de passos que leva para sair do estado A e retornar para ele mesmo é igual a 1, portanto é aperiódico. O mesmo acontece com os outros estados. Pelo fato de todos os quatro estados se comunicarem entre si e pertencerem a mesma classe, a cadeia é irredutível. 3a QUESTÃO - Definir a classificação da cadeia como ergódica ou não. 6 Para que a cadeia seja ergódica, é necessário que todos os estados sejam recorrentes e aperiódicos. A cadeia em questão pode ser classificada como ergódica, uma vez que todos os estados são recorrentes e aperiódicos. 4a QUESTÃO - Adicionalmente, analisar qual será o cenário no longo prazo. Lembre-se de apresentar as equações para o cálculo da probabilidade de estado estacionário e calcular essas probabilidades. O cenário a longo prazo é de 48% de market share para a Ambev, 27% para a Heineken, 13% para o Grupo Petrópolis e 12% para as Outras. Foram calculadas as probabilidades através da multiplicação de matrizes conforme excel em anexo. Se a matriz A corresponde ao ano de 2020, a partir do 8° ano, ou seja, em 2027, as probabilidades já assumem um estado estacionário conforme indicado acima. Para confirmar os dados obtidos, calculei as probabilidades do estado estacionário através das equações fornecidas pela matriz de transição, usando o Mathepower: 7 No Mathepower, defini π0 = x, π1= y, π2= z e π3= w CONCLUSÕES De acordo com os cálculos realizados, a Ambev irá reduzir sua fatia de mercado de 55% para 48% nos próximos 6 anos, a Heineken irá aumentar de 21 para 27%, o Grupo Petrópolis cairá de 16% para 13% e as outras irão de 8% para 12%. 8 REFERÊNCIAS ANDERSON, D. R. et al. An Introduction to Management Science Quantitative Approaches to Decision Making. Revised Thirteenth Edition. Mason, USA: South- Western Cengage Learning, 2012. BELFIORE, P.; FÁVERO, L. P. Pesquisa operacional para cursos de Engenharia. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 2013. HILLIER, F. S.; LIEBERMAN, G. J. Introdução à pesquisa operacional. 9. ed. Tradução de Ariovaldo Griesi. Revisão técnica de Pierre J. Ehrlich. Porto Alegre: AMGH, 2013. E-book. 9 A – market share da Ambev H – market share da Heineken + Brasil Kirin P – market share da Grupo PetrópolisO – market share da Outras t = 10 anos (2020 até 2030) Matriz de Transição Cálculos: 1a linha - Ambev: 55%, Ambev não migra para Petrópolis, então P=0; 2/3 de 0,45 = 0,30 das maiores, no caso Heineken; 1/3 de 0,45 das menores, no caso outras = 0,15. 2a linha – Heineken: 21%, Heineken não migra para outras, então O=0; 2/3 de 0,79 = 0,53 da Ambev e 1/3 de 0,79 = 0,26 do Grupo Petrópolis. 3a linha – Petrópolis: 16%, Ambev não migra para Petrópolis, logo A=0; 2/3 de 0,84 = 0,56 da Heineken e 1/3 de 0,84 = 0,28 para Outras. 4a linha – Outras: 8%, Heineken não migra para outras, logo H=0; 2/3 de 0,92 = 0,61 para Ambev; 1/3 de 0,92 = 0,31 para Petrópolis. Diagrama de Transição 2a QUESTÃO - Classificar os respectivos estados da matriz. Adicionalmente, indique os períodos e as classes. O Estado A se comunica com H e O e o Estado H se comunica com A e P, assim todos os estados se comunicam entre si, sendo portanto todos da mesma classe. São recorrentes pois podem ser retornar ao estado anterior, não sendo transientes. O número de passos que leva para sair do estado A e retornar para ele mesmo é igual a 1, portanto é aperiódico. O mesmo acontece com os outros estados. Pelo fato de todos os quatro estados se comunicarem entre si e pertencerem a mesma classe, a cadeia é irredutível. 4a QUESTÃO - Adicionalmente, analisar qual será o cenário no longo prazo. Lembre-se de apresentar as equações para o cálculo da probabilidade de estado estacionário e calcular essas probabilidades. O cenário a longo prazo é de 48% de market share para a Ambev, 27% para a Heineken, 13% para o Grupo Petrópolis e 12% para as Outras. Foram calculadas as probabilidades através da multiplicação de matrizes conforme excel em anexo. Se a matriz A corresponde ao ano de 2020, a partir do 8° ano, ou seja, em 2027, as probabilidades já assumem um estado estacionário conforme indicado acima. Para confirmar os dados obtidos, calculei as probabilidades do estado estacionário através das equações fornecidas pela matriz de transição, usando o Mathepower: No Mathepower, defini π0 = x, π1= y, π2= z e π3= w CONCLUSÕES De acordo com os cálculos realizados, a Ambev irá reduzir sua fatia de mercado de 55% para 48% nos próximos 6 anos, a Heineken irá aumentar de 21 para 27%, o Grupo Petrópolis cairá de 16% para 13% e as outras irão de 8% para 12%. REFERÊNCIAS ANDERSON, D. R. et al. An Introduction to Management Science Quantitative Approaches to Decision Making. Revised Thirteenth Edition. Mason, USA: South-Western Cengage Learning, 2012. BELFIORE, P.; FÁVERO, L. P. Pesquisa operacional para cursos de Engenharia. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 2013. HILLIER, F. S.; LIEBERMAN, G. J. Introdução à pesquisa operacional. 9. ed. Tradução de Ariovaldo Griesi. Revisão técnica de Pierre J. Ehrlich. Porto Alegre: AMGH, 2013. E-book.