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NOÇÕES DE TÉCNICA CIRÚRGICA

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1 
Faculdades Integradas Padrão – FIPGuanambi; 
Aluna: Samantha Leão Figueiredo Lima; 
Disciplina: Introdução à Técnica Cirúrgica; 
Período: 4º Semestre: 2020.2; 
Professor: Ms. Alan Azevedo. 
 
Noções de Técnica Cirúrgica – Revisão 
Roteiro de aula prática 
 
É mais um dia comum na rotina do Dr. Horácio. Ele tem agendadas 2 colecistectomias 
videolaparoscópicas e uma exérese de lipoma no Centro Cirúrgico de seu Hospital. 
Após passar visita aos seus pacientes internados, Dr. Horácio segue para o Centro 
Cirúrgico. 
Pergunta 1.1 - Quantas são e quais são as zonas em que se divide o Centro 
Cirúrgico? Quais os trajes utilizados em cada uma dessas zonas? 
As zonas do centro cirúrgico são 3: 
ZONA LIMPA: os trajes usados pelos profissionais são: roupa privativa, gorro e propés; 
ZONA ESTÉRIL: os trajes utilizados são: máscaras, uniforme privativo, gorro e óculos 
cirúrgico; 
ZONA DE PROTEÇÃO: não é necessário o uso de uniforme privativo, pois é uma área 
de circulação livre. 
 
O primeiro paciente, J.B., é encaminhado para a Sala Cirúrgica e é recebido pelo 
Anestesista, Dr. Kleber, que verifica sua ficha anestésica e faz uma anamnese 
direcionada para confirmação dos dados. Isabel, instrumentadora que auxiliará Dr. 
Horácio, começa sua degermação. 
Pergunta 1.2 – Descreva sucintamente a técnica de degermação. 
A técnica de degermação é um dos processos de antissepsia que visa diminuir infecções 
do centro cirúrgico, visando diminuir o número de microorganismo patogênicos, 
removendo a flora transitória, uma vez que não é possível eliminar a flora permanente. 
Esse processo é feito com água, sabões e detergentes sintéticos, e é descrita em 6 
passos, são eles: 
 
1º PASSO : Abrir a torneira e molhar as mãos, antebraços e cotovelos. 
2º PASSO: Com as mãos em concha, recolher o antisséptico e o espalhar pelas mãos, 
antebraços e cotovelos. No caso de escova impregnada com antisséptico, pressionar a 
parte da esponja contra a pele e espalhar por todas as partes citadas. 
 
 3º PASSO: Limpar as unhas com as cerdas da escova ou limpador de unha. 
 
2 
4º PASSO: Friccionar as mãos observando os espaços interdigitais e antebraço por no 
mínimo três a cinco minutos, mantendo as mãos acima do cotovelo. Lembrando sempre 
de manter as mãos acima dos cotovelos e de realizar os movimentos de cima para 
baixo, ou seja, sentido mão – cotovelo. 
 
5º PASSO: Enxaguar as mãos em água corrente no sentido das mãos para cotovelos, 
retirando todo o resíduo do produto. Fechar a torneira com cotovelo, joelhos ou pés, 
caso a torneira não seja de fotosensor. 
6º PASSO: Enxugar as mãos em toalhas/compressas estéreis, com movimentos 
compressivos que devem começar pelas mãos seguindo para o antebraço e cotovelo. 
Utilizar dobras diferentes da toalha/compressa para as regiões distintas. 
 
Isabel agora vai se paramentar para montar a mesa cirúrgica. 
Pergunta 1.3 – Quais os cuidados necessários para uma paramentação estéril? 
 Após a degermação correta das mãos, como citada anteriormente, o profissional 
precisa manter as mãos sempre elevadas, de maneira que a água escorra da 
mão para o cotovelo. 
 
 Uma toalha estéril deve ser utilizada para enxugar dedos, mãos e antebraço, 
nessa ordem. A toalha não pode tocar nas vestimentas, nem no braço. Não 
friccionar a toalha na pele. Enxugar do punho ao cotovelo utilizando movimentos 
de rotação do antebraço, sempre descendo (no sentido punho – cotovelo). Após 
a secagem de um membro, deve-se dobrar a toalha de modo a expor uma 
superfície que não foi utilizada, e assim iniciar a secagem do outro membro. Ao 
finalizar, descartar a toalha. 
 
 Em seguida, deve-se pegar o avental ou o capote estéril pelas dobraduras da 
gola e vesti-lo, em um só momento pela face interna do avental, inserir as mãos 
e os antebraços pelas mangas do avental, elevando-os e afastando-os de 
qualquer local não estéril. É importante salientar que o capote não pode encostar 
em estruturas próximas, não se deve sacudir o capote. Uma pessoa deve auxiliar 
no fechamento do capote, puxando-o até os ombros pela face interna e 
amarrando os cordões, sem tocar na superfície externa do avental. 
 
 Logo após, calçam-se as luvas. É recomendado calçar a mão direita e depois a 
esquerda. Com a mão esquerda pegar a luva direita pela dobradura do punho, 
não tocar o invólucro da luva com a mão desnuda. Introduzir a mão direita sem 
desfazer a dobradura do punho. Deslizar os dedos da mão direita, já com a luva, 
pelo lado externo da luva esquerda, entrando com os dedos na dobradura do 
punho. Introduzir a mão esquerda na luva e desdobrar o punho com a mão 
direita, não se deve tocar com a mão direita o braço desnudo. Já com a mão 
esquerda enluvada, deve-se desenrolar a dobradura da mão direita. As luvas 
devem cobrir os punhos das mangas do avental. 
 
 Assim o profissional estará pronto para entrar no campo cirúrgico, seguindo 
todas as orientações e cuidados. Todos que venham a entrar no campo cirúrgico 
devem seguir esses procedimentos. 
 
 
 
3 
 
Pergunta 1.4 – Como se divide os instrumentais na mesa cirúrgica? Cite o nome 
de cinco instrumentais que você conhece e os classifique de acordo com essa 
divisão. 
Os instrumentais na mesa cirúrgica são divididos e postos com base em quatro etapas 
do procedimento cirúrgico: diérese, hemostasia, exérese e síntese, dessa forma prevê-
se uma ordem e uma metodologia para utilizá-los com precisão e rapidez. 
 
(1) BISTURI – DIÉRESE; 
(2) PINÇA KELLY (CURVA) – HEMOSTASIA; 
(3) TESOURA DE MAYO – DIÉRESE; 
(4) AFASTADOR FARABEUF – EXÉRESE; 
(5) PORTA AGULHA – SÍNTESE. 
 
Já paramentado, Dr. Horácio vai iniciar o procedimento, que é uma colecistectomia 
videolaparoscópica. 
Pergunta 1.5 – Como é realizada a antissepsia do paciente? E sua paramentação? 
Na antissepsia e paramentação do paciente é recomendado banho pré-operatório, no 
qual tem como objetivo eliminar detritos depositados sobre a pele e, reduzir a sua 
colonização, entretanto, não deve ser realizado muito próximo da cirurgia, pois a fricção 
e a água removem as células superficiais e aumentam a ascensão das bactérias dos 
reservatórios mais profundos para a superfície. Quando necessária, deve-se realizar 
tricotomia algumas horas antes da cirurgia ou até mesmo no próprio centro cirúrgico, 
impedindo que cortes, que podem acidentalmente ocorrer, venham a causar infecções. 
O paciente deve então ser introduzido na sala cirúrgica sem os lençóis e cobertores com 
que saiu do quarto, pois os mesmos são fontes de contaminação. O paciente deve usar 
corretamente a touca, cobrindo todo o couro cabeludo. É importante que se evite 
cateterização vesical desnecessária, e quando indicada deverá ser realizada com 
técnica asséptica. Por fim, a antissepsia do campo cirúrgico vai depender de qual região 
será operada, mas é recomendado lavar o local com sabão detergente antisséptico com 
formulações a base de hexaclorofeno. Logo após, a antissepsia deve ser feita com 
álcool ou similar, sendo um bom antisséptico o álcool iodado. 
 
Pergunta 1.6 – Cite os tempos cirúrgicos e os descreva sucintamente. 
É o ato cirúrgico propriamente dito. São 04 tempos ou fases: diérese; hemostasia; 
cirurgia propriamente dita; síntese. 
I. Diérese: a abertura ou incisão, criando uma via de acesso através dos tecidos. 
Consiste em preparar os tecidos ou planos anatômicos para atingir uma região 
ou órgão, pode ser por meio de incisão, secção, divulsão, punção, dilatação ou 
serração, sendo classificada em mecânica ou física; 
 
II. Hemostasia: Tem por objetivo coibir ou impedir a hemorragia, evitando assim, 
a perda excessiva de sangue. Pode ser classificada em temporária ou definitiva. 
A temporária pode ser incruenta, distante do campo operatório, ou cruenta, 
geralmente no campo operatório. Essa hemostasia é feita durante a intervenção 
cirúrgica para deter ou impedir temporariamente o fluxo de sangue no local da 
 
4 
cirurgia, atravésde: pinçamentos, medicamentos, parada circulatória com 
hipotermia ou oclusão endovascular. A definitiva é na maioria das vezes, cruenta 
e interrompe a circulação do vaso, através de tamponamento, ligadura, 
cauterização, sutura, obturação e tamponamento; 
 
 
III. Exérese ou Cirurgia propriamente dita: é o tempo cirúrgico fundamental, onde 
é realizado o tratamento cirúrgico. O cirurgião realiza a intervenção cirúrgica no 
órgão ou tecido desejado, visando o diagnóstico, o controle ou a resolução da 
intercorrência, reconstituindo a área, procurando deixá-la da forma mais 
fisiológica possível; 
 
IV. Síntese: é a união dos tecidos seccionados ou ressecados. Pode ser: a. 
Cruenta – união dos tecidos realizada por meio de sutura permanente ou 
removível. b. Incruenta – é a aproximação dos tecidos, unindo bordas por meio 
de gesso, adesivo ou atadura. c. Imediata – realizada logo após o traumatismo. 
d. Mediata – algum tempo após a lesão. e. Completa – quando é feita em toda 
a extensão da lesão. f. Incompleta – a união dos tecidos não é realizada em 
toda a extensão da lesão, mantendo-se uma pequena abertura para colocação 
de um dreno. 
 
Terminado o primeiro procedimento, Isabel e Dr. Horácio vão degermar novamente para 
a próxima cirurgia. 
Pergunta 1.8 – Qual a diferença entre a primeira degermação e as subsequentes? 
Quando esta regra não se impõe? 
A diferença é o tempo de realização. Na primeira degermação, é recomendado que o 
processo aconteça no tempo de 3 a 5 minutos, já para as conseguintes, recomenda-se 
um tempo menor, de 2 a 3 minutos. É importante salientar, que isso não é válido quando 
a cirurgia tem alto risco de contaminação, ou quando o tempo do procedimento é 
excedido. 
Questões fora do caso: 
Pergunta 1.9 – Explique o que é cada um dos sufixos abaixo e cite um exemplo: 
 
Tomia: incisão, abertura de parede ou órgão. Ex: Hepatotomia; 
Ectomia retirar parcial ou totalmente um órgão. Ex: Colecistectomia; 
Stomia: comunicar um órgão tubular ou oco com o exterior. Ex: Traqueostomia; 
Centese: perfuração de uma cavidade para retirada de líquido. Ex: Paracentese; 
Rafia: sutura. Ex: Herniorrafia; 
Scopia: visualizar o interior de um órgão cavitário ou cavidade com auxílio de aparelhos 
especiais. Ex: Laparoscopia; 
Plastia: reparação plástica da forma ou função do segmento afetado. Ex: Mamoplastia; 
 
5 
Anastomose: comunicação cirúrgica efetuada entre vasos sanguíneos ou entre duas 
vísceras ocas, por meio de duas partes do mesmo órgão. Ex: Gastroenterostomia; 
Dese: fixação cirúrgica de uma articulação. Ex: Artrodese; 
Pexia: fixação de uma estrutura corpórea. Ex: Histeropexia; 
Clasia: fratura intencional de um osso para corrigir um desvio ou deformidade. Ex: 
Osteoclasia; 
 
Pergunta 2.0 – Cite cinco prefixos utilizados em termos cirúrgicos e seus 
significados: 
 
1. Adeno: glândula; 
2. Entero: intestino delgado; 
3. Espleno: baço; 
4. Cole: vesícula; 
5. Angio: vaso.

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