Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AVALIAÇÃO E ABORDAGEM PERIOPERATÓRIA ● Avaliar o risco da cirurgia ● Avaliar o risco do paciente ● Quais exames solicitar ● Escores de risco ● Situações especiais (medicamentos e comorbidades) IMPORTÂNCIA; ● Identificar os pacientes com comorbidades ● Avaliar o controle da comorbidade e sua gravidade ● Definir o risco do procedimento ● Prescrever recomendações para a realização do procedimento TIPOS DE CIRURGIA: ● Emergência ○ Corre! Operar agora ou nas próximas horas (6h)! ● Urgência ○ Dá para esperar, mas não muito (até 24h) ● Eletiva ○ Dá para adiar por um bom tempo (até 1 ano) HISTÓRIA CLÍNICA: ● Pontos importantes: ○ Doenças de base ○ Estão compensadas? ○ Medicamentos em uso ○ Informações para escores de risco ○ Esclarecer dúvidas CAPACIDADE FUNCIONAL: ● Pontos importantes: ○ Consegue subir um lance de escadas ○ Consegue caminhar em uma subida ○ Consegue ter atividade sexual ● > 5 METS ● Na maioria das cirurgias, a taxa metabólica basal chega a 4 METS EXAME FÍSICO: ● Pontos importantes: ○ Identificar cardiopatia preexistente ou potencial (fatores de risco), comorbidades ○ Definir a gravidade e estabilidade da cardiopatia ● Pacientes com doença vascular periférica têm elevada incidência de DAC ● Pulsos arteriais ou sopro carotídeo ● Turgência jugular – EAP no pós-operatório ● B3 – edema pulmonar, IAM ● Idosos – “Time Up and Go” ○ Sempre examinar o paciente! IMPORTANTE RISCO INTRÍNSECO DA CIRURGIA: ● ALTO risco (≥5%) ○ Cirurgia de urgência e emergência ○ Cirurgias vasculares arteriais de aorta e vasculares periféricas ● Baixo risco (<1%) ○ Procedimento endoscópico ○ Procedimento superficial ○ Mama – catarata – ambulatorial ● Intermediário risco (1 a 5%) ○ Cirurgia de cabeça e pescoço ○ Cirurgia intraperitoneal e intratorácica ○ Cirurgia ortopédica ○ Cirurgia prostática ○ Obs.: ○ Endarterectomia de carótida ○ Correção endovascular de AAA (aneurisma de aorta abdominal) ■ RISCO INTERMEDIÁRIO! EXAMES- QUANDO PEDIR: ELETROCARDIOGRAMA: ● História e exame físico sugestivos de doença CV ● Cirurgia intracavitárias, transplantes de órgãos sólidos, cirurgias ortopédicas de grande porte e vasculares arteriais ● Alto risco nos algoritmos de risco pré-operatório ● Presença de DM ● IIA de recomendação: ○ Obesos ○ Idade superior a 40 anos RX DE TÓRAX: ● Pacientes com história ou propedêutica sugestivas de doenças cardiorrespiratórias ● IIA: ○ Pacientes com idade superior a 40 anos ○ Cirurgias de médio a grande porte (cirurgias intratorácicas e intra-abdominais) HEMOGRAMA: ● Suspeita clínica de anemia ou presença de doenças crônicas associadas à anemia ● História de doenças hematológicas ou hepáticas ● Intervenções de médio e grande porte, com previsão de sangramento e necessidade de transfusão ● IIA: ○ Todos os pacientes com idade superior a 40 anos HEMOSTASIA/COAGULAÇÃO: ● Pacientes em uso de anticoagulação com varfarina ● Pacientes com insuficiência hepática ● Portadores de distúrbios de coagulação (história de sangramento) ● Intervenções de médio e grande porte CREATININA: ● Portadores de nefropatia, DM, HAS, insuficiência hepática ou IC, se não tiver um resultado deste exame nos últimos 12 meses ● Intervenções de médio e grande porte ● IIA: ○ Todos os pacientes com idade superior a 40 anos ECOCARDIOGRAMA: ● IC ou sintomas sugestivos + cirurgia de risco intermediário ou alto, sem avaliação no último ano, ou com piora clínica ● Doença valvar moderada/importante + cirurgia de risco intermediário ou alto, sem avaliação no último ano, ou com piora clínica ● Transplante hepático ● Prótese intracardíaca + cirurgia de risco intermediário ou alto, e sintomático ou sem avaliação no último ano CATETERISMO CARDÍACO: ● SCA de risco de alto risco ● Isquemia extensa em prova funcional EXAMES- QUANDO NÃO SOLICITAR: ● Teste não invasivos ○ cirurgias de baixo risco e pacientes com baixo risco de complicações, que serão submetidos à cirurgia de risco baixo ou intermediário ● Cateterismo ○ pacientes estáveis + cirurgia de baixo risco ● Ecocardiograma ○ rotina em assintomáticos, sem suspeita clínica de IC ou doença valvar moderada a grave + cirurgia de risco intermediário ou baixo QUAL ESCORE UTILIZAR: ● Lee (RCRI – Revised Cardiac Risk Index) ● ACP (American College of Physicians) ● EMAPO – validado na população canarinha ● ACS NSQIP ● Não substituem o julgamento clínico! ESCORE DE LEE ● VARIÁVEIS: ○ operação intraperitoneal, intratorácica ou vascular suprainguinal ○ DAC (ondas Q, sintomas de isquemia, teste +, uso de nitrato) ○ ICC (clínica, RX tórax com congestão) ○ doença cerebrovascular ○ diabetes com insulinodependente ○ creatinina pré-operatória > 2,0 mg/dL ● CLASSES DE RISCO ○ I (nenhuma variável, risco 0,4%) ○ II (uma variável, risco 0,9%) ○ III (duas variáveis, risco 7%) ○ IV (> 3 variáveis, risco 11%) ○ 0 a 1 variável = Baixo risco CV ○ 2 = Intermediário risco CV ○ 3 ou + = Alto risco CV CONDIÇÕES GRAVES NO PERIOPERATÓRIO: ● SCA ● EAP ● IC CF III e IV ● Angina CCS III e IV ● Bradiarritmias ou taquiarritmias graves ● HAS não controlada (PA > 180 x 110 mmHg) ● FAARV (FC > 120 bpm) ○ Fibrilação atrial de alta resposta ventricular Obs.: Solicitar vaga de UTI ou semi-intensiva para pacientes de risco intermediário a alto Obs.: Solicitar troponina e ECG diariamente para esses pacientes até o 3o pós-operatório DESCOMPLICANDO: TIPO DE CIRURGIA: ● Emergência ○ Sem exames que atrasem a cirurgia ○ Medidas para o intra e pós- operatória ● Urgência ○ Otimizar terapêutica ○ Realizar exames complementares Exemplo: Eco TT ○ Não solicitar provas funcionais TROMBOEMBOLISMO VENOSO: ● FATORES DE RISCO ○ Câncer ○ Obesidade ○ História de TEV ○ Idade > 75 anos ○ Artroplastia de quadril/joelho AVC < 1 mês ○ Escore de Caprini CIRURGIAS COM ALTO RISCO DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO: ● RISCO DE 6% ○ Bariátrica ○ Ginecológica por neoplasia ○ Craniotomia ○ Prótese de quadril e joelho ○ Grandes traumas ○ Cirurgia bariátrica ■ Precisa de profilaxia (HNF, HBPM, compressão pneumática) REDUZINDO O RISCO CARDIOVASCULAR: BETABLOQUEADORES: ● Manter em quem já usa cronicamente ● Pacientes com isquemia sintomática ou prova funcional + ● Titular até FC 55 – 65 bpm ● Não iniciar 1 semana antes da cirurgia! ESTATINAS: ● Cirurgias vasculares (boa indicação) ● Indicação devido a doenças associadas (DAC, DM, DAP) ● Manter em quem já usa! ANTIAGREGANTES: ● AAS ○ Prevenção primária – Suspender ○ Prevenção secundária – Manter ○ SUSPENDER 7 DIAS ANTES se: ■ Neurocirurgia e RTU de próstata ● CLOPIDOGREL E TICAGRELOR – DAP ○ Suspender 5 dias antes de cirurgias não cardíacas com risco de sangramento moderado a alto ● PRASUGREL – DAP ○ Suspender 7 dias antes de cirurgias não cardíacas com risco de sangramento moderado a alto ● Obs.: DUPLA ANTIAGREGAÇÃO – ANGIOPLASTIA ○ NÃO devem ser submetidos a cirurgias eletivas! ○ 6 semanas após stent convencional ○ 6 meses após stent farmacológico ○ 1 ano após angioplastia no contexto de uma SCA ● PACIENTE EM USO DE DUPLA ANTIAGREGAÇÃO ○ Precisa fazer a cirurgia, não dá para esperar! ○ Manter o AAS ○ Suspender o clopidogrel 5 dias antes ○ Ponte com tirofiban (inibidor da glicoproteína IIb/IIIa) ○ Retornar com o clopidogrel o quanto antes ○ Não fazer HBPM em dose plena! QUANDO REVASCULARIZAR ANTES? ● CIRURGIA OU ANGIOPLASTIA ○ Quando houver indicação! ● Não revascularizar: ○ Objetivo exclusivo de reduzir eventos cardíacos ○ Cirurgia não cardíaca de emergência ○ Pacientes com grave limitação prognóstica que serão submetidos a procedimentos paliativos, como gastrostomia e traqueostomia HIPERTENSÃO ARTERIAL: ● Manter medicações no pré-operatório! ● Reiniciar as medicações o quanto antes ● PAS > 180 e PAD > 110 = suspender cirurgia ● Evitar hipovolemia INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: ● NYHA III e IV – suspender cirurgia, compensar paciente antes ● IC recente e sem TTO otimizado + cirurgia eletiva = suspender cirurgia ● Manter as doses no pré e no pós-operatório ● Não introduzir BB se o paciente não fazia uso- pode piorar no início VALVOPATIAS:● Valvopatia com indicação de tratamento intervencionista valvar ○ 1o Cirurgia valvar e depois cirurgia não cardíaca ● EAo importante, assintomática, em programação de cirurgia não cardíacas eletivas de risco intermediário e alto ○ 1o Cirurgia valvar e depois cirurgia não cardíaca
Compartilhar