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Imagenologia-Introdução

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IMAGENOLOGIA 
 
 
19.02; INTRODUÇÃO À 
IMAGENOLOGIA  
 
● Imagenologia: ​Área da medicina que 
utiliza a radiação para fins diagnósticos e 
terapêuticos​. 
● Radiação (ionizante e não ionizante) é a 
fonte de energia utilizada para produzir as 
imagens. 
● Através da produção de diferentes 
imagens, podemos encontrar alguma 
patologia e dar um ​diagnóstico preciso 
para o paciente. 
● Em questão de ​terapia​, a radiação pode 
ser utilizada com finalidade destrutiva 
(destruir células cancerígenas), método 
usado na radioterapia e medicina nuclear. 
⟶ Raio X/radiografia, tomografia 
computadorizada, ultrassonografia, Eco, 
ressonância magnética, mamografia, 
densitometria óssea, radioterapias no 
geral, medicina nuclear ​[uso de material 
radioativo e técnicas da física nuclear para o 
estudo, diagnóstico e tratamento de doenças]​. 
 
● Radiação: ​Forma de energia (partículas 
ou ondas) que se propaga através do 
espaço. As radiações têm a capacidade de 
interagir com a matéria (objetos, corpo 
humano). A partir dessa interação, temos 
a produção de imagens e, como produto 
final, uma terapia. ​Ao serem absorvidas 
pelo organismo, essas radiações 
interagem com a matéria e podem 
produzir dois efeitos principais, excitação 
ou ionização​. 
 
● Ionização: ​Radiação ionizante atinge 
o átomo e interage com a matéria/corpo 
humano, carregando energia suficiente 
para desestabilizar e subdividir o átomo 
em duas partes eletricamente carregadas, 
causando destruição a nível atômico. Com 
isso, resulta em alterações/mudanças nas 
estruturas atômicas, moleculares, 
celulares, teciduais e na anatomia como 
um todo. 
⟶ Raio X (radiologia convencional e 
computadorizada), tomografia, medicina 
nuclear, densitometria, mamografia​. 
 
● Excitação: ​Radiação não ionizante 
atinge o átomo e interage com a 
matéria/corpo humano, porém não tem 
energia suficiente para ionizá-lo, de forma 
que apenas o excita, fazendo com que a 
energia interna aumente. Com isso, 
produz uma excitação que estimula as 
estruturas atômicas, moleculares, 
celulares, teciduais e anatomia como um 
todo. Durante esta excitação, se tem um 
sinal que se transforma em imagem. 
Quando cessa essa estimulação, as 
estruturas relaxam e voltam ao normal. 
→ Ultrassonografia e ressonância magnética​. 
 
✹ Todos os exames que utilizam radiação 
ionizante podem causar alterações no feto. 
Grávidas só podem realizar exames de imagem 
com RI em casos específicos. Até o 3/4° mês 
de gestação, as células do feto estão se 
multiplicando e se entrar em contato com RI, 
podem ocorrer possíveis alterações e até gerar 
uma malformação congênita. Mas em casos 
muito excepcionais, deve-se priorizar a vida da 
mãe e realizar o exame, como em acidentes 
automobilísticos com contusão severa na 
cabeça da mãe durante os primeiros meses de 
gestação. Nesse caso, deve-se pedir uma 
tomografia e usar produção abdominal 
(avental de chumbo). Já do 4 ao 6° mês de 
gestação, a grávida pode ser exposta a 
radiações ionizantes em situações 
extremamente necessárias, desde que não 
seja na região abdominal e usando a proteção. 
Do 6° mês ao final da gestação, pode realizar 
estes exames até na região abdominal, desde 
que seja muito necessária. 
 
● Radiações não ionizantes: ​Radiações 
que provocam excitação e estimulação, 
porém não provocam ionização e 
alterações permanentes e progressivas. 
▫ Radiações ultravioleta (UV): 
Responsáveis pela maioria das 
mudanças foto cutâneas provocadas 
na pele. ​UVC (onda curta), ​UVB 
(onda média) e ​UVA (onda longa). A 
preocupação é com as ondas UVB e 
UVA, que são os comprimentos de 
onda que chegam a superfície da 
terra e afetam os tecidos dos seres 
vivos. A radiação UVB penetra 
unicamente na epiderme e a UVA 
pode atingir a derme e até mesmo 
produzir lesões em terminações 
nervosas. 
▫ Radiações visíveis: ​Pode ser 
remetida, transmitida ou absorvida 
pelo organismo. Produz efeito 
fotoquímico e térmico. A exposição a 
alto nível de brilho pode produzir 
perda da acuidade visual, fadiga 
ocular e ofuscamento → Lâmpadas 
▫ Radiações infravermelhas: ​As 
fontes de radiação infravermelha são 
todas aquelas ondas eletromagnéticas 
que produzem aquecimento. Por isso, 
também se designam ondas térmicas 
ou radiação térmica. Geralmente 
produzem apenas efeitos térmicos. As 
lesões pela exposição podem aparecer 
na pele e nos olhos. 
▫ Microondas: ​Em geral, causa um 
aumento da temperatura corporal que 
dependerá de qual área do corpo foi 
exposta. ​Quanto menor frequência, 
maior seu perigo, devido a facilidade 
com que as ondas penetram no 
organismo​. 
▫ Radiofrequência: ​Grande 
comprimento de onda ou de baixa 
frequência. ULF (frequência 
ultrabaixa), LF (frequência baixa), 
VHF (frequência muito alta). Não 
apresentam problemas ocupacionais. 
As fontes artificiais de RF podem estar 
presentes nas estações de rádio e 
televisão, radares e sistema de 
telecomunicação. 
▫ Laser: ​Superposição de ondas, 
resultando em outra onda perfeita. 
Muito estreita e de larga duração, 
com a característica específica de 
emitir apenas um comprimento de 
onda. Isto faz com que seja altamente 
concentrada, com dispersão 
insignificante, e emitida praticamente 
em uma direção. 
 
 
● Radiações ionizantes: ​Partículas ou 
ondas eletromagnéticas que, na interação 
com a matéria, através do seu depósito de 
energia, são capazes de tirar/ejetar um 
elétron do átomo (ionização), trazendo 
como resultado a formação do ​par iônico 
(um elétron livre que foi ejetado + 
átomo). Alguns elementos que compõem 
a crosta terrestre são naturalmente 
radioativos, como urânio 238, potássio 40, 
tório 232 e carbono 14. Ernest Rutherford 
abordou pontos importantes sobre a 
natureza das radiações ionizantes ​(raio x; 
raio gama; partículas alfa, beta e 
nêutrons)​. 
 
● Teste: ​Rutherford determinou três tipos 
de radiações ionizantes (alfa, beta e 
gama) ao submeter RI a um campo 
eletromagnético. A variação alfa se desvia 
para o lado negativo da placa de campo 
magnético porque a partícula alfa está 
carregada positivamente. A variação beta 
se desvia para o lado positivo porque a 
partícula beta está carregada 
negativamente. A variação gama não sofre 
desvios, de forma que a onda 
eletromagnética gama é neutra. 
 
● Poder de penetração: ​A radiação alfa 
tem baixo poder de penetração e alto 
poder de ionização, sendo barrada pelo 
papel. A radiação beta tem um médio 
poder de penetração e alto poder de 
ionização, podendo ultrapassar uma folha 
de papel, mas sendo barrada pela pele. A 
radiação gama e o raio X possuem maior 
poder de penetração e médio poder de 
ionização, sendo freadas por lâmina de 
chumbo. Os nêutrons têm um alto poder 
de penetração, de forma que o concreto é 
o elemento que freia a passagem dessa 
radiação. 
▫ Papel → pele → alumínio → chumbo → 
concreto (principal barreira contra as 
radiações ionizantes). 
▫ A radiação ​α é ​freada até mesmo pelas 
células mortas na superfície da pele, 
entretanto, longa exposição pode gerar 
queimaduras. 
▫ A radiação ​β consegue ultrapassar 2 cm, 
causando alterações a nível anatômico. 
▫ Raios gama e X tem importante poder de 
penetração, podendo causar malefícios.● Espectro eletromagnético: ​← (high 
frequency) → cósmico (ionizante) → 
gama (ionizante) → X (ionizante) → 
ultravioleta → luz visível → infravermelho 
→ microondas → rádio → (low frequency) 
→ 
 
 
04.03; RADIOLOGIA CONVENCIONAL 
● Wilhelm Roentgen ​é o precursor e pai 
da radiologia convencional, sendo o 
descobridor do raio X, em 1985. Até 
então, a única forma que se tinha para 
observar as estruturas anatômicas 
internas era através da dessecação. A 
partir de sua descoberta, surgiram as 
primeiras imagens radiográficas (da mão). 
● Raio X é a fonte de energia, o diagnóstico 
por imagem é a radiografia. 
● Radiação ionizante; método barato; 
altamente disponível; excelente para 
estruturas ósseas, avaliando detalhes, 
definições e bordas; não é útil para avaliar 
detalhadamente e com definições as 
partes moles, não conseguindo diferenciar 
os tecidos​. 
● A solicitação de uma radiografia deve ser 
justificada para não expor o paciente a 
riscos desnecessários. A única contradição 
para o exame é paciente grávida. 
 
● Aparelho de radiologia: ​Emite a 
radiação ionizante do tipo X. É dividido em 
quatro blocos. 
▫ Mesa de estudo: ​Permite a 
realização dos exames em decúbito. É 
onde o paciente deita. Nas mesas 
mais novas, o ​tampo é móvel para 
conseguir focalizar a parte anatômica 
de estudo e não mexer o paciente que 
sofreu algum trauma. É 
radiotransparente para que a radiação 
a ultrapasse e não deixa marcações 
no filme radiográfico. Tem uma ​linha 
média de orientação que ajuda a 
centralizar adequadamente o 
paciente. Apresenta uma ​gaveta 
porta-chassi​. 
 
▫ Tubo de raio-X: ​Constituído por 
duas porções, a área cilíndrica 
(ampola de raio-X) em cima e área 
quadriculada ​(conjunto 
diafragma-colimador) abaixo. 
Dentro da carcaça protetora cilíndrica 
se tem o ampola de raio-X 
propriamente dita, onde gera a 
radiação. Na parte interna do 
conjunto diafragma-colimador tem 
placas dispostas longitudinalmente 
(mexem com um botão) e duas placas 
dispostas transversalmente (mexem 
com o outro botão), que são placas 
plumbíferas, além de uma lâmpada 
normal (ligada pelo o outro botão), de 
forma que a luz reflete na mesa ou na 
anatomia do paciente. A área que 
está iluminada vai ser irradiada. ​Este 
dispositivo tem finalidade de limitar o 
campo a ser irradiado, diminuindo ou 
deixando amplo​. O dispositivo pode se 
movimentar no sentido vertical e 
horizontal. Todas essas 
movimentações estão sendo 
controladas e limitados por botões e 
freios eletromagnéticos. 
 
▫ Potter Buck Mural: ​Extensão da 
mesa de estudo radiográfico, só que 
disposto verticalmente​, usado para 
exames ortostáticos. Tem dimensão 
de 50x50 cm. Se movimenta 
verticalmente e possui freio 
eletromagnético para limitar sua 
posição. Também tem uma gaveta 
porta-chassi​. É na gaveta que vai ser 
depositado um dispositivo em uma 
caixinha, que dentro dele tem a placa 
de imagem ou película radiográfica. 
 
▫ Mesa de comando radiológico: ​É a 
partir dessa mesa que se emite a 
radiação que vai irradiar o paciente. 
Tem botões como o de ​kV 
(kilovoltagem; determina a ​força de 
penetração dessa radiação e está 
diretamente relacionado com a área 
anatômica de estudo), ​mA 
(miliampere; determina a ​quantidade 
de radiação que vai se aplicar no 
paciente, sendo diretamente 
proporcional ao volume da porção 
anatômica em estudo), ​S (segundo; 
tempo de exposição para cada área a 
ser avaliada; o tempo sempre será 
menor a 1 segundo, diferente da 
radioterapia, que o tempo é de 30 
segundos). 
 
● Chassis radiográficas: ​Principal 
dispositivo acessório em radiodiagnóstico 
(em radiologia convencional e 
computadorizada)​. Dentro dele se tem um 
filme/lâmina/película radiográfica 
(radiologia convencional) ou placa de 
imagem (radiologia computadorizada), 
fixando a estrutura anatômica que será 
visualizada. Existem possibilidades de 
medidas de chassis radiográficos 
convencionais, que são: 13x18 cm, 18x24 
cm, 24x30 cm, 30x40 cm, 35x35 cm e 
35x43 cm. Cada medida é utilizada de 
acordo com a área anatômica a ser 
radiografada, o menor para dedo e o 
maior para pelve e abdome, por exemplo. 
▫ Filme radiográfico é processado através 
de reações químicas, para obter imagem) 
▫ Placa de imagem se tem scanner → 
computador → impressão (folha de 
papel/lâminas).

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