Buscar

Hemodinâmica: Fluxo sanguíneo e controle da pressão

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Hemodinâmica		 20/09/21
O fluxo sanguíneo é o volume de sangue que flui através de qualquer tecido em um determinado período de tempo (em mℓ/min). O fluxo sanguíneo total é o débito cardíaco (DC), o volume de sangue que circula através dos vasos sanguíneos sistêmicos (ou pulmonares) por minuto.
O débito cardíaco depende da frequência cardíaca e do volume sistólico: débito cardíaco (DC) = frequência cardíaca (FC) × volume sistólico (VS). O modo como o débito cardíaco é distribuído nas vias circulatórias que irrigam os vários tecidos do corpo depende de dois outros fatores: (1) da diferença de pressão que conduz o fluxo sanguíneo por um tecido e (2) da resistência ao fluxo sanguíneo em vasos sanguíneos específicos. O sangue flui de regiões de maior pressão para regiões de menor pressão; quanto maior a diferença de pressão, maior for o fluxo sanguíneo. Mas quanto maior a resistência, menor o fluxo sanguíneo.
Pressão Arterial
A contração dos ventrículos produz a pressão arterial (PA), a pressão hidrostática exercida pelo sangue nas paredes de um vaso sanguíneo.
A PA é mais alta na aorta e nas grandes artérias sistêmicas; em um adulto jovem em repouso, a PA sobe para cerca de 110 mmHg durante a sístole (contração ventricular) e cai para cerca de 70 mmHg durante a diástole (relaxamento ventricular).
A pressão arterial sistólica (PAS) é a maior pressão alcançada nas artérias durante a sístole e a pressão arterial diastólica (PAD) é a pressão arterial mais baixa durante a diástole.
Conforme o sangue sai da aorta e flui ao longo da circulação sistêmica, sua pressão cai progressivamente à medida que a distância do ventrículo esquerdo aumenta.
A pressão arterial diminui para cerca de 35 mmHg conforme o sangue passa das artérias sistêmicas para as arteríolas sistêmicas e para os capilares, onde as flutuações de pressão desaparecem. Na extremidade venosa dos capilares, a pressão sanguínea caiu para cerca de 16 mmHg. A pressão sanguínea continua caindo conforme o sangue entra nas vênulas sistêmicas e então nas veias, porque esses vasos estão mais distantes do ventrículo esquerdo. Por fim, a pressão sanguínea alcança 0 mmHg quando o sangue flui para o ventrículo direito.
A pressão arterial sobe e desce a cada contração cardíaca nos vasos sanguíneos que levam aos capilares.
A pressão arterial também depende do volume total de sangue no sistema circulatório. O volume sanguíneo normal em um adulto é de cerca de 5 ℓ. Qualquer diminuição neste volume, como por hemorragia, diminui o volume de sangue que circula pelas artérias a cada minuto.
Fluxo sanguíneo é mais lento nos capilares porque eles têm a maior área total de seção transversa.
Controle da pressão
Vários sistemas de feedback negativo interligados controlam a pressão arterial por meio do ajuste do ritmo cardíaco, do volume sistólico, da resistência vascular sistêmica e do volume de sangue. Alguns sistemas possibilitam ajustes rápidos para lidar com mudanças bruscas, como a queda da pressão sanguínea no encéfalo que ocorre quando a pessoa levanta da cama; outros agem mais lentamente para fornecer a regulação a longo prazo da pressão sanguínea.
Centro cardiovascular:
O centro cardiovascular no bulbo ajuda a controlar a frequência cardíaca e o volume sistólico, ele também controla os sistemas de feedbacks negativos neurais, hormonais e locais que regulam pressão e fluxo sanguíneo de determinados tecidos.
Alguns grupos de neurônios espalhados no centro cardiovascular regulam a frequência cardíaca, a contratilidade dos ventrículos e o diâmetro dos vasos sanguíneos, eles são chamados de centro vaso motor.
Um sistema dual de sensores e reflexos neurais controla a pressão arterial média. Os sensores primários são os barorreceptores se encontram nas artérias, que, na realidade, são receptores para a distensão ou mecanorreceptores que detectam a distensão das paredes vasculares. Monitoram as alterações na pressão e distendem as paredes dos vasos.
Os sensores secundários são quimiorreceptores que detectam alterações na Po2, PCo2 e pH. Os centros de controle se localizam dentro do SNC, principalmente no bulbo, mas regiões do córtex cerebral e hipotálamo também exercem controle. Os efetores incluem as células marca-passo e musculares no coração, as células musculares lisas vasculares (CMLVs) nas artérias e veias e a medula adrenal. Monitoram a concentração dos vários produtos químicos.
Os estímulos do centro cardiovascular deslocam-se ao longo dos neurônios simpáticos e parassimpáticos que chegam no coração pelos nervos aceleradores cardíacos. Logo um aumento na estimulação simpática eleva a frequência cardíaca e a contratilidade, enquanto a diminuição reduz a frequência e a contratilidade.
Estímulos parassimpáticos transmitidos pelos nervos vagos diminuem a frequência cardíaca. Logo as influencias simpáticas são estimuladoras e as parassimpáticas inibidoras, opostas e controlam o coração. 
Regulação neural:
O sistema nervoso regula a pressão sanguínea por meio dos feedbacks negativo de dois reflexos
· Barorreceptores: sensíveis a pressão estão localizados na aorta, nas artérias carótidas internas e outras grandes artérias do pescoço e tórax. Os dois mais importantes reflexos são do seio carótico e o reflexo da aorta.
Os barorreceptores do seio carótico ajudam a regular a pressão sanguínea no encéfalo, a pressão distende a parede do seio, estimulando-os, logo impulsos nervosos se propagam através do barorreceptores. A alça de feedback negativo é projetada de modo que o aumento da pressão arterial média cause vasodilatação e bradicardia, enquanto a diminuição da pressão arterial média causa vasoconstrição e taquicardia.
· Quimiorreceptores: monitoram a composição química do sangue e estão localizados perto dos barorreceptores do seio carótico e arco da aorta, detectam mudança os níveis sanguíneos. Hipoxia, Acidose, hipercapnia (excesso de co2), estimulam os quimiorreceptores a enviar impulsos ao centro cardiovascular, em resposta há um aumento da estimulação simpática de arteríolas e veias provocando vasoconstrição e aumento da pressão sanguínea.
Regulação hormonal da pressão sanguínea:
· Sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAA):
Quando o volume de sangue cai ou o fluxo sanguíneo para os rins diminui, as células justaglomerulares dos rins secretam renina na corrente sanguínea. Na sequência, a renina e a enzima conversora de angiotensina (ECA) atuam sobre seus substratos para produzir o hormônio ativo angiotensina II, que aumenta a pressão arterial de duas maneiras. Em primeiro lugar, a angiotensina II é um potente vasoconstritor; isso aumenta a pressão arterial ao aumentar a resistência vascular sistêmica. Em segundo lugar, estimula a secreção de aldosterona, a qual aumenta a reabsorção dos íons sódio (Na+) e água pelos rins. A reabsorção de água aumenta o volume sanguíneo total, o que eleva a pressão arterial
· Epinefrina e norepinefrina:
Em resposta à estimulação simpática, a medula da glândula suprarrenal libera epinefrina e norepinefrina. Esses hormônios aumentam o débito cardíaco ao elevarem a velocidade e força das contrações cardíacas. Também causam constrição das arteríolas e veias na pele e órgãos abdominais e dilatação das arteríolas no músculo cardíaco e esquelético, o que ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo para o músculo durante o exercício
· Hormônio antidiurético (HAD):
O hormônio antidiurético (HAD) é produzido pelo hipotálamo e liberado pela neuro-hipófise em resposta à desidratação ou à diminuição no volume sanguíneo. Entre outras ações, o HAD causa vasoconstrição, o que aumenta a pressão arterial. Por isso, o HAD é também chamado vasopressina. O HAD também promove o deslocamento de água do lúmen dos túbulos renais para a corrente sanguínea. Isso resulta em aumento no volume sanguíneo e diminuição na produção de urina.
· Peptídio natriurético atrial (PNA):
Liberado pelas células do átrio do coração, o PNA reduz a pressão arterial ao causar vasodilatação e promover a perda de sal e água na urina, o que reduz o volume sanguíneo.
Autorregulaçãodo fluxo sanguíneo:
Em cada leito capilar, alterações locais podem regular a vasomotricidade. Quando vasodilatadores produzem dilatação local das arteríolas e relaxamento dos esfíncteres pré-capilares, o fluxo sanguíneo nas redes capilares aumenta, o que eleva o nível de O2. Os vasoconstritores têm o efeito oposto. A capacidade de um tecido de ajustar automaticamente o fluxo sanguíneo para atender às suas demandas metabólicas é chamada autorregulação.
· Alterações física:
 O aquecimento provoca vasodilatação e o resfriamento causa vasoconstrição. Além disso, o músculo liso das paredes das arteríolas exibe uma resposta miogênica – se contrai com mais força quando é distendido e relaxa quando a distensão diminui. Se, por exemplo, o fluxo sanguíneo por uma arteríola diminui, a distensão das paredes da arteríola é reduzida. Como resultado, o músculo liso relaxa e produz vasodilatação, o que aumenta o fluxo sanguíneo.
· Produtos químicos vasodilatadores e vasoconstritores:
 Vários tipos de células – incluindo leucócitos, plaquetas, fibras de músculo liso, macrófagos e células endoteliais – liberam uma grande variedade de substâncias químicas que alteram o diâmetro do vaso sanguíneo. As substâncias químicas vasodilatadoras liberadas pelas células teciduais metabolicamente ativas incluem o K+, H+, ácido láctico (lactato) e adenosina (do ATP). Outro importante vasodilatador liberado pelas células endoteliais é o óxido nítrico (NO). O trauma tecidual ou inflamação provoca a liberação de cininas vasodilatadoras e histamina. Os vasoconstritores incluem o tromboxano A2, os radicais superóxidos, a serotonina (das plaquetas) e as endotelinas (das células endoteliais).
Uma diferença importante entre as circulações pulmonar e sistêmica é a sua resposta autorregulatória a mudanças no nível de O2. As paredes dos vasos sanguíneos na circulação sistêmica dilatam-se em resposta ao baixo nível de O2. Com a vasodilatação, a entrega de O2 aumenta, o que restabelece o nível de O2 normal. Por outro lado, as paredes dos vasos sanguíneos da circulação pulmonar contraem-se em resposta a baixos níveis de O2. Esta resposta garante que o sangue desvie dos alvéolos nos pulmões, que são mal ventilados pelo ar fresco. Assim, a maior parte do sangue flui para áreas mais bem ventiladas do pulmão.

Continue navegando

Outros materiais