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Intoxicações por agrotóxicos e medicamentos UC11/P4

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1 Mayra Alencar @maydicina | HABILIDADES CLÍNICAS | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
AGROTÓXICOS 
• Produtos químicos utilizados para combater pragas. 
Também chamados de praguicidas, pesticidas, 
defensivos agrícolas, agroquímicos ou biocidas. 
• Podem ser: pesticidas, fungicidas, acaricidas, 
nematicidas, herbicidas, bactericidas, vermífugos etc. 
• Utilização: 
 AGRICULTURA: controlar insetos, fungos, ácaros, 
ervas daninhas etc.; 
 PECUÁRIA: no controle de carrapatos, pulgas, 
mosca-do-chifre etc.; 
 DOMICÍLIO: para matar pulgões e larvas em plantas, 
eliminar cupins, ratos, baratas, algas em piscinas, e 
carrapatos e pulgas em animais. 
• Podem ser classificados em 4 classes, de acordo com seu 
potencial de periculosidade para o meio ambiente e para 
os seres humanos. 
Classe Toxicidade Rótulo DL50 (mg/kg) 
Classe I 
Extremamente 
tóxico 
Vermelho ≤ 5 
Classe II 
Altamente 
tóxico 
Amarelo Entre 5 e 50 
Classe III 
Medianamente 
tóxico 
Azul Entre 50 e 
500 
Classe IV 
Pouco tóxico Verde Entre 500 e 
5000 
FORMAS DE INTOXICAÇÃO 
• Contato direto: no preparo, aplicação ou qualquer tipo de 
manuseio com o produto. 
• Contato indireto: contaminação de água ou alimentos 
ingeridos. 
Os venenos entram no corpo por meio de contato com a pele, 
mucosa, pela respiração e ingestão. 
ABORDAGEM INICIAL – PRIMEIROS SOCORROS 
• INTOXICAÇÃO CUTÂNEA: 
 Retirar as roupas sujas e colocá-las em saco plástico; 
 Lavar bem a pele contaminada com água corrente e 
sabão por, no mínimo, 10 minutos; 
 Não esquecer de lavar cabelos, axilas, virilhas, barba 
e dobras do corpo; 
 No caso de contaminação nos olhos, lavar bem com 
água corrente por 15 minutos. 
• INTOXICAÇÃO INALATÓRIA: 
 Remover a vítima para local fresco e ventilado; 
 Afrouxar as roupas; 
 Fazer respiração boca a boca se houver dificuldade 
respiratória; 
• INTOXICAÇÃO ORAL: 
 Ler o rótulo do produto para ver se é recomendado 
provocar vômito; 
 Não provocar vômito em pessoas desmaiadas, 
durante convulsões ou em crianças menores de 3 
anos; 
 Quando recomendado, provocar vômito baixando 
bem a cabeça do intoxicado e pressionando a base 
da língua com o cabo de uma colher ou objeto 
similar. 
 Não fazer com que o intoxicado beba leite ou álcool. 
QUADRO CLÍNICO 
• INTOXICAÇÃO AGUDA: náuseas, tonturas, vômitos, 
desorientação, dificuldade respiratória, sudorese e 
salivação excessiva, dilatação das pupilas, taquicardia, 
diarreia, perda de consciência, fraqueza muscular 
generalizada, movimentos involuntários dos olhos, e em 
casos mais graves insuficiência respiratória, hipotensão, 
convulsões, chegando até coma e morte. 
Intoxicações por Agrotóxicos e Medicamentos 
Após os primeiros socorros deve-se procurar os serviços de 
saúde mais próximos, levando o rótulo ou embalagem do 
agrotóxico e o receituário agronômico. 
Telefone imediatamente para o Centro de Informações 
Toxicológicas (CIT) – 0800 722 6001. 
O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. 
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Meio 
Ambiente (Ibama), a agricultura brasileira usou 539,9 mil 
toneladas de pesticidas em 2017. Mas esse número está 
crescendo, graças à liberação de agrotóxicos, que vem 
ganhando velocidade nos últimos anos no Brasil. Em 
2019, até meados de maio, foram registrados 169 
produtos liberados, mais do que em todo o ano de 2015. 
 
2 Mayra Alencar @maydicina | HABILIDADES CLÍNICAS | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
• INTOXICAÇÃO CRÔNICA: distúrbios comportamentais 
como irritabilidade, ansiedade, alteração do sono e da 
atenção, depressão, cefaleia, fadiga, parestesias 
(formigamentos), cânceres, abortos, infertilidade... 
CONDUTA 
• O tratamento inicial da intoxicação aguda por agrotóxicos 
inclui o suporte vital, a descontaminação do paciente, a 
eliminação do agente tóxico, o controle das convulsões 
(quando ocorrerem) e a terapia com antídotos, quando 
indicada. 
• O Suporte Vital Básico, acompanhado de uma adequada 
reposição hidroeletrolítica e correção de eventual 
desequilíbrio ácido-base, pode ser suficiente para a 
estabilização do paciente 
 A: Via aérea com proteção da coluna cervical; 
 B: Ventilação e respiração; 
 C: Circulação; 
 D: Disfunção, estado neurológico; 
 E: Exposição do paciente e cuidar da hipotermia. 
• Uma vez estabilizado o paciente, prossiga com a 
avaliação secundária considerando a seguinte sequência: 
 A: Controle avançado da via aérea; 
 B: Revisar e modificar dispositivos de oxigenação; 
 C: Estabelecer um acesso venoso e iniciar reposição 
hidroeletrolítica; 
 D: Descontaminação; 
 E: Eliminação facilitada; 
 F: Terapia específica 
com antídotos; 
 G: Ligar e consultar o 
Centros de Informação 
e Assistência 
Toxicológica (CIATox). 
Importante utilizar medidas de 
proteção individual durante o 
processo de descontaminação 
do paciente, de forma a não 
entrar em contato direto com o 
agente tóxico, frente ao risco de 
contaminação. 
• EXAMES LABORATORIAIS: 
gasometria arterial, 
avaliação eletrolítica, 
provas de função renal, 
osmolaridade sérica... 
 
AÇÕES EDUCATIVAS E PREVENTIVAS 
• Comprar agrotóxico somente com receita agronômica; 
• Ler e seguir rigorosamente as recomendações do rótulo; 
• Não carregar nem armazenar junto com alimentos; 
• Não utilizar embalagens vazias; 
• Não utilizar utensílios domésticos na mistura de 
produtos; 
• Crianças, gestantes e mulheres que estão amamentando 
não podem ter contato com agrotóxicos; 
• Não fumar, beber ou comer enquanto estiver 
manuseando agrotóxicos; 
• Após o trabalho, tomar banho com água corrente e sabão; 
• Lavar as roupas de trabalho e equipamentos de uso diário 
após o trabalho; 
• Utilizar equipamento protetor: máscara; óculos; luvas; 
chapéu; botas; avental; camisa de manga comprida; calça 
comprida; 
• Dar preferências a alimentos orgânicos, se possível. 
http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2019/Relatorio_Dire
trizes_Agrotoxico_Cap3.pdf 
http://conitec.gov.br/images/Protocolos/Protocolo_Uso/Diret
izesNacionais_IntoxicacaoAgrotoxico_Capitulo1.pdf 
http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2019/Relatorio_Diretrizes_Agrotoxico_Cap3.pdf
http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2019/Relatorio_Diretrizes_Agrotoxico_Cap3.pdf
http://conitec.gov.br/images/Protocolos/Protocolo_Uso/DiretizesNacionais_IntoxicacaoAgrotoxico_Capitulo1.pdf
http://conitec.gov.br/images/Protocolos/Protocolo_Uso/DiretizesNacionais_IntoxicacaoAgrotoxico_Capitulo1.pdf
 
3 Mayra Alencar @maydicina | HABILIDADES CLÍNICAS | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 Mayra Alencar @maydicina | HABILIDADES CLÍNICAS | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 Mayra Alencar @maydicina | HABILIDADES CLÍNICAS | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA 
Diversos medicamentos podem levar à intoxicação quando 
usados incorretamente. Dentre eles, os principais são 
anticolinérgicos, anticonvulsivantes, antidepressivos, 
benzodiazepínicos, digoxina e neurolépticos. 
➔ ANTICOLINÉRGICOS: 
VISÃO GERAL SINTOMAS TRATAMENTO 
Muito usados no 
dia a dia. Ex: 
relaxantes 
musculares, 
antidepressivos 
tricíclicos, 
atropina, anti-
histamínicos. 
Agitação, 
confusão, delirium, 
dilatação pupilar, 
diminuição do 
peristaltismo, pele 
e mucosas secas, 
retenção urinária, 
taquicardia e 
hiperatividade 
neuromuscular. 
Lavagem gástrica e 
aplicação de 
carvão ativado na 
primeira hora após 
o uso. Benzo 
diazepínicos 
podem ser usados 
quando há agitação 
➔ ANTICONVULSIVANTES: 
VISÃO GERAL SINTOMAS TRATAMENTO 
Os mais 
utilizados são 
fenobarbital, 
fenitoína, 
carbamazepina 
e clonazepam. 
Possuem 
metabolização 
hepática e sua 
absorção 
costumaser 
rápida 
Os sintomas cursam 
com a depressão do 
SNC, e os 
medicamentos atuam 
primariamente no 
centro cerebelar e 
vestibular, causando, 
desse modo, ataxia, 
diplopia, tontura, voz 
empastada e 
tremores. Apesar de 
terem ação contrária, 
se em altas doses, 
podem causar 
convulsão. 
Aplicação de 
carvão ativado, 
além de medidas 
de suporte, 
intubação, 
hidratação e 
drogas vasoativas, 
se necessário. A 
diálise pode ser 
necessária, caso a 
intoxicação não 
consiga ser contida 
e caso haja piora 
do quadro. 
➔ ANTIDEPRESSIVOS: 
VISÃO GERAL SINTOMAS TRATAMENTO 
Os antidepressivos 
agem inibindo a 
recaptação de 
alguns 
neurotransmissores. 
Sua absorção ocorre 
após 2 a 6h do uso e 
possuem alta taxa 
de ligação a 
proteínas 
plasmáticas. 
Os principais 
sintomas que 
decorrem da 
intoxicação são 
taquicardia, 
hipertensão, 
pele quente, 
arritmias, 
agitação, 
hiperatividade 
neuromuscular, 
prolongamento 
do intervalo QRS 
e convulsão. 
O tratamento 
consiste na lavagem 
gástrica até 1h da 
ingesta e aplicação 
de carvão ativado. Se 
distúrbio de 
condução, fazer 
sódio e alcalinização 
sérica. 
Benzodiazepínicos 
devem ser utilizados 
caso haja episódios 
convulsivos. Além de 
cuidados gerais 
como, hidratação, 
intubação e 
monitorização. 
➔ ANTIDEPRESSIVOS SEROTONINÉRGICOS: 
VISÃO GERAL SINTOMAS TRATAMENTO 
Os mais usados 
são fluoxetina, 
sertralina e 
venlafaxina. 
Atuam 
promovendo o 
aumento de 
serotonina. 
Causam, mais 
frequentemente, 
náuseas, diarreia, 
vômitos, alteração do 
nível de consciência, 
agitação, tremor, 
hiperreflexia, 
midríase, salivação e 
calafrios. Pode evoluir 
com hipertermia, 
acidose lática, 
insuficiência hepática 
e renal e 
rabdomiólise. 
Lavagem gástrica e 
carvão ativado são 
necessários, além 
de cuidados gerais. 
Podem ser usados 
também 
antagonistas 
serotoninérgicos, 
como a 
clorpromazina. 
➔ BENZODIAZEPÍNICOS: 
VISÃO GERAL SINTOMAS TRATAMENTO 
Principal inibidor de 
GABA usado na 
prática médica e 
são frequentes 
meios de tentativas 
de suicídio. Podem 
ser de longa 
duração (diazepam), 
curta (alprazolam) 
ou ultracurta 
(midazolam). 
O quadro clínico cursa 
com sonolência, 
hipotensão, 
depressão 
respiratória, podendo 
evoluir para coma. 
Seu efeito é 
potencializado 
quando em conjunto 
com demais inibidores 
(álcool, opioides e 
antidepressivos). 
É necessário 
suporte clínico e 
lavagem 
gástrica e 
carvão ativado 
na primeira 
hora. 
➔ DIGOXINA: 
VISÃO GERAL SINTOMAS TRATAMENTO 
A digoxina cursa 
com lenta absorção, 
por isso os sintomas 
costumam aparecer 
tardiamente (após 
8h). Sua ação 
consiste na inibição 
da bomba Na+/K+ 
ATPase, o que leva a 
um aumento de 
cálcio intracelular e, 
consequentemente, 
maior contratilidade 
do músculo 
cardíaco. 
O quadro clínico se 
constitui de 
náusea, vômitos, 
confusão mental, 
delirium e 
taquiarritmias. O 
ECG pode mostrar 
arritmia sinusal, 
bradicardia, 
bloqueio AV, 
extrassístoles e 
taquicardias. 
O tratamento de 
escolha é o carvão 
ativado, além de 
lavagem gástrica 
até 1h. Suporte 
cardíaco, 
monitorização e 
tratamento de 
complicações 
devem ser 
rapidamente 
instalados. Se 
bloqueio AV e 
bradicardia com 
instabilidade 
hemodinâmica, 
volume, drogas 
vasoativas, 
atropina e marca-
passo são de suma 
importância. Se 
taquicardias, 
lidocaína e 
amiodarona são 
opções viáveis. 
 
6 Mayra Alencar @maydicina | HABILIDADES CLÍNICAS | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
➔ NEUROLÉPTICOS: 
VISÃO GERAL SINTOMAS TRATAMENTO 
Os principais são 
haloperidol e 
risperidona. Agem 
bloqueando os 
receptores 
dopaminérgicos. 
Cursam com 
sintomas de 
distonia, 
acatisia, 
depressão 
respiratória, 
hipotensão, 
edema pulmonar 
e miose. Além 
de boca seca e 
retenção 
urinária. 
No ECG podem ser 
vistos, taquicardia, 
bloqueio AV, 
arritmias, 
prolongamento do 
iQT, iPR e QRS. Para 
isso, é importante o 
suporte clínico e 
prevenção ou 
correção de 
complicações, além 
de antimuscarínicos 
para os sintomas 
extrapiramidais. 
 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE INTOXICADO 
• ANAMNESE: mesmo que as informações sejam de 
terceiros, perguntas simples como o nome, contar o 
ocorrido, ambiente, embalagens e produtos. 
• EXAME FÍSICO: avaliar os sinais cardiorrespiratórios, 
cognitivos, visuais e motores e interligar com o possível 
contaminante. 
 Olhos: miose (opióides, inseticidas, 
organofosforados e sedativos) e midríase 
(anfetamina, cocaína, LSD, anti-histamínico e 
anticolinérgico), nistagmo horizontal, ptose 
(botulismo), alterações visuais (digitálicos); 
 Boca: odor de álcool (hidrocarbonetos e amônia), 
odor de alho (organofosforados e arsênio) e odor de 
amêndoas amargas (cianeto). 
 Pele e mucosas: rósea (monóxido de carbono), 
ruborizada, quente e seca (antropina e 
antimuscarínicos), sudorese (organofosforados, 
nicoina e simpaticomiméticos), cianose (depressores 
respiratórios e hipoxemia), icterícia e queda de 
cabelos; 
 Urina: preta ou marrom (nitrofuranos, derivados 
fenólicos), esverdeada (azul de metileno, 
antraquinona e resorcina), rósea ou vermelha 
(agressores renais e agentes hemolizantes) e 
amarelada ou acastanhada (antimaláricos, metais 
pesados). 
• HISTÓRICO CLÍNICO NO ADULTO: intoxicação 
profissional, intoxicação criminosa (causas, condições 
psíquicas, problemas familiares, sociais e econômicos, 
depressão, acerto de contas), intoxicação acidental, 
intoxicação por entorpecentes e alucinógenos (provocada 
pelo paciente, não é considerada acidental/ o diagnóstico 
é realizado pelos sintomas e a droga utilizada depressora, 
estimulante ou alucinógena). 
• HISTÓRICO CLÍNICO NA CRIANÇA: intoxicação acidental. 
• AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS/DIAGNÓSTICO 
DIFERENCIAL: 
 Hipertensão e bradicardia: anfetamina, cocaína e 
anticolinérgicos; 
 Hipotensão e bradicardia: bloqueadores de cálcio, 
beta bloqueadores e sedativos; 
 Hipotensão e taquicardia: antidepressivos, TCA e 
teofilina; 
 Taquipneia: salicilatos e monóxido de carbono; 
 Hipertermia: simpaticominérgicos e anticolinérgicos; 
 Hipotermia: etanol e sedativos; 
CONDUTA 
• Tratar o risco iminente de vida: tratar manifestações 
imediatas que possam levar ao óbito, equilibrando o 
paciente; 
• Diminuir a exposição ao tóxico: via gastrointestinal 
(lavagem gástrica- exceto se o tóxico for corrosivo ou 
cáustico ou em pacientes com depressão do SNC → risco 
de asfixia e uso de carvão ativado) via respiratória 
(avaliar via respiratória- obstrução, secreção, se 
necessário fazer intubação (Glasgow abaixo de 8) e via 
cutânea (retirar as vestes do paciente, neutralizar a área 
afetada, na infecção ocular administrar continuamente 
soro fisiológico); 
• Remoção do agente intoxicante: através da depuração 
renal com o uso de diuréticos, métodos de diálise e 
hiperventilação forçada; 
• Utilização de antídotos: 
TÓXICO ANTÍDOTO 
Acetoaminofeno 
(paracetamol) 
Acetilcisteína 
Organosfosorados 
carbamatos 
Atropina, pralidoxime 
Metemoglobineminas, 
sulfonas 
Azul-de-metileno, vit. C 
Ferro Deferoxamine 
Metanol Etanol 
Chumbo EDTA-cálcico 
Heparina Protamina 
Dicumarínicos Vit K1 
Opiáceos Naloxone 
Diazepínicos Flumazenil 
CO O2 a 100% 
 
7 Mayra Alencar @maydicina | HABILIDADES CLÍNICAS | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
Cianeto Hipossulfito de sódio, 
nitrito, hidroxicobalamina

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