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Ostomias ● Estoma: boca, orifício, poro. ● Comunicação entre a porção luminal de um órgão e a superfície da pele. ● Estoma = Ostoma (termo mais correto). ● Nomenclatura de acordo com o órgão que se comunica com o exterior. Ex.: colostomia - exteriorização do cólon na superfície cutânea. ● Podem ser: - Definitivos. - Temporários. - Alimentação enteral. - Derivação de secreções. Opções de ostomias Gastrostomia Tubo colocado no estômago que possibilita alimentação para o paciente. A sonda nasoenteral mantém constantemente aberta a interface entre o esôfago e o estômago favorecendo o refluxo gastroesofágico. É indicada para pacientes em pós- operatórios que necessitam de nutrição por pequeno período de tempo. Já a gastrostomia é indicada para períodos prolongados. A sonda da gastrostomia é localizada abaixo do rebordo costal. Ex.: botton, foley (adaptada, pois é uma sonda vesical utilizada na bexiga - única disponível no SUS). Um balonete é inflado na parede do estômago para evitar que a sonda saia e uma placa é posicionada na pele para evitar que a sonda entre. Após alguns dias (10-15 dias), ocorre a fistulização/epitelização do caminho da sonda, facilitando a colocação de uma nova sonda. A sonda só pode ser retirada no mínimo após 2 semanas. Caso ocorra o estouro do balonete é necessária a colocação rápida da nova sonda. Os músculos facilitam a fixação e auxiliam no vedamento da sonda impedindo que ocorra o vazamento do suco gástrico que poderia queimar a pele. Após retirada a sonda, não é necessário realizar suturas, pois ocorre apenas a divulsão das fibras musculares, que contraem e fecham após retirada da sonda (cicatrização por segunda intenção). Pode ser confeccionada de forma endoscópica ou por cirurgia. De forma endoscópica, o endoscópio é direcionado até o estômago e o ilumina. Uma agulha é introduzida pela pele e um fio guia é introduzido pela parte externa. Um dilatador é colocado pela parte externa para dilatar o orifício e o fio guia é retirado pela boca para posteriormente introduzir a sonda. Após alcançado o estômago a sonda é retirada pelo orifício e o balonete é inflado e o fio guia é removido. De forma cirúrgica são utilizadas duas técnicas: Técnica Stamm: suturas em bolsa para formação de túnel (radial) e vedamento da sonda evitando vazamentos e complicações. Técnica de Witzel: pode ser utilizada em gastrostomia, mas é mais amplamente utilizada na jejunostomia. A dieta pode ser comum, sem necessidade de ser específica. Jejunostomia Colocação de um tubo entre a pele e o jejuno proximal para fornecer alimento para o paciente. Técnica de Witzel: uma pequena abertura no jejuno, realiza- se uma sutura em bolsa para formação de um túnel. Quanto mais longo for o túnel, menor é a chance de vazamento, pois o ponto de entrada da sonda localiza-se distante do ponto de vedação impedindo que ocorra vazamentos do conteúdo entérico, funcionando como uma válvula. Caso ocorra a perda da sonda, será necessária a realização de uma nova técnica. A sonda de jejunostomia não apresenta balonete. É necessário dieta específica para o intestino. Não há possibilidade de infecção, pois o intestino é um órgão altamente colonizado. Ileostomia O íleo terminal é conectado à pele para o desvio de trânsito intestinal (impedir que o conteúdo entérico alcance ao cólon por alguma alteração no cólon ou devido à cirurgia no cólon devido a uma alteração para posterior reconstrução do íleo), ou seja, há exteriorização do intestino delgado na parede abdominal. Ileostomia terminal: o íleo terminal é exteriorizado, realiza-se uma inversão da mucosa intestinal. O conteúdo intestinal se exterioriza. Ileostomia em alça: uma porção do íleo é exteriorizada, realizando-se uma inversão da mucosa intestinal. Duas porções do intestino exteriorizam o conteúdo intestinal. Possibilita uma melhor cicatrização em casos de anastomoses. Facilita cirurgias de reconstrução posterior. Sempre realizada no quadrante inferior direito, pois os músculos auxiliam para reduzir a chance de hérnia, evitando a saída de muito conteúdo intestinal pela ação do tônus muscular. Fechamento da ileostomia Colostomia Cirurgia de Hartmann: ressecção de cólon, fechamento do coto retal com colostomia proximal. A ressecção é realizada segundo o padrão de vascularização do cólon. Locais: cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente e sigmoide. Tipos: cirurgia de Hartmann, em alça, em boca de espingarda. É necessário realizar a união das alças, pois muitos pacientes continuam com a colostomia por toda a vida sem a reconstrução (50% dos pacientes). Outros estomas Cirurgia de Brickell (conexão dos rins com o intestino), duodenostomia (drenagem do duodeno por lesões de cabeça do pâncreas, lesão de duodeno), esofagostomia (tumor de esôfago, trauma torácico com perfuração de esôfago).
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