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IG, DPP e DUM; ANATOMIA DA PELVE, CONJUGATA, ESTREITOS; ESTÁTICA FETAL, MANOBRAS DE LEOPOLD, PLANOS DE LEE; DESPROPORÇÃO CÉFALOPÉLVICA: Diagnóstico e consequências.

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Yslane Costa - Medicina 
 
IG, DPP e DUM; ANATOMIA DA PELVE, CONJUGATA, ESTREITOS; ESTÁTICA 
FETAL, MANOBRAS DE LEOPOLD, PLANOS DE LEE; DESPROPORÇÃO CÉFALO-
PÉLVICA: Diagnóstico e consequências. 
 
EXPLICAR os cálculos de DPP e IG a partir da DUM 
 
Idade gestacional 
- Quando sabe a DUM só calcular a quantidade de dias entre a data da última 
menstruação e a data de consulta e dividir por 7, terá o resultado em semanas 
-Quando não souber a DUM, mas souber o período em que ocorreu, utiliza-se dia 05 
para o inicio do mês, dia 15 para o meio do mês e dia 25 para o fim do mês 
- Uso de gestograma, você coloca a seta sobre o dia e o mês correspondentes da 
DUM, observe a data atual e irá ter as semanas 
 
DPP 
- Com o gestograma coloca a seta sobre o a DUM e a outra seta indicara a DPP 
- Formas de cálculo(Regras de Naegele): 
1° (usado para os meses de abril a dezembro) Somar 7 dias ao primeiro dias da 
últimas menstruação, subtrair 3 meses ao mês da última menstruação e somar 1 ano. 
 05 / 10 / 2020 
+07/-03/+01 
12/ 07 / 2021 
 
2° (usado para os meses de janeiro a março) Somar 7 dias ao primeiro dias da última 
menstruação, somar 9 meses ao mês da última menstruação e não mexer no ano. 
 05 / 02 / 2020 
+07/+09/ 
12/ 11 / 2020 
 
Yslane Costa - Medicina 
3° (usado para quando a quantidade de dias ultrapassa o mês) Somar 7 dias ao 
primeiro dias da última menstruação, e colocar os dias restantes par ao próximo mês, 
e no mês somar 1 (após diminuir -3 ou +9) 
27 / 02 / 2020 (fevereiro de 2020 29 dias) 
+07/+09/ 
05/ 11 / 2020 
 +1 
05/12/2020 
 
ANALISAR a anatomia da pelve, considerando as alterações da bacia 
(conjugatas e estreitos). 
 
 
Anatomia 
 
Formada por 3 grupamentos ósseos: 
- Ossos do quadril a direita e esquerda 
- Sacro (fusão de 5 vertebras sacrais) 
- Fusão de 3 ossos – ísquio, ílio e púbis 
 
Articulações (sínfise púbica, sacroilíacas, 
sacrococcígea) 
Entre o sacro e a 5a vértebra lombar, é possível 
acrescentar a articulação lombossacra, 
cujo vértice constitui o promontório. 
Divide em grande bacia (pelve falsa) e pequena bacia (escavação/pelve verdadeira) 
 
Grande bacia (pelve falsa) é limitada, lateralmente, pelas fossas ilíacas internas, e, 
posteriormente, pela coluna vertebral, Superiormente, assinala-se circunferência, 
formada, na parte de trás, pela base do sacro; lateralmente, pelas cristas ilíacas; à 
frente, pela borda anterior do osso ilíaco. Na obstetrícia não muita relevância, mas 
seu formato e suas dimensões oferecem noções relacionadas com a pelve verdadeira. 
Continuada na parte inferior pela pelve verdadeira, a separação da grande bacia 
ocorre pelo anel do estreito superior. 
 
Pequena bacia limita-se, na parte de cima, pelo estreito superior; abaixo, pelo 
inferior.O estreito superior é constituído (descrição posterior para anterior) de 
saliência do promontório, borda anterior da asa do sacro, articulação sacroilíaca, 
linha inominada, eminência ileopectínea e borda superior do corpo do púbis e da 
sínfise púbica. O estreito inferior é composto de borda inferior dos dois púbis, ramos 
isquiopúbicos (ramos descendentes do púbis e ascendentes do ísquio), tuberosidades 
isquiáticas, borda medial dos grandes ligamentos sacrociáticos e extremidade do 
cóccix (articulação sacrococcígea, depois da retropulsão do cóccix). 
Entre dois estreitos está a pelve menor, em que há quatro paredes: anterior, posterior 
e duas laterais. A parede anterior é constituída de: face posterior do corpo do púbis e 
do seu ramo horizontal; lado interno do forame obturado e face interna da respectiva 
membrana; face interna do ramo isquiopúbico e de parte da tuberosidade isquiática. 
Em linha reta, a porção posterior mede em torno de 11 a 12 cm de altura, do 
promontório ao ápice do cóccix, e, seguindo o encurvamento do sacro, de 15 a 16 
Yslane Costa - Medicina 
cm. É constituída de face anterior ou pélvica do sacro e do cóccix, medindo na parte 
superior aproximadamente 11 cm de largura, no nível da articulação lombossacra. O 
grau de concavidade da parede posterior da escavação varia, naturalmente, com o 
formato do sacro e é mais acentuado na mulher. 
 
Morfologia. 
Há quatro tipos fundamentais de bacia : ginecoide, antropoide, androide e 
platipeloide. O elemento dominante na determinação do tipo de bacia é fornecido 
pela porção posterior do estreito superior, limitada pelo diâmetro transverso máximo, 
enquanto a região anterior tem importância secundária. Os tipos puros ocorrem 
menos frequentemente que os mistos, originados de combinações entre os vários 
grupos fundamentais. 
 
Dimensões. 
Na grande bacia, é possível considerar diâmetros 
transversos e um anteroposterior. 
De uma espinha ilíaca anterossuperior à do lado oposto, 
obtém-se o diâmetro biespinha (BE),que mede 
aproximadamente 24 cm; da parte mais saliente, de uma 
crista ilíaca, à do lado oposto,tem-se o diâmetro bicrista 
(BC) que mede, em geral, 28 cm. Traça-se o diâmetro 
anteroposterior da fosseta localizada abaixo da apófise 
espinhosa da última vértebra lombar (base do sacro), à borda 
superior da sínfise púbica; é chamado também diâmetro 
sacropúbico externo (SPE), de Baudelocque ou conjugata externa, 
medindo, em geral, 20 cm. 
Yslane Costa - Medicina 
 
Na pequena bacia, serão descritos, sucessivamente, os diâmetros dos estreitos 
superior, médio e inferior 
No estreito superior, há um diâmetro anteroposterior, traçado do promontório à 
borda superior da sínfise púbica, chamado conjugata vera anatômica (A), medindo 
11 cm. 
Do promontório à face posterior do púbis, traça-se a conjugata vera obstétrica 
(A)(10,5 cm) e, ainda, a conjugata diagonalis, que não é do estreito superior nem do 
inferior, sendo apenas recurso clínico para avaliar os mencionados diâmetros 
anteroposteriores do estreito superior; sua extensão é, em geral, de 12 cm. 
O diâmetro transverso máximo vai do ponto mais afastado da linha inominada ao 
ponto do lado oposto, localizado, em geral, na junção do terço posterior com os dois 
terços anteriores do diâmetro anteroposterior, medindo de 13 a 13,5 cm. 
Os diâmetros oblíquos, chamados anteriormente de insinuação, vão de um ponto 
correspondente à eminência ileopectínea de um lado à sínfise sacroilíaca do lado 
oposto. 12,5cm -12cm 
Para dirimir a divergência de nomenclatura, Bar (1902) propôs que se chamasse 
primeiro diâmetro oblíquo ao que parte da eminência ileopectínea esquerda e vai à 
sínfise sacroilíaca direita; segundo diâmetro oblíquo ao que se origina da 
eminência ileopectínea direita e se encaminha à 
sínfise sacroilíaca esquerda. 
Suas medidas são de 12 cm a 12,75 cm e o 
primeiro é ligeiramente maior que o segundo. 
No estreito médio, consideramos um diâmetro 
anteroposterior, medindo 12 cm, e outrotransverso, 
biespinha ciática, com 10,5 cm. 
No estreito inferior, há um diâmetro 
anteroposterior (conjugata exitus), cóccix 
subpúbico, medindo 9,5 cm; esse diâmetro é 
substituído pelo subsacro subpúbico, medindo 11 
cm, após a retropulsão do cóccix. O diâmetro 
transverso é o bi-isquiático, medindo 11 cm. 
 
Eixos da bacia. 
Em obstetrícia, eixos são as perpendiculares baixadas ao centro de cada plano. Há 
um eixo do plano do estreito superior, que passa no meio da conjugata anatômica e 
se prolonga, para cima e para a frente, pela cicatriz umbilical, e, para trás e para 
baixo, pelo cóccix. 
O eixo do plano do estreito inferior, prolongado, passaria pela superfície do 
promontório e, embaixo, perfuraria o períneo, um pouco à frente do ânus. 
O canal ósseo do parto divide-se, de acordo com Sellheim, em três espaços ou 
segmentos; um superior, reto, de secção oval – o espaço de estreito superior –; outro 
médio, reto, de secção transversal circular – a escavação –; e, finalmente, outro 
inferior. O primeiro compreende o espaço entre o plano que passa pelas espinhas do 
púbis e o promontório, atéo plano das linhas inominadas; o segundo vai desse último 
até o plano que passa pela borda inferior da sínfise púbica e das espinhas ciáticas; o 
terceiro, entre esse plano até o da arcada do púbis. 
O eixo dos dois primeiros prossegue em linha reta; o do último é côncavo, em torno 
da borda inferior da sínfise, formando, com o estreito superior, ângulo obtuso, aberto 
Yslane Costa - Medicina 
para a frente. Os eixos têm grande valor prático: orientam o obstetra sobre a direção 
a dar às trações, tanto no parto a fórceps e na grande extração quanto nas 
embriotomias. Estando a paciente posicionada na borda do leito ou de mesa 
adequada, a direção do eixo de entrada é traçada de trás para a frente e de cima para 
baixo, no sentido do cóccix (ou dos pés do obstetra). Quase paralelo ao plano de 
apoio da paciente, está o eixo do estreito inferior (para os joelhos e depois para o 
peito do profissional); e, orientado para cima, está o eixo do estreito vulvar (no 
sentido da face do operador). 
 
ANALISAR a Estática Fetal, considerando as manobras de Leopold e os planos 
de De Lee. 
 
Manobras de Leopold 
 
Consiste em um método palpatório do abdome materno em 4 passos (grau de 
recomendação B): 
- Delimite o fundo do útero com a borda cubital de ambas 
as mãos e reconheça a parte fetal que o ocupa; 
- Deslize as mãos do fundo uterino até o polo inferior do 
útero, procurando sentir o dorso e as pequenas partes do 
feto; 
- Explore a mobilidade do polo, que se apresenta no 
estreito superior pélvico; 
- Determine a situação fetal, colocando as mãos sobre as 
fossas ilíacas, deslizando-as em direção à escava pélvica e 
abarcando o polo fetal, que se apresenta. As situações que 
podem ser encontradas são: longitudinal (apresentação 
cefálica e pélvica), transversa (apresentação córmica) e 
oblíquas. 
 
O feto pode estar em situação longitudinal (mais comum) 
ou transversa. A situação transversa reduz a medida de 
altura uterina, podendo falsear sua relação com a idade 
gestacional. As apresentações mais frequentes são a 
cefálica e a pélvica 
 
A situação transversa e a apresentação pélvica, ao final da 
gestação, podem significar risco no momento do parto. 
Nestas condições, a mulher deve ser referida para a 
unidade hospitalar de referência que tenha condições de 
atender caso de distócia. 
 
Planos da bacia. 
 
Planos de De Lee 
• É uma forma para definir a altura da apresentação. 
• O diâmetro biespinha isquiática é o plano de referência “0” 
(estréito médio) 
 • A partir deste plano, a apresentação é estimada em 
Yslane Costa - Medicina 
centímetros positivos caso a apresentação fetal o tenha ultrapassado, e em 
centímetros negativos caso a apresentação não o tenha alcançado. 
 
DE LEE tem como plano referência zero as espinhas ciáticas. Quando o ponto mais 
baixo da apresentação estiver a 1 cm acima do plano zero, a altura será - 1 ; 02 cm 
acima, como - 2; e assim sucessivamente. Quando o polo cefálico estiver abaixo do 
plano zero, usaremos a mesma progressão trocando o sinal para positivo, ( + 1; + 
2;.até + 5). O plano zero DE LEE corresponde, aproximadamente, ao plano III de 
HODGE 
 
Planos de Hodge: São imaginários, traçados na entrada, na saída e 
em várias alturas da 
escavação pélvica. Merecem referência os planos paralelos de 
Hodge (Figura 10.14): o primeiro plano paralelo passa pela borda 
superior do púbis e pelo promontório; 
o segundo corresponde à borda inferior do púbis; 
o terceiro é traçado nas espinhas ciáticas; 
quarto parte da ponta do cóccix e mistura-se com o assoalho 
pélvico. 
 
Atitude 
 
▶ Durante a gestação. O continente uterino, ao termo da gravidez, mede, na maior 
de suas dimensões, 30 cm. O feto, com 50 cm de comprimento, deve adaptar-se a tais 
condições de espaço, flexionando-se. Dessa maneira, o seu eixo longitudinal (do 
lâmbda ao cóccix) fica reduzido a 25 cm. Denomina-se atitude ou hábito fetal a 
relação das diversas partes do feto entre si. Graças à flexibilidade da coluna vertebral 
e à articulação occipitovertebral, o feto se aloja na cavidade uterina em atitude de 
flexão generalizada, isso é, a coluna vertebral encurvada no seu todo e a cabeça com 
o mento aproximado da face anterior do tórax, o que dá ao concepto a forma ovoide, 
o ovoide fetal, que apresenta então dois polos: o cefálico e o pélvico, esse maior que 
aquele (Figura 9.1). Nos membros inferiores, as coxas se fletem sobre a bacia e as 
pernas, na mesma atitude, sobre as coxas. Nos membros superiores, os braços se 
locam na face anterior do tórax bem como os antebraços, também fletidos. O 
conjunto do tronco com os membros denomina-se ovoide córmico. 
Na apresentação pélvica a atitude da cabeça fetal é das mais variáveis: de regra 
ligeiramente fletida, com o mento próximo ao manúbrio; pode, no entanto, ficar em 
atitude indiferente ou em deflexão; pode apresentar-se, ainda, lateralmente inclinada, 
com ou sem rotação. Essa atitude da cabeça, durante a gravidez, não tem significação 
prognóstica para o parto, à vista da correção espontânea que ocorre no decurso do 
trabalho. 
▶ No parto. Ao iniciar-se o trabalho de parto, e principalmente após a amniorrexe, a 
atitude do feto se modifica. Nessas condições, devido à expansão do segmento 
inferior e à incorporação da cérvice, que ascende, o útero toma forma diversa daquela 
anteriormente guardada, passando de globosa a cilindroide, o que obriga o feto a 
endireitar o tronco, diminuindo sua flexão de maneira a se constituir em um cilindro, 
o cilindro fetal, formado pela cabeça fletida sobre o tronco, com as pequenas partes a 
ele mais aconchegadas. O polo cefálico é a parte do feto que merece o estudo mais 
Yslane Costa - Medicina 
minucioso, por ser o segmento menos redutível e desempenhar papel da maior 
importância no processo de adaptação ao trajeto pelviperineal. Enquanto o perímetro 
occipitofrontal é de 35 cm, o torácico, menor, mede 33 cm, uma peculiaridade que 
perdura, proporcionalmente, até o início do segundo ano de vida. O perímetro 
abdominal é ainda mais reduzido, medindo 28 cm. 
Cabeça. Entre as duas partes que a compõem – crânio e face –, é a primeira que se 
reveste de importância obstétrica, devido às pequenas proporções de tamanho da 
segunda. 
O crânio é constituído de dois ossos frontais, dois parietais, dois temporais, um 
occipital, um esfenoide e um etmoide. Enquanto os ossos da abóbada craniana são 
separados por tecidos membranosos – suturas e fontanelas –, possibilitando a 
redução de seu volume durante o parto, os ossos da base compõem bloco 
indeformável. 
As suturas mais importantes são: 
Sutura sagital, entre os parietais 
Sutura metópica, interfrontal ou frontal média 
Sutura coronária, entre os frontais e os parietais 
Sutura lambdoide, entre os parietais e o occipital 
Sutura temporal, entre os parietais e os temporais. 
As fontanelas, descritas a seguir, são zonas membranosas, nos pontos de 
convergência de 3 ou 4 ossos e delas partem as suturas: 
Fontanela bregmática (anterior, ou grande fontanela): tem configuração losangular, 
com os lados formados pelos frontais e parietais, e de cujos vértices saem as suturas 
sagital, metópica e coronária. Constitui valioso ponto de referência para o 
diagnóstico de posição, obtido com o toque digital ou manual. 
Fontanela lambdoide (posterior ou pequena fontanela): limitada pelo occipital e 
pelos parietais, apresenta morfologia relativamente triangular, e dos seus vértices 
saem as suturas sagital e lambdoide 
Fontanelas ptéricas ou ptérios (lateroanteriores): no total são duas (uma de cada 
lado) e têm como limites o temporal, o frontal, o parietal e o esfenoide. 
Fontanelas astéricas ou astérios (lateroposteriores): também são duas e têm como 
limites o occipital, o temporal e o parietal. Os ptérios e os astérios são fontanelas que 
carecem de expressão obstétrica. 
Tronco. Os diâmetros e circunferências do troncoque importam ao obstetra são: 
Diâmetro biacromial: 12 cm 
Circunferência biacromial: 35 cm 
Diâmetro bitrocanteriano: 9,5 cm 
Circunferência bitrocanteriana (variável de acordo com a posição do feto): 
Pernas estendidas: 27 cm 
Pernas flexionadas (apresentação pélvica, modo de nádegas): 35cm. 
Nas apresentações de vértice ou de occipital, partindo da atitude inicial indiferente ou 
de rápida flexão, a cabeça se flete gradualmente, substituindo-se diâmetros maiores 
por outros menores: occipitofrontal (12 cm) pelo suboccipitofrontal (11 cm) e, 
finalmente, pelo suboccipitobregmático (9,5 cm). 
Nas apresentações com deflexão cefálica, esta se acentua, substituindo-se o 
occipitomentoniano (13 cm) pelo submentobregmático (9,5 cm), diâmetro de 
insinuação das apresentações de face. Nas apresentações pélvicas, os diâmetros fetais 
do cinto pélvico se reduzem por aconchegamento. 
Situação 
Yslane Costa - Medicina 
Denomina-se situação a relação entre os grandes eixos longitudinais fetal e uterino. 
Quando ambos se coincidem, a situação será longitudinal; quando perpendiculares, a 
situação é transversa; e, se cruzados, a situação será oblíqua ou inclinada. A 
primeira ocorre em 99,5% das vezes, e a última representa fase de transição da 
situação fetal, que no momento do parto se estabilizará em longitudinal ou 
transversa. 
Apresentação 
É a região fetal que se localiza na área do estreito superior, ocupando-a em seu todo, 
e aí tende a insinuar-se. Durante o parto, é sede de mecanismo bem determinado. É 
necessário ter precisão terminológica: encontrando-se no estreito superior segmentos 
fetais, como pequenas partes e funículo, não há elementos para caracterização de 
apresentação; constituem apenas procidências. 
Em decorrência dos fatores determinantes da acomodação fetal, pode-se observar 
transformação de uma apresentação por outra, fenômeno chamado de mutação ou 
versão, e está ligado à rotação axial do feto. Até o 6o mês de gestação a cabeça é 
encontrada no fundo uterino, e depois, graças a essa rotação axial, o feto, por 
“cambalhota”, orienta o polo cefálico para as porções inferiores do órgão, e aí se 
mantém. Ao plano circunferencial da apresentação, que se põe em relação com o 
estreito superior, chama-se plano de contato da apresentação. À situação transversa 
corresponde sempre a apresentação córmica. Duas apresentações podem ocorrer na 
situação longitudinal – a do polo cefálico e a do polo pélvico –, e se denominam, 
respectivamente, apresentação cefálica e apresentação pélvica. O polo cefálico pode 
apresentar-se fletido, com o mento próximo à face anterior do tórax ou dele se afastar 
em graus diversos de extensão. No primeiro caso, têm-se as apresentações cefálicas 
fletidas, e no segundo caso, as apresentações cefálicas defletidas: de 1o grau ou 
bregmáticas, de 2o grau ou de fronte, e na de flexão máxima, as de 3o grau ou 
apresentação de face. Encontrando-se o polo pélvico no estreito superior, duas 
apresentações podem ocorrer: a apresentação pélvica completa (pelvipodálica), se as 
coxas e as pernas estão fletidas, e a apresentação pélvica incompleta (pélvica 
simples), também chamada modo de nádegas, quando, fletidas as coxas contra a 
bacia, as pernas se acham estendidas sobre a face anterior do tronco. Ao descrever as 
apresentações pélvicas incompletas, alguns autores consideram ainda outras 
modalidades, tais como o modo de joelhos e o de pés, quando essas regiões ocupam o 
estreito superior, o que pode ser dispensado, pois o pequeno volume delas não impõe 
característica especial aos fenômenos mecânicos do ato da parturição. Assim, 
modalidades acidentais sucedem se um membro inferior fica estendido sobre a face 
anterior do tronco e o outro fletido. 
Altura da apresentação 
Durante a gravidez a apresentação fica afastada do estreito superior, não tendo 
relação direta com a bacia. No início do trabalho ou mesmo nos dias que o precedem, 
essa relação com a pelve materna manifesta-se e distinguem-se os seguintes graus 
evolutivos da altura da apresentação: 
Alta e móvel quando a apresentação não toma contato com o estreito superior 
Ajustada se ocupa a área desse estreito 
Fixa quando, pelo palpar, não se consegue mobilizá-la 
Insinuada quando a maior circunferência da apresentação transpõe a área do estreito 
superior. 
Chama-se, assim, insinuação ou encaixamento a passagem, pelo estreito superior, do 
maior plano perpendicular à linha da orientação, isto é, passagem do biparietal nas 
Yslane Costa - Medicina 
apresentações cefálicas e do bitrocanteriano nas apresentações pélvicas. 
A travessia dessa região estreita da bacia se obtém pela redução dimensória sinalada, 
e por movimento de inclinação lateral da apresentação a que se denomina 
assinclitismo. A ausência da flexão lateral, mantendo-se a sutura sagital equidistante 
do sacro e do púbis, condiciona o sinclitismo. 
O assinclitismo posterior (obliquidade de Litzmann) caracteriza-se quando a sutura 
sagital está próxima do púbis e o parietal posterior é o primeiro a penetrar na 
escavação. 
Diz-se que o assinclitismo é anterior (obliquidade de Nägele), quando a sutura sagital 
está mais aproximada do sacro e o parietal anterior desce em primeiro lugar. 
Para expressar a altura da apresentação aconselha-se adotar o critério de DeLee: 
considerar o diâmetro biespinha ciática ou linha interespinhosa, como plano de 
referência “0” (zero). Quando a parte baixa da apresentação estiver a 1 cm acima do 
plano “0”, a altura é expressa como “–1”; 2 cm acima, como “–2” e assim 
sucessivamente até “–5”. Quando a parte mais baixa da apresentação ultrapassar de 1 
cm o plano “0”, sua altura será “+1”; quando de 2 cm, “+2”, nomeando-se assim até 
“+5”. 
Posição 
De acordo com a escola alemã, é posição a relação do dorso fetal com o lado direito 
ou esquerdo materno, dificilmente podendo essa região fetal localizar-se francamente 
para a frente ou para trás em virtude da lordose lombar materna. 
Assim, teremos posição esquerda ou 1a posição, quando o dorso fetal se acha 
voltado para o lado esquerdo materno, e posição direita ou 2a posição, quando o 
dorso se orienta para o lado direito. A escola francesa conceitua a posição 
relacionando não o dorso fetal mas o ponto de referência da apresentação com o lado 
esquerdo ou direito materno. As duas definições nem sempre se correspondem: nas 
apresentações cefálicas fletidas, o dorso e o ponto de referência da apresentação se 
encontram no mesmo lado, ao passo que, nas defletidas, o dorso está em plano 
oposto ao ponto de referência fetal. Posições que merecem ser salientadas, embora 
raras, são as diretas, a occipitossacra e a occipitopúbica, quando no início do 
trabalho de parto, e, no estreito superior, o occipital se encontra voltado para a frente 
ou para trás e a sutura sagital ocupa o diâmetro anteroposterior do estreito superior. 
Variedade de posição 
Feito o diagnóstico da apresentação e da posição, ele ainda não está completo, sendo 
necessário acrescentar a variedade de posição, que se define como a relação dos 
pontos de referência maternos e fetais. 
▶ Maternos. O púbis, as eminências ileopectíneas, as extremidades do diâmetro 
transverso máximo, a sinostose sacroilíaca e o sacro (Figura 9.6). 
▶ Fetais. São variáveis com as apresentações: 
Lâmbda, nas apresentações cefálicas fletidas 
Extremidade anterior do bregma, nas apresentações cefálicas defletidas de 1o grau 
(bregmáticas) 
Glabela ou raiz do nariz, nas de 2o grau (fronte) 
Mento nas de 3o grau (face) 
Sacro, nas apresentações pélvicas. 
Na situação transversa, impropriamente denominada apresentação transversa, a 
apresentação é córmica. A variedade mais frequente é a de ombro e o ponto de 
referência fetal é o acrômio. 
Yslane Costa - Medicina 
 
▶ Linha de orientação. É importante ter conhecimento da linha de orientação. É a 
linha fetal que se põe em relação com o diâmetro materno deinsinuação e 
possibilitar acompanhar os movimentos da apresentação durante o trabalho de parto. 
As linhas de orientação são: 
Sutura sagital, na apresentação cefálica fletida 
Sutura sagital e metópica, na apresentação cefálica defletida de 1o grau 
Sutura metópica, na apresentação cefálica defletida de 2o grau 
Linha facial, isto é, linha mediana que a partir da raiz do nariz atinge o mento, na 
apresentação 
cefálica defletida do 3o grau 
Sulco interglúteo, na apresentação pélvica. 
As situações transversas não têm linha de orientação, pois são impeditivas de 
expulsão pontânea, a não ser em casos especiais de fetos pequenos ou macerados. 
Nomenclatura 
Com a nomenclatura obstétrica, designam-se, de maneira exata, a situação, a 
apresentação e a variedade de posição, tendo-se perfeito conhecimento da estática 
fetal. 
▶ Nomenclatura na situação longitudinal. Nomeiam-se pelo emprego de duas ou 
três: a primeira, indicativa da apresentação, é símbolo da região que a caracteriza; as 
demais rrespondem ao ponto de referência ao nível do estreito superior. Exemplos: 
OEA significa que a apresentação é de occipital (O) e o ponto de referência, o 
lâmbda, está em correspondência com o estreito superior, à esquerda (E) e 
anteriormente (A) (ponto EA da Figura 9.6); MDP significa que a apresentação é de 
face e o ponto de referência, o mento (M), está em relação com o estreito superior, à 
direita (D) e posteriormente (P) (ponto DP da Figura 9.6). 
Tomando como exemplo a apresentação cefálica fletida, em occipital, as variedades 
de posição são: 
OP: occipitopubiana 
OEA: occípito-esquerda-anterior 
OET: occípito-esquerda-transversa 
OEP: occípito-esquerda-posterior 
OS: occipitossacra 
ODP: occípito-direita-posterior 
ODT: occípito-direita-transversa 
ODA: occípito-direita-anterior. 
▶ Nomenclatura na situação transversa. Na nomenclatura da situação transversa 
não há uniformidade na designação; para a escola francesa a localização do dorso 
define a posição: anterior, quando o dorso está voltado para a frente; posterior 
quando voltado para a coluna vertebral materna; e o acrômio, direito ou esquerdo, 
que se põe em relação com o estreito superior, define a apresentação. 
Exemplo: posição acromiodireita-anterior (ADA) significa que o acrômio direito está 
na área do estreito superior e o dorso voltado para a frente; por acromioesquerda-
posterior (AEP) entende-se que no estreito superior se acha o acrômio esquerdo e o 
dorso está voltado para trás. Para a escola alemã a posição é determinada pela 
localização do ovoide cefálico nas fossas ilíacas, chamando-se primeira posição 
quando a cabeça está no lado esquerdo, segunda posição quando no lado direito, 
distinguindo-se as variedades anteriores e posteriores de acordo com a orientação do 
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dorso, e de maneira idêntica à escola francesa. Exemplo: cefálico-esquerda dorso 
anterior significa que a cabeça está na fossa ilíaca esquerda e o dorso voltado para a 
frente, e cefálico-direita-dorso posterior, quando a cabeça está na fossa ilíaca direita, 
o dorso se acha voltado para trás. 
Para a escola norte-americana a posição é indicada pelo lado materno onde se 
encontra o acrômio; assim, acromioesquerda-anterior (AEA) representa que o 
acrômio está em relação com o lado esquerdo materno e o dorso voltado para frente. 
Corresponde à acromiodireita-anterior da escola francesa. 
Às vezes, na situação transversa, o dorso fetal se orienta nitidamente para cima 
(dorsosuperiores) ou para baixo (dorso-inferiores). 
Portanto, não havendo uniformidade na nomenclatura da situação transversa, é 
preciso ficar atento a trabalhos originados desta ou daquela fonte. 
A classificação americana merece as nossas preferências. Permite, sem esforço 
mental, informar a localização do ovoide cefálico, o que importa para a execução da 
versão por manobras internas. 
Frequência da situação e da apresentação 
 
 
 
ANALISAR o diagnóstico da desproporção céfalo-pélvica (quando ocorre e 
quais as consequências). 
 
 
Desproporção céfalo-pélvica: ocorre quando há uma inadequação entre o tamanho da 
cabeça fetal e o canal de parto3. Porém, o diagnóstico desta condição só pode ser 
adequadamente realizado após a prova de trabalho de parto, sendo a pelvimetria de 
valor limitado para o diagnóstico antecipado 
Desproporção Cefalopélvica 
A desproporção cefalopélvica (DCP) implica a falta de proporcionalidade entre a 
cabeça fetal e a pelve materna. 
Nas apresentações cefálicas, a desproporção decorre do volume demasiado ou da 
atitude viciosa da cabeça. No entanto, as apresentações anômalas constituem casos 
particulares de desproporção, e o uso limita o estudo da proporcionalidade ao da 
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relação cefalopélvica, excluídas, naturalmente, as atitudes defletidas. 
Mulheres de pequena estatura com fetos grandes correm o risco de desenvolver 
o problema, além de fraturas prévias da pelve ou doenças ósseas metabólicas. 
Avaliação clínica da insinuação da cabeça fetal 
Na primípara, caso a cabeça não se insinue antes ou até a proximidade do parto, fica 
caracterizada a suspeita de desproporção cefalopélvica. Na multípara, o polo costuma 
se encaixar no período expulsivo, não tendo 
significado maior sua persistência, alta e móvel, no 
início do trabalho de parto. Considera-se a cabeça 
insinuada quando o vértice alcança ou ultrapassa a 
altura das espinhas ciáticas, plano “0” (zero). O 
aprofundamento da cabeça na escavação é anotado 
pelo número de centímetros que se distanciam 
desse ponto ao ápice da apresentação. Para cima: “–1”, “–2” etc., 
para baixo: “+1”, “+2” etc. 
Suspeita-se de desproporção cefalopélvica se: 
O progresso do parto for lento e arrastado, apesar da eficiente contratilidade uterina. 
Não houver insinuação da cabeça fetal (nas primíparas) O toque vaginal revelar 
moldagem acentuada da cabeça e bossa serossanguínea . A cabeça estiver 
deficientemente aplicada ao colo. 
▶ Sinal de Farabeuf. Pelo toque vaginal, é possível procurar esse sinal, muito do 
apreço dos clássicos, mas de valor relativo, pois mostra apenas a altura do ápice da 
apresentação. 
Radiologia, ultrassonografia e diagnóstico 
Os possíveis efeitos ominosos decorrentes dos raios X e a constante prática da 
operação cesariana tornaram o método obsoleto. A ultrassonografia, inócua, fornece 
apenas, com exatidão, a conjugata vera e o diâmetro biparietal (DBP) do feto. 
Atualmente, o diagnóstico da DCP baseia-se na observação de trabalho de parto 
protraído ou das “paradas de progressão” durante a fase ativa. Estas, por sua vez, 
podem decorrer de distocias funcionais, malposições (p. ex., deflexão, assinclitismo) 
ou apresentações anômalas (p. ex., mento posterior, fronte), condições mais 
frequentes que a DCP em si. Na prática, após o diagnóstico da parada de progressão, 
a primeira medida deve ser otimizar a atividade uterina com amniotomia e ocitocina. 
Caso a contratilidade uterina já tenha sido otimizada e o parto permaneça distócico, 
devem ser implicadas causas mecânicas. O uso do partograma é indispensável para 
monitorar o progresso do parto, tornando possível a identificação de anormalidades e 
a realização de intervenções adequadas. Em geral, as alterações de parada secundária 
da dilatação e paradasecundária da descida auxiliam na suspeita da possibilidade de 
DCP, especialmente quando o feto não está insinuado. 
Tratamento 
Pode ser permitida a prova de trabalho, embora a cesariana seja o procedimento de 
escolha. É importante ressaltar: o fórceps é péssimo instrumento na desproporção 
cefalopélvica 
Exame da bacia 
O estudo da capacidade da bacia é realizado por meio da pelvimetria, que procura 
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estimar os diâmetros, ora medindo-os externamente (pelvimetria externa), ora 
internamente (pelvimetria interna). Para definir o formato, realiza-se pelvigrafia, que 
analisa os elementos constituintesda bacia, em sua regularidade individual e no 
conjunto. 
Pelvimetria externa. 
 Executa-se por meio de instrumentos, geralmente compassos, 
chamados pelvímetros (de Baudelocque, de Budin, de Thoms etc.), que são aplicados 
sobre os diversos extremos dos diâmetros da bacia, incluindo a delimitação do 
quadrilátero de Michaelis. Atualmente, na assistência moderna ao parto, a 
pelvimetria externa da grande bacia está praticamente abandonada, devido ao 
seu reduzido valor semiótico. 
Na pelvimetria externa do estreito inferior, é útil o diâmetro bi isquiático (ou 
intertuberoso), medido com o pelvímetro de Thoms, e em geral, medindo 9 cm ou 
mais 
Pelvimetria interna. 
 Na prática obstétrica atual, a avaliação das mensurações internas da 
bacia é superficial. Pelo fato de o estreito superior ser inacessível, procura-se 
medir a chamada conjugata oblíqua ou diagonalis, cujo valor é deduzido em 1,5 cm, 
a fim de se obter a conjugata vera obstétrica. Ao introduzir o dedo, procura-se 
aplicar seu extremo (do índice, no toque unidigital, e do médio, no bidigital) sobre a 
saliência do promontório, e duas hipóteses podem ocorrer: ou 
ele é inatingível ou está acessível. 
Com o dedo explorador sobre o promontório, a borda radial do 
índice posiciona-se sob o ligamento arcuatum e, com o índice 
da outra mão, marca-se o ponto de encontro da face anterior do 
púbis com a mão que toca. A seguir, mede-se a distância entre 
esse ponto e a polpa digital do dedo que se aplicou no promontório, obtendo-se o 
valor da conjugata diagonalis. Nos casos de promontório inatingível, conclui-se que 
o diâmetro anteroposterior é amplo. No entanto, para considerar a bacia normal ou 
espaçosa, não basta que esse diâmetro tenha grandes proporções, pois o vício pélvico 
pode se localizar em outros pontos. Se percebermos não ser a conjugata diagonalis 
que desejamos avaliar, mas a conjugata vera obstétrica, e que a diferença entre 
ambas não é constante como se supunha (1,5 cm), podendo variar de 0 a 3 cm, pois 
cumpre considerar a situação do promontório, mais baixa ou mais elevada, a altura, a 
inclinação e a espessura de sínfise púbica, verificaremos que o problema não está 
resolvido. Além disso, é possível medir a conjugata exitus com a mão, empregando-
se técnica semelhante à da mensuração da conjugata diagonalis. 
Pelvigrafia externa. Neste caso, procura-se conhecer o comprimento e a espessura 
da sínfise e definir o ângulo de abertura da arcada púbica (estreito: menor que 90°; 
médio: igual a 90°; e largo: maior que 90°). 
 
Pelvigrafia interna. Tem início com o exame do arco subpúbico e 
continua seguindo o estreito superior até o promontório. As bacias de 
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paredes convergentes, arco subpúbico estreito e diâmetros transversais reduzidos 
restringem os movimentos laterais dos dedos exploradores Localiza-se a espinha 
ciática de um dos lados, passando-se à apreciação da oposta, com movimentos de 
pronação e supinação da mão. 
O exame clínico da porção média e inferior da pelve 
busca a localização da ponta do sacro e da 
extremidade do cóccix , apreciação das espinhas 
ciáticas e investigação dos ramos púbicos, pela face 
posterior. Com os dedos exploradores, mede-se a 
conjugata exitus; eles sobem, delicadamente, pelas paredes pélvicas, avaliando o 
paralelismo ou a convergência, a posição e o relevo das espinhas ciáticas e, 
posteriormente, das peculiaridades do sacro e sua inclinação, comprimento e 
curvatura. A fase subsequente deve ser a medida da conjugata diagonalis. 
Pelvimetria ultrassonográfica. Aplicação restrita. Possibilita obter, com precisão, 
as medidas da conjugata vera obstétrica e do diâmetro biespinha ciática, além do 
diâmetro biparietal (DBP) do concepto. 
Referências: 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica.Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 
2012. Cadernos de Atenção Básica, n° 32 
 
PARTOGRAMA. Unidade 6 – Obstetrícia, CAPÍTULO 22. Protocolos Clínicos e 
Diretrizes Terapêuticas Maternidade Escola Assis Chateaubriand. 
http://www2.ebserh.gov.br/documents/214336/1109086/Cap%C3%ADtulo-22-
Partograma.pdf/eb7db3e0-e5fe-4969-b457-efc3b3b3e724 
 
Rezende obstetrícia fundamental. Carlos Antonio Barbosa Montenegro; Jorge de 
Rezende Filho. – 13. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 
 
http://www2.ebserh.gov.br/documents/214336/1109086/Cap%C3%ADtulo-22-Partograma.pdf/eb7db3e0-e5fe-4969-b457-efc3b3b3e724
http://www2.ebserh.gov.br/documents/214336/1109086/Cap%C3%ADtulo-22-Partograma.pdf/eb7db3e0-e5fe-4969-b457-efc3b3b3e724

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