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A2 TRIBUTARIO I-convertido

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1 
 
 Disciplina: Direito Tributário I 
Docente: Raphael Cabral Teixeira 
Turma: 1JUR18A A1 ( ) A2 ( x) A3 ( ) A4 ( ) 
Aluno(a): Matrícula: 
Data: Nota da Prova: Nota de Trabalho(s): Nota Final: 
Instruções: 
Prezado(a) aluno(a) a prova é individual e a interpretação faz parte do contexto geral da prova. 
Cada questão discursiva vale 2,0 pontos. 
Cada questão objetiva vale 1,0 ponto. 
Você poderá utilizar até o limite de 15 linhas, para as respostas (tanto das questões discursivas, 
como das questões objetivas). As questões objetivas também precisam apresentar justificativas. 
O aluno deverá postar o arquivo com as respostas até o dia 30/11/2020. 
 
 
QUESTÕES DISCURSIVAS 
 
1) O Estado do Rio de Janeiro publicou, em 19/12/2013, a Lei Estadual nº 5.678, a 
qual introduziu algumas alterações na Lei Estadual nº 1.234, que dispõe sobre a 
cobrança do imposto sobre transmissão causa mortis e doação – ITCMD no 
âmbito daquele Estado. A nova Lei Estadual nº 5.678 passou a vigorar na data da 
sua publicação, conforme expressamente previsto em um dos seus artigos. Dentre 
as alterações introduzidas pelo novo diploma legal, houve (i) o aumento da 
alíquota do imposto; e (ii) a redução da penalidade incidente para o caso de 
atraso no pagamento. Joaquim, dono de vários veículos, doou um veículo a Pedro 
em 02/12/2013, mas, na qualidade de contribuinte, deixou de efetuar o pagamento 
do imposto no prazo legal, que venceu em 17/12/2013, antes do advento da Lei 
Estadual nº 5.678. Posteriormente, em 03/01/2014, Joaquim doou outro veículo a 
Tiago. Tendo em vista o exposto, responda aos itens a seguir. 
a) Joaquim faz jus à penalidade reduzida, introduzida pela Lei Estadual nº 5.678, 
para o pagamento do crédito tributário inadimplido incidente sobre a doação 
efetuada a Pedro? Justifique. 
b) Na doação efetuada a Tiago, incide a alíquota do imposto majorada pela Lei 
Estadual nº 5.678? Justifique. 
A- Joaquim faz jus à penalidade reduzida introduzida pela Lei Estadual n° 5.678, vez que 
mesmo que o prazo de pagamento do imposto devido por Pedro tenha vencido antes da 
data da publicação da Lei. Ademais, o art. 106, II do CTN, dispõe que a lei aplica-se a ato 
ou fato pretérito quando lhe comina punibilidade menos severa que a prevista por lei 
vigente ao tempo de sua prática. 
 
B- Na doação efetuada a Tiago, não incide a alíquota do imposto majorada pela Lei 
Estadual n° 5.678. Segundo art. 150, III da CF, é vetada a cobrança do tributo com a 
alíquota majorada. 
2 
 
 
2) O estado de Pernambuco pretende realizar obras de saneamento básico, contudo 
não dispõe em caixa da totalidade dos recursos necessários para sua realização. 
Diante desse contexto, o Governador foi orientado a editar lei para disciplinar a 
cobrança da futura contribuição, já que a obra irá gerar valorização imobiliária dos 
particulares. Assim, foi editada a lei que instituiu a contribuição de melhoria e 
delimitou como contribuintes da exação todos aqueles que possuíam imóveis 
localizados em áreas urbanas no estado de Pernambuco, próximos ou não ao local 
das obras. Ademais, a referida lei determinou que o custo total da obra deveria ser 
dividido igualmente entre todos os contribuintes para que fosse respeitado o 
princípio da isonomia tributária, por fim, todo o valor arrecadado com a 
contribuição foi destinado à realização da obra de saneamento. Salete, moradora do 
estado de Pernambuco, recebeu, antes mesmo do início da realização da obra, 
notificação para o pagamento da contribuição de melhoria. Ressalte- se que seu 
imóvel está em área não beneficiada pela obra pública. Com base nessas informações, 
comente se é legítima a atuação do estado de Pernambuco. Justifique sua resposta, 
tanto em caso positivo quanto em caso negativo e responda se Salete deverá proceder 
o pagamento dessa exação fiscal? Aponte fundamentos legais que embasam a sua 
resposta. 
 
De acordo com o art. 145, III da CF o estado poderá instituir tributos de contribuição de 
melhoria, decorrente de obras públicas, porém, para que essa cobrança seja válida se faz 
necessário haver relação direta entre a obra e a valorização. Assim, como o imóvel de 
Salete não fica na área beneficiada pela obra, a mesma não deverá proceder o pagamento 
dessa exação fiscal. 
 
3) O Brasil firma um acordo internacional com país vizinho visando assegurar a 
isenção de impostos incidentes sobre um empreendimento de grande importância 
estratégica para os dois países, especificamente da incidência do ICMS. Referido 
acordo internacional tem o seu texto referendado pelo Congresso Nacional e, em 
seguida, é promulgado o Decreto Legislativo nº 100/2019. Após a ratificação do 
acordo, é expedido, pelo Presidente da República, o Decreto nº 2.142/2019, 
completando-se assim o processo de celebração do acordo internacional. Um 
determinado Estado da República Federativa do Brasil, vislumbrando a perda de 
receitas tributárias por força da isenção concedida pelo acordo internacional, decide 
questionar a sua constitucionalidade. Existe inconstitucionalidade? Justifique. 
 
Não existe inconstitucionalidade, vez que segundo art. 84 da CF, compete ao Presidente da 
República celebrar tratados, convenções e atos internacionais, assim o mesmo age como 
representante da República Federativa do Brasil. 
 
Entretanto, há entendimento de que tratados internacionais não podem conceder isenções 
de tributos municipais e estaduais, contudo a doutrina majoritária entende que tratar-se de 
lei de caráter nacional, obrigando a todos os entes da federação. 
 
 
3 
 
4) Certa empresa de produtos químicos recebeu notificação do Município de Volta 
Redonda para que pagasse um imposto por ele instituído no ano de 2013. O fato 
gerador do imposto era o ato de poluir o meio ambiente e a sua base de cálculo era a 
quantidade de lixo produzida. Com base em tais fatos, responda aos itens a seguir. 
a) Pode o fato gerador de um imposto ser o ato de poluir o meio ambiente? 
Justifique. 
b) O Município de Volta Redonda teria competência constitucional para criar um 
novo imposto? Justifique sua resposta. 
 
A-Não, uma vez que o art. 3 da CTN, dispõe que um tributo não pode constituir sanção de 
ato ilícito. 
B-Não, pois o art. 154, I da CF dispõe que somente a união poderá instituir impostos 
residuais. 
 
 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
5) Os Estados costumam apreender mercadorias e não permitir a emissão de notas 
fiscais a quem deve para o Fisco. Examine as assertivas abaixo e assinale a CORRETA. 
Justifique sua resposta, indicando dispositivos legais e jurisprudência pertinentes. 
a) São inconstitucionais os procedimentos referidos, já assim declarados mais de uma vez 
pelo STF. 
b) O procedimento de apreensão é o correto, pois muitas vezes se a fiscalização permitir que 
a mercadoria passe, mesmo com tributo recolhido a menor, poderá ocorrer de o Estado não 
mais conseguir cobrar. 
c) O procedimento de apreensão é incorreto, mas é possível interditar o estabelecimento 
comercial do sujeito em débito com a Fazenda Pública. 
d) Apreender as mercadorias é correto, mas impedir a empresa de emitir notas fiscais ou 
vender produtos não. 
e) Não há incidência de ICMS na circulação de mercadorias. 
 
Justificativa: De acordo com a súmula 323 do STF é inadmissível a apreensão de 
mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos. 
 
6) O município de Cabo Frio instituiu, por lei ordinária, taxa de coleta e remoção de 
lixo para os imóveis urbanos situados em seu território, estabelecendo como base de 
cálculo do tributo a área construída do imóvel, que, multiplicada pelo valor de R$ 2, 
resultaria no valor do tributo devido pelo contribuinte. Acerca dessa situação hipotética 
e dos preceitos constitucionais pertinentes ao poder de tributar, assinale a opção 
correta. Justifique sua resposta, indicando dispositivos legais e jurisprudência pertinentes. 
a) A utilização daárea construída do imóvel como parte da base de cálculo do tributo em 
questão, por também compor a base de cálculo do IPTU, torna inconstitucional 
a instituição do mencionado tributo. 
4 
 
b) A restrição constitucional para que haja identidade da base de cálculo atinge apenas as 
contribuições, e não as taxas, sendo, portanto, constitucional o tributo em questão. 
c) O serviço de coleta e remoção de lixo em questão pode adotar um dos elementos de base 
de cálculo de impostos, desde que não haja identidade completa e o valor pago pelo 
contribuinte seja proporcional ao serviço que lhe é prestado. 
d) A coleta e remoção de lixo é serviço público inespecífico e indivisível, por beneficiar toda 
a coletividade, sendo, portanto, inconstitucional a instituição da referida taxa. 
e) É inconstitucional a taxa que visa remunerar a coleta de lixo domiciliar, por ser um serviço 
indivisível. 
 
Justificativa: Segundo a súmula vinculante 29 do STF é constitucional a adoção, no 
cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de 
determinado imposto, desde que haja integral identidade entre uma base e outra.

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