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São longas, filiformes e afunilam nas extremidades sem ramificação, variando de diâmetro no mesmo músculo, ao nascer toda fibra é vermelha se diferenciando posteriormente: → VERMELHAS: (lentas), maior conteúdo lipídico, menor diâmetro e metabolismo de longa duração. → BRANCAS: (rápidas) maior diâmetro, baixo conteúdo lipídico, metabolismo de curta duração. → INTERMEDIÁRIAS: Misturam as características. Colágeno: Responsável pela dureza do corte cárneo. → ENDOMÍSIO: Malha ou trama contínua que envolve individualmente cada uma das fibras musculares, unindo umas às outras mantendo sua coesão. → PERIMÍSIO: União e confluência do endomísio em camadas maiores envolvendo feixes de fibra muscular. → EPIMÍSIO: Fina e forte membrana envolvendo toda a superfície de cada músculo individualmente. Responsável pela inserção do músculo. Tem grande depósito de gordura e energia, e é responsável pelas características sensoriais. → EXTERNA: Carne possui gordura externa. Ex: Bacon → INTERNA: Carne com gordura envolvendo os órgãos e as vísceras. Ex: Redinha → INTERMUSCULAR: Carne com gordura envolvendo os músculos. Ex: Picanha → INTRAMUSCULAR: Carne entremeada com as fibras musculares. Ex: Boi Japonês Wagyu. Feito por Iara Lima A carne é composta por cerca de 70% a 75% de água. Em animais jovens essa proporção é maior, por outro lado em músculos com maior teor de gordura essa proporção diminui. E 20% a 23% da carne é composta de proteína. → PROTEÍNAS SARCOPLASMÁTICAS: 30% a 35% da proteína total, solúvel de alto valor nutritivo - Mioglobina. → LIPÍDEOS: Existe grande variação no teor de lipídeos presentes na carne bovina, que é influenciada por diversos fatores, como sexo, raça, alimentação do animal, ou corte carneo. → VITAMINAS: A carne apresenta todas as vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), as hidrossolúveis do complexo B (tiamina, riboflavina, nicotinamida, piridoxina, ácido pantotênico, ácido fólico, niacina, cobalamina, e biotina) e um pouco de vitamina C. → MINERAIS: A carne bovina possui todos os tipos de minerais, destacando-se a presença de ferro, fósforo, potássio, sódio, magnésio e zinco. A partir da morte do animal, o músculo experimenta certos processos da natureza: Biofísica e Bioquímica, a ponto de se diferenciar de suas características originais, passando a se considerar carne. Quando o animal morre, os suprimentos de O2 e Glicose cessam. Com a intenção de manutenção da vida e integridade das membranas do núcleo, inicia-se a respiração anaeróbica. → Baixa produção de energia, alta produção de ácido lático, e queda do pH (5,4 - 5,8) → Diminuição das capacidades dos microrganismos deteriorantes, pH abaixo de 6,4. → O músculo na sua contração e relaxamento gasta toda sua energia, e na falta de energia as proteínas da miofibrila se entrelaçam de forma definitiva. → RIGOR MORTIS: Endurecimento da carne (maciez da carne) → Queda do pH, temperatura e falta de oxigênio provocam a perda da manutenção das estruturas das células e enzimas proteolíticas (catepsinas) são liberadas e ativam as calpaínas. → Catepsinas: Origem no lisossomo. São enzimas que atuam sobre as miofibrilas e o tecido conjuntivo (Colágeno) Feito por Iara Lima → μ-calpaínas ou calpaínas do tipo I: inicia-se sua ação cerca de 6 a 8 horas após o abate tem a ativação total (100%) pois necessita de pouca ativação de cálcio para sua ativação. → M-calpaínas ou calpaínas do tipo II: Inicia-se a sua ação em aproximadamente 16 horas após o abate. Requer altos níveis de cálcio e é ativada em cerca de 30% → Calpastatina: inativação de calpaínas. → Quebra das proteínas: Aparecimento de peptídeos anfóteros que aumentam o pH. Quebra da barreira antibacteriana → Aumento da capacidade dos microrganismos deteriorantes pH acima de 6,4 → pH sobe para aproximadamente 7,0 Neste momento em que o pH deixou de proteger a carne esta deve estar resfriada evitando a proliferação de microrganismos. → O resfriamento deve ocorrer logo após a morte do animal, pois a carcaça demora a chegar na temperatura de resfriamento. Feito por Iara Lima