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2ª Avaliação de saúde da Criança

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Campus Caicó
Curso de Graduação em Enfermagem
Disciplina: Enfermagem no Processo Saúde/Doença da Criança e do Adolescente
Data: 14/09/2021 – Turma B
2ª Atividade Avaliativa
Discentes: Isla Mayara e Rosana Medeiros Nota:
Questões
1. Recém-nascido, A.M.S.O, sexo feminino, 6 dias de nascido. Mãe adolescente (18 anos), parto Cesário. O binômio já se encontra na sua residência e irá receber a visita do Agente comunitário de saúde, médico e da enfermeira da Estratégia Saúde da Família nesta manhã. Durante a visita a enfermeira solicitou a caderneta de saúde da criança e observou a seguinte situação: vacinas BCG e hepatite B realizada na maternidade, testes neonatais faltando apenas o teste do pezinho. Genitora e pai mostrando-se com muita insegurança diante daquela nova adaptação, dificuldade para amamentar e já ofertando complemento a noite para o RN. Segue dados antropométricos do RN: Peso ao nascer: 3.300kg, Perímetro Cefálico: 36cm, Comprimento: 51cm.
Diante deste caso e das leituras indicadas, responda o que se pede:
a) Contextualize e discuta a importância da realização da consulta de puericultura realizada pela equipe da estratégia saúde da família. (Atenção, no mínimo 20 linhas). Caso utilize algum artigo, colocar a referência) 
O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança, a puericultura, é de fundamental importância para a manutenção da saúde e prevenção de possíveis surgimentos de doenças e agravos, envolvendo a atuação da família na corresponsabilização do cuidado junto com a equipe de saúde da família, além de ser um dos momentos mais favoráveis para o fortalecimento do vínculo e a troca de informações entre a equipe e a família. Nessas consultas a equipe, junto a caderneta de saúde da criança, avalia o estado geral da criança através da anamnese e exame físico, avalia também o crescimento através das medidas antropométricas, verifica o desenvolvimento neuro, psíquico e motor, confere a situação vacinal e das triagens neonatais, além de verificar como anda a alimentação da criança, dando as orientações devidas a família sobre a importância do aleitamento materno e de uma alimentação rica em nutrientes, além de muitas outras coisas que só os laços criados entre a equipe e a família favorecem. Desta forma, o Ministério da Saúde (2012) preconiza que até os dois anos de idade a criança tenha pelo menos nove consultas: na 1º semana, no 1º mês, no 2º mês, no 4º mês, no 6º mês, no 9º mês e no 12º mês, além de 2 consultas no 2º ano de vida com 18 e 24 meses. No entanto, algumas particularidades devem ser consideradas ao se estabelecer esse calendário de consultas, como no caso exposto acima. Visto que devido a dificuldade na manutenção da amamentação, onde a criança no 6º dia de vida já se encontra fora da amamentação exclusiva, e na adaptação dos pais, além do atraso da realização do teste do pezinho que deve ser realizado de preferência até o 5° dia de vida, se faz necessário um acompanhamento mais frequente para contribuir de maneira positiva no bem-estar da família e na saúde dessa criança. 
b) De acordo com o material da Fiocruz e dos Manuais do Ministério da saúde, o que deve conter tanto de orientações e condutas diante desse caso e da primeira consulta?
Diante do caso, é pertinente orientar aos pais sobre a importância da realização do teste do teste do pezinho até no máximo 30° dia de vida, informando-os sobre as possíveis doenças que podem ser identificadas e prevenidas com o diagnóstico precoce. Sobre a amamentação, deve-se enfatizar a importância da Amamentação Exclusiva (AME) até o 6° mês de vida para o desenvolvimento saudável da criança, tendo em vista que o leite materno possui todos os nutrientes necessários para a nutrição do RN, que trará inúmeras vantagens imunológicas e psicológicas importantes para diminuição da morbidade e mortalidade infantil, além de proporcionar diversos benefícios para a saúde da lactente. Nesse momento,  é importante falar para a mãe, que nos primeiros dias, até o 3° dia após o parto mais especificamente, é normal que a quantidade de leite seja bem pequena visto que esse momento é reservado para a produção do colostro, o primeiro leite produzido quando se começa a amamentar, o qual é o alimento ideal para o recém-nascido, pois é altamente concentrado, repleto de proteínas e rico em nutrientes, por isso, mesmo em pequena quantidade é o suficiente para bebê não sendo necessária a introdução de fórmulas, é importante fazer essa colocação já que o que pode ter levado a mesma a introdução precoce da fórmula pode estar relacionada a preocupação com a pequena produção de leite. Deve-se também promover educação para a mãe sobre as técnicas corretas da amamentação, como as posições corretas para amamentar e a pega correta do bebê, visando facilitar o processo e torná-lo mais confortável para ambos. Se tratando da insegurança dos pais com relação à nova realidade da presença de um bebê, é importante que o profissional oriente-os quanto a necessidade de ajustar seu sistema conjugal, criando um espaço para o filho, além de unir tarefas domésticas, evitando sobrecarregar a mãe que já se encontra com tantas demandas a serem supridas. O bom relacionamento do casal está diretamente associado a um maior apoio do pai à lactação e uma ampla participação dele nos cuidados com a criança, estabelecendo vínculo paterno e servindo de rede de apoio para a mãe.
c) De acordo com as medidas antropométricas, descreva em qual escore se encontra este RN e o que se espera para seu desenvolvimento?
- Perímetro Cefálico ao nascer: encontra-se entre os escores +2 e +1, constando-se nos padrões adequados para o bebê.
- Peso ao nascer: encontra-se entre os escores +2 e +1, também se mantendo nos padrões de normalidade.
- Comprimento ao nascer: encontra-se entre os escores +2 e 0, indicando estar nos padrões normais.
Com relação ao desenvolvimento espera-se que a criança fique em postura de pernas e braços fletidos e cabeça lateralizada; também é esperado que ela já observa um rosto de forma evidente; reaja a algum estímulo sonoro com movimentos nos olhos ou mudança de expressão facial e que ela, ao ser colocada de bruços, levante a cabeça e desencoste o queixo da superfície sem virar para um dos lados.
2. Criança nasceu há dois dias (DN - 12/09/2021) realizou a triagem neonatal para receber alta hospitalar. No teste da orelhinha deu tudo certo com o RN recebendo a autorização. Durante o teste do coraçãozinho foi solicitado que o trouxessem uma hora depois para refazer o exame. Na ocasião a mãe perguntou quais os testes que teriam que ser feitos na criança para que ela pudesse ir para casa “porque toda a família dela já estava em casa esperando para ir vê-la”. Ela também se queixou de não conseguir estar dando de mamar a criança direito e que “iria comprar uma lata de leite para dar e a criança parar de chorar...”. 
Diante de tais relatos, responda:
a) Explique, contextualizando no caso os testes realizados na triagem neonatal. O que pode estar acontecendo com este RN, que testes faltam ser realizados e como orientar essa mãe? 
Os testes realizados na criança durante a triagem neonatal foram a Triagem Auditiva Neonatal (Teste da Orelhinha) e teste para Cardiopatia Congênita Crítica (Teste do Coraçãozinho). O Teste da Orelhinha tem por finalidade a identificação o mais precocemente possível da deficiência auditiva nos neonatos e lactentes. Consiste no teste e reteste, com medidas fisiológicas e eletrofisiológicas da audição, com o objetivo de encaminhá-los para diagnóstico dessa deficiência, e intervenções adequadas à criança e sua família. Já o Teste do Coraçãozinho é feito buscando identificar a presença de cardiopatias congênitas, sendo estas anomalias resultantes de defeitos anatômicos do coração e/ou dos grandes vasos ocasionadas pelo desenvolvimento embriológico alterado, levando a comprometimento da estrutura e/ou da função cardíaca. Esse teste deve ser realizado antes da alta hospitalar (entre 24-28h) de vida do RN, por profissional de saúde integranteda equipe neonatal. 
Outros testes que deveriam ter sido realizados são:
- Triagem Neonatal Biológica (Teste do Pezinho): responsável por identificar precocemente indivíduos com doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas e endocrinológicas. Recomenda-se que o período ideal de coleta da primeira amostra esteja compreendido entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê devido às especificidades das doenças diagnosticadas atualmente, caso não seja feito ainda na maternidade deve ser considerada como uma condição de exceção toda coleta realizada após o 28º dia de vida.
- Teste da linguinha: exame que tem como objetivo diagnosticar e indicar o tratamento precoce das limitações dos movimentos da língua causadas pela língua presa, que podem comprometer as funções de sugar, engolir, mastigar e falar. Deve ser feito o mais precoce possível, no hospital ou na Atenção Primária à Saúde.
- Teste do Reflexo Vermelho (TRV) (Teste do olhinho): exame simples, rápido, indolor e de baixo custo realizado em recém-nascidos e objetiva a detecção precoce de problemas oculares congênitos que comprometem a transparência dos meios oculares e que podem impedir o desenvolvimento visual cortical. O TRV é realizado pelo pediatra na maternidade, antes da alta do recém-nascido. Se não for possível, deve-se realizá-lo o mais breve ainda no primeiro mês de vida. 
De acordo com o caso exposto, foi orientado que a mãe retornasse com a criança após uma hora depois para refazer o exame, provavelmente a medida de saturação (SaO2) apresentou-se em < 95%, sendo considerada positiva, podendo indicar que a criança possui alguma cardiopatia congênita. Nesse momento, também deve-se realizar um exame físico detalhado buscando diagnósticos diferenciais como. Em caso de manutenção de SaO2 solicitar o parecer do cardiologista e ou a realização do ecocardiograma. Além disso, a partir do relato da mãe sobre não está conseguindo amamentar direito, pode ser indicativo de que a criança tem alguma má formação na linguinha que a esteja impedindo de abrir adequadamente a boca para a pega do mamilo. Diante disso, orienta-se a essa mãe que, se possível, realize todos os testes da triagem neonatal que ainda faltam, explicando sobre a importância destes para a prevenção e detecção precoce de alguma patologia, para assim, em casos de resultados positivos, ser feito as recomendações necessárias e encaminhamentos para profissionais especializados.  
b) O que você como profissional deve fazer em relação a amamentação do RN e como orientar a mãe em relação a alimentação do seu filho? Bom desempenho!
Nesse momento, é importante orientar a mãe sobre a importância da amamentação exclusiva até o 6º mês de vida e que ela já contém todos os nutrientes necessários para a manutenção da saúde do bebê, além de trazer inúmeras vantagens imunológicas e psicológicas importantes para diminuição da morbidade e mortalidade infantil, e proporcionar diversos benefícios para a saúde também da mãe, não sendo necessária a introdução precoce de fórmulas para o bebê. Além disso, é importante informar a mãe sobre as dificuldades vivenciadas pela maioria das lactentes nos primeiros dias de amamentação, para que ela entenda que as dificuldades fazem parte desse processo, mas que podem ser superadas. Diante da situação a qual essa mãe se encontra, também se fazem necessárias as orientações sobre as técnicas corretas de amamentação, como sobre as Posições Corretas para Amamentar, que são coluna apoiada, pés no chão, ombros relaxados, braços apoiados, cabeça e tronco do bebê alinhados, cabeça  do bebê no antebraço ou mão da mãe e cabeça do bebê levemente inclinada para trás,  e a forma correta da Pega do Bebê, que consiste em ele abocanhar a maior parte da aréola possível onde para isso é importante que o mamilo seja oferecido ao bebê na altura do nariz dele já que isso irá fazer ele se esforçar mais para abocanhar. Orientações como essas farão com que esse processo seja facilitado e evitará surgimento de outras intercorrências como ingurgitamento mamário e fissuras mamilares. Uma orientação que também deve ser colocada é sobre a pequena quantidade de leite que é produzida nesses primeiros dias. Explicar para a mãe que até o 3° dia após o parto é normal que a quantidade de leite seja bem pequena pois esse momento é reservado para a produção do colostro, o primeiro leite produzido quando se começa a amamentar, o qual é altamente concentrado, repleto de proteínas e rico em nutrientes, por isso, mesmo em pequena quantidade é o suficiente para bebê não sendo necessária a introdução de fórmulas, essa orientação é de suma importância já que muitas mães acabam introduzindo a fórmula nesse momento por acharem que não estão produzindo leite suficiente, o que pode ter sido o caso dela também.
REFERÊNCIAS CONSULTADAS:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Coordenação de Saúde da Criança e Aleitamento Materno. Caderneta da Criança: Passaporte para Cidadania – Menina. 2ª Edição. 2020
Bom desempenho!