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SINDROME NEFRITICA INTRODUÇÃO Síndrome Nefrítica pode ser entendida como sendo o conjunto de sinais e sintomas que surgem quando um indivíduo tem os seus g lomérulos renais envolvidos por um processo inflamatório agudo. Esta “inflamação” dos glomérulos pode ocorrer de forma idiopática, como doença primária dos rins, ou ser secundária a alguma doença sistêmica, como infecções e colagenoses. A síndrome nefrítica clássica, também denominada Glomerulonefrite Difusa Aguda (GNDA), tem como protótipo a Glomerulonefrite Pós- Estreptocócica (GNPE). CAUSAS: VAMOS CARACTERIZAR OS ASPECTOS CLÍNICOS DA SÍNDROME NEFRÍTICA: ➢ Independente da origem, o quadro básico é caracterizado por hematúria (estigma da síndrome), proteinúria subnefrótica (menor que 3,5 g em 24h), oligúria, edema e hipertensão arterial. A redução do débito urinário provoca retenção volêmica, justificando o edema generalizado e a hipertensão arterial. Por vezes, surge também azotemia (retenção de ureia e creatinina), quando há queda significativa na taxa de fitração glomerular (< 40% do normal). ACHADOS CLÍNICOS A hematúria tem origem nos glomérulos comprometidos, sendo o sinal mais característico e mais comum da síndrome nefrítica, devendo ser esperada na imensa maioria das vezes, na forma macro ou microscópica. A hematúria é detectada pelo exame do sedimento urinário. Mas por que a hematúria da Glomerulonefrite Aguda acaba sendo composta por hemácias dismórficas? A hematúria de origem glomerular resulta da migração de hemácias através de “rupturas” ou “fendas” que surgem nas alças capilares dos glomérulos “inflamados” – as hemácias vão d o interior dos glomérulos para o sistema tubular, e se deformam ao passarem por estes poros estreitos. Além do dismorfismo eritrocitário e da presença de cilindros hemáticos, o sedimento urinário da síndrome nefrítica comumente revela piúria (leucocitúria) e cilindros leucocitários, deixando evidente a natureza inflamatória do processo... A eliminação destes cilindros celulares na urina é um indício importante de que a lesão renal se localiza no parênquima renal (glomérulos ou túbulos). No caso dos cilindros hemáticos, a localização da injúria, até se prove o contrário, é glomerular EPIDEMIOLOGIA A epidemiologia da síndrome nefrítica varia de forma considerável de acordo com a glomerulopatia que a causa. De forma geral, a mais prevalente é a glomerulonefrite pós-estreptocócica, predominando na população masculina dos 6 aos 10 anos. Entretanto, a faixa etária mais prevalente depende da doença específica, variando entre a primeira década de vida e após os 50 anos. FISIOPATOLOGIA Várias doenças diferentes podem levar a uma síndrome nefrítica, variando de mutações genéticasa infecções bacterianas. Mesmo com patogênese variável, a lesão glomerular resultante ocorre principalmente por um mecanismo imunomediado, que pode ocorrer por deposição de imunocomplexos circulantes pré-formados, formação de complexos imunes in situ,reações autoimunes anti-MBG ou pauci- imune. Presença de imuno complexo na estrutura mesangial ou seja um acometimento das células mesangiais (clássico de nefropatia de iga ) A origem dos imunocomplexos geralmente surgem a parte de uma quebra da barreira imunológica, essa quebra barreira imunológica fisiológica pode leva uma reação a constituintes normais nosso glomérulo, pode uma reação secundaria a antígenos não renais ou seja não tem nada a ver com o pobre do glomérulo que no fogo cruzado alguém atinge ele ou fatores exógenos classicamente alguns vírus ou bactéria mais uma vez esse glomérulo esta sendo por algum não tem a ver com ele A depender do local de deposição dos complexos imunes, a lesão pode ser subepitelial ou na MBG, havendo uma maior deposição de complexos com carga positiva e de tamanho menor, que desencadeiam uma resposta inflamatória mais branda com um pequeno infiltrado celular, mas com grande alteração na permeabilidade e maior proteinúria; assim como, a lesão pode ser subendotelial, com maior deposição de complexos de carga negativa e maior tamanho, desencadeando uma resposta inflamatória com infiltrado de leucócitos e plaquetas, com liberação hematogênica de mediadores inflamatórios. Após a deposição do imunocomplexo, ocorre a ativação de complemento, com quimiotaxia de células inflamatórias, como neutrófilos, monócitos e linfócitos T, que auxiliam na ativação de macrófagos. Tais células, junto com as mesangiais ativadas, produzem proteazes e agentes oxidantes, citocinas e interleucinas; além de haver a ativação de fatores de coagulação responsáveis pelos depósitos de fibrina. De início, o infiltrado é celular. Posteriormente, há proliferação do endotélio e das células mesangiais em decorrência da liberação de fatores de crescimento no local. Quando tal processo ocorre de maneira suficientemente intensa, pode ocorrer a formação de crescentes, que são estruturas no formato de lua crescente, em resposta à ruptura do endotélio e extravasamento de fibrina e elementos inflamatórios para o espaço de Bowman, onde fibroblastos iniciam a produção de matriz extracelular e a crescente deixa de ser celular e passa a ser fibrosa. Em função do infiltrado inflamatório e da proliferação das células residentes, o fluxo plasmático e a taxa de filtração glomerular caem. Isso se agrava com a liberação de substâncias vasoconstritoras, como leucotrienos, tromboxanos, endotelinas e PDGF, que acabam predominando em relação às vasodilatadoras, como NO e prostaciclinas. Além disso, decorrente dessa queda de filtração há um aumento do volume do líquido extracelular, levando a edema e hipertensão. Também ocorrem hemácias dismórficas (passagem estreita na fenda de filtração), leucócitos e proteinúria subnefrótica (lesão inflamatória na parede do capilar). Fisiopatologia geral Inflamação → citocina liberar → glomerular dano capilar • Poroso membrana basal glomerular → vazamento de proteínas eRBCs(ERITROCITOS) → sedimento nefrítico (todos os componentes do sangue são detectáveis em urinálise) • Proteinuria ( <3,5 g / 24h ): vazamento de proteínas • Hematuria : vazamento de RB Cs(ERITROCITOS) , que se unem e se formamcilindros de glóbulos vermelhos nos túbulos renais • Oliguria: infiltrados inflamatórios reduzem o movimento do fluido através da membrana ( ↓TFG) • Azotemia: a inflamação impede a filtragem e excreção suficiente deureia • Retenção de sal →intravascularexpansão de volume → hipertensão e edema EXTRA: Glomerulonefrite Membranoproliferativa: c caracterizado por deposição de anticorpos entre podócitos e a membrana basal Tipo 1 : subendotelialcomplexo imunológico depósitos Tipo 2 (doença de depósito denso): deposição intramembranosa de complemento C3 Fator nefrítico C3, um IgG autoanticorpoque estabiliza a C3 convertase , ativa continuamente o C3, levando ao seu esgotamento DIAGNOSTICO DE MODO GERAL Legenda : Acantócito: As superfícies celulares irregulares dos acantócitos (orelhas de Mickey Mouse) são o resultado do estresse osmótico dentro dos túbulos Azotemia: é uma alteração bioquímica caracterizada pela presença de altas concentrações de produtos nitrogenados, como ureia, creatinina, ácido úrico e proteínas, no sangue, soro ou plasma, e que podem interferir na taxa de filtração glomerular O BUN : creatinina proporção será > 15 por causa da função tubular está ainda intacta. TRATAMENTO DE MODO GERAL O tratamento na síndrome nefrítica é principalmente de suporte. O tratamento consiste em: • Anti-hipertensivos: Os anti-hipertensivos são administrados em pacientes com pressão arterial elevada, apesar do sal na dieta, restrição de líquidos e diuréticos de alça. Em casos graves, a hipertensão é tratada com inibidores da ECA, ARA e nifedipina. • Diuréticos: diuréticos de alça podem ser administrados para excretar o excesso de sódioe água retidos no corpo. Ajuda a diminuir a retenção de líquidos no corpo. A carga reduzida de fluidos nos rins ajuda a acelerar o processo de cicatrização. • Corticosteróides: ajudam a aliviar a inflamação nos rins e promovem a cura. • Imunomoduladores: drogas imunossupressoras reduzem e bloqueiam os efeitos antigênicos dos agentes desencadeantes. É mais útil para glomerulonefrite rapidamente progressiva. O uso de corticosteroides e imunomoduladores é controverso em certas causas da síndrome nefrítica, incluindo endocardite estafilocócica. Pode agravar a sepse e resultar em aumento da mortalidade. https://www.amboss.com/us/knowledge/Erythrocyte_morphology_and_hemoglobin#Z6d5dd23060ee14d2adae43bbe4dbebd1 https://www.amboss.com/us/knowledge/Diagnostic_evaluation_of_the_kidney_and_urinary_tract#Z9a7c79172fd9e3535fec4d9f9381f3c7 https://www.amboss.com/us/knowledge/Diagnostic_evaluation_of_the_kidney_and_urinary_tract#Z30f7084008940764762f792f7e8aebdd https://www.amboss.com/us/knowledge/Epidemiology#Zac1a340397c158310a4bc829057f1b68 • Antibióticos: Pacientes com GN pós-estreptocócica com evidência de infecção estreptocócica recebem penicilina. A eritromicina é preferida para pacientes alérgicos à penicilina. O tratamento precoce da infecção estreptocócica com antibióticos reduz a gravidade e a incidência de glomerulonefrite. • Diálise: em alguns casos, a doença tem um curso fulminante que leva à insuficiência renal. Nesses casos, é realizada terapia de substituição renal com diálise
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