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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO - UNIFSA PRÓ - REITORIA DE ENSINO COORDENAÇÃO DO CURSO DE NUTRIÇÃO VALOR CALÓRICO TOTAL (VCT) VALOR ENERGÉTICO TOTAL (VET) GASTO ENERGÉTICO TOTAL (GET) NECESSIDADE DE ENERGIA ESTIMADA (EER) Unidade: Kcal/dia Kcal: Unidade de energia mais utilizada em nutrição humana. Quantidade de calor necessário para elevar a temperatura de 1 Kg de água à 1º C. KJ: unidade métrica internacional. 1 Kcal=4,184 KJ Para converter gramas dos nutrientes em Kcal: Fatores de Atwater: HC e Prot → 4 Kcal Lip → 9 Kcal 1. Conceito: Quantidade de calorias, de origem alimentar, necessária durante as 24 horas do dia para a realização do trabalho interno e externo e cobrir as perdas do organismo. Corresponde à necessidade energética diária de um indivíduo, expresso em Kcal (quilocalorias), que varia em função da idade, sexo, peso, altura, estado de saúde, situações fisiológicas como gravidez e lactação, nível de atividade física e número de horas no trabalho. . 2. Componentes Taxa Metabólica Basal, Efeito Térmico da Atividade Física, Termogênese Facultativa, Efeito Térmico do Alimento. 2.1. Taxa Metabólica Basal (TMB) ou Gasto Energético Basal (GEB) Quantidade mínima de energia dispendida para manter os processos corpóreos vitais do organismo (respiração, circulação, metabolismo celular, atividade glandular e conservação da temperatura corpórea). Representa a perda inevitável de calor devido ao metabolismo celular e a manutenção das funções fisiológicas e constitui 60 a 75% do VET de um indivíduo. O metabolismo é influenciado: PERÍODO 1ª UNIDADE UNIDADE NUTRIÇÃO CURSO TÉCNICA DIETÉTICA II DISCIPLINA Me. Liejy Landim PROFESSORA Apostila 05: VET APOSTILA 2 • Tamanho Corporal: superfície corporal. Quanto maior a superfície corporal, maior a taxa metabólica. • Massa Corporal: A massa corporal magra tem maior nível de atividade metabólica do que tecidos menos ativos como adiposo e ósseo. A massa livre de gordura contribui com aproximadamente 80% a variação da taxa metabólica. • Idade e Crescimento: Infância, gestação e lactação. Atividade anabólica → requer maior quantidade calórica. O metabolismo é mais elevado durante os períodos de rápido crescimento. Crianças têm Taxa Metabólica Basal (TMB) mais alta. As necessidades de energia diminuem no decorrer da infância e voltam a aumentar na adolescência. Na idade adulta ocorre declínio na taxa metabólica de 1 a 2% por Kg da massa corporal magra. • Sexo: O metabolismo basal é mais elevado no sexo masculino. As mulheres necessitam de 5 a 10% menos calorias em relação aos homens de mesmo peso e altura. As diferenças são decorrentes das diferenças na massa corporal magra. • Estado Hormonal: Distúrbios endócrinos podem afetar o metabolismo. Hipertireoidismo e hipotireoidismo → ocorrem aumento e redução do gasto energético, respectivamente. Mulheres: ocorre aumento da TMB → na fase lútea do ciclo menstrual (período de ovulação e início da menstruação) e na gravidez. • Febre e Doença: Febre→ em estado febril há aumento de 13% TMB para cada grau de elevação da temperatura corporal acima de 37ºC. Câncer, anemia, insuficiência cardíaca, hipertensão, problemas respiratórios → elevação TMB Desnutrição → ocorre redução da massa corporal magra → diminuição TMB. • Clima: Ocorre elevação da TMB em resposta à diminuição da temperatura como mecanismo compensatório para manter a temperatura corporal. 2.2. Efeito Térmico da Atividade Física (ETA) Corresponde o gasto energético durante exercício físico e esportes. Consiste no componente mais variável do gasto energético. 2.3. Termogênese Facultativa Modificação no gasto energético que decorre de mudanças na temperatura, ingestão de alimentos, estresse emocional. 2.4. Efeito Térmico dos Alimentos (ETA) /Termogênese Induzida pela Dieta (TID)/ Ação Dinâmica e Específica (ADE)/ Efeito Específico do Alimento (EEA) Aumento do gasto energético acima da TMB, em função da energia requerida para as atividades de digestão, absorção, transporte e metabolismo dos nutrientes, assim como para o armazenamento das reservas corpóreas de glicogênio e gordura. 3 3. Métodos Utilizados 3.1 Adultos a) PEDRO ESCUDERO VCI = MB X SC X 24 RT = Kcal/Atividade x Horas de Trabalho Onde: RT = Ração de Trabalho. GASTO CALÓRICO POR HORA, SEGUNDO ATIVIDADE ATIVIDADES Kcal/Hora LEVE MODERADA INTENSA MUITO INTENSA 20 –I 75 75 –I 150 150 –I 300 > 300 VCT = VCI + RT CORREÇÕES A FAZER NO VCT: I) Acrescentar ao VCT: 6 a 8% --- ADE 10% --- PPA II) Acrescentar ou reduzir 10% para o clima. ( - 10% clima quente e + 10% clima frio) III) Acrescentar 250 kcal para CI. Onde: A.D.E = Ação Dinâmica e Específica dos Alimentos P.P.A = Perdas na Preparação e Absorção dos Alimentos C.I = Calorias Indeterminadas VCT Final = VCT + Correções Obs: Quando o P.A não estiver na faixa de normalidade (90 – 110%) VCT Final x PT PA b) COMITÊ ON FOOD AND NUTRITION VET = GB + GA Onde: VCI=Valor Calórico Inicial MB=Metabolismo Basal SC=Superfície Corporal GB=Gasto Basal GA=Gasto com Atividade 4 GASTO BASAL, SEGUNDO O SEXO E IDADE SEXO IDADE (anos) G.B Masculino 50 > 50 1,0 Kcal X PT x 24 h 0,9 Kcal x PT x 24 h Feminino 50 > 50 0,9 Kcal x PT x 24 h 0,8 Kcal x PT x 24 h GASTO COM ATIVIDADE TIPO DE ATIVIDADE % Muito Leve Leve Moderada Intensa Muito Intensa 20 – 29 30 – 39 40 – 49 50 - 59 60 c) SOLMITH: Tipo referência: Adulto, atividade moderada. IDADE (anos) SEXO VET 18 –I 35 35 –I 55 55 –I 65 18 –I 35 35 –I 55 55 –I 65 Masculino 725 + (31 x PT) 650+ (28 x PT) 550 + (33,5 x PT) 525 + (27 x PT) 475 + (24,5 x PT) 400 + (20,5 x PT) Feminino Correção: Em repouso: reduzir 20% Atividade pouco intensa: reduzir 10% Atividade intensa: acrescentar 20- 30% d) FAO/OMS (1973) VET = PT x Kcal/Atividade física ATIVIDADE Kcal/Atividade Masculino Feminino Repouso Leve Moderada Ativa Excepcionalmente Ativa 30 42 46 54 62 27 36 40 47 55 5 e) FAO/OMS (1985) Há duas maneiras de se calcular: 1. VET = TEMB x F.A TEMB = Taxa energética do Metabolismo Basal / FA = Fator Atividade EQUAÇÕES PARA CALCULAR A TAXA DO METABOLISMO BASAL (Kcal/ dia), SEGUNDO IDADE E SEXO. Tabela 1: A partir do Peso Corporal (P) em Kg IDADE (ANOS) SEXO Masculino Feminino 18 – 30 30 – 60 > 60 15,3 P+ 679 11,6 P + 879 13,5 P+ 487 14,7 P + 496 8,7 P + 829 10,5 P + 596 Tabela 2: A partir do Peso Corporal (P) em Kg e Altura (A) em m. Idade (anos) Sexo Masculino Feminino 18 – 30 30 – 60 > 60 15,4. P + 27 A + 717 11,3. P + 16 A + 901 8,8. P + 1.128 A + 1071 13,3. P + 334 A + 35 8,7. P + 255 A + 865 9,2. P + 637 A - 302 FATORATIVIDADE Atividade Leve Moderada Intensa Masculino 1,55 1,78 2,10 Feminino 1,56 1,64 1,82 Obs: paciente acamado: 1,27 2. VET = PT x Kcal/Kg/dia/Atividade Kcal/Kg/Dia IDADE (anos) ATIVIDADE Masculino Feminino 6 18,1 – 30 30,1 – 65 > 65 Leve Moderada Intensa Leve Moderada Intensa Leve Moderada Intensa 42 – 38 49 – 45 57 – 52 42 – 37 49 – 43 57 – 50 29 34 40 39 – 35 42 – 38 45 – 41 41 – 35 43 – 37 47 – 40 30 34 39 f) Segundo NATIONAL RESEARCH COUNCIL (NRC, 1989) VET = TMB X FAM Gasto aproximado de energia, segundo a atividade. Atividade Valor representativo para o fator atividade (FA), por unidade de tempo de atividade Repouso Muito leve Leve Moderada Intensa 1,0 1,5 2,5 5,0 7,0 Obs: Taxa de metabolismo basal calculada de acordo com FAO (1985) Multiplica-se a quantidade de horas que o indivíduo passa em atividade por cada FA correspondente e divide-se por 24 (horas) para encontrar o FAM (fator atividade médio). g) OLIVARES E COLABORADORES: aporte energético segundo atividade física e estado nutricional Avaliação do estado nutricional de acordo com o I.M.C. Aporte energético segundo atividade física (AF) e estado nutricional (EN) VET = PT x Kcal Kcal/dia SEGUNDO AF E EN ESTADO NUTRICIONAL ATIVIDADE FÍSICA Leve Moderada Intensa Obeso Normal Desnutrido 20 – 25 30 35 30 35 45 35 40 45 – 50 Fonte: Olivares et all. Nutrition:Prevencion de Riegos y Tratamento dietético. Santiago, el Acuário, 1989. h) JAIME ESPEJO SOLÁ: Método prático na atividade moderada. 7 Etapas: • Determinar o PT Com esse dado e de acordo com a idade do indivíduo, determinar, diretamente na tabela, o VCT. • Reduzir 20 (em repouso) ou 10% (atividade leve). • Acrescentar de 20 a 30% se a atividade for intensa SEXO PT (Kg) CALORIAS 18 – 35 35 – 55 55 – 75 Masculino 50 55 60 65 70 75 80 85 2.300 2.450 2.600 2.750 2.900 3.050 3.200 3.350 2.050 2.200 2.350 2.500 2.600 2.750 2.900 3.050 1.750 1.850 1.950 2.100 2.200 2.300 2.450 2.550 Feminino 40 45 50 55 58 60 65 70 1.600 1.750 1.900 2.000 2.100 2,150 2.300 2.400 1.450 1.600 1.700 1.800 1.900 1.950 2.050 2.200 1.200 1.300 1.450 1.550 1.600 1.650 1.750 1.850 i) Cálculo do Valor Calórico – ATRAVÉS DE ÍNDICES SEXO IDADE (anos) VET Masculino 17 – 35 35 – 55 55 – 65 750 + 30 x PT 750+ 25 x PT 750 + 20 x PT Feminino 17 – 35 35 – 55 55 – 65 500 + 27 x PT 500 + 23 x PT 500 + 19 x PT - Este cálculo é para indivíduo de 50 Kg - Para cada aumento de 5kg acrescentar 150 cal. - Indivíduo com vida sedentária – reduzir 20% - Indivíduo com vida ativa leve reduzir 10% - Atividade Intensa – acrescentar 20%. j) MÉTODO RDA/89 (Adultos e Adolescentes) - Determinar o tipo de atividade física desenvolvida pelo indivíduo; - Calcular a TMB de acordo com o sexo, a idade e o peso do indivíduo (Tabela 1 FAO/85) 8 - Multiplicar a TMB pelo fator atividade que melhor caracterize o nível de atividade física do indivíduo (ver informações complementares), obtendo-se o gasto energético total (GET) diário: Atividade Fator Atividade (x TMB) Masculino Feminino Muito leve Leve Moderada Pesada Muito Pesada 1,3 1,6 1,7 2,1 2,4 1,3 1,5 1,6 1,9 2,2 k) MÉTODO DOS MÚLTIPLOS DA TAXA METABÓLICA BASAL ou MÉTODO FATORIAL - Calcular a TMB de acordo com o sexo, a idade e o peso do indivíduo (Tabela 1 FAO/85); - Divida o resultado da TMB por 24, obtendo-se assim a TMB/ hora - Faça um registro das atividades diárias, em horas, dividindo o tempo em: Período de sono Trabalho (em pé, sentado, andando) Atividades não ocupacionais (esportes, atividades domésticas) Atividade mínima de manutenção (trocar de roupas, banhar-se, sentar); - Multiplicar o gasto energético bruto de cada atividade registrada pelo tempo (horas). GASTO MÉDIO PARA DIVERSOS NÍVEIS DE ATIVIDADES FÍSICAS GRAU DE ATIVIDADE GASTO MÉDIO Kcal/Kg/h Masculino Feminino Dormindo Basal Muito leve Leve Moderada Pesada 1,0 1,1 1,5 2,9 4,3 8,4 0,9 1,0 1,3 2,6 4,1 8,0 - Dividir o resultado do somatório obtido por 24. Confrontar esse resultado com os valores do quadro a seguir e avaliar em qual classificação de atividade o indivíduo está inserido: VALOR DE REFERÊNCIA PARA ATIVIDADE FÍSICA: SEXO ATIVIDADE FÍSICA Leve Moderada Intensa Masculino Feminino 1,55 1,56 1,80 1,64 2,10 1,82 Organização Mundial da Saúde (1985) Para obter a recomendação da ingestão energética ou o gasto energético total (GET) do indivíduo: Multiplique o gasto energético bruto de cada atividade pelo tempo, em horas, e pela TMB/ hora; Some as quilocalorias correspondentes a cada atividade física. 9 CONCEITO/REQUERIMENTO CALÓRICO POR ATIVIDADES 1. Trabalho Leve. Denomina-se assim a toda ocupação que se executa geralmente em postura sentada, em ambiente fechado e em temperatura moderada. Nesta categoria se incluem alguns trabalhos, tais como, os domésticos, caminhadas para atividades relacionadas com o cotidiano, ficar sentado várias horas, que se realizam de pé (porém requerendo pouco esforço), trabalho de laboratório ou escritório, médico, arquiteto, advogado, contador, músicos, motoristas, garagistas, pintor, golfe, tênis de mesa. ATIVIDADE ESPORTIVA Calorias por hora Intelectual, escritor, leitura em voz alta Cozendo a mão, tricô. Supervisor, escriturária, relojoeiro. Cantando Funcionário, empregado, desenhista Datilografando rapidamente Passando a ferro Lavando louças Varrendo Em exercício físico leve Sapateiro, lavadeira Andando moderadamente 20 30 40 40 50 60 60 70 80 90 90 100 2. Trabalho Moderado. É o que se executa geralmente nos lugares abrigados, porém de pé podem-se acrescentar algumas outras atividades que se realizam ao ar livre, mas que exigem pouco esforço físico. Ginástica aeróbica, corrida, natação, jogar tênis, jardineiro, pescador, estudante, trabalhos com enxada, esquiar, dançar, ciclismo. ATIVIDADE ESPORTIVA Calorias por hora Professor, orador, porteiro, fiscal, guarda-noturno, vigilante Ascensorista Mecânico de precisão Eletricista, funcionário interno dos correios Médico em atividade normal Encadernadores Balconista Carpinteiro, impressor Metalúrgico, condutor de transvias ou ônibus, em exercício físico ou ativo. 110 120 130 130 170 150 150 180 200 3. Trabalho Intenso. É o que se realiza com intensidade e geralmente ao ar livre. Caminhar carregando peso ou ladeira acima, trabalho em mineração, basquete, futebol, atletismo, remo, ginástica, pular corda, soldados ou recrutas do exército na ativa. ATIVIDADE ESPORTIVA Calorias por hora 10 Sentinela Peão (não de campo), ferrador, entregador a domicílio. Trabalhador braçal, vaqueiro Lixeiro, jardineiro Vendedor ambulante, motorista Pedreiro, calceteiro, caminhoneiro Britador de pedra, marmorista, mensageiro. 250 250 250 260 260 280 300 4. Trabalho muito intenso. É o que se cumpre sob intempéries, com muito desgaste físico, e também daqueles que se executam em ambientes quentes. ATIVIDADE ESPORTIVA Calorias por hora Em exercício físico pesado, mecânico, ferreiro, esgrimista. Serrando madeira Nadador, forneiro, maquinista, foguista Lenhador, posseiro Corrida intensa, soldado em campanha, domador. Estivador, escalador de montanha Em exercício físico ou esporte muito intenso. 320 330 350 350 400 400 430 ATIVIDADES ESPORTIVASE TAXAS DE CALORIAS/HORA ATIVIDADE ESPORTIVA TAXA KCAL/HORA Corrida à pé Velocidade Maratona Lançamento Salto Ginástica Sueca Ginástica paralela Ciclismo em pista Ciclismo atrás do treinado (com mato) Ciclismo na estrada Ciclismo na estrada com vento pela frente Natação velocidade Natação fundo Remo Esqui velocidade Alpinismo Patinação artística Tênis individual Tênis em dupla Luta Boxe Halterofilismo 500 700 460 400 260 710 220 350 360 600 700 450 500 960 600 600 800 350 900 600 450 11 DESPORTOS EM EQUIPE TAXA Kcal/HORA Baseball Basquete Futebol de campo Futebol de salão Voleiboll 400 600 600 400 500 l) NECESSIDADE ESTIMADA DE ENERGIA (NEE ou EER) = GET, a partir de 19 anos (IOM, 2002 e 2005) IOM, 2002: Para peso adequado (IMC 18,5 – 25 Kg/m² adulto; 22 – 27 25 Kg/m², idoso). “É a ingestão média da energia dietética para manter o balanço energético em um adulto saudável de idade, sexo, peso e estatura definidos e grau de atividade física compatível com boa saúde.” NEE (♂) = 662 – 9,53 x idade (anos) + CAF x (15,91 x peso [kg] + 539, 6 x estatura [m]) NEE (♀) = 354 – 6,91 x idade (anos) + CAF x (9,36 x peso [kg] + 726 x estatura [m] ) Onde: CAF= Coeficiente de Atividade Física (NAF = Nível de Atividade Física) COEFICIENTE DE ATIVIDADE FÍSICA DE ACORDO COM O SEXO E TIPO DE ATIVIDADE SEXO ATIVIDADE FÍSICA Sedentário Pouco Ativo Ativo Muito ativo Masculino 1,0 1,11 1,25 1,48 Feminino 1,0 1,12 1,27 1,45 Observação: IMC sobrepeso ou obesidade NEE (♂) = 1086 – 10,1 x idade (anos) + AF x (13,7 x peso [kg] + 416 x estatura [m]) NEE (♀) = 448 – 7,95 x idade (anos) + AF x (11,4 x peso [kg] + 619 x estatura [m] ) IOM, 2005: GÊNERO EQUAÇÃO DO GEB GEB Homem eutrófico GEB(kcal/dia) = 204 – (4 x idade [a]) + (450,5 x estatura [m]) + (11,69x peso [kg]) GEB Homem eutrófico, com sobrepeso e obeso GEB(kcal/dia) = 293 – (3,8 x idade [a]) + (456,4 x estatura [m]) + (10,12 x peso [kg]) GEB Mulher eutrófica GEB(kcal/dia) = 255 – (2,35 x idade [a]) + (401,5 x estatura [m]) + (9,39 x peso [kg]) GEB Mulher eutrófica, com sobrepesa e obesa GEB(kcal/dia) = 247 – (2,67 x idade [a]) + (401,5 x estatura [m]) + (8,60 x peso [kg]) 12 m) Formula de Bolso (Martins & Cardoso, 2000) Necessidade energética total estimada por recomendação de energia por quilo de peso corporal segundo o objetivo da intervenção nutricional. VET = Kcal/Kg de peso/dia Necessidade energética total estimada por recomendação de energia por quilo de peso corporal segundo o objetivo da intervenção nutricional para indivíduos em condição de catabolismo. VET = Kcal/Kg de peso/dia Necessidade energética total estimada por recomendação de energia por quilo de peso corporal segundo o objetivo da intervenção nutricional para pacientes com obesidade mórbida. o) Fórmula de Shoelfield (1985): VET = GEB + FA GÊNERO E IDADE (ANOS) EQUAÇÃO DO GEB MASCULINO 18-30 (0,063x P + 2,896) x 239 30-60 (0,048x P + 3,653) x 239 FEMININO 18-30 (0,062 x P + 2,036) x 239 30-60 (0,034 x P + 3,538) x 239 Atenção: subestima em 10% Opção: Cálculo do fator atividade específico de acordo com as atividades diárias desempenhadas pelo indivíduo. p) FAO/1989 13 GET = (TMR * NAF) + 10 % (ETA) *ETA: Efeito Térmico da Atividade Física VALOR DE REFERÊNCIA PARA ATIVIDADE FÍSICA • Sedentários = 1,2 • Pouco ativos = 1,5 • Ativos = 1,8 • Muito ativos = 2,1 REFERÊNCIA: Dietary Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein, and Amino Acids (Macronutrients). (Chapter 5). 2002 q) Calculo para determinação do fator atividade: • O cálculo do FA deve ser feito por meio de detalhamento das atividades diárias da pessoa. • Atividades que mais ocupam os dias da maioria das pessoas: dormir; sentar (trabalhar, estudar ou assistir TV); de pé; andando de um lado para o outro. • Outras atividades: exercícios físicos; se não forem praticadas diariamente devem ser: calculadas em fração de horas diária. LISTA DO FATOR ATIVIDADE POR ATIVIDADE 14 • Ex.: Individuo do sexo masculino 45 anos, peso: 79Kg, Estatura: 180cm, Horas de sono: 8h, Sentado trabalhando: 9h, Sentado vendo TV: 3h, de pé: 1h, andando de um lado para o outro: 1h, caminhada rápida: 1h todos os dias, Futebol (técnico): 3 h por semana. Futebol: 3h/7dias = 0,42h/dia 15 Calculo: 8+9+3+1+1+1+ 0,42= 23,42 – 24h = 0,58 faltando (acrescentar no sentado vendo TV por exemplo) Total: 23,42 + 0,58 = 24 Calculo da GET • Cálculo do Fator Atividade (FA) por atividade desempenhada (exemplo anterior): • Utilizar lista de atividades (acima); Calculando: 8x 1,0 + 9 x 1,5 + 3,58 x 1,2 + 1,0 x 1,6+ 1x 2,5+ 1 x 3,5(média) + 0,42 x 4,0 / 24h FA = 35,08/24h = 1,46 Utilizar o resultado no cálculo de VET ou GEB. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Correção para a idade - para os métodos que não consideram a idade, deve-se fazer o reajuste para a idade: 13 – 15 anos - acrescentar 13% sobre o VCT; 16 – 19 anos - acrescentar 5% sobre VCT; 40 – 49 anos - reduzir 5% do VCT 50 – 59 anos - reduzir 10% do VCT 60 – 69 anos - reduzir 20% do VCT > 70 anos - reduzir 30% do VCT A quilocaloria é a unidade de energia mais utilizada nos estudos de nutrição humana; O joule é uma unidade métrica internacional de energia; Para Converter quilocalorias em quilojoules utiliza-se o fator 4,184 (1 Kcal=4,184 KJ); Para converter gramas dos nutrientes para Kcal utilizam-se os fatores de Atwater, que são 4/Kcal para carboidratos e proteínas e 9 Kcal para os lipídeos. Formulas para Cálculo do VET em Adolescentes 1. FÓRMULA PRECONIZADAS PELA FAO/OMS, 1985: Esta fórmula deve ser utilizada para indivíduos sadios ou em acompanhamento ambulatorial com doenças leves. Fórmula: GET = TMB x FA Onde a TMB será: Idade (anos) Masculino Feminino 10 – 18 16,6 P(Kg) + 77 A (m)+ 572 7,4 P (Kg) + 482 A(m)+ 217 Legenda: P = peso (Kg) A = altura (m) E o fator atividade (FA), será: 16 Atenção: Se o paciente for sedentário, multiplicar a TMB por 1,2 para o cálculo do GET. 2. RDA/89: (mesmo procedimento do adulto) 3. Método Shoelfield (1985): Atenção: subestima em 10% Calculo do fator atividade específico de acordo com as atividades diárias desempenhadas pelo indivíduo. 4. FAO (1989): GET = (TMR * NAF) + 10 % (ETA) *ETA: Efeito Térmico da Atividade Física VALOR DE REFERÊNCIA PARA ATIVIDADE FÍSICA • Sedentários = 1,2 • Pouco ativos = 1,5 • Ativos = 1,8 • Muito ativos = 2,1 REFERÊNCIA: Dietary Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein, and Amino Acids (Macronutrients). (Chapter 5). 2002 5. IOM (2005): 17 Necessidade Energética Estimada para o adolescente. (IOM, 2005) Meninos (Eutrófico) EER = 88,5 – (61,9 x idade em anos) + atividade física x (26,7 x peso em Kg + 903 x altura em m) + 25kcal para deposição energética para o crescimento) Atividade física será: 1,0 se o * FAF for estimado de ≥ 1,0 a < 1,4 (sedentário) 1,3 se o * FAF for estimado de ≥ 1,4 a < 1,6 (pouco ativo) 1,26 se o * FAF for estimado de ≥ 1,6 a < 1,9 (ativo) 1,42 se o * FAF for estimado de ≥ 1,9 a < 2,5 (muito ativo) Necessidade Energética Estimada para o adolescente. (IOM, 2005) Meninos (Excesso de peso) EER = 114 – (50,9 x idade em anos) + atividade física x (19,5 x peso em Kg + 1161,4 x altura em m) + 25 kcal para deposição energética para o crescimento Atividade física será: 1,0 se o * FAF for estimado de ≥ 1,0 a < 1,4 (sedentário) 1,2 se o * FAF for estimado de ≥ 1,4 a < 1,6 (pouco ativo) 1,24 se o * FAF for estimado de ≥ 1,6 a < 1,9 (ativo) 1,45 seo * FAF for estimado de ≥ 1,9 a < 2,5 (muito ativo) Necessidade Energética Estimada para o adolescente. (IOM, 2005) Meninas (Eutrófica) EER = 135,3 – (30,8 x idade em anos) + atividade física x (10 x peso em Kg + 934 x altura em m) + 25kcal para deposição energética para o crescimento) Atividade física será: 1,0 se o * FAF for estimado de ≥ 1,0 a < 1,4 (sedentário) 1,16 se o * FAF for estimado de ≥ 1,4 a < 1,6 (pouco ativo) 1,31 se o * FAF for estimado de ≥ 1,6 a < 1,9 (ativo) 1,56 se o * FAF for estimado de ≥ 1,9 a < 2,5 (muito ativo) Necessidade Energética Estimada para o adolescente. (IOM, 2005) Meninas (Excesso de peso) EER = 389 – (41,2 x idade em anos) + atividade física x (15 x peso em Kg + 701,6 x altura em m) + 25 kcal para deposição energética para o crescimento Atividade física será: 1,0 se o * FAF for estimado de ≥ 1,0 a < 1,4 (sedentário) 1,18 se o * FAF for estimado de ≥ 1,4 a < 1,6 (pouco ativo) 1,35 se o * FAF for estimado de ≥ 1,6 a < 1,9 (ativo) 1,60 se o * FAF for estimado de ≥ 1,9 a < 2,5 (muito ativo) O Cálculo do VET para adolescentes, poderá ser realizado por meio da utilização de fórmulas para adulto que não consideram a Idade na referida fórmula, devendo no entanto, ao final do cálculo ser realizada a correção: Correção para a idade - para os métodos que não consideram a idade, deve-se fazer o reajuste para a idade: 13 – 15 anos - acrescentar 13% sobre o VCT; 16 – 19 anos - acrescentar 5% sobre VCT; 18 ATENÇÃO: • As fórmulas superestimam o valor energético de 7% a 17% (Estudo de Wahrlich & Anjos , 2001) – quando compararam com a TMB determinado por calorimetria indireta. • Resultados devem ser interpretados com cautela – limitações das fórmulas. • Trabalhar com mais de uma fórmula – estipulando margens e adequado a cada situação encontrada. • Sempre fazer comparações do GET com os resultados da anamnese alimentar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA FUNDAÇÃO (FIBGE). Necessidades humanas de energia. Um manual para planejadores e nutricionistas. Rio de Janeiro-RJ. 1994. FAO. WHO. ONU. Necessidades de energía y proteínas. Ginebra, 1985. (Série de Informes Técnicos, 522). FAUSTO, M.A. Planejamento de dietas e da alimentação. Rio de Janeiro: REINTER, 2003. Food and Nutrition Board, National Research Council, National Academy of Sciences. Recommended Dietary Allowances, 10a ed. Washingtoon, DC: National Academy Press, 19 FISBERG, R.M.; SLATER, B.; MARCHIONI, D.M.L.; MARTINI, L.A. Inquéritos alimentares. Métodos e bases científicos. São Paulo:Manole, 2005. KRAUSE, M. V. MAHAN, L. K. ESCOTT-STUMP, S. Alimentos, nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Elservier, 2010. MENDONÇA, R.T. Nutrição: um guia completo de alimentação, práticas de higiene, cardápios, doenças, dietas, gestão. 1 ed.São Paulo: Editora Riedeel, 2010. OLIVEIRA, J. E. Dutra. MARCHINI S. 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