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ESTUDO DE CASO PICS C.L.M., 52 anos de idade, casada, com três filhos (o mais novo tem 12 anos de idade e reside com a mãe), trabalha como diarista 6 dias na semana. É tabagista e fuma pelo menos uma carteira de cigarro por dia, desde os 17 anos de idade. Ela mora no mesmo bairro há 30 anos e faz seu acompanhamento na Unidade Básica de Saúde (UBS) local. Nos últimos 6 meses, C.L.M. procurou a UBS e a unidade de pronto atendimento (UPA) oito vezes, com os mesmos sintomas: dor/aperto no peito, irritabilidade, ansiedade e insônia. C.L.M. realizou eletrocardiograma na última ida à UPA, sem alterações patológicas e com ritmo sinusal. No bairro há uma clínica de PICS, cujo proprietário e profissional assistencial é um enfermeiro. Essa clínica anunciou nas redes sociais que está com 40% de desconto nos atendimentos, por ser o mês de aniversário da instituição. Ao ter conhecimento do desconto, C.L.M. decidiu realizar um atendimento. Durante a consulta de enfermagem na clínica de PICS, a paciente refere os mesmos sintomas: dor/aperto no peito, irritabilidade, ansiedade e insônia. Na aferição dos sinais vitais, têm-se os seguintes parâmetros: pressão arterial (PA) de 160x090mmHg e frequência cardíaca (FC) de 110bpm. Em seguida, o enfermeiro inicia o histórico da usuária de modo a compreender seu processo saúde– doença e elabora estratégias de cuidado que respondam à multidimensionalidade do ser humano por meio das PICS. 1. Quanto ao exposto no estudo de caso, quais são os potenciais riscos para a saúde física e mental de C.L.M.? Por se tratar de uma pessoa com diversos fatores de riscos para a sua saúde devido seus hábitos diários e condições de vida, a probabilidade de desenvolver patologias é grande. A grande carga horária de trabalho, onde o mesmo requer esforço físico, o tabagismo a longa data e até mesmo as diversas funções que necessita realizar em casa pode desencadear quadros de ansiedade e depressão, doenças cardíacas, pulmonares, e até mesmo doenças mais graves. 2. Em relação à alteração da PA e FC que a paciente do estudo de caso apresenta no momento e as queixas referidas, quais intervenções são necessárias no momento e no transcorrer dos dias? Deve-se avaliar a paciente e agendar a uma consulta médica, para investigar sinais e sintomas. Tratá-la, de acordo com os fatores que estão desencadeando tais quadros de hipertensão e taquicardia. Neste caso, ao que tudo indica, a cliente vem apresentando quadros de irritabilidade e ansiedade devido seus hábitos e condições de vida (trabalho exaustivo, afazeres domésticos, excesso de fumo diário), então, devemos intervir de forma acolhedora, analisando o contexto em que a mesma está inserida e tentar auxiliá-la de uma forma ampla, atendendo todas as suas necessidades. A utilização do uso das PICs neste caso, seria fundamental, pois trata-se de métodos não farmacológicos que podem ser utilizados a longa data. Conforme relatado na consulta de enfermagem, poderíamos utilizar técnicas de aromaterapia e auriculoterapia, onde ambas são benéficas para as queixas da cliente e de grande valia no auxílio para quem deseja parar de fumar, o que pode ser proposto a paciente. 3. Como pode ser feito o acompanhamento e a avaliação da evolução da situação descrita no estudo de caso? É importante orientar a paciente que, por se tratar se técnicas não farmacológicas e não invasivas, o resultado obtém-se com o tempo, ou seja, é de suma importância que ela continue vindo as sessões e se auto monitorando para ver se está obtendo resultados com as determinadas práticas. Visitas domiciliares por ACS também é importante, visto que, a paciente trabalha 6 dias da semana, estão muitas vezes seu tempo será curto e não terá oportunidade de vir a UBS em horário de funcionamento. Acompanhar os sinais vitais durante 1 semana, para descartar quaisquer possibilidades de patologias cardiológicas, como por exemplo, hipertensão arterial. Encorajá-la a parar de fumar, explicando sobre os malefícios.