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OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 1 OPTOMETRIA PEDIÁTRICA OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 2 SUMARIO 1 EMBRIOLOGIA DO OLHO 3 2 FATORES TERATOGÊNICOS, GENÉTICOS, ANORMALIDADES OCULARES E ENCEFALO: 6 3 DESENVOLVIMENTO DOS COMPONENTES ÓPTICOS DO OLHO 7 4 . DESENVOLVIMENTO NORMAL DA VIA VISUAL 9 5 DESENVOLVIMENTO DA VISÃO MONOCULAR, FUNÇÃO OCULOMOTORA E VISÃO BINOCULAR 11 6 PERÍODOS CRÍTICO E PLÁSTICO E BASES DA AMBLIOPIA 14 7 HISTORIA CLINICA 8 DEFEITOS REFRATIVOS NAS CRIANÇAS E PROCESSO DE EMETROPIZAÇÃO 16 9 DEFEITOS REFRATIVOS NAS CRIANÇAS E PROCESSO DE EMETROPIZAÇÃ 19 10 BLIBIOGRAFIA 22 OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 3 1. EMBRIOLOGIA DO OLHO: 1.1 Fase da vesícula óptica: O primeiro estágio embrionário, no qual a estrutura ocular pode ser diferenciada do restante do feto, é a fase da placa embrionária. A posição dos olhos é indicada por áreas achatadas em ambos os lados da extremidade anterior da goteira neural. As bordas da goteira neural (estagio de 2,5 mm ou 2 semanas) se espessam formando as pregas neurais. Estas se unem pelas extremidades livres para formar o tubo neural que penetra no mesoderma subjacente e se separa do ectodermo superficial. Antes de a extremidade anterior do tubo neural estar completamente fechada, botões do ectoderma neural crescem em direção do ectoderma superficial, de ambos os lados, para formar as vesículas ópticas (estagio de 4 mm ou 3 semanas). Estas vesículas estão ligadas ao prosencéfalo pelos pedículos ópticos. No estágio de 4 mm, um espessamento do ectodermo superficial, a placa cristaliniana, começa a se formar, justamente no ponto correspondente às vesículas ópticas. 1.2 Fase do cálice óptico: A vesícula óptica invagina-se para produzir o cálice óptico, de tal forma que sua parede externa se aproxima da parede interna original. A invaginação da superfície inferior do pedículo óptico e das vesículas ópticas ocorre simultaneamente, criando um sulco conhecido como fissura coroidal (fetal). Ao mesmo tempo, a placa cristaliniana também se invagina para formar uma taça e depois uma esfera oca, conhecida como vesícula cristaliniana. As 4 semanas, a vesícula cristaliniana se separa completamente da superfície ectodérmica ficando livre na borda do cálice óptico. A fissura coroidal permite a entrada no pedículo óptico do mesoderma vascular que formará, posteriormente, o sistema hialóide. Quando a invaginação se completa, a fissura coroidal se estreita até ficar completamente fechada (estagio de 13 mm ou 6 semanas), deixando uma pequena abertura permanente na extremidade anterior do pedículo óptico, através da qual passa a artéria hialóide até o estádio de 100 mm (4 meses), e a artéria e veia centrais retinianas cristalinianas. Neste ponto, a estrutura geral fundamental do olho está determinada. O desenvolvimento posterior consiste na diferenciação em estruturas individuais. Em geral, essa diferenciação ocorre, relativamente, com maior rapidez no segmento posterior que no anterior no início da gestação, e mais rapidamente no segmento anterior no fim da gestação. 1.3 ORIGENS EMBRIONÁRIAS DAS ESTRUTURAS INDIVIDUAIS DO OLHO Ectoderma Superficial: Cristalino, epitélio da córnea, conjuntiva, glândula lacrimal e vias excretoras; vítreo (o mesoderma também contribui para o vítreo). Ectoderma Neural: Vítreo, retina, epitélio da íris, corpo ciliar e retina, esfíncter pupilar e dilatador da pupila, nervo óptico. Mesoderma:Esclerótica, estroma da córnea, conjuntiva, íris, corpo ciliar, coróide, músculos extra-oculares, pálpebras (exceto epitélio e conjuntiva), sistema hialóide (desaparece com o nascimento), bainhas do nervo óptico, tecido conectivo e vascularização do olho, ossos da órbita e vítreo. OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 4 1.4 Seqüência do tempo de desenvolvimento embrionário: Segmento anterior, Médio y Posterior. 1.4.1 Segmento Anterior: O segmento anterior do olho esta constituído por: córnea, câmara anterior, Íris e cristalino. Durante o desenvolvimento ocorrem três acontecimentos importantes: a. Invaginação do neuroectodermo para formar a vesícula óptica no cálice óptico (se completa na 6 semana). Este tecido se converte em retina por detrás e no epitélio do corpo ciliar e íris por diante. b. Invaginação do ectodermo superficial para formar a vesícula do cristalino (se completa na quarta semana). c. Migração do mesénquima derivado da cresta neural do cálice óptico formando 4 áreas: Imediatamente embaixo do ectodermo: começa o desenvolvimento a córnea (5 semana) Diante do cristalino, tem desenvolvimento na membrana da pupila, depois se converte em estroma anterior do íris (7 semana). Ao redor do cálice óptico para formar a estroma profundo do íris, corpo ciliar, coróides e esclera. (2-5 meses) No angulo da câmara anterior para formar a malha trabecular e o condutor de Schlemm (7-8 semanas) ESTRUCTURA SEMANA DESENVOLVIMENTO CORNEA 5 7 8 12 16 A vesícula do cristalino induz o ectodermo superficial para formar o epitélio de duas capas: Uma membrana basal e o estroma primário. Endotélio corneal Maior desenvolvimento Estroma acelular Membrana de Descement, secretadas por o Endotélio. Membrana de Bowman CRISTALINO 4 5 7 8 Placota do cristalino: Inicia-se desenvolvimento (dia 28) da gestação. Depois da Formação Placota do cristalino, forma-se a Vesícula do cristalino. Obliteração da cavidade da vesícula por células posteriores. Aparecem as zónulas. 1.4.2 Segmento medio: Vítreo a.Primeira fase (Vítreo primário, 3 a 6 semanas). As fibrilas crescem da camada interna da vesícula óptica para se unirem a elementos da vesícula cristaliniana, as quais junto com algumas fibrilas mesodérmicas associadas à artéria hialóide formam o vítreo primário. OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 5 Esta fase termina quando a cápsula do cristalino aparece, impedindo daí por diante sua participação na formação do vítreo. O vítreo primário não se atrofia, e finalmente se aloja atrás do pólo posterior do cristalino, como canal hialóideo. b.Segunda fase (Vítreo secundário, 3 a 10 semanas). As fibras de Muller da retina tornam-se contínuas com as fibras do vítreo, de tal forma que o vítreo secundário é principalmente derivado da retina ectodérmica. O sistema hialóide desenvolve um conjunto de vasos no vítreo, bem como vasos na superfície da cápsula cristaliniana (túnica vascular lentis). O sistema hialóide atinge o máximo de desenvolvimento aos 40 mm e depois se atrofia da parte posterior para a anterior. c.Terceira fase (Vítreo terciário, 10 semanas). Durante o terceiro mês o feixe marginal de Drualt está se formando. Este consiste em condensações fibrilares do vítreo que se estendem ao futuro epitélio ciliar, do cálice óptico ao equador cristalino. As condensações formam então os ligamentos suspensórios do cristalino, que estão bem desenvolvidos no estádio de 100 mm ou 4 meses. O sistema hialóide se atrofia completamente durante este estádio. 1.4.3 Segmento Posterior: Retina e Nervo óptico ESTRUTURA SEMANA/MÊS DESENVOLVIMENTO RETINA 5 semana 6 semana 8 mes Formação zona marginal, Membrana Limitante externa, Membrana Limitante Interna. Camada Neuroblástica Maior desenvolvimento da retina exceto área macular na qual começa o desenvolvimento depois do nascimento. NERVO ÓPTICO E RETINA 1 mês 2 mês 3 mês 4 mês 5 mês 6 mês 7 mês 8 mês Pedículo óptico: Futuro nervo óptico Os axonios das células ganglionares da camada interna da vesícula rodeiam os vasos hialóideos deixando entre eles uma área de células glias da camada interna: chamada PAPILA DE BERGMEISTER Desenvolvimento aPia madre continua-se com a coróide Começa a formação da Lamina Crivosa Vascularização do nervo óptico Formação anel escleral Formação Dura madre e continuação com a esclera Formação de aracnóides Inicia-se a mielinização Formação Escavação Fisiológica, parede interna da retina forma a retina sensorial e a externa: Epitélio pigmentário. OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 6 2.FATORES TERATOGÊNICOS, GENÉTICOS, ANORMALIDADES OCULARES E ENCEFALO 2.1 Fatores teratogênicos e Genéticos: Denominam-se Teratógenos aqueles agentes que podem induzir ou aumentar a incidência das malformações congênitas. O desenvolvimento do feto durante o período de gestação poder alterar-se por: FATORES INTERNOS Alterações genéticas / alterações cromossômicas. FATORES EXTERNOS Fatores ambientais: Radiações, calor. Outros: sustâncias tóxicas, vírus. Alterações genéticas: podem afetar um gen. (malformações congênitas de origem genético) Também podem afetar a vários genes (malformações congênitas poligênicas) afetar aos cromossomas (malformações congênitas de origem cromossômico). As anomalias são resultados do processo de mutação por mudanças na seqüência de bases do ADN. Causas de alterações cromossômicas: Correlação entre a idade da mãe no momento da concepção e aparição das anomalias cromossômicas, irradiação, sustâncias químicas, vírus. Causas de alterações por fatores ambientais: a. agentes de tipo físico, como as radiações alfa, beta, gama, X, ultravioleta. Produzem rupturas / lesões cromossômicas. b. agentes de tipo químico, como fumo do cigarro, drogas. c. agentes de tipo biológico, como vírus que afetam o material genético da célula na qual parasita. d. agentes nutricionais e metabólicos. e. reações de auto-imunidade. f. fatores associados à idade materna. Os fármacos reconhecidos como causadores de defeitos congênitos quando são tomados durante a gravidez incluem o álcool, a fenitoína, os fármacos que contrariam as ações do ácido fólico (como o triamtereno ou o trimetropina), o lítio, a estreptomicina, a tetraciclina e a var farina. Infecções que podem provocar defeitos congênitos compreendem o herpes simples, a hepatite viral, a gripe, a parotidite, a rubéola, a varicela, a sífilis, a toxoplasmose e infecções por citomegalovírus. OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 7 O efeito mais evidente do tabagismo sobre o recém-nascido durante a gravidez é a redução do seu peso a nascer. As grávidas fumadoras também têm mais probabilidades de ter complicações com a placenta, ruptura prematura de membranas, parto antecipado (pré-termo) e infecções uterinas. O consumo de álcool durante a gravidez é a principal causa conhecida de anomalias congênitas. A síndrome alcoólica fetal, uma das principais conseqüências por se beber durante a gravidez, aparece em cerca de 2 de cada 1000 recém-nascidos vivos. Esta doença inclui o atraso do crescimento antes ou depois do parto, anomalias faciais, cabeça pequena (microcefalia), provavelmente causada por um crescimento escasso do cérebro, e um desenvolvimento anormal do comportamento. A síndrome alcoólica fetal é a principal causa do atraso mental. 2.2 Algumas anormalidades do olho e encéfalo a nível congênito: Os defeitos congênitos das estruturas oculares e encéfalo são descritos em dois tópicos principais: 1 anomalias de desenvolvimento ou displasias de origem embrionárias 2 reações de tecidos a inflamações intra-uterinas nos últimos meses de gestação. Exemplos a nível ocular do primeiro tipo são os colobomas, tumores dermóides, anoftalmos e microftalmos. À segunda categoria pertencem certas lesões de coriorretinites similares àquelas vistas na vida pós-natal e algumas formas de cataratas. ALTERAÇOES POR AGENTES INFECCIOSOS DEFEITO CONGÊNITO Rubéola Microcefalia e catarata. Toxoplasma Microcefalia, microftalmia e alterações da retina. Citomegalovírus Microcefalia e microftalmia Herpes simples Microcefalia e catarata Varicela Hidrocefalia e catarata HIV Microcefalia 3. DESENVOLVIMENTO DOS COMPONENTES ÓPTICOS DO OLHO 3.1 Diferenciação anatômica entre um recém nascido e uma criança prematura Longitude axial 16-17mm 15 mm Córnea 51 Di 53 Di Cristalino 34.4 Di 37 Di Retina Imaturidade Imaturidade Células corticais Começam o contacto com terminações nervosas dos ambos os olhos. Organiza em colunas verticais. Termina proceso a os 6 meses de idade. Mielinização 2-4 mês Idade corrigida Refração Hipermetropia Hipermetropia, Miopia Acuidade Visual 20/800-20/670 Menor 20/800 OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 8 3.2 Crescimento e desenvolvimento O tamanho do segmento anterior do olho do recém nascido é aproximadamente de 75-80% do tamanho do adulto. O segmento posterior da criança tem um tamanho menor da metade do segmento posterior do adulto. A refração do olho depende da correlação de quatro componentes ópticos principais: o poder da córnea, o poder do cristalino, a longitude axial do globo e a profundidade da câmara anterior. Também influem em menor proporção os índices da refração do humor aquoso e o vítreo. Longitude axial: Inicialmente tem 16-17 mm aproximadamente no momento do nascimento. A maior parte do aumento ocorre durante os primeiros 18 meses da vida chegando a 20.3 mm aproximadamente. Depois o crescimento ocorre em duas fases: A fase do crescimento infantil (2-5 anos de idade) há um aumento da longitude axial de 1.1 mm. A fase do crescimento juvenil (5- 13 anos de idade) o olho cresce 1.3 mm, mas. A medida meia no adulto é 24.5 mm. Córnea: O recém-nascido tem a córnea relativamente grande, a qual alcança seu tamanho definitivo por volta de 2 anos de idade. O valor correspondente o recém nascido é 51 Di que diminuí a 44 Di no primeiro ano. A potencia meia do adulto é 43 Di. Esta mudança deve-se a que a córnea aumenta seu diâmetro, tem aplanamento e adelgaçamento. Quase todos os erros de refração astigmáticos são produzidos por diferenças de curvaturas nos vários meridianos da córnea. Na criança, o meridiano vertical tem, usualmente, a curvatura maior. Na vida adulta a córnea tende a aplanar, e o aplanamento é mais acentuado no meridiano vertical do que no horizontal, mudando o eixo do astigmatismo. Porém, o grau de astigmatismo muda muito pouco durante a vida. Cristalino: No nascimento, o cristalino é mais esférico do que mais tarde, acarretando com isso grande poder de refração que ajuda a compensar o pequeno diâmetro ântero-posterior do olho. O cristalino cresce durante a vida à medida que novas fibras são acrescentadas à periferia, tornando-se achatado. A consistência do material do cristalino muda através da vida. Inicialmente tem um poder de 34 Di no recém nascido depois perde poder ate chegar a 18 Di no adulto. Íris: Ao nascimento há pouco ou nenhum pigmento na superfície anterior da íris; a camada posterior pigmentada, vista através do tecido translúcido, dá aos olhos da maioria das crianças uma coloração azulada. À medida que o pigmento começa a aparecer na superfície anterior, à íris assume sua cor definitiva. Se uma grande quantidade considerável de pigmento é depositado, os olhos se tornam marrons. Menor pigmentação do estroma da íris resulta em azul, avelã ou verde. Posição:Durante os primeiros três meses de idade, os movimentos do olho podem ser tão pouco coordenados (por causa do desenvolvimento normalmente lento definitivo dos reflexos) que podem causar dúvidas quanto à posição correta dos mesmos. A maioria dos reflexos binoculares deve estar OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 9 bem desenvolvida por volta dos 6 meses de idade. Um desvio no olho, a partir dos seis meses de idade, deve ser investigado. Sistema Nasolacrimal:A canalização do cordão celular, para formar a via nasolacrimal entre o saco lacrimal e o nariz, normalmente se torna patente na ocasião do nascimento. Uma falha nofuncionamento pode não ser notada por causa da falta de secreção lacrimal nas primeiras semanas de vida. Falta de produção de lágrimas aos 3 meses exige atenção. Nervo Óptico:A complementação do processo de mielinização ao redor das fibras do nervo óptico normalmente ocorre dentro de poucas semanas após o nascimento. 4. DESENVOLVIMENTO NORMAL DA VIA VISUAL: Desenvolvimento da retina, conexões neurais, corpo geniculado, movimentos neurais. O sistema visual é relativamente maduro e incompleto no momento do nascimento. No primeiro ano da vida o sistema visual e ocular tem um processo dinâmico com mudanças importantes pela plasticidade do sistema visual e do crescimento do sistema nervoso. A imaturidade retinal é responsável da baixa da acuidade visual e da falta da fixação central. No momento do nascimento a retina não tem desenvolvimento completo. Neste período tem todos os elementos neurais não diferenciados como são os fotorreceptores, células glias, amacrinas, ganglionares, bipolares e horizontais. A mácula se faz diferente da retina no momento em que aumenta a densidade e há crescimento do segmento externo dos cones por migração do este até a fóvea e há diminuição da espessura da fóvea. As células ganglionares e outras células fazem migração em sentido contrario com distanciamento da mácula para formar a FOSETA FOVEAL a os quatro meses da idade. A retina alcança a maturidade do adulto as onze - quinze meses de idade. A longitude e densidade dos cones têm maturidade a os quarenta e cinco meses (3.5 anos). As células corticais fazem contato com as terminações nervosas dos ambos os olhos. Organizam-se nas colunas verticais. Termina o processo a os seis meses da idade. O desenvolvimento normal dos vasos sanguíneos da retina inicia-se na semana 16 da vida intra-uterina e completa- se de forma centrífuga desde o nervo óptico ate a periferia. Inicialmente formam-se os capilares e posteriormente formam-se as células endoteliais. Os capilares chegam primeiro a ora serrata nasal ate semana 36 e logram a periferia temporal ao redor da semana 38. O padrão adulto da vascularização retiniana se localiza no terceiro mês pos-natal. O 80% dos prematuros desenvolvem uma vascularização normal ate semana 40. As fibras do nervo óptico organizam-se em camadas do corpo geniculado lateral e estas desenvolvem dendritos para conseguir conexões sinápticas dos axonios geniculocortical na área de brodman. A mielinização tem duas partes: uma motora até do segundo mês de vida e uma sensorial até dos quatro meses de vida. A privação da uma experiência visual nesta época pode produzir conseqüências graves no desenvolvimento neural. Para que haja desenvolvimento normal da visão são necessárias boas condições anatômicas e OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 10 fisiológicas. A criança precisa à formação de uma imagem nítida em cada olho. É importante que os desvios oculares, as opacidades, os erros de refração sejam identificados e corrigidos o mais precocemente possível, sendo que os primeiros meses da vida representam um período crítico neste processo. Do 2° até o 4° mês de vida intra-uterina aparecem os primeiros movimentos neurais, ou seja, aqueles comandados pelo sistema nervoso, que são mais ativos, rápidos, coordenados e amplos. Desencadeiam-se por excitações diversas, podendo ser considerados ainda reflexos: reflexo oral, resposta de fechamento da boca ou movimento de sucção e deglutição, um dos mais precoces e constantes. Observam-se também movimentos curtos das extremidades, é o reflexo de flexão, de extensão, de preensão da mão e o reflexo plantar. Esboçam-se também reflexos tônico-cervicais desencadeados por modificações da posição da cabeça em relação ao corpo e reflexos posturais desencadeados por mudanças de posição do corpo no espaço. Os receptores do sistema vestibular do feto são excitados pelos movimentos do liquido amniótico, ocasionando, assim, uma diferenciação das células da via vestibular. No nascimento o córtex é muito pouco desenvolvido e sua aparência não sugere que muitas funções corticais, ou mesmo algumas, sejam possíveis. Dois claros gradientes de desenvolvimento ocorrem durante os primeiros dois anos. O primeiro se refere á ordem em que às áreas funcionais gerais do cérebro se desenvolvem a segundo á ordem em que às estruturas se desenvolvem dentro das primitivas áreas correspondentes. A parte mais adiantada do córtex é a área motora primária, em seguida vem à área somato-sensitiva primária, depois a área visual primária e então a área auditiva primária. Todas as áreas de associação desenvolvem-se depois das áreas primárias correspondentes. Aos três meses aproximadamente todas as áreas primárias estão relativamente maduras, sugerindo que a visão e a audição simples são funcionais ao nível das áreas primitivas corticais, mas não ao nível que envolva qualquer função interpretativa dependente da área de associação. Nesta idade, a área motora constitui claramente a parte mais desenvolvida do córtex, e dentro destas as áreas mais desenvolvidas são: mão, braço e parte superior do tronco. Por volta dos seis meses, parte destas áreas progrediu mais no seu desenvolvimento, e muitas das fibras exógenas que chegam ao córtex já estão completamente desenvolvidas, particularmente rápidas no córtex que controla os movimentos oculares. Entre seis e 15 meses a taxa de desenvolvimento é acelerada no lobo temporal, vindo em seguida o occipital, e por último os lobos parietal e frontal, que já passaram pela maior parte do seu desenvolvimento. A área motora primária ainda está ligeiramente adiantada em relação a todas as outras, mas dentro dela a área da perna ainda continua atrasada. A área de associação visual já amadureceu um pouco e está mais adiantada que a auditiva. Por volta dos dois anos, às áreas primárias sensitivas alcançam o desenvolvimento da área motora e as áreas de associação progrediram um pouco mais. Mas alguns núcleos internos, principalmente o hipocampo, relacionado ás emoções e á memória, ainda são claramente imaturas. OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 11 A mielinização das fibras nervosas é somente um sinal de maturidade e as fibras podem conduzir impulso antes da mielinização. Como regra geral, as fibras que transmitem impulsos para áreas corticais específicas sofrem mielinização, ao mesmo tempo das que transmitem impulsos destas áreas para a periferia; assim a maturação ocorre em arcos reflexos ou unidades funcionais, em vez de ocorrer em áreas localizadas. Vários tratos como, por exemplo, o auditivo e o visual ainda não completaram sua mielinização, mesmo três ou quatro anos depois do nascimento. As fibras que ligam o cerebelo ao córtex cerebral e que são necessárias para o controle preciso dos movimentos voluntários, somente começam a mielinizar depois do nascimento e só completam a mielinização aos quatro anos. 5. DESENVOLVIMENTO DA VISÃO MONOCULAR, FUNÇÃO OCULOMOTORA E VISÃO BINOCULAR. 5.1 Desenvolvimento Monocular A criança recém nascida não tem fixação foveolar. Tem nistagmus de leve amplitude e freqüência alta que deve este presente ate a segunda à terça semana, que é no momento em que aparece a fixação: devido à conformação da fossa foveolar e a interação dos centros corticais inferiores (talo cerebral e núcleos dos pares craniais). 5.1.1 Acuidade visual e sensibilidade ao contraste: A Acuidade visual é baixa por a imaturidade dos centros visuais mesencefálicos: Núcleo geniculado lateral e o córtex estriada. Durante as primeiras semanas da vida os movimentos oculares rápidos (sacádicos o espasmódicos) têm a função de recuperar a fixação dos olhos. 5.1.2 A acomodação: Começa no primeiro mês de vida. Há estabilização ate aos 2-3 meses da vida. Aos 4-5 meses tem comparação com a função do adulto. Pode-se valorar com fotoretinoscopía, lente negativo, potencial visual evocado. Depois do 4 mês de vida pode ter avaliaçãocom Retinoscopia Dinâmica Monocular. 5.1.3 Fixação: A maioria dos meninos tem fixação central e seguimento suave e preciso aos 2-3 meses de idade, em alguns lactantes pode não ter maturidade. Uma mala fixação aos 5-6 meses: pode ser patológica. 5.2 Desenvolvimento Binocular e Sensorialidade Para lograr um bom desenvolvimento binocular exige precisão dos movimentos de seguimento, sacádicos, de fixação e especialmente das vergências. É um processo de integração das imagens retinianas dos dois olhos para originar uma única percepção visual tridimensional. As fibras do nervo óptico procedentes da porção nasal da retina cruzam ao outro lado no quiasma para fazer fusão com as fibras temporais procedentes do outro olho e ambos os grupos de fibras chegam ate o núcleo geniculado lateral e a Cortez estriada. Algumas fibras nasais da fóvea chegam a córtex ipsilateral e outras se cruzam ao córtex contralateral. No córtex, a via aferente conecta as células corticais binoculares que geram resposta à estimulação do um dos olhos. As células OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 12 corticais binoculares e os neurônios das áreas de associação visual do encéfalo fazem possível a visão binocular única com estereopsia. Requisitos para um bom desenvolvimento da visão binocular: • A estimulação retiniana igual dos ambos os olhos • Alinhamento ocular correto. • Pontos retiníamos correspondentes • Acuidade Visual similar (ambos os olhos) • Fixação bifoveolar • Integridade anatômica • Semelhança das imagens • Percepção simultânea • Correspondência Visual O corpo geniculado lateral é o principal núcleo visual do tálamo. Une da retina com o córtex estriada. O processamento da informação nas neuronal do corpo geniculado lateral tem representação no complexo mapa retinópico disposto anatomicamente por 6 camadas. Camadas 1,4 e 6: fibras hemiretinal nasal contralateral Camadas 2,3 e 5: hemiretinal temporal ipsilateral Visão central: Representada por porção caudal do núcleo. Camadas 1 e 2 Complexo Magno celular: Visão Branco e Preto. Discriminação de movimento, velocidade e direção. Camadas 3, 4, 5 e 6: Complexo Parvo celular: Acuidade visual precisa. Camadas 3 e 6: Visão de cor. O córtex visual esta disposta em seis camadas. Os axônios dos neurônios do corpo geniculado lateral chegam às células piramidais da camada IV, especificamente camada IV C. Nos elementos neurais, temos as seguintes características das células ganglionares: W X Y TAMAÑO PEQUEÑO MEDIANO GRANDE LOCALIZACION EN LA RETINA CENTRAL Y PERIFÉRICO EN EL CENTRO EN LA PERIFERIA ORIGEN PRESINAPTICO DESTINO SINAPTICO CELULAS BIPOLARES CELULAS AMACRINAS FIBRAS Corpa Geniculado Lateral PARVOCELULAR (3 – 6) PARVOCELULAR (3 – 6) PARVOCELULAR (3 – 6) MAGNOCELULAR (1 -2) CORTEX CELULAS SIMPLES E HIPERCOMPLEJAS CELULAS COMPLEJAS MESENCEFALO SI / COLICULO SUPERIOR NO SI / RAMIFICACIONES AXONALES FISIOLOGIA OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 13 REFLEXO A LUZ MANTENIMENTO DA FIXAÇAO E DA DIREÇAO VISUAL RESPOSTA OPTOQUINETICAS REPRESENTAN O 80% DE AS CELULAS GANGLIONARES RECONHECIMENTO DAS FORMAS CONTRASTE ESPACIAL DETEÇAO DE MOVIMIENTOS SENSIBILIDAD TEMPORAL Sistema Celular do desenvolvimento da formação da visão binocular: RECEM NASCIDO 4 camada: Células Simples. Estimulação magno celular Movimentos da fixação 1 MÊS 4 camada: Células Simples. Magno celular Alternância. Rivalidade Retiniana FINAL 1 MÊS Células Simples Rivalidade. Percepção simultânea 2 MÊS 5 camada: Células Complexas Participação bifoveal.Fusão grosa FINAL 2 MÊS Células Complexas Disparidade da fixação primeira função bitemporal e logo binasal 3 MÊS 5 camada: Células Complexas Fusão fina. Simetria Temporo-nasal e Naso-temporal 4 MÊS 6 camada: Células hipercomplexas Simetria Temporo-nasal y Naso- temporal. Acomodação= valor do adulto. Aparece Estereopsia= 60 segundos de arco 5 MÊS Conexão camada 4,5 e 6 Soma binocular 6 MES Conexão camadas 4,5 e 6 Ensaio e erro. Visão binocular = adulto 5.3 Desenvolvimento Oculomotor: 5.3.1 Movimentos da Fixação: O recém nascido não fixa com fóvea, utiliza pontos extrafoveal da retina temporal. À medida que tem desenvolvimento o sistema, há maturidade da fóvea e córtex visual. O menino fixa e começam a ter desenvolvimento de movimentos de seguimento, logra centrar, fixar e seguir. Ate os quatro meses da idade pode quitar sua atenção do objeto da fixação. 5.3.2 Movimentos Sacádicos: São movimentos rápidos que permitem fixar os objetos. Olha-se no sonho e vigília nos recém nascidos. A latência dos movimentos sacádicos de fixação é de um segundo nos 1-2 meses de idade, 5 vezes maior do adulto. 5.3.3 Movimentos do seguimento: Movimentos da persecução dos objetos em movimento. São breves e suscetíveis ao desenvolvimento da fóvea e a sensibilidade ao contraste. Aparecem na 6 semana da vida aumentando rapidamente da qualidade as 8-12 semanas. 5.3.4 Movimentos de vergências: Movimentos disjuntivos que dão resposta as mudanças da profundidade do objeto. O primeiro dos componentes das vergências que tem estabilidade a nascimento é a vergência tônica, nas seguintes semanas se produzem movimentos da convergência paralelos a desenvolvimento da acomodação e acuidade visual. OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 14 Relação ACA: Acomodação convergência acumulativa. A verdadeira resposta funcional aparece entre os 4-6 meses de acordo a maturidade binocular cortical. É a ultima função oculomotora em desenvolver-se. Outras características: Recém Nascido: Volve a cabeça á claridade e a pupila tem contração com á luz. Semana 1: Pestaneja com estímulos luminosos. Fecha as pálpebras quando se tentam abrir Semana 2: Começam a fixação dos olhos. Semana 3: Aumentão dos movimentos oculares. Aparece o reflexo a medo. Semanas 4-7: A criança olha os olhos da gente. Semanas 4-12: Olha os objetos y faz seguimento. Três meses: Movimentam as mãos frente os olhos. Três a quatro meses: reage a seu próprio reflexo. Quatro a cinco meses: Trata alcançar as cosas. Seis a nove meses: Evita obstáculos que encontra frente a sua cara e explora visualmente pequenos objetos. 6. PERÍODOS CRÍTICO E PLÁSTICO E BASES DA AMBLIOPIA DUAS PARTES PERIODO CRITICO PERIODO PLASTICO MIELINIZAÇAO MOTORA Até segundo mês da vida Até o quatro meses da vida. Neste período: Não se pôde ocluir do olho do bebê. Começam os quatro meses até aproximadamente os 10 anos de idade. MIELINIZAÇAO SENSORIAL Até quarto mês da vida 6.1 Há outros períodos críticos para cada função visual específica: Período crítico para que um estrabismo pode produzir-se ambliopía estrábica este vá desde os 4 meses até os 5 anos aproximadamente. Período sensível para ambliopía refrativa é dos 6 meses aos 6 anos aproximadamente. 6.2 Definição de ambliopía: A deficiência de desenvolvimento normal do sistema visual de um ou, ambos os olhos, durante o período de maturação do Sistema Nervoso Central com o sem lesão orgânica. A Ambliopía acontece dentro dos seis primeiros anos de vida e é reversível quando tratada em tempo hábil. As causas mais freqüentes são: estrabismo e erro de refração (altos graus ou diferenças importantes de grau entre os olhos). Os primeiros anos de vida são os de maior plasticidade sensorial, isto é, dentro desse período a criança rapidamente perde visão quando surge algum problema, mais neste período com um adequado e oportuno tratamento pode recuperar prontamente sua condição de saúde visual. OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 15 Tratamento da ambliopía: Óculos para corrigir a refração e o estrabismo, Tratamento oclusivo do olho bom (o olho normal é tapado) para forçar a criança a usar o olho mal desenvolvido. É importanteque o tratamento seja Precoce, já que tratamentos tardios permitem apenas resultados incompletos. OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 16 7. HISTORIA CLINICA PRIMEIRA PARTE: ANAMNESIS DADOS PESSOAIS Nome-sobrenome - idade de grau de escolaridade ULTIMO EXAME VISUAL Fecha MOTIVO DE CONSULTA palabras apropiadas MOMENTO DE APARÊNCIA DO PROBLEMA VISUAL/ EM QUE MOMENTO APARECE Há quanto tempo surgiu o problema ou sintoma ANTECEDENTES: Familiares: defeitos de refração, estrabismo, patologias. Pessoais: tratamentos oftalmológicos, ortópticos, tratamentos de refração. Obstétricos: hipertensão arterial, hemorragias, placenta previa, ruptura prematuras de membranas. FATORES DE RISCO DURANTE A GESTAÇAO Complicações médicas: Pré-êclampsi-infecção renal. Exposição a drogas ou infecções Alterações do líquido amniótico Incompatibilidade de RH PARTO E PESO NO NASCIMENTO parto: normal, cesárea, parto instrumentado.peso ao nascer: recém nascido prematuro: menor de 37 semanas, (baixo peso 2200 Gr) peso adequado 2200-3000 Gr recém nascido a termo: 38-42 semanas. (bajo peso para la edad:2500 gr), peso adecuado 2500-3700 recen nascido prématuro: maior de 42 semanas, (bajo peso:2500 gr peso adecuado:2500- 3800 gramos) PERIODO NEONATAL INCUBADORA FOTOTERAPIA OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 17 SEGUNDA PARTE: REFLEXOS Recém-nascido prematuro ( menor de 38 semanas de gestação ) Reflexo passivo: reflexo de boneca: 7-8 mês fetal até 3 mês. Movimento ativo ocular: limitado. Reflexo de localização espacial: prematuro de 8 meses: aparece a 3-4 semana. Prematuro de 7 meses: há 8 semana. Reflexo de piscada: ausente. Reflexo fotomotor: resposta lenta diretamente relacionada com grado de prematuridade. REFLEXOS Recém nascido a termo ( 38-42 semanas) Reflexos sensitivos, sensoriomotores, e de associação. Opto motor. Motilidade ocular. Reflexo de boneca. Reflexo de piscada. Reflexo fotomotor. Reflexo cocleopalpebral. Reflexo oculovestibular. 10 dias Reflexo de afastamento Reflexo de apertura das pálpebras Reflexo de PPR 2 a 3 semanas inicia fixação, segue reflexo de localização ocular OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 18 REFLEXOS 4 semana: Segué a amo. Instaurado el reflejo de fijación. Deflexo óptico palpebral. Rivalidad retiniana. 2 a 3 mes: Inicia-se coordenação olho-mano. Há segundo mês: fixa e faz seguimento. A segunda semana do segundo mês: disparidade retiniana, resposta Temporo-nasal, e não resposta nasal. Final de 2 mês, terminado os processos mielínicos musculares dos terminações nervosas. O terceiro mês: fixa, faz seguimento e mantém. Há estereopsia grossa 1200 a 500 segundos e se completam as terminações sensitivas. 4 mês: Fixação reflexos pupilares centrados e simétricos. Visão periférica primeira do que central. Fixação voluntária controlada por campo cortical. Fixa, faz seguimento, mantém e desprende. 5 mes: Há resposta tem poro nasal e Naso-temporal. 6 mês: Motilidade ocular: com 4 prismas base externa: olhar a refixação. Cor da iris definido. Pode diagnosticar estrabismo OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 19 ACUIDADE VISUAL Centra, fixa e mantém: no segundo mês: percepção simultânea. disparidade retiniana. estimulação bitemporal primeiro e depois binasal. Centra, segue e mantém; a finalizar o terceiror mês: estereopsia grossa de 1200 a 5oo segundos pode avaliação com teste de lag. o 6-10 prisma base superior nos mostra uma alternância . Centra segue e mantém e despende: 4 mês Proba do prisma vertical: (6 o 10 base superior) :3-4 mês 4 prismas base externa: 4 meses, avalia visão binocular. Teste de mirada preferencial: realiza-se a 50 cm o 1.5 m, não é equivalente com selem é equivalente com sensibilidade ao contraste. Cubos de foocks: cada número corresponde a uma acuidade visual Nistagmus optocinético: avaliação qualitativa e quantitativa doces de bock Nem York light house sensibilidade ao contaste potencial evocado visual EXAME OCULAR EXTERNO Exame dos anexos oculares Exame os pontos lacrimais Exame ocular externo bulbar Exame transparência e dimensões da córnea Exame da pupila OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 20 EXAME DO EQUILIBRIO MOTOR EXTRINSECO E INTRINSECO Hirschberg: avalia o alinhamento ocular por localização de reflexo luminoso corneal dentro da pupila. Descentração: diretamente relacionada com angulo de desviarão: 15 grados: 30 prismas 30 grados: 60 prismas 45 grados: 90 prismas Angulo kappa: formado entre eixo pupilar com eixo visual. Reflexo centrado: angulo zero Reflexo da luz temporal: angulo e positivo: cicatriz da retina Reflexo da luz nasal: angulo e negativo: tração retiniana ponto próximo da convergência. luz objeto Luz+filtro vermelho versões: avaliação em H: determina eu e hiper função dos músculos duções: avalia-se em x: determina parálisis ou paresia do músculos Cover Test REFRAÇAO Estática Dinâmica VISÂO BINOCULAR Estereopsia: Descriminação de contorno: reinder-titmus. Pontos fortuitos-aleatorios: TNO, RDE. combinados: randolt, frisby mide hasta 20 seg de arco. stero test de lag: cartilla que consta de tres figuras: lag 1: coche:550-estrella:600-gato:1200 lago 2: luna:200-coche:400-elefante:600 luzes de worth: estudo da correspondência sensorial. vidros estriados de bagollini estudo da correspondência sensorial OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 21 VISÂO CROMATICA Exara: determina os defeitos vermelho e verde. Lamina 1: introductoria. Laminas 2-9: laminas de confusão. Laminas 10-17: desenhos com números evanescentes. Pacientes con visão normal. Laminas 18-21: diseños con dígitos ocultos. Somente pode ler os pacientes con defeitos en visão de cores. laminas 22-25: diseños diagnósticos: Pacientes con defeitos "protan": so pode olhar o número situado a direita, pacientes con defectos "deutan" somente olham o número da esquerda. Sim não se olha nenhum dos dois tem alteração grave associado à alta densidade de pigmento macular. farnsworth-munsell d-15 y 100tonalidades: indica a presença de defeitos significativos que pode apresentar dificuldade profissionais . O paciente deve ter os 15 cores de uma forma lógica começando por a cor de referencia e a seqüência num diagrama. Com as respostas se faz um diagrama dos defeitos protanomalía, deuteranomalía e tritanomalía. OFTALMOSCOPIA Examinar transparência os meios oculares, nervo óptico, mácula. longe: reflexo de bruckner: avalia a qualidade dos reflexos, a simetria. Reflexo opaco: indica defeitos de refração, anisometropias, ambliopía. Reflexo mais brilhante: estrabismo OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 22 8 E 9. DEFEITOS REFRATIVOS NAS CRIANÇAS E PROCESSO DE EMETROPIZAÇÃO Straub, é o precursor da lei da emetropização, define este processo como a tendência do aparelho óptico do olho a conseguir a emetropía, por a intervenção dos elementos ópticos individuais. O ponto de partida deste mecanismo de emetropização está na retina. A imagem borrada estimula o mecanismo da acomodação retinal que produze um mecanismo de ajuda neste processo emetropização. No ponto 3.2 (crescimento e desenvolvimento) se faz a descrição das mudanças dos elementos ópticos do olho. Estas mudanças geram as trocas de estado de refração de olho. O desenvolvimento anatômico é na maior parte paralela a maduração do mecanismo sensoriomotor. A refração do olho depende da correlação de quatro componentes ópticos principais: poder da córnea, poder de cristalino, longitude axial do olho e profundidade da câmara anterior. Também tem influencia em menor proporção os índicesde refração do humor aquoso e vítreo. 9.1 Mudanças dos defeitos da refração diante a infância: Nos recém nascidos de tempo o defeito de refração em média é de +2.00 dioptrías, com uma desviarão padrão maior de 2.75 dioptrías. 75% dos recém nascidos tem hipermetropia e 25% tem miopia. Nos primeiros anos há uma diminuição gradual dos defeitos de refração. Com idade de 10 anos a refração é de +1.00 dioptrías e a desviarão padrão é menor que nos recém nascidos. A partir desta idade e nos anos de adolescência há uma tendência para a miopização sendo, mas evidente nos míopes que nos hipermetropes. Os hipermetropes voltam-se menos hipermetropes ou emétropes. (Mudança anual em média de - 0.12 dioptrías) e nos míopes voltam-se, mas míopes (mudança anual em média de -0.55 dioptrías). Os meninos prematuros com freqüência são míopes e tem maior incidência de astigmatismo e anisometropía. O astigmatismo é muito comum na infância, sua maior prevalência é no primeiro ano e logo diminui gradualmente. Nos 3 primeiros anos é freqüente o astigmatismo contra a regra mais depois dos 5 anos é mas freqüente encontrar astigmatismo a favor da regra (97%). A diminuição de astigmatismo nos primeiros anos de vida ocorre por efeito do crescimento do olho, da posição das pálpebras sobre o olho e por aumento da rigidez ocular. Os astigmatismos altos e oblíquos geralmente não têm reversão. Alguns fatores que tem influencia no aparecimento destas ametropías são: fator de herança, meio ambiente, raça, e fatores econômicos. 9.2 Defeitos da refração: 9.2.1 Hipermetropia: No defeito em que sem utilizar acomodação os raios de luz que incidem paralelos, vai enfocar por trás da retina. Na hipermetropia a acomodação tem um papel importante. Na contração do músculo ciliar, o cristalino aumenta OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 23 seu poder de refração e uma parte ou todo o defeito tem correção. Isso permite ter uma boa acuidade visual de longe e de perto. Donders faz a seguinte descrição: 9.2.1.1 Hipermetropia Latente É uma condição na qual é compensada fisiologicamente pela tonicidade do músculo ciliar. 9.2.1.2 Hipermetropia manifesta Não tem compensação, esta pode ser Facultativa, quando tem correção com esforço acomodativo e Absoluta quando não tem correção com a acomodação. A hipermetropia patológica, os olhos são curtos, com córnea pequena, cristalino normal e câmara anterior profunda. Produzem sintomas como dor de cabeça, astenopia, visão borrada de longe e de perto. 9.2.3 Miopia: Miopia: A prevalência de 4-6% em recém nascidos a tempo. A incidência há 4 anos é de 2-3% e tem aumento com a idade escolar. 9.3.1 Miopia Simples, estacionaria ou fisiológica: Corresponde a 80% das miopias. Aparece geralmente entre os 6-18 anos de idade, aumenta de forma gradual e termina por ter estabilização. Não ter influencia no desenvolvimento da criança. 9.3.2 Miopia Intermédia: Ter um aumento do segmento posterior do olho e há mudanças no nervo óptico, vasos sanguíneos e forma alguns pontos de tração vítreo-retiniana. Pode apresentar degenerações retinianas leves e deslocamento da retina. 9.3.3 Miopia Patológica: É uma enfermidade degenerativa que geralmente está presente desde os primeiros anos de vida. Há um aumento exagerado da longitude axial do olho, se apresenta atrofias peripapilares e degenerações coroide-retinianas no segmento posterior ou na periferia que podem gerar perdas da visão profundas. A miopia tem associação com doenças sistêmicas e oculares como: síndrome Dowm, síndrome Alport, síndrome de Stickler, homocistinuria (é uma alteração hereditária do metabolismo do aminoácido metionina que forma parte essencial das proteínas do ser vivo. As crianças têm miopia, luxação de cristalino, coágulos nas veias e artérias. Também tem algum grau de retardo mental e dificuldade do crescimento.), albinismo ocular, colobomas, degenerações do tapete retiniano ou retinopatia da prematuriedade. 9.2.4 Astigmatismo: OPTOMETRIA – Desenvolvimento Visual 2012 24 Os astigmatismo altos que aparecem antes dos 2 anos de idade alteram o desenvolvimento visual normal e podem gerar ambliopía. Os astigmatismo que aparecem tardiamente (5 anos ou mais) tem pouco efeito no desenvolvimento visual mais produzem sintomas como astenopia e visão borrada de longe e de perto. Os astigmatismo podem estabilizar depois dos 8 anos de idade. 9.2.5 Anisometropía: É a diferença no estado de refração dos dois olhos. No primeiro ano de vida é um obstáculo para um bom desenvolvimento da binocularidade porque suprime o olho que tem maior ametropía. A anisometropía miópica é mais freqüente. A anisometropía hipermetrópica e a astigmática são menos toleradas e produzem ambliopía. Aproximadamente 2/3 das anisometropía quando são corrigidas melhoram em algum grau com o tempo mais uma terceira parte fica igual. 9.3 Correção dos defeitos da refração Para tomar uma decisão sobre fazer um tratamento adequado e oportuno devem-se ter as seguintes considerações: 1. Fazer uma historia clinica completa 2. Excelente exame de optometria pediátrica 3. Conhecer os aspectos do desenvolvimento visual normal e mudanças de refração na infância 4. Conhecer em que casos de ametropías e estrabismos devem-se dar correção óptica. 5. Conhecer porque deve dar ou não correção óptica. 10. Bibliografia 1. MARROQUÍN, Guillermo. Oftalmología pediátrica. Asociación Colombiana de optometría pediátrica, 2006 2. CAMACHO, Marcela. Modulo Desarrollo Mono y binocular- sensorialidad. Diplomado em bases gerais em optometria pediátrica, Fundación Universitária del área andina, 2003. 3. WRIGHT, Kenneth; SPIEGEL, Peter. Oftalmologia Pediátrica y estrabismo. Ediciones Harcourt S.A, 2001. 4. LEONARD B Nelson. Oftalmologia Pediátrica. McGraw-Hill Interamericana, 1998. 5. http://www.scielo.br/pdf/abo/v69n3/30788.pdf: Artículo: prevalência de astigmatismo refracional em crianças de 2-36 meses de idade. http://www.scielo.br/pdf/abo/v69n3/30788.pdf
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