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PAPER ESTÁGIO II FINAL

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Prévia do material em texto

DESAFIOS DA ALFABETIZAÇÃO EM 
TEMPOS DE PANDEMIA 
 
 
Autoras: Daiane Rodrigues Lourenço 
 Luciana Monteiro1 
Tutor externo: Carla Xavier 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Pedagogia (PED 5676) – Estágio Obrigatório Curricular II – Séries Iniciais 
12/06/2021 
 
 
RESUMO 
 
A alfabetização é um marco e processo importante na vida de todas as pessoas. Diante 
da atual realidade do fechamento das escolas devido a pandemia da COVID-19, muitos 
desafios têm sido enfrentados tanto por docentes quanto alunos e seus responsáveis, 
principalmente as crianças que ingressaram nas séries iniciais e que estão em processo 
de alfabetização. Diante deste contexto novo do qual as aulas passaram a ser a 
distância e remotamente, esta pesquisa tem como tema central: Desafios da 
alfabetização em tempos de pandemia, discutindo e refletindo sobre os desafios atuais e 
analisando futuros impactos deixados pós pandemia a cerca das lacunas no processo 
de alfabetização. Esta pesquisa tem dois produtos virtuais tendo como público-alvo os 
docentes que atuam nas séries iniciais, através de um folder e uma videoaula que 
aborda dicas e reflexões de como superar os desafios, tendo como título A reinvenção 
docente em tempos de isolamento social. Estes trabalhos fazem parte da conclusão do 
estágio obrigatório curricular II das séries iniciais, do qual foi realizado através de 
observação virtual de uma escola de ensino fundamental. Terá como principais teóricos 
Soares, Ferrari, dados do Instituto Península e do Banco Mundial. 
 
 
Palavras-chave: Desafios. Processo de Alfabetização. Pandemia 
 
 
 1 INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho refere-se à disciplina de Estágio Obrigatório Curricular II – Séries 
Iniciais, do curso de Pedagogia da Faculdade Uniasselvi- IERGS que aborda o tema: 
Desafios da alfabetização em tempos de pandemia. Tem como área de concentração: 
Formação e Profissionalização Docente, contando com o programa de extensão: 
Formação e capacitação docente. Para o projeto de extensão, conta com dois produtos 
virtuais: Videoaula disponibilizada na plataforma YOUTUBE e Folder, ambos têm 
 
1 Acadêmico do Curso de Licenciatura em Pedagogia; E-mail: daizinharl@hotmail.com 
como tema: A reinvenção docente em tempos de isolamento social, estes produtos 
virtuais têm como público-alvo: os docentes que atuam nas séries iniciais, tratando e 
focando na alfabetização. 
Os objetivos desta pesquisa são: pesquisar quais os desafios dos docentes na 
utilização das tecnologias digitais, verificar quais estratégias adotadas pelos docentes, 
discutir e refletir os desafios dos professores no processo da alfabetização das séries 
iniciais durante a pandemia, ponderar como pode ser a parceria entre docentes e famílias 
para auxiliar o desenvolvimento da alfabetização e construção do conhecimento destas 
crianças durante a pandemia e ensino a distância. 
O trabalho está dividido em tópicos, sendo que na primeira parte do trabalho 
serão trazidos teóricos como: Magda Soares, Emília Ferreiro, Carla Silva e suas 
contribuições com a Neuroalfabetização. Reflexões a respeito do contexto atual gerado 
pela pandemia e verificação e discussão a respeito dos desafios encontrados pelos 
professores e responsáveis quanto ao processo de alfabetização das crianças, verificando 
quais estratégias estão sendo tomadas. Para a segunda parte da pesquisa, será trazidas 
reflexões a respeito dos impactos deixados pós pandemia da COVID-19 como por 
exemplo déficits e lacunas nos durante o processo de alfabetização das crianças. 
Na terceiro parte do trabalho as Vivências do estágio, Impressões do Estágio e 
considerações finais da pesquisa e da experiência do estágio. E para encerramento as 
Referências bibliográficas utilizadas e em anexos os produtos virtuais desenvolvidos e 
termos de autorização de uso de imagem. 
 
2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 Recentemente o mundo foi abalado pela pandemia da COVID-19, 
transformando da noite para o dia as escolas. O fechamento das instituições de ensino 
como medida de segurança e isolamento social, forçaram professores de o mundo 
inteiro rever suas práticas docentes. A educação não será mais a mesma após a chegada 
da pandemia, metodologias precisaram ser reformuladas, formas de avaliação neste 
período tiveram que ser revistos, ferramentas digitais foram incorporadas, tirando da 
zona de conforto muitos docentes que nunca haviam pensado em utilizar ou incorporar 
em suas rotinas tais recursos tecnológicos. Juntamente com a saída da zona de conforto, 
chegou inúmeras incertezas, angústias e preocupações quanto ao uso destas novas 
ferramentas digitais, desafios que antes não faziam parte da rotina da maioria dos 
docentes especialmente daqueles que atuam com as séries dos anos iniciais do ensino 
fundamental. 
Diante deste cenário inesperado esta pesquisa se fez necessária, e tem como 
tema principal reflexões sobre: Desafios da alfabetização em tempos de pandemia. A área 
de concentração escolhida foi Formação e Profissionalização Docente, tendo como programa 
de extensão: Formação e capacitação docente, onde terá como projeto de extensão, dois 
produtos virtuais: Videoaula disponibilizada na plataforma YOUTUBE 
https://www.youtube.com/watch?v=ezUSr2yjp_I e Folder, ambos abordam o tema: A 
reinvenção docente em tempos de isolamento social, estes produtos virtuais tem como público 
alvo: os docentes que atuam nas séries iniciais. Na videoaula é possível acompanhar algumas 
reflexões e dicas de como é possível superar os desafios enfrentados pelos docentes neste 
período de pandemia. 
Nos próximos tópicos será possível acompanhar parte da nossa pesquisa a respeito do 
tema central: Desafios da alfabetização em tempos de pandemia, foi realizada uma pesquisa 
qualitativa com dois grupos de pessoas: 1- Grupo de pais de crianças em séries iniciais, através 
de um questionário do qual responderam perguntas relacionadas aos desafios do suporte dado às 
crianças durante a pandemia, e com o segundo grupo 1- Grupo de variados docentes de séries 
iniciais, ambos os grupos são compostos por pessoas que frequentam e atuam tanto em escolas 
de ensino fundamental privada e pública. Ao total dos grupos tivemos a participação de 50 
familiares e 30 professores. 
 
2.1 ALFABETIZAÇÃO NA PANDEMIA E SEUS DESAFIOS – LUCIANA 
 
Em meio os desafios do contexto da pandemia os professores viram a 
necessidade de adaptar-se e readequar estratégias quanto a seus planejamentos, a forma 
como ofertar as atividades e principalmente como fazer a mediação e interação com 
seus alunos em aulas não presenciais, síncronas e assíncronas. Várias pesquisas 
mostram e reforçam o esforço de gestores educacionais, educadores e familiares para 
disponibilizar, viabilizar o acesso, preparar, acompanhar e realizar atividades escolares 
não presenciais, gerando uma união de esforços e solidificando as relações entre família 
e escola. Segundo pesquisa do INSTITUTO PENÍNSULA (2020, p 31) que reúne 
diversos resultados e dados: “apesar desse esforço, professores e responsáveis percebem 
limites no progresso da aprendizagem. Entre as dificuldades encontradas destaca-se a de 
https://www.youtube.com/watch?v=ezUSr2yjp_I
não poder tirar dúvidas com os professores, dificuldades de ter uma rotina, assim como 
aspectos emocionais.” 
Adaptar-se a uma nova rotina, está sendo o grande desafio para os professores, 
alunos e famílias. Gerenciar o tempo de estudo dos filhos, realizar atividades 
profissionais e domésticas tem sido alguns dos desafios relatados pelos responsáveis. A 
falta de rotina é prejudicial, principalmente para a criança em processo de alfabetização 
impedindo autonomia e a produtividade. SOARES (2021. p.302) fala que: “O 
desenvolvimento não se dá por meta, habilidade por habilidade, mas de forma contínua 
e integrada.” Nesse sentido, é fundamental seguir uma rotina diáriade estudos, 
estabelecendo horários, cronogramas de atividades que devem ser planejadas, 
organizadas e ofertadas para as famílias através de canais da escola . 
Portanto, sabe-se que além da falta de rotina, a falta de didática por parte das 
famílias para auxiliar os filhos nessa etapa, tem causado angústias, ansiedade e 
preocupação, pois esse processo é um dos mais importante na vida das crianças. É nessa 
etapa da vida escolar, que a criança descobre o mundo através da decodificação dos 
signos da leitura e da escrita 
O termo alfabetização designa o ensino e o aprendizado de uma tecnologia 
de representação da linguagem humana, a escrita alfabético-ortográfica. O 
domínio dessa tecnologia envolve um conjunto de conhecimentos e 
procedimentos relacionados tanto ao funcionamento desse sistema de 
representação quanto às capacidades motoras e cognitivas para manipular 
os instrumentos e equipamentos de escrita. (SOARES e BATISTA, 2005, 
p.24) 
 
Muitas famílias estão com dificuldades para ter acesso os conteúdos, algumas 
não dispões de recursos tecnológicos como: internet, computador, celular ou tablet, 
dificultando e inviabilizando o aprendizado das crianças durante a pandemia visto que, 
nesse período os alunos precisam acessar as plataformas, ou receber e devolver as 
atividades via celular. 
Os professores têm vivenciado diversos desafios como: adaptar-se às novas 
ferramentas tecnológicas digitais, reinventar suas práticas docentes, familiarizar-se com 
as plataformas digitais e com suas constantes atualizações e modificações das quais 
diariamente crescem. Outro desafio vivenciado pelos docentes tem sido como tornar as 
aulas remotas atrativas, motivadoras despertando nas crianças o prazer e alegria de ler e 
escrever. Sem contar que os laços entre família e escola podem gerar alguns 
desconfortos, como julgamentos por parte das famílias quanto á práxis docente durante 
aulas síncronas, o que infelizmente pode levar a um desgaste e ruptura na parceria 
escola x família. Em contrapartida há famílias que nesse período fortaleceram os 
vínculos com os professores e escola, gerando nas crianças segurança. Sabe-se que 
quanto o aluno possui suporte por parte dos adultos, seus processos de aprendizagens 
são influenciados de forma positiva e construtiva. É imprescindível que as crianças 
percebam que possuem adultos disponíveis e dispostos a prestarem suporte sempre que 
necessitarem, principalmente se estes adultos valorizam e respeitam seus professores: 
Assim também acontece com relação à educação formal, a participação dos 
pais depende, antes de qualquer coisa, da relação que estes mesmo pais têm 
com o conhecimento. Pais que valorizam a formação científica e cultural 
tendem a influenciar positivamente a relação estabelecida entre os filhos e o 
processo de aprendizagem. (FERRARI, 2020, p. 01). 
 
Em relação as questões socioemocionais, vale ressaltar que através de uma 
relação segura entre professor, aluno, família e escola, as crianças também desenvolvem 
autoconfiança e autoestima, sendo esses aspectos de suma importância durante o 
processo de alfabetização. Sendo assim este aspecto precisa de um olhar sensível e 
atento para o atual momento de pandemia e isolamento social. Segundo Vygotsky 
(1984, p. 97). o homem é um ser construído através da sua relação com o mundo natural 
e social. Para o autor o aprendizado e o desenvolvimento, acontecem através das inter-
relações, considerando dois níveis de aprendizagem, o que a criança sabe fazer sozinha 
(desenvolvimento real) e que é capaz de realizar com ajuda de alguém mais experiente, 
( desenvolvimento potencial ). 
Adaptar-se as novas rotinas, tem sido um grande desafio também para os 
professores, pois transformaram suas casas e lar em salas de aulas, expondo sua vida 
particular. Alguns docentes estão tendo que gerenciar Home Office, afazeres domésticos 
e gerenciar e organizar também as rotinas de estudos de seus filhos. 
Apesar de todos os esforços de ambos os lados: professores, escolas, 
responsáveis e estudantes, pesquisas de diversos campos tem demonstrado preocupação 
quanto aos impactos deixados pós pandemia, pesquisadores discutem e mesmo já 
percebem limites no progresso da aprendizagem, principalmente nas séries iniciais, 
devido a lacunas não preenchidas no processo de alfabetização neste período de 
isolamento social. 
No próximo tópico serão trazidas algumas reflexões a cerca da Alfabetização na 
pandemia e seus impactos, abordando algumas hipóteses das consequências do pós 
pandemia e retorno das aulas presenciais. 
 
2.2 ALFABETIZAÇÃO NA PANDEMIA E SEUS IMPACTOS – DAIANE 
 
É inegável que a pandemia deixará impactos e lacunas na educação de milhares 
de crianças e jovens, porém merece destaque e um olhar atento quanto aos estudantes 
das séries iniciais que estão em fase e processo de alfabetização. É de fundamental 
importância que os profissionais da educação estejam atentos às consequências 
imediatas e futuras que o isolamento social e afastamento das escolas durante a 
pandemia trouxe e trará para estas crianças. Dados de maio de 2020 do RELATÓRIO 
DO BANCO MUNDIAL apontam que: 
 
Mesmo antes da pandemia de COVID-19, o mundo já enfrentava uma crise 
de aprendizagem. Antes da pandemia, 258 milhões de crianças e jovens em 
idade de escolar nos níveis fundamental e médio estavam fora da escola.1 E 
baixa qualidade do ensino significava que mesmo os que frequentavam a 
escola aprendiam muito pouco. O Índice de Pobreza de Aprendizagem, 
elaborado pelo Banco Mundial, era de 53 % nos países de baixa renda e de 
renda média, o que significa que metade de todas as crianças com 10 anos de 
idade não consegue ler e entender um texto simples e apropriado para sua 
faixa etária.2 Ainda pior, a crise também é distribuída de maneira desigual, 
ou seja, as crianças e jovens mais desfavorecidas apresentam o pior nível de 
acesso a escolaridade, os mais altos índices de abandono e os maiores déficits 
deaprendizagem.3 Tudo isso mostra que o mundo já estava bem longe de 
alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4, referente ao 
compromisso de todos os países de assegurar, entre outras metas ambiciosas, 
que “todas as meninas e meninos devem concluir o ensino fundamental e 
médio, gratuito, equitativo e de qualidade”. 
 
Como é possível observar, se o cenário da alfabetização antes da pandemia já era 
preocupante, com índices que apontavam para uma evasão escolar e insuficiência no 
processo de alfabetização, durante e após a pandemia estes dados tendem a não ter uma 
melhora. Diante de tantos desafios as ações docentes e metodologias durante este 
momento de aulas assíncronas e síncronas serão dentre várias alternativas algumas das 
saídas para amenizar e talvez minimizar algumas lacunas e janelas abertas durante o 
processo de alfabetização das crianças que ingressaram nas séries iniciais dos anos de 
2020 a 2021. 
Vale lembrar que no ano de 2020 as escolas foram fechadas em 17 de março, e 
as crianças que ingressaram nas primeiras séries se quer tiveram tempo hábil para se 
familiarizarem com o ambiente escolar, interagindo com professoras, colegas nem 
mesmo pode-se dizer que tiveram aprendizagem neste período já que a grande maioria 
recentemente neste período estavam ainda em processo de adaptação. Além disso, estas 
crianças passaram o ano inteiro de 2020 em aulas assíncronas e síncronas, realizando 
suas atividades em suas casas enfrentando inúmeros desafios e contratempos como foi 
relatado no tópico anterior. 
Outro fator existente a respeito dos impactos da pandemia é quanto a 
desigualdade social que assola nosso país, estudos realizados sobre o período de 
suspensão das aulas pelo INSTITUTO PENÍNSULA mostrou indicações preocupantes e 
relevantes, que apontam as desigualdades quanto as condições de acesso e oferta 
educacional, realização das atividades, demonstrando que nem todas ascrianças e 
jovens possuem condições econômicas para terem acesso ás tecnologias, para os 
pesquisadores um dos riscos é: “tornar o processo educacional não mais apenas um 
reflexo da desigualdade existente “lá fora” e sim, ele próprio, um fator que pode acirrar 
tais desigualdades. Segundo pesquisa realizada pela FUNDAÇÃO LEMANN e 
CONVIVA: 
 
83% dos alunos das redes públicas do Brasil vivem em famílias que recebem 
até 1 salário-mínimo per capita; 
A maior parte das redes que ainda não tinham planos para implementar o 
ensino remoto são aquelas com maior proporção de alunos cujo nível 
socioeconômico está abaixo da média de seus estados.1 INSTITUTO 
PENÍNSULA (2020, P 33) 
 
Em consequência de tantos desafios a serem superados, é possível observar que 
a pandemia deixará déficits e lacunas a serem preenchidas pós pandemia e retorno das 
aulas presenciais. Alguns questionamentos têm sido discutidos constantemente por 
diversos setores da sociedade, tais como: “Quantos anos serão necessários para o 
preenchimento das lacunas do processo de alfabetização?”, “Estas crianças estarão 
preparadas para posteriormente avançarem de série?”, “E quanto as crianças que 
ficaram no apagão pedagógico neste período de afastamento escolar, terão as mesmas 
oportunidades de sanar seus déficits?”. Questionamentos pertinentes e necessários 
serem feitos, refletidos e discutidos principalmente nos centros de formação e 
profissionalização docente. Levando em consideração que, esta geração de crianças fará 
parte do seio escolar nos próximos anos, e por isso os docentes necessitam ter uma 
atenção especial para com eles, pois quando a pandemia amenizar e for possível retorno 
presencial nas escolas, estes alunos chegarão com demandas de aprendizagens variadas 
e deficitárias. 
Será preciso rever metodologias, analisar práticas docentes, discutir maneiras de 
ajudar estes alunos em suas demandas, refletir quanto as formas de avaliação e 
progressão serial, levando em conta não só a aquisição dos conteúdos, mas o processo 
de construção do saber destas crianças. 
Nos próximos tópicos serão tratados as Vivências do Estágio, Impressões do 
estágio e considerações finais. 
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO 
 
O estágio foi realizado seguindo o plano de pandemia, que consistia em 
observação virtual de uma instituição de educação infantil. A partir de pesquisa on line 
da escola, coletando dados e informações nas plataformas virtuais que a instituição 
possui. A escola observada foi Escola Cristã Reverendo Olavo Nunes, situada na 
Cidade de Porto Alegre, Rua Vinte e Cinco de Julho nº437, Bairro Sta. Maria Gorette, 
com aproximadamente 149 alunos, atuando na Ed. Infantil e Ensino Fundamental, 
durante os turnos matutino e vespertino. 
Infelizmente devido a pandemia da COVID-19, nosso estágio se deu apenas de 
forma virtual, não podendo ser realizada nenhuma prática de interação com as crianças 
ou quadro de professores. Durante o período de observação e coleta de dados, tivemos a 
oportunidade de conversar com a professora regente da turma de primeiro ano que nos 
passou algumas informações de como estavam ocorrendo as aulas síncronas e 
assíncronas. A oportunidade de estar em sala de aula interagindo com os alunos e 
vivenciando a práxis é fundamental em nossa formação e ter que se adaptar a esta nova 
realidade de afastamento social é algo que nos trouxe várias reflexões quanto a forma de 
atuar. Mesmo com este novo desafio e contexto inesperado, foi possível elaborar 
reflexões e discussões que contribuíram em nossa pesquisa, ampliando nosso olhar 
quanto ao assunto. 
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS) 
 
Através deste trabalho de estágio foi possível perceber a importância das 
vivências em sala de aula mesmo que em modo virtual para nossa prática como docente. 
Durante a modalidade virtual, este estágio nos permitiu vivenciar e verificar os desafios 
dos quais os professores das séries iniciais estão enfrentando durante este período de 
isolamento e escolas fechadas. 
Constamos a complexidade em elaborar planejamentos que contemplem todas as 
áreas do conhecimento, especialmente que promova ás crianças desenvolverem-se 
durante o processo de leitura e escrita com aquisição plena das capacidades. Sem 
dúvidas este foi um estágio com ricas vivências, que irão contribuir em nossa formação 
docente, certamente aprendemos e refletimos muito durante a observação virtual e 
construção deste trabalho de pesquisa. 
Desta forma este é um momento ímpar, com muitas reflexões, desafios e 
sobretudo resiliência, em manter o olhar desperto para a reinvenção das práticas 
docentes, tanto para o atual contexto, quanto para o futuro, pois estas crianças terão 
jornadas na educação fundamental e posterior com várias lacunas e déficits, e caberá a 
nós professores dar suporte pedagógico para preencher e suprir da melhor formas estes 
impactos deixados pela pandemia. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALVES, Lynn Rosalina Gama. Educação e cibercultura. 2ª edição. Salvador: 
EDUFBA, 2001 
 
BANCO MUNDIAL. “World Bank Education and COVID-19” [Educação e 
COVID-19 do Banco Mundial]. Mapa Interativo. 24 de abril. Disponível em: < 
https://www.worldbank.org/en/data/interactive/2020/03/24/world-bank-education-and-
covid-19 > acesso em 23/03/2021 
 
FERRARI, Juliana Spinelli. "Papel dos pais na educação: a dimensão emocional da 
formação"; Brasil Escola. Disponível em: 
<https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/papel-dos-pais-na-educacao.htm>Acessado 
em 25 de maio de 2021. 
 
INSTITUTO PENÍNSULA. Relatório de pesquisa: Sentimento e percepção dos 
professores brasileiros nos diferentes estágios do coronavírus no Brasil. Estágio 
controlado – agosto de 2020. São Paulo: Instituto Península, 2020. Disponível em: 
<https://institutopeninsula.org.br/wp-content/uploads/2020/08/Sentimentos_-fase-
3.pdf> Acesso em: 5 de jun. de 2021 
 
SOARES, M.; BATISTA, A. A. G. Alfabetização e Letramento: caderno do professor. 
Belo Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005. 
SOARES, Magda. Alfaletrar: toda criança pode aprender a ler e a escrever. 1 ed. 2ª 
reimpressão. São Paulo: Contexto. 2021. 
 
VYGOTSKI. L.S. A formação social da mente. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes. 1991. 
https://www.worldbank.org/en/data/interactive/2020/03/24/world-bank-education-and-covid-19
https://www.worldbank.org/en/data/interactive/2020/03/24/world-bank-education-and-covid-19
https://institutopeninsula.org.br/wp-content/uploads/2020/08/Sentimentos_-fase-3.pdf
https://institutopeninsula.org.br/wp-content/uploads/2020/08/Sentimentos_-fase-3.pdf
1 Estudo “Desafios das Secretarias de Educação na oferta de atividades educacionais 
não presenciais” - Iniciativa da Undime e do Consed em parceria com CIEB, Itaú 
Social, UNICEF, Fundação Lemann e CONVIVA. 
 
ANEXO I 
Segue Produto Virtual – FOLDER: 
 
 
 
ANEXO II 
Segue link da videoaula disponível na plataforma YOUTUBE: 
https://www.youtube.com/watch?v=ezUSr2yjp_I 
https://www.youtube.com/watch?v=ezUSr2yjp_I
Segue slides do produto virtual desenvolvido juntamente com a videoaula: 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO III 
 
TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA A DIVULGAÇÃO DE 
MATERIAL DIGITAL DESENVOLVIDO NO PROJETO 
DE EXTENSÃO 
 
 
Eu Daiane Rodrigues Lourenço, acadêmico do curso Pedagogia, matrícula 1488392, CPF 
000.382.730-55, da turma PED 5676 autorizo a divulgação do produto virtual, realizado para 
atender o Projeto de Extensão, intitulado de: A reinvenção docente em tempos de isolamento 
social, de acordo com critérios abaixo relacionados: 
 
a) O produto virtual é de minha autoria, desenvolvido com materiais de diferentes 
fontes pesquisa (vídeos, imagens, links de textos para pesquisa, links para visitas 
virtuais, dicas de filmes, livros etc.) devidamente referenciados, conforme as 
Regras da ABNT. 
b) Tenho ciência de que o material por mim cedido à UNIASSELVI é isento de 
plágio, seguindo a Legislação brasileiravigente. 
c) Estou ciente de que o material ficará disponível para consulta pública à 
comunidade interna e externa, desde que aprovado pelos coordenadores, 
professores e tutores da UNIASSELVI. 
 
 
 
Número de telefone fixo/celular: (51) 99316-2625 
 
Dar o aceite _____________________________________ 
 Assinatura do acadêmico 
 
 
Porto Alegre,12 de junho de 2021. 
 
 
 
ANEXO III 
 
TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA A DIVULGAÇÃO DE 
MATERIAL DIGITAL DESENVOLVIDO NO PROJETO 
DE EXTENSÃO 
 
 
Eu Luciana Monteiro, acadêmico do curso Pedagogia, matrícula 428016, CPF 59688602000, da 
turma PED 5676 autorizo a divulgação do produto virtual, realizado para atender o Projeto de 
Extensão, intitulado de: A reinvenção docente em tempos de isolamento social, de acordo com 
critérios abaixo relacionados: 
 
d) O produto virtual é de minha autoria, desenvolvido com materiais de diferentes 
fontes pesquisa (vídeos, imagens, links de textos para pesquisa, links para visitas 
virtuais, dicas de filmes, livros etc.) devidamente referenciados, conforme as 
Regras da ABNT. 
e) Tenho ciência de que o material por mim cedido à UNIASSELVI é isento de 
plágio, seguindo a Legislação brasileira vigente. 
f) Estou ciente de que o material ficará disponível para consulta pública à 
comunidade interna e externa, desde que aprovado pelos coordenadores, 
professores e tutores da UNIASSELVI. 
 
 
 
Número de telefone fixo/celular: (51) 991257430 
 
Dar o aceite _____________________________________ 
 Assinatura do acadêmico 
 
 
Porto Alegre,12 de junho de 2021.

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