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Matheus dos Santos Correia UniFG – Medicina (Perda de Peso, Fadiga e Anemia) 1 SITUAÇÃO PROBLEMA 01- UM NÚMERO PARA NÃO ESQUECER Dúvidas: - Calcular o Clarance de Creatinina atual: O Clearance nada mais é do que a depuração de creatinina através da filtração glomerular. Essa ferramenta é utilizada para que possamos estimar a TFG. Há também o clearence de ureira, entretanto esse não é utilizado pois parte da ureia, diferentemente do que acontece com a creatinina é absorvida. Desse modo, o clearence de creatinina pode variar de 91-130 ml/min. É importante destacar que ele costuma ser maior 10-15% do que a TFG normal, pois uma parte da creatinina depurada é secretada diretamente pelos túbulos renais. Na prática médica solicitamos que o paciente colete toda a urine durante 24h. Desse modo, dosamos a concentração urinária de creatinina, o volume urinário, a creatinina sérica e calculamos o clearence. - Quando o captopril causa “nefrotoxidade” - Tríade de Feocromocitoma: O feocromocitoma nada mais é do que uma neoplasia das células cromafins da suprarrenal. Normalmente, esse tumor se apresenta de forma hipervascularizada, podendo contem em seu interior áreas hemorrágicas. Os pacientes com feocromocitoma se apresentam com crises paroxísticas de hipertensão arterial (hipotensão postural), cefaleia, sudorese profusa, palpitações, palidez e sensação de morte iminente. De forma conceitual o feocromocitoma causa uma hipertensão arterial secundária. Os pacientes que possuem feocromocitoma apresentam uma piora da hipertensão arterial com o uso de antagonistas beta-adrenérgicos (bloqueio do estímulo beta-2 de vasofilatação muscular), sendo esse achado uma pista para o diagnóstico. 1. Diferenciar Sd. consumptiva e caquexia. A síndrome consumptiva nada mais é do que um conjunto de sinais e sintomas que corroboram com a suspeita clínica de perda de peso não intencional. Dessa forma, a síndrome Matheus dos Santos Correia UniFG – Medicina (Perda de Peso, Fadiga e Anemia) 2 consumptiva se caracteriza por ser um diagnóstico sindrômico que o examinador pode utilizar quando se deparar com os achados semiológicos característicos da mesma. Por outro lado, a caquexia é uma perda de massa muscular não intencional, podendo apresentar perda de concomitante de gordura ou não. Paradoxalmente, os pacientes que apresentam caquexia apresentam um aumento significativo da taxa de síntese proteica, haja vista a grande quantidade de “matéria-prima”, os aminoácidos, disponível. Geralmente os pacientes que apresentam caquexia possuem algum tipo de doença orgânica como base. Matheus dos Santos Correia UniFG – Medicina (Perda de Peso, Fadiga e Anemia) 3 2. Abordar as etiologias, quadro clínico e diagnóstico (clínico e complementar; protocolo dos "nove D´s") da caquexia. A síndrome consumptiva apresenta uma perda de peso sugerindo uma etiológica grave. Cabe destacar que a perda de peso é responsável por várias internações em hospitais, apresentando um enorme problema de saúde pública. A principal etiologia por traz dessa síndrome é o câncer, seguido de distúrbios psiquiátrisco e doenças do aparelho digestório. A perda de peso significativa pode ser determinada por uma redução maior que 5% do peso em um período 6 a 12 meses. Uma perda de peso maior que 10% já é considerada uma desnutrição associado à deficiência humoral e celular. A fisiopatologia por traz da síndrome consumptiva pode apresentar três categoriais: diminuição da ingestão de alimentos, metabolismo acelerado ou aumento da perda de energia. A síndrome é caraterizada por uma desordem multifatoriais, sendo que medicamentos, fatores de crescimento e citocinas presentes em quadro neoplásico podem dar origem a essa disfunção, até mesmo o tratamento pode estar associado à perda de peso. Mesmo existindo essas várias causas que podem originar um quadro de síndrome consumptiva, não podemos esquecer que durante o processo de envelhecimento há o que denominamos de “anorexia fisiológica da idade” por um aumento da colescistocinina e redução do metabolismo basal. Sendo muito bem caracterizada por uma perda de massa magra corporal nas extremidades e estoque de gordura central. A perda de peso ainda pode ser dividida em dois grandes grupos: perda de peso involuntária com aumento ou diminuição do apetite e a perda de peso voluntária. A primeira consiste no aumento do gasto energético ou perda de calorias pelas fezes ou urina. Desse modo, a caloria ingerida é insuficiente para suprir o déficit energético. Doenças como hipertireoidismo, DM descompensado, síndrome da má absorção e aumento da atividade Matheus dos Santos Correia UniFG – Medicina (Perda de Peso, Fadiga e Anemia) 4 física podem resultar nesse quadro. Por outro lado, as segundas apresentam como as principais etiologias as doenças psiquiátricas e câncer. ETIOLOGIAS NEOPLASIAS: A caquexia foi bem melhor estudada quando a mesma está relacionada ao câncer, tanto que o termo caquexia do câncer é bastante utilizado. Tal fato foi justificado devido aos enormes fatores associado a essa malignidade que colaboram para a perda de peso ou o hipermetabolismo. Tal fator é explicado através da enorme circulação de citocinas e polipeptídios oriundos do sistema imunológico que resultam em uma resposta inflamatória intensa, justificando o estado hipermetabólico. Além do câncer as lesões, infecções e doenças crônicas apresentam mecanismos semelhantes que induzem esse estado. A hipótese que justifica a indução de um estado hipermetabólico na presença de uma gama de citocinas circulantes derivam da introdução sistemática desses agentes em um organismo. Além disso, não podemos desconsiderar o papel da predisposição genética a qual algumas substâncias derivadas de tumor são potencialmente indutoras da caquexia, pois elas interagem com genes do músculo esquelético. De forma sintética o câncer é um estado de consumo de energia associado ao um hipercatabolismo (aumento da concentração dos hormônios catabólicos, como adrenalina e cortisol, e redução dos anabólicos, insulina). Desse modo, estabelece um estado de depleção de massas magra que culmina em um emagrecimento involuntário. Matheus dos Santos Correia UniFG – Medicina (Perda de Peso, Fadiga e Anemia) 5 DOENÇAS GASTROINTESTNAIS As doenças gastrointestinais formam um grupo importante para a síndrome consumptiva, pois elas agem localmente no TGI promovendo danos à fisiologia do sistema. As principais doenças envolvidas são: a úlcera péptica (como sabemos é a formação de uma lesão na mucosa gastrointestinal que resulta em processo inflamatório e sintomas anorexígenos), doença celíaca (uma hipersensibilidade ao glúten que resulta em um mecanismo imunológico que pode causar uma síndrome absortiva, através da atrofia das vilosidades) e a doença inflamatória intestinal (responsáveis por alterar o hábito intestinal). Lembrar de falar de pancreatite aguda e síndrome da mesentérica superior (angina mesentérica). Todo esse grupo de patologias resultam em dor, disfagia, na presença de um estado inflamatório sistêmico e perda de nutrientes pelas fezes. A clínica dos pacientes que possuem essas afecções intestinais é marcada pela presença de anorexia, dor abdominal, disfagia, saciedade precoce, diarreia, esteatorreia ou sangramento crônico. Quanto aos pacientes que possuem a doença inflamatória intestinal podem apresentar sinais e sintomas extraintestinais. São eles: atrites, lesões nas mucosas, danos metabolismo hepático, uveíte e retardo no crescimento. TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS Esse grupo abrange cerca de 10-23% dos casos de perda de peso de forma não intencional. As principais etiologias são a depressão e os transtornos alimentares. A depressão induz a perda de peso decorrente a todo seu processo fisiopatológico o qual ocorre de forma multifatoriale sobreposta. Sendo assim, seus sinais e sintomas corroboram para esses mecanismos: isolamento social, demência, disfagia e uso de medicamentos. Quanto aos transtornos psiquiátricos são marcados pela diminuição da ingesta de nutrientes, compulsão alimentar e uso de medicamentos para perda de peso. O DSM-5 traz como critério diagnóstico dois conceitos: a anorexia nervosa (incapacidade ou falta de desejo de manter um peso corporal adequado – medo de engordar) e bulimia nervosa (compulsão alimentar com perda do controle da quantidade de alimentos que ingere, seguido de comportamentos compensatórios, como jejum prolongado e autoindução de vômitos – pontas dos dedos e unhas desgastados pelo contato com o ácido clorídrico). Além disso, a perda de peso se encontra presente em pacientes que possuem transtornos psiquiátricos: portadores de transtorno bipolar, hiperatividades e ansiedade podem causar padrões anormais de alimentação. ENDOCRINOPATIAS Hipertireoidismo: resulta em um estado de hipermetabolismo que culmina no aumento da concentração sérica de hormônio tireoidiano circulante. O paciente apresenta uma hiperfagia (aumento da ingesta de alimentos), mas, paradoxalmente, a presença de emagrecimento. A perda de peso é justificada pelo aumento da taxa metabólica basal, pelo aumento da motilidade gastrointestinal, hiperdefecação e má absorção de alimentos. Pacientes que possuem tal afecção apresenta uma incidência maior de Matheus dos Santos Correia UniFG – Medicina (Perda de Peso, Fadiga e Anemia) 6 possuir doença celíaca. Geralmente, o hipertireoidismo em jovens cursa com o aumento da ingesta de alimentos, enquanto que em idosos ocorre anorexia. A biotina causa um hipertireoidismo falso (redução de TSH e aumento de T4 livre) Diabetes Mellitus: na diabetes ocorre o que se chama de “forme celular” a qual traduz a pouca concentração de glicose dentro das células. Tal fato pode ser explicado pela redução da sensibilidade à insulina (principalmente em portadores de diabetes descontrolada), ou redução da concentração da insulina. Desse modo, o paciente pode apresentar o apetite preservado ou até mesmo aumentado, na tentativa de manter o nível glicêmico alto. FALAR DO FEOCROMOCITOMA! DOENÇAS NEUROLÓGICAS Várias doenças neurológicas, incluindo acidente vascular cerebral, demência, doença de Parkinson e esclerose lateral amiotrófica, podem levar à perda de peso. A perda de peso pode ser decorrente de um ou mais déficits, como cognição alterada, disfunção motora e disfagia, associados a esses distúrbios. Em um estudo de coorte prospectivo com 1.900 pessoas, um declínio do peso da meia-idade foi associado a um risco aumentado de comprometimento cognitivo leve. Uma atenção aos pacientes com demência: devemos pesá-los rotineiramente, e solicitar um acompanhamento mais próximo desse paciente, pois eles normalmente não reportam os sintomas, pois acabam não se lembrando no momento da consulta. Medicamentos / substâncias - medicamentos de venda livre, prescritos e ilícitos podem levar à perda de peso. A perda de peso é um efeito adverso conhecido de vários Matheus dos Santos Correia UniFG – Medicina (Perda de Peso, Fadiga e Anemia) 7 medicamentos prescritos comuns, incluindo anticonvulsivantes, medicamentos para diabetes e medicamentos para tireoide. É importante ressaltar que os inibidores anticolinesterásicos (IAChE) usados para tratar a demência podem contribuir para a perda de peso. Uma meta- análise de 25 estudos com mais de 10.000 pacientes demonstrou que os participantes que tomam IAChE tiveram uma probabilidade aumentada de perda de peso. Perda de peso acentuada pode ocorrer após redução ou retirada de alguns medicamentos antipsicóticos. Os pacientes que apresentam perda de peso geralmente são tratados por muitos anos com altas doses. A perda de peso com a retirada de agentes antipsicóticos mais recentes ocorre com pouca frequência. IDOSO (Lembrar de fazer uma oroscopia – avaliar a dentição) Deve-se ter em mente que os idosos são uma população em especial, cujas causas comuns de emagrecimento podem ser lembradas de forma mais prática através dos “Dez D’s do Emagrecimento no Idoso”: Dentição (próteses mal adaptadas, dentes mal cuidados, dor ao mastigar, diminuição do paladar, lesões gengivais), Disgeusia (Perda do paladar associada a perda do olfato, anosmia, com a idade), Disfagia, Diarreia, Doenças Crônicas, Depressão, Demência (perda progressiva dos instintos de fome e sede), Disfunção (perda de entes queridos, condições socioeconômicas precárias, dependência), Drogas, Don’t Know (Não sei – Uma boa parte dos pacientes idosos exibem emagrecimento sem uma causa conhecida). MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS O quadro clínico das síndromes consumptivas nada mais é do que a perda de peso não intencional de forma progressiva a partir dos dados antropométricos. A medida do peso, embora não traduz um diagnóstico, serve como um parâmetro importante durante a avaliação desse paciente. A febre é um importante sintoma relacionado à perda ponderal, que pode estar presente em quadros inflamatórios, como infecções, quadros neoplásicos, reumatológicos, de doença inflamatória intestinal e de outras doenças sistêmicas, como Insuficiência Cardíaca (IC), Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Insuficiência renal (IR), dentre outras. Podem ter outras causas menos comuns não inflamatórias, como causas mecânicas, psíquicas e por abuso de substâncias ou síndrome de abstinência. Matheus dos Santos Correia UniFG – Medicina (Perda de Peso, Fadiga e Anemia) 8 O exame físico do paciente pode demonstrar diversos sinais de síndrome consumptiva, inclusive através da observação. Imagine um paciente que entra em seu consultório com fácies emagrecida e utilizando de roupas largas, isso já deve criar um alerta para investigação ponderal adequada em seu exame físico! Podemos observar a perda de massa magra em conjunto com a atrofia muscular nesses pacientes, bem como a presença de descamação cutânea, queilite (ressecamento, rachaduras e lesões avermelhadas em lábios) e unhas fracas e quebradiças. Com relação ao peso, deve-se observar a duração da perda de peso e a sua relação com o peso anterior (basal). De dados antropométricos, também é pertinente a aferição de altura e IMC, para que se possa observar o grau de magreza. PACIENTES JOVENS AS PRINCIPAIS CAUSAS SÃO ENDÓCRINO/INFECCIOSAS! Matheus dos Santos Correia UniFG – Medicina (Perda de Peso, Fadiga e Anemia) 9 - Solicitar as sorologias como ponta pé inicial dessa investigação minuciosa; - Solicitar cálcio; Matheus dos Santos Correia UniFG – Medicina (Perda de Peso, Fadiga e Anemia) 10 Alguns medicamentos contribuem para a síndrome consumptiva. Os medicamentos que alteram o paladar (IECA, aluperinol e espirolactona), anorexia (fenitoína e outros anticonvulsivantes, antipsicóticos e digoxina), náuseas e vômitos (metformina, antibacterianos), e drogas ilícitas (cocaína, anfetamina). Uso de levotiroxina pode resultar em um hipertiroidismo exógeno. DIAGNÓSTICO A suspeita clínica de um paciente com síndrome consumptiva é alcançada através da anamnese e no exame físico, totalizando cerca de 90% dos casos. Após essa avaliação inicial devemos lançar mão da pesquisa laboratorial em busca de identificar a etiologia na qual estamos lidando. Quanto a pesquisa laboratorial ela deve ser realizada em duas etapas. A primeira consiste em uma visualização global da situação do paciente, na qual solicitaremos provas para inflamação (hemograma, leucograma, PCR e VHS, HIV, glicose, hemoglobina glicada, hepatites B e C e radiografia de tórax), além disso a análise de outros órgãos como (enzimas hepáticas, albumina, TSH e EAS). A partir do resultado desses exames partiremos para a segunda etapa da investigação a qual é mais específica. Esta última consisteem solicitar: exame oculto nas fezes, mamografia, Papanicolau, PSA, endoscopia digestiva alta e colonoscopia. 3. Caracterizar síndrome do idoso frágil. A fragilidade senil constitui como uma síndrome geriátrica a qual vem sofrendo nos últimos 30 anos algumas adaptações no que tange a seu conceito. Na década de 1980 a fragilidade senil era encarada como um grau acentuado de dependência funcional do idos perante seu cuidador. Hoje, por outro lado, o conceito ganhou base fisiopatológicas as quais o justifica. Toda essa mudança de ponto de vista foi fundamental para alterar como o examinador se depara com um idoso, direcionando seu olhar agora em encontrar determinantes, fatores predisponentes e tratamentos para tal síndrome. Tal conceito agora permite que o examinador identifique os riscos a algumas complicações, perda de funcionalidade, dependência, hospitalização, quedas, doenças agudas e mortalidade. Entretanto, a assistência a um idoso frágil se dá de forma multiprofissional a qual requer maiores custos e maiores aparatos tecnológicos. A síndrome do idoso frágil se estabelece através de um tripé composto por desregulação neuroendórcrina, sarcopenia e disfunção imunológica. Forma-se então um ciclo vicioso no qual é decrescente, iniciando com uma redução da taxa metabólica, redução da velocidade de caminhada e atividade física a qual leva a um quadro de sarcopenia. O idoso pode entrar neste ciclo vicioso por tais maneiras: doença aguda, déficit sensorial, desbalanço energético- proteico, imobilização, demência, polifarmácia – iatrogenia e outros. Matheus dos Santos Correia UniFG – Medicina (Perda de Peso, Fadiga e Anemia) 11 Como vimos, a sarcopenia ganha importante papel para determinar a síndrome do idoso frágil. Para tanto, faz-se necessário identifica-la através do fluxograma para rastreio. A sarcopenia (perda de massa muscular) pode evoluir para uma dinapenia (perda de desempenho ou força muscular). Cabe destacar que normalmente todo idoso frágil apresenta uma vulnerabilidade aumentada e uma capacidade de manter homeostasia reduzida. Desse modo, é bastante difícil que um idoso frágil mantenha o equilíbrio entre o diversos sistema de nosso organismo e os fatores estressores. Quanto aos critérios diagnósticos é sabido que hoje existem cerca de 67 instrumentos que permitem a avaliação da fragilidade no idoso. O grande problema desse enorme número é a falta de padronização entre os instrumentos. Apensar da ausência de padronização um consenso entre os instrumentos é encarar a fragilidade como uma síndrome clínica. O principal instrumento utilizado para o diagnóstico foi desenvolvimento por Linda Fried o qual apresenta cinco parâmentros: (1) redução de força de pressão palma; (2) redução da velocidade de marcha; (3) perda de peso não intencional; (4) sensação de exaustão; (5) baixa atividade física. Matheus dos Santos Correia UniFG – Medicina (Perda de Peso, Fadiga e Anemia) 12 EMBORA O DIAGNÓSTICO SEJA ALCANÇADO ATRAVÉS DESSES CRITÉRIOS PROPOSTOS POR FRIED, VALE REASSALTAR QUE OUTROS ASPECTOS DEVEM SER RASTREADOS E ENCARADOS COMO FATORES DE RISCO PARA FRAGILIDADE, SÃO ELES: DÉFICIT DE COGNIÇÃO, DEPRESSÃO, DOR, POLIFARMÁCIA E PATOLOGIAS. IMPORTANTE CRÍTICA!! O manejo dos pacientes com fragilidade consiste em uma abordagem terapêutica complexa, sendo que a intervenção isolada de anabolizantes (em relação à sarcopenia), reposição hormonal e anti-inflamatórios não é tal eficaz. Desse modo, as medidas de mudança de estilo de vida são imprescindíveis: exercícios aeróbicos (150 minutos por semana), exercício físico resistido, aumento da ingesta proteica (> 1,2 g/kg/dia), utilização de suplementação (vitamina D e ácidos graxos). 4. Explicar a importância do acompanhamento multiprofissional, grupos de apoio e relação familiar na Sd. consumptiva. Uma boa nutrição e cuidados com a alimentação são condições essenciais para um sistema imunológico saudável. No entanto, uma pessoa com HIV/AIDS pode ter dificuldades em assegurar uma boa nutrição por diversos fatores e intercorrências. A combinação de terapia medicamentosa junto com a terapia nutricional favorece significantemente a melhora do estado nutricional das pessoas que convivem com essa doença, diminuindo assim, a taxa de mortalidade e a incidência de infecções oportunistas. Se faz necessária uma maior atenção a este grupo de risco, com capacitações continuadas para os profissionais da nutrição, acompanhamento da equipe multidisciplinar, para que em conjunto contribua para a melhoria do quadro clínico desta população tão vulnerável. A atuação do profissional nutricionista neste caso é imprescindível, é de suma importância conhecer os sinais e sintomas relacionados à infecção pelo HIV, pois é fundamental na decisão da dietoterapia, com uso de artefatos como o questionário de anamnese alimentar, avaliação nutricional subjetiva global. Matheus dos Santos Correia UniFG – Medicina (Perda de Peso, Fadiga e Anemia) 13 Com o presente estudo, observa-se a importância da prática clínica e do estudo das políticas e programas de saúde pública dos alunos graduandos ao longo do curso de nutrição, com objetivo de aperfeiçoar e qualificar as orientações dadas a este grupo com risco nutricional grave devido à doença de base. Ressaltar o papel do nutricionista a fim de avaliar a questão dietética do paciente, o dentista fundamental para a dentição do paciente e boca e o fonodiólogo na avaliação da disfagia. O psiquiatra é fundamental para questão dos transtornos, visto que a perda de peso é um dos critérios para depressão!
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