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Efeitos da Radioterapia e Quimioterapia em pacientes oncológicos

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Efeitos da Radioterapia e Quimioterapia em pacientes oncológicos
Tratamentos do câncer bucal: cirurgia (tratamento padrão ouro), quimioterapia e radioterapia 
A radioterapia promove alterações físicas, químicas e biológicas, interferência na reprodução, reparação e metabolismo celular.
A curabilidade local só é atingida quando a dose de radiação aplicada é letal para o tecido tumoral sem, contudo, ultrapassar a tolerância dos tecidos normais. A idade, dose, tempo de tratamento e a localização do tumor são fatores relevantes para a decisão da dose de radiação. 
Os quimioterápicos danificam as células em mitose e quando elas se dividem para formar outras células, a gente chama de subclones e acredita-se que cada formação de subclone é mais agressiva do que a célula inicial. O tratamento quimioterapia ideal é aquele que causa efeitos irreparáveis nas células malignas e que permite a sobrevivência de células normais. 
Complicações gerais da quimioterapia: as células hematopoiéticas são as principais atingidas por infecção, anemia e hemorragia; pelos (alopecia) são altamente sensíveis; células que revestem o trato gastrointestinal por isso que o paciente apresenta náusea, vômito, diarreia e mucosite. 
Efeitos colaterais
Radioterapia
Agudos (durante o tratamento ou nas 1ª semanas após): mucosite, disgeusia (perda do paladar), disfagia (dificuldade de deglutição), infecções oportunistas, xerostomia e dermatite.
Tardios (semanas, meses ou anos após o tratamento): cárie de radiação (é um efeito secundário a xerostomia), osteorradionecrose (danos irreversíveis aos osteócitos, osso hipóxico, hipocelular e hipovascularizado, para não ter a osteorradionecrose deve-se evitar trauma local e manter a limpeza durante o tratamento e quando necessário exodontias), trismo (pode acontecer no músculo massater, temporal, pterigóides medial e lateral, cápsula da ATM).
Mucosite 
É um termo designado genericamente para a ocorrência de alterações em todas as mucosas (bucal, esofágica, entérica, retal e vaginal) atingidas pela citotoxicidade dos oconterápicos. É uma ulceração ou inflamação da mucosa bucal, a qual não pode ser diagnosticada histologicamente como nenhuma outra doença. É um dos efeitos adversos mais significativos da radioterapia e da quimioterapia, ou seja do tratamento antineoplásico. 
Epidemiologia: 40% dos pacientes que recebem quimioterapia, 75% dos pacientes que recebem quimioterapia com transplante de medula óssea, 90% dos pacientes que recebem radioterapia da cabeça e pescoço, apresentam mucosite. 
Aparecimento
Proveniente da radioterapia: 2ª semana de tratamento
Proveniente da quimioterapia: 1ª semana de tratamento
Características clínicas: eritema, edema, ulceração, hemorragia e dor
A dor diminui a qualidade de vida do paciente, dificulta a alimentação, a deglutição, a fonação, alterações ou interrupções do tratamento e isso diminui o controle do crescimento tumoral. 
Graus da mucosite
nos graus III e IV o paciente não tem condições de continuar o tratamento ou ele vai precisar ser internado para receber uma nutrição parenteral.
Grau II: área bastante avermelhada e áreas brancas que são as com necrose epitelial
Grau III: esse paciente tinha as áreas de mucosa jugal e palato totalmente afetadas
Grau IV: área branca, epitélio necrosado, úlceras 
A ulceração a nível histológico: há uma desintegração do epitélio pela ação da radioterapia, ao expor o tecido conjuntivo há uma colonização bacteriana e as células inflamatórias liberam citocinas inflamatórias. Clinicamente: existe uma pseudomembrana. 
Prevenção e tratamento da mucosite: visa a melhoria da qualidade de vida do paciente e a não interrupção do tratamento. 
São utilizados: a camomila, clorexidina, crioterapia, fotobiomodulação (menor reação inflamatória, redução da dor e acelera a cicatrização) e a melhoria na qualidade de saúde oral, analgésicos, antibióticos, nistatina (tratar candidíase) 
 Xerostomia
As glândulas salivares maiores e menores sofrem uma fibrose irreversível. Causa dificuldade de fala, disfagia, redução da ação bactericida da saliva.
As condições socioeconômicas, elas interferem diretamente na alimentação e nos hábitos (por exemplo: álcool e tabagismo) da população, isso são causas externas que podem ser relacionadas ao desenvolvimento de câncer e maior mortalidade. Além de também interferir na falta ou deficiência de campanhas de conscientização e realização de exames preventivos para detecção precoce.

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