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EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARTIDO POLÍTICO BETA, vem por meio de seu advogado que esta subscreve, com instrumento de mandato anexo e endereço constante no rodapé da presente para onde devem ser remetidas as intimações, respeitosamente, perante Vossa Excelência, nos termos do artigo 102, I, a e p., CRFB/1988, art. 13 e ss. da Lei 9.868/1999 e arts. 319 e ss. do CPC, propor a presente AÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL Contra omissão do Exmo. GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor. I. DA LEGITIMIDADE ATIVA A Constituição Federal em seu artigo 103, incisos I a IX, estabelece rol de legitimados para proporem a presente ação, dentre os quais se inserem os partidos político com representação no Congresso Nacional. Conforme entendimento do STF, independe de pertinência temática os partidos políticos para a propositura da ação. Isso independe da matéria versada na norma atacada. O controle normativo abstrato, sem as restrições decorrentes do vinculo de pertinência, constitui natural derivação da própria natureza e dos fins institucionais que justificam a existência em nosso sistema normativo, dos partidos políticos (STF ADI 1396). II. DA FUNDAMENTAÇÃO Trata-se de impugnação a ato municipal (arts. 11 e 12 da Lei Orgânica do Município Alfa), que violam preceitos fundamentais constitucionais como a violação ao princípio da separação dos poderes (art. 2º), a violação à competência legislativa exclusiva da União (art. 22, inciso I), bem como afronta i art. 29 que dispõe sobre os municípios e sobre as respectivas leis orgânicas, as quais devem observar os preceitos da Constituição e a Súmula Vinculante nº 46 do STF que define os crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são de competência legislativa privativa a União. Sendo a ADPF única ação de controle de constitucionalidade cabível contra norma municipal e anterior a CRFB/88, na forma do art. 1º, parágrafo único, inciso I, e do art. 4º, § 1º, ambos da Lei nº 9.882/99. III. DA CONCESSÃO DE MEDIDA CAUTELAR De acordo com o art. 5º, § 3º, da Lei 9.882/99, a tutela de urgência cautelar no caso concreto tem por objetivo sustar a eficácia do artigo 11 e, por consequência, suspender o trâmite da representação por crime de responsabilidade oferecida em favor do prefeito. IV. DOS PEDIDOS De acordo com o que foi acima exposto, requer: Que seja concedida liminar para suspender o trâmite da representação por crime de responsabilidade oferecida em desfavor do prefeito; A notificação das autoridades e órgão, responsáveis pela violação ao preceito fundamental da Constituição Federal, para querendo, manifestem-se, caso assim se entender; A notificação, caso Vossa Excelência entenda pertinente, do Exmo. Sr. Advogado-Geral da União, para se manifestem-se, caso assim se entender; A oitiva do Exmo. Sr. Procurador Geral da República e do Ministério Público, nos termos do artigo 5º, § 2º, e do artigo 7º, parágrafo único da Lei nº 9.882/99. Seja julgado procedente o pedido para declarar a incompatibilidade com a Constituição da República dos artigos 11 e 12 as Lei Orgânica, de 30 de maio de 1985, do Município Alfa. DAS PROVAS Requer a produção das provas admitidas em direito na forma do art. 3, parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial a documental. DO VALOR DA CAUSA Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais). Nestes termos, Pede deferimento Local e data Advogado OAB