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A profissionalização da gestão no futebol e a busca por resultados a partir do redesenho da estrutura organizacional de cargos no Clube de Regatas Flamengo1 Daniele Danchura2 Fabrício Evangelista Pereira3 Luana Araújo Carmo Marques4 Matheus Abreu Pereira5 Nerivaldo da Silva Amorim Filho6 Rosa Almeida Freitas Albuquerque 7 1 INTRODUÇÃO Futebol. O esporte considerado paixão nacional e o mais popular no mundo, criado na Inglaterra no século XVII, movimenta atualmente um mercado financeiro bilionário, proporcionando eventos globais, utilizando cada vez mais a tecnologia como aliada em transmissões e equipamentos esportivos, e transformando atletas de todas as origens em ídolos mundiais. A prática do futebol chegou ao Brasil em 1894 e cresceu muito a partir de então, fazendo com que o remo, esporte mais praticado na época no país, ficasse em segundo plano, sendo quase esquecido pelos brasileiros. Isso fez com que algumas equipes de remo se transformassem em clubes de futebol, como o Vasco da Gama, o Botafogo e o Flamengo. Desde então muita coisa mudou. Ao longo das últimas décadas, o esporte se desenvolveu e se modificou de forma que passou a ser encarado como um negócio lucrativo para as partes envolvidas: clubes, jogadores, empresários, patrocinadores, sócios e cidades. 7 Doutora em Administração pela Universidade Nove de Julho/São Paulo, Mestre em Administração pela Universidade de São Paulo – SP. Especialista em Gestão de Negócios pela Universidade Federal do Paraná. Graduada em Administração pela Universidade de Cuiabá/UNIC. 6 Graduando no curso de Administração pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da UFMT/Cuiabá. 5 Graduando no curso de Administração pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da UFMT/Cuiabá. 4 Graduanda no curso de Administração pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da UFMT/Cuiabá. 3 Graduando no curso de Administração pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da UFMT/Cuiabá. 2 Graduanda no curso de Administração pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da UFMT/Cuiabá. Graduada em Comunicação Social – Jornalismo pela UFMT/1999. 1 Artigo apresentado como trabalho da disciplina de Gestão de Pessoas I pelo curso de Administração pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Federal em Mato Grosso (UFMT), campus Cuiabá. Hoje em dia, o futebol é muito mais que um esporte, há toda uma indústria por trás de um jogo. O esporte se profissionalizou. Desta forma, com a profissionalização do futebol formou-se um setor competitivo e promissor entre os clubes, surgindo assim a necessidade da implementação de modelos administrativos para realizar a gestão dessas “empresas” futebolísticas. Isto porque, um clube de futebol, que antes contava basicamente com a renda da venda dos ingressos para os jogos e da venda dos jogadores, atualmente precisa gerir muito mais que isso. A renda dos clubes, nos dias de hoje, é proveniente da bilheteria dos jogos, transferências (venda e empréstimo) de jogadores, programa sócio-torcedor, produtos personalizados com a marca do time, cotas de TV, patrocínio, entre outros. E, nesse processo de profissionalização dos grandes clubes, alguns brasileiros e muitos europeus, é preciso ter um modelo de gestão bem definido, para poder pensar estrategicamente, tanto na manutenção do clube como em seu crescimento financeiro e estrutural. Tomando como base este cenário, este trabalho pretende demonstrar a estrutura organizacional necessária, com um desenho de cargos efetivo, para a realização de uma administração eficiente, profissional, de cultura bem definida, e planejamento estratégico de um dos maiores clubes do futebol brasileiro, de como, nos últimos anos, tem buscado melhorar, e conseguido, o desempenho de suas equipes, tanto em quantidade de vitórias como em resultados financeiros: o Clube de Regatas do Flamengo. 2 A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL A prática esportiva vem se tornando cada vez mais presente, principalmente a prática futebolística, onde diversas pessoas, sobretudo os jovens, vem se profissionalizando para alcançar patamares mais altos de reconhecimento. De acordo com processos históricos presentes no futebol, pode-se perceber que no que tange a Administração, os clubes não vêm obtendo êxito assim, tornando-se precária a gestão nesta área. Para confirmar esta afirmação, há o seguinte trecho citado em um artigo acadêmico: Há muitos anos o destaque do futebol brasileiro está fora das quatro linhas. Os clubes de futebol deste país vêm se destacando pela má administração. Além disso, o país passa por uma severa crise que atinge todos os setores da economia. Para que o futebol do Brasil não fique apenas como lembrança, é necessária uma reformulação urgente na estrutura dos clubes de futebol desse país. (AZEVEDO, 2016, p. VI) Diante de todas as mudanças sociais, econômicas e políticas, há também a adequação a novos cenários que vão surgindo, tornando cada vez mais a habilidade de adaptação de extrema importância para diversos setores. O C.R. Flamengo é uma das empresas diretamente exposta a esse desafio, já que está recentemente no processo de racionalização da administração em sua gestão, sendo objeto de estudos em diversos artigos acadêmicos: O Clube de Regatas do Flamengo, por estar em evidência com seu o processo de profissionalização da sua gestão, é objeto de estudo deste trabalho e gerou a seguinte questão: como foi o processo de racionalização da administração que foi recentemente implantado no clube. Para entender e analisar esse processo utilizou-se como marco conceitual a teoria Burocrática de Weber que ajuda a entender a nova gestão adotada pelo Flamengo. (AZEVEDO, 2016, p. VI) O Clube de Regatas Flamengo, assim como muitas empresas, possui um desenho de cargos que consiste na disposição destes em uma estrutura horizontal que atribui poder de controle através do cargo e não da pessoa em si. A divisão acontece baseada nos objetivos a serem atingidos e tem o propósito de estabelecer as atribuições de cada integrante. Assim, garante que todos saibam quais as suas tarefas, competências e capacidade de comando sem interferir naquilo que não lhe compete. O desenho de cargos é muito importante para uma organização, pois possibilitará aos colaboradores visualizarem crescimento profissional dentro da organização, as tarefas e funções serão mais claras, cada supervisor poderá controlar um número maior de subordinados e minimizará os custos de treinamento. Segundo CHIAVENATO (2004, p.162), desenhar um cargo significa “definir o conteúdo do cargo (conjunto de tarefas ou atribuições que o ocupante deverá desempenhar); os métodos e processos de trabalho (como as tarefas deverão ser desempenhadas); a responsabilidade (quem é o superior imediato); a autoridade (quem são os seus subordinados)”. Toda empresa necessita de um direcionamento e organização das descrições de cargos que competem à empresa, assim como um plano d e remuneração para os grupos de cargos. O colaborador deve saber quais são suas atribuições, o que a empresa espera do mesmo e até onde pode crescer na organização profissionalmente. É possível observar tamanha importância que a descrição de cargos tem para uma organização, pois é necessário implantar e manter uma estrutura que embase todas as funções que são exercidas diariamente por todos os colaboradores de diferentes setores. Esse tipo de serviço oferece benefícios tanto para o empregador quanto para o empregado, uma vez que regula o exercício da função desse último, que não assume excessivas responsabilidades ou responsabilidades que lhe exijam competências que não apresenta, o que favorece seu desempenho geral. 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O primeiro passo para a realização deste trabalho foi a definição, pela equipe, de uma organização, fosse ela privada, pública ou de terceiro setor, que possuísse um histórico interessante de reestruturação organizacional e estivesse colhendoos frutos desse novo modelo. Durante as pesquisas em sites da Internet, a equipe teve um insight e iniciou uma leitura sobre como os times de futebol no Brasil estariam trabalhando a questão da estrutura organizacional, devido ao crescimento do profissionalismo do setor a cada ano. A partir dos resultados encontrados, a equipe definiu desenvolver a análise sobre o trabalho de gestão e estrutura organizacional do Clube de Regatas Flamengo, do Rio de Janeiro (RJ). Isto porque, além de sair do senso comum das análises estruturais de empresas “comuns”, é preciso levar em consideração que o clube saiu de um cenário caótico de dívidas e falta de credibilidade em 2012, passando por uma tragédia em fevereiro de 2019, quando 10 atletas da categoria de base do clube foram vítimas fatais de um incêndio no alojamento do Centro de Treinamento George Helal, o Ninho do Urubu, para terminar o ano com quatro títulos, como campeão do Campeonato Carioca, Campeonato Brasileiro, da Copa Libertadores da América e da Flórida Cup, e também como vice-campeão da Copa do Mundo de Clubes Final. Também foi realizada pesquisa bibliográfica utilizando-se da literatura existente sobre o assunto, principalmente em livros, mas também em periódicos e artigos on-line. Se faz importante ressaltar que toda pesquisa possui limitações, já que nenhuma consegue atender a todas as demandas relacionadas a um tema. O método adotado pelo grupo na realização deste estudo foi baseado na estratégia qualitativa, buscando informações coerentes e de fontes seguras e oficiais, disponíveis na Internet, e que foram selecionados por relevância da informação e data. Como, em alguns casos, se tratam de relatórios produzidos pelo próprio clube e entrevistas de CEO da instituição, pode conter algumas inverdades, deturpação de dados e mesmo variações de dados devido ao interesse dos envolvidos, mas, como base de pesquisa, necessitamos contar como fatos verdadeiros, ao fato de que estão publicados em sites oficiais e periódicos de renome. Como no Brasil há poucos livros e documentos formais sobre a gestão profissional de clubes de futebol, utilizamos artigos de especialistas no assunto e também trabalhos acadêmicos. 4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS A partir da definição da realização da pesquisa sobre a profissionalização da gestão do C.R. Flamengo, foram encontradas várias matérias jornalísticas sobre o tema em revistas especializadas em esporte e também em economia, negócios, política e tecnologia, assim como também em outros sites, inclusive no do próprio clube de futebol. Também foram encontrados trabalhos de conclusão de curso na área da Administração que abordaram o tema. Foram localizados os relatórios de gestão, na parte de Transparência do site do C.R.Flamengo, e também o organograma atualizado clube, com as descrição dos cargos. O Flamengo, apesar de ser um dos maiores clubes de futebol do Brasil e quiçá, do mundo, vinha amargando dívidas enormes, sem conseguir resultados importantes nos campeonatos do qual participava e estava virando motivo de piada no setor futebolístico, pois não honrava seus pagamentos, nem com credores, e muito menos com o salário de seus funcionários, fossem eles do setor de limpeza do clube ou jogadores de renome, e mesmo assim, realizava contratações exorbitantes na tentativa de conseguir resultados positivos, mas acabava cada vez mais afundando no prejuízo financeiro. Para se ter uma ideia da situação pela qual passava o Flamengo em 2012, último ano de gestão da presidente Patrícia Amorim, o time possuía um déficit financeiro anual na casa dos R$ 20 milhões e uma dívida de quase R$ 800 milhões. O C.R. também sofria com a falta de credibilidade na praça (SIMPLÍCIO, 2019) e os resultados naquele ano eram péssimos, tanto dentro quanto fora de campo. Situações como o caso do Ronaldinho Gaúcho e a contratação, sem uma estratégia financeira, do atacante Vagner Love, só aumentavam a tragédia financeira do clube e traziam à tona discussões sobre o futuro da instituição. Assim como vários outros clubes de futebol, o Flamengo não era visto como uma empresa que deveria ter áreas especializadas, que se comunicassem entre si, dentro de uma estratégia organizacional, buscando um melhor desempenho da instituição. Muitos dos dirigentes que por lá passaram tinha espírito aventureiro/amador como foi o caso do ex-presidente Kléber Leite que, em sua passagem pelo Flamengo, contratou centenas de jogadores contribuindo com o aumento da dívida e, além disso, há indícios que ele usou o clube em benefício próprio (CUNHA, 2010, apud AZEVEDO, 2016, p. 15). E por não ser visto como empresa, não possuía uma parte organizacional estruturada, com departamentos específicos, como marketing e nem setor jurídico, tanto é que, antes do escândalo envolvendo o goleiro Bruno, em 2010, o clube não possuía advogado para defender os interesses do Flamengo. Não havia regras e normas para salvaguardar os direitos, reputação e garantir a ordem no C.R. (AZEVEDO, 2016, p. 15) Mas, a partir de 2013, a situação do C.R. Flamengo começou a mudar quando um grupo de executivos de sucesso, a exemplo do então presidente da Sky, Luiz Eduardo Baptista, o ex-executivo do BNDES, Willian Vasconcelos, e um representante do setor petrolífero, Rodolfo Landim, decidiram colocar suas experiências e currículo a disposição do clube, concorrendo e ganhando as eleições para presidência do Flamengo. Assim começava a profissionalização e reestruturação organizacional do Clube de Regatas. Os resultados de uma nova gestão, mais austera e profissional, começaram a aparecer logo no início. No primeiro ano da gestão do presidente Eduardo Bandeira Mello, em 2013, o clube já passou a ter números positivos no Índice PLACAR/Itaú (SENECHAL, 2020). De acordo como o Índice PLACAR/Itaú BBA de gestão esportiva, iniciativa que surgiu de uma parceria com o economista César Grafietti para criar uma nova métrica para aferir a qualidade da gestão esportiva no país, o Flamengo é o melhor clube brasileiro em termos financeiros dos últimos sete anos, mudando uma realidade que mostrava que, nos três primeiros anos do Índice, o clube teve notas negativas. A última versão do Índice, baseada nos números do balanço de 2019 dos clubes de futebol, trouxe o Flamengo com a nota 8, um ponto à frente do Goiás, o segundo colocado. Nos primeiros dois anos e meio de administração, a nova diretoria se deparou com situações diversas de falta de gestão no clube. Relatos de ex-dirigentes deram conta de que o Flamengo era explorado de todas as formas por pessoas de dentro e de fora do clube. O departamento de marketing era constantemente visitado por amigos e parentes de dirigentes e ex-jogadores, que pegavam camisas e outros “brindes” como se estivessem pegando roupa no armário de casa; ex-jogadores eram mantidos na folha de pagamentos e o salário era dividido entre eles e os funcionários. “Não é que os presidentes fossem necessariamente desonestos”, diz o ex-dirigente. “O problema é que eram amadores e delegavam poder para diretores amadores. Ninguém tinha controle e, lá embaixo, muitos funcionários se aproveitavam do clube”. (MAIA JÚNIOR, 2015) Conforme MAIA JÚNIOR (2015) conta na matéria publicada na Revista Exame, o Clube de Regatas Flamengo funcionava como uma empresa estatal, na qual a forma de administração segue uma lógica de descentralização ou distribuição de competências. Na prática, isso significa que o Flamengo possuía uma diretoria, mas não era diretamente administrada por esta. Os departamentos estavam mais para feudos, e as informações de cada um deles eram confidenciais, ou seja, eles não se conversavam, não trabalham em conjunto, não havia estratégia. De acordo com o publicado na Revista Exame, para que um pagamento de outra área fosse aprovado no departamento financeiro eram feitas exigências em troca, como se fosse um favor. Além disso, os contratos não ficavam no jurídico, como em qualquer empresa, mas simespalhados pela sede. O índice de absenteísmo também era alto. Dezenas de funcionários registrados mal apareciam para trabalhar e quando o faziam, procrastinavam. Alguns foram demitidos e outros enquadrados. Segundo MAIA JÚNIOR (2015), “só na vice-presidência da administração foram encontrados 40 nessa situação”. Todos os setores eram precários, tanto que na área de tecnologia da informação a fragilidade era tanta que qualquer hacker iniciante poderia entrar no sistema e pegar informações confidenciais de contratos de jogadores. “Não havia orçamento nem controle do fluxo de caixa. O clube tinha depósitos em juízo de 5,5 milhões de reais em diferentes contas. Eram recursos para o pagamento de penhoras trabalhistas, mas ninguém sabia onde estava esse dinheiro (mais tarde, tudo foi centralizado numa só conta). (MAIA JÚNIOR, 2015) Com o objetivo de resolver os problemas, a administração do clube foi profissionalizada e atualmente funciona como uma empresa: os vice-presidentes amadores se reúnem para dar as diretrizes, mas a execução é tarefa dos diretores remunerados. O Flamengo então começou a pensar estrategicamente. Um dos primeiros e mais importantes passos dessa nova estratégia foi o lançamento, por iniciativa do Departamento de Marketing, do Programa Nação Rubro-Negra, o programa de sócio-torcedores. Aos poucos, o programa cresceu e se desenvolveu e, atualmente, é uma das principais fontes de receitas do C.R. Flamengo. Com quase mil associados, o programa garante ao clube uma receita de aproximadamente R$ 55 milhões por ano, sendo que todo o rendimento é investido no Departamento de Futebol, seja melhorando a infraestrutura do Centro de Treinamento George Helal, ou seja na contratação de jogadores. (Relatório Anual C.R Flamengo, 2019, p. 13) Em 2017, sob a ótica financeira, o Flamengo conquistou resultados consistentes e positivos, a exemplo da receita que chegou aos R$ 649 milhões, com crescimento nas receitas de marketing (patrocínios e licenciamentos), match day - dia do jogo (bilheteria), broadcasting (televisão, internet e pay per view). De acordo com o Relatório de Gestão 2013-2018 do Flamengo (2018, p. 7), que contém os resultados alcançados durante a gestão de Eduardo Bandeira de Mello, o clube teve a receita líquida recorrente de R$ 428 milhões e lucro líquido de R$159 milhões. O resultado foi fundamental para que fossem realizados investimentos significativos, não apenas dentro de campo, mas principalmente fora. Vários investimentos em processos e gestão no Departamento de Futebol e na administração do clube foram realizados. Foram assinados contratos com a DoublePass, referência mundial em estruturação de processos para o futebol e com a Hay, renomada consultoria de Recursos Humanos na organização de uma nova estrutura de recursos humanos em todo o futebol. Dentro das estratégias de reconstrução organizacional do Flamengo foram contratados profissionais para análise de dados que foram transformados em estratégias desenhadas para melhorar cada vez mais a experiência de quem faz parte do Programa Nação Rubro-Negra. Além disso, a área de Gestão de Pessoas também foi fundamental na reorganização e profissionalização dos colaboradores do Clube, por meio do desenho de cargos dentra da estrutura organizacional, focando no desenvolvimento dos colaboradores, em implantação de programas como Jovem Aprendiz, contratação e inclusão de funcionários com deficiência e aumento de benefícios para colaboradores. O Departamento Jurídico foi outro setor que passou por reformulações e novos profissionais passaram a fazer parte do quadro de colaboradores refletindo em melhoria significativa de performance na condução dos processos tanto das áreas trabalhista, cível e fiscal. Na figura 1 é possível verificar o organograma do Clube de Regatas Flamengo como era em 2013 e como foi se transformando durante a Gestão Bandeira, tornando-se mais funcional e mais departamentalizada. Segundo Weber (apud BRESSER-PERREIRA, 2004), a departamentalização, além de agrupar os indivíduos em função da especialidade e do conhecimento, delimita as atribuições de cada indivíduo e sua amplitude de comando. E, para o melhor desempenho e qualidade nas atividades, grandes organizações aderem à divisão por departamentos que consiste no agrupamento de especialidade e de conhecimento por parte dos profissionais (CHIAVENATO, 2004). Figura 1. Organograma do C.R. Flamengo ao final de 2018. (Relatório de Gestão 2013-2018 do Flamengo (2018, p. 10) Mas as mudanças da estrutura organizacional do Flamengo não pararam por aí, como é possível ver na Figura 2, no qual apresentamos o organograma atualizado, deste ano, disponibilizado no site do clube, no setor Transparência. Como já citado, a presidência do clube é composta por presidente amadores, mas por diretores profissionais. Ao todo o Flamengo possui 12 diretores: Geral, de Relações Governamentais, dos Conselhos, do Centro de Treinamento, de Comunicação, de Esportes Olímpicos, do Jurídico, de Futebol, de Marketing, da Flá Gávea, do Financeiro e do Corporativo. Todos os cargos de direção possuem atribuições, referenciadas ao setor ao qual dirigem. Confira abaixo: ● Diretor Geral: Conduzir a elaboração e execução dos planos estratégicos e operacionais, em todas as áreas do Flamengo; Definir as políticas e objetivos específicos de cada área, coordenando a execução dos respectivos planos de ação, facilitando e integrando o trabalho das equipes; Identificar oportunidades, avaliar a viabilidade e fazer recomendações sobre novos investimentos ou desenvolvimento de novos negócios; Manter contatos com a direção das empresas clientes/patrocinadores para identificar oportunidades de ampliação ou melhoria nos produtos/serviços prestados ou solução de eventuais problemas contratuais ou operacionais; Conduzir os processos de mudanças na cultura da organização e garantir a consolidação de uma cultura organizacional orientada para a contínua busca da qualidade e de altos padrões de desempenho individual e coletivo. ● Diretor de Comunicação: Elevar a imagem do Flamengo e da sua gestão; Assessoria de imprensa e relacionamento com a Mídia; Conteúdo do site do Flamengo; Coordenar e controlar toda a comunicação do Flamengo com os seus torcedores, sócios e com o público em geral; Executar e supervisionar a produção dos meios de comunicação do Flamengo e seus principais canais oficiais. ● Diretor Jurídico: Gerenciar a equipe interna, planejar, controlar e dirigir as atividades da área, em assuntos sobre questões cíveis, tributárias, societárias, trabalhistas, entre outras, de acordo com as determinações do Conselho Diretor; Revisar os documentos estatutários da instituição, elaborar atas, documentos e contratos; Garantir a resolução adequada de possíveis conflitos do clube; Participar de forma permanente de reuniões das equipes comercial e social para embasar juridicamente as ações empreendidas pela instituição. Estar alerta para a possibilidade de ocorrerem disputas legais e supervisionar eventos nos quais sejam necessários aconselhamento jurídico; Reduzir o número de processos do clube. ● Diretor Flá Gávea: Entregar serviços aos sócios do Flamengo; Gerenciar e controlar os contratos dos concessionários estabelecidos na Gávea, Estacionamento, Restaurantes, Lojas e outros; Promover incremento de receitas: Novos sócios e cessão de dependências; Gerenciamento das despesas da Gávea; Cuidar para que todas as áreas do clube funcionem com alto nível de qualidade; Manter os sócios informados de seus direitos e deveres; Cuidar do patrimônio da Gávea e do controle de acesso. ● Diretor de Esportes Olímpicos: Assegurar a excelência do clube como formador de atletas e cidadãos (incluindo atividade meio) Promover a prática esportiva como meio de formação complementar aos jovens alunos/atletas do clube; Promover programas e ações que priorizem a qualidade de vida dos alunos e atletas e que propiciem a valorização e reconhecimentodos profissionais formadores de atletas; Tornar a Escola de Esportes mais atrativa e tê-la como elemento motivador de alunos para as equipes de base; Priorizar o espírito esportivo (fair play) na busca dos resultados das modalidades esportivas norteado pelos valores e práticas; Identificar, selecionar, acompanhar e desenvolver atletas olímpicos no Brasil, resultando em estímulo na formação de jovens atletas; Desenvolver os Esportes Olímpicos do Flamengo de forma autossustentável; Conquistar a liderança no maior número de Esportes Olímpicos (praticados no clube) possível no Brasil; Recuperar a eficiência (atratividade e competitividade); Participar e aprofundar discussão de forma contínua com as instituições reguladoras do esporte no país (federações, confederações, comitês, dentre outras); ● Diretor Financeiro: Gerar as informações para gerenciar o Flamengo, com ênfase no planejamento e controle financeiro e no acompanhamento das metas e projetos estruturantes; Capturar receitas através da área de Marketing; Gerenciar o fluxo de caixa e buscar as fontes de recursos. ● Diretor de Futebol: Gerenciar o futebol profissional e da base; Gestão das comissões técnicas permanentes em todas as categorias; Oferecer um grau de excelência competitiva que torne o Flamengo dominante nos cenários brasileiro e continental e inserido na elite do futebol mundial; Melhorar a relação de custo x performance esportiva; Adotar as melhores práticas e resultados na formação de atletas de base; Manter a melhor equipe técnica tanto no futebol profissional como se base. ● Diretor de Marketing: Responsável pela obtenção de patrocínios; Responsável pelo licenciamento da marca e relação com empresas licenciadas; Responsável pela precificação dos jogos; Responsável pelo gerenciamento do Programa Nação Rubro-Negra, englobando o relacionamento com os contribuintes, elaboração de parcerias de descontos, meios de pagamento, etc... Responsável por desenvolver a marca através de eventos regionais, embaixadas e difusão da história; Responsável por gerenciar o contrato com os patrocinadores e logística de entrega de uniformes do futebol; Responsável pelas operações em jogos e estádios. ● Diretor de CT: Organizar, planejar e orientar o uso dos recursos financeiros, físicos, tecnológicos e humanos, buscando soluções para todo tipo de problema administrativo e organizar o funcionamento dos vários setores do Centro de Treinamento George Helal. ● Diretor Corporativo: Apoiar todas as áreas do Flamengo a executarem suas atividades; Gerenciar os departamentos de RH, CBS, SMS, TI,, Segurança Patrimonial, Almoxarifado, Embaixadas, Responsabilidade Social, Secretaria, Patrimônio Histórico e Infraestrutura. ● Diretor dos Conselhos: Gestão da Diretoria dos Conselhos, Gerenciar sua equipe interna, planejar, controlar e dirigir as atividades em sua área; Leitura e análise dos contratos, orientar e controlar as informações a serem transmitidas às comissões junto com o CEO e diretoria jurídica do Flamengo; Administrar às reuniões dos Conselhos e de todas as comissões permanentes e provisórias; Elaborar minutas de pareceres, atas, ratificação de ata da fundação do Clube, ofícios, atos, editais, outros documentos, conservação dos livros de atas, arquivos físicos e digitais; Coordenar a gestão das eleições de todos os Poderes do Clube, as alterações do Estatuto e dos Regimentos Internos do clube e registrá-las no cartório de RCPJ, mapa de presença dos conselheiros nas reuniões e votantes nas eleições. ● Diretor de Relações Governamentais: Representar a instituição perante os órgãos públicos; Coordenar as ações de representação de defesa de interesses do Clube. Figura 2. Organograma do C.R. Flamengo em 2020. (www.flamengo.com.br/transparencia/organograma) Além das Diretorias, a atual estrutura organizacional do Flamengo traz também a presidência do Conselho Fiscal, o Conselho Fiscal, a Ouvidoria, e as Relações Externas. Com a departamentalização do Flamengo foi necessária a inserção de novos cargos como Gerentes, Coordenadores, Especialistas e Responsáveis pelos Setores em todas as diretorias, totalizando 40 cargos. A exemplo temos a Diretoria de Esportes Olímpicos que, em 2019, criou duas novas áreas, as Gerências de Financiamento Esportivo e de Programas Esportivos. A criação da Gerência de Programas Esportivos teve como objetivo otimizar recursos (humanos e financeiros). Esta área engloba quatro coordenações: Projetos Incentivados e Convênios; Esportes Artísticos; Escola de Esportes Sempre Flamengo e Coordenação Administrativa. A reestruturação gerou uma economia mensal de aproximadamente R$ 19 mil, além dos valores de encargos e benefícios. (Relatório Anual C.R Flamengo, 2019, p. 19) Já na Diretoria Financeira fora elaborado material contendo a identificação das responsabilidades, entregas e interações prioritárias de cada cargo da Diretoria, ajustando de forma individualizada as descrições de cargo. Na Diretoria de Futebol, um dos focos foi a Gerência do Futebol de Base, que teve a reestruturação do organograma, reorganização do Departamento de Captação e aumento do do quadro de observadores técnicos, além da criação do Departamento Sócio Educacional. Mas, o destaque maior pode ser notado no Departamento de Futebol Profissional, por meio do qual foram profissionalizadas todas as etapas do processo e implementação indicadores de desempenho, de forma que todas as tomadas de decisão passassem a ser feitas em cima das melhores práticas de mercado, garantindo a eficiência nos investimentos, com metodologia definida. Para isso, foi preciso avaliar e selecionar profissionais de talento reconhecido, alinhados com os valores do clube e os desafios de sua área de atuação. Também foi aprovada a metodologia de Remuneração, inclusive Plano de Cargos e Salários, alinhada com a Estrutura Organizacional e o Orçamento de Despesas com Pessoal, garantindo a competitividade na atração e retenção de Talentos, acompanhando os casos de alterações de cargos, promoções, transferências, demissões e outros tipos de movimentação de pessoal, observando o Desenho Organizacional, normas e procedimentos aplicáveis, visando contribuir com o processo de tomada de decisão. Uma outra decisão tomada pelo Flamengo e que se faz interessante quanto ao desenho de cargos dentro da estrutura organizacional foi o desmembramento do setor de inteligência em dois segmentos dentro da Diretoria de Futebol: Análise de Mercado para contratações (Departamento de Scouting) - ligado ao Conselho de Futebol; e Departamento de Análise de Desempenho técnico - ligado à Gerência de Futebol. Como um novo departamento foi criado, o de Scouting, foram contratados oito novos colaboradores. Com isso, o organograma foi alterado de maneira que o Diretor de Futebol não acumulasse funções e não surgissem conflitos de interesses. “Quem escolhe os jogadores e opina, não negocia e não lidera o Departamento de Scouting”. (Relatório Anual C.R Flamengo, 2019, p. 51) A superioridade que o Flamengo demonstrou em campo no último ano merece ser reconhecida. Mas, é preciso lembrar que ela é fruto do que aconteceu e acontece fora das quatro linhas. Com certeza, todas as importantes realizações conquistadas em 2019 não seriam possíveis se não houvesse, por trás, uma grande mudança de gestão, começando pelo redesenho da estrutura organizacional. O case do Flamengo traz ensinamentos que podem ser utilizados em qualquer área da atividade humana, como o fato de que a boa gestão deve focar em melhorar os processos, tendo uma visão de médio e longo prazos. Ações imediatistas, tentando a todo custo obter resultados, sem construir uma base sólida, acabam não se sustentando. E, para isso, a construção de uma estrutura organizacional, com cargos bem desenhados e definidos, é essencial. CONCLUSÃO Sendo assim, o desenho de cargos é considerado uma vantagem competitiva importantíssima dentro do C.R Flamengo. Como citado no decorrerdo trabalho, a reestruturação do organograma foi responsável para o renascimento do clube como empresa, redesenhando desde a alta gerência e suas ramificações, os cargos, a hierarquia que cada um ocupa. Analisando o cenário que o clube encontrava-se em 2012, onde estava afogado em dívidas, ações trabalhistas na justiça, um alto índice de rotatividade de seus colaboradores o clube passou por mudanças na Gestão do Presidente Bandeira. Ao analisar as mudanças, é possível ver de imediato que o organograma da época estava ultrapassado, analisando que uma Organização de tal grandeza possuía apenas 5 diretorias, por esse motivo o organograma foi mudado para fazer as adequações necessárias. Com o corte de custos, extinção de ações trabalhistas e a profissionalização dos alicerces da Organização, o Flamengo começou a ser remodelado, trilhando o caminho de grandes empresas. Pode se dizer que o sucesso alcançado no ano de 2019 veio de um longo trabalho, que reestruturou o organograma para o C.R conseguisse alcançar os objetivos fins dele que é o futebol. Com todo o trabalho realizado pelos profissionais o Flamengo alcançou sucesso em diversas áreas a serem citadas como o basquete, os E-sports, etc. Sendo assim, o resultado final foi maior que o esperado, graças a uma gestão profissional que fez todo um trabalho da base até o topo da cadeia hierárquica. REFERÊNCIAS AZEVEDO, Daiana de Oliveira. Mudanças Administrativas na Gestão do Clube de Regatas do Flamengo: Uma análise à luz da Teoria da Burocracia. Junho de 2016. 47 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Faculdade de Administração de Empresa, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016. BRESSER-FERREIRA, L. C. Introdução à Organização Burocrática - São Paulo: Thomson, 2004. Disponível em: http://www.bresserpereira.org.br/papers/2004/04.a_organizacao_burocratica.pdf > Acesso em: 20 dez. 2015. CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. – 3. ed rev. E ampl. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. – 5 reimpressão. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004 Dos recordes ao título: os números da campanha inesquecível do Flamengo no Brasileirão. Clube de Regatas Flamengo, Rio de Janeiro, 11 de dez. de 2019. Seção Notícias. Disponível em: <https://www.flamengo.com.br/noticias/futebol/o-ano-dos-recordes-no-brasileirao-> Acesso em: 01 de nov. de 2020. FRANCO, Giullya. História do Futebol. Brasil Escola. 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