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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO TRIBUNAL DO JÚRI DA… VARA CRIMINAL DA COMARCA DO ESTADO DE Processo: MÉVIO, já qualificado nos autos da ação penal em epígrafe, movida pelo Ministério Público Estadual, vem por meio de seu advogado que esta subscreve, perante Vossa Excelência, tempestivamente, interpor o presente RECURSO EM SENTIDO ESTRITO com fundamento no Artigo 581, inciso IV do Código de Processo Penal, em face da decisão de pronúncia de fls… Caso Vossa Excelência entenda por manter a decisão de pronúncia, requer o recebimento e processamento do presente recurso a ser remetido ao Egrégio Tribunal de Justiça, com as inclusas razões. Nestes termos, pede e espera deferimento. Local/ Data Assinatura/ OAB/UF RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO Recorrente: … Recorrido: Ministério Público Processo-Crime nº:… Tribunal do Júri da… Vara Criminal da… Comarca de… EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE… COLENDA CÂMARA CRIMINAL DOUTOS DESEMBARGADORES Em que pese o ilibado saber jurídico do Juízo “a quo”, não merece prosperar a referida decisão, sendo imperiosa a reforma por este Tribunal “ad quem”, pelas razões a seguir expostas: I –DOS FATOS Mévio foi denunciado pelo crime de homicídio de Tício, incidindo a qualificadora do art. 121, §2°, III (motivo fútil) uma vez que Mévio estava chateado por saber que Tício tinha conversado com Maria, sua paquera através de um aplicativo de troca de mensagens. Durante a instrução criminal, ficou apurado que Mévio, no dia do crime, estava embriagado e em outro exame de sangue, descobriu-se ainda que Mévio havia ingerido medicação psicoativa. Na inquisição das testemunhas, Maria disse que percebendo que Mévio era muito nervoso, passou a ministrar doses de Diazepam em seu suco, o que potencializou a sua embriaguez. A defesa alegou excludente de ilicitude com base no Art. 28, §1º do CP. Finda a instrução criminal, o Juiz, analisando as provas nos autos PRONUNCIOU o acusado. II- DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS Como podemos analisar nos fatos ocorridos, o acusado estava em uma relação com Maria, que confessou nos autos do processo estar ministrando doses de diazepam no suco do acusado sem o seu consentimento, potencializando os efeitos da bebida, razão pela qual, este encontrava-se no momento em estado de completa embriaguez proveniente de caso fortuito, o que lhe gerou a completa incapacidade de consentir e entender o caráter ilícito do seu ato, e nisto o artigo 28, §1° é claro ao dizer, que nessas situações será o agente isento de pena. Corroborando com o exposto, traz o artigo 386 do CPP: " O juiz absolverá o réu mencionado a causa na parte dispositiva desde que: ...IV- existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena.' Na mesma linha os artigos 397 inciso 3º, 415 inciso IV. Dessa forma é evidente que não cabe outra decisão a não ser a de absolver o acusado, uma vez que os dispositivos legais pertinentes assim prevê. Universidade Estácio de Sá - Curso de Direito Laboratório de Direito NPJ SETORIAL - Campos dos Goytacazes III – PEDIDOS Ante o exposto, requer A) que seja conhecido e provido o presente recurso em sentido estrito, para que haja a devida reforma, absolvendo o indiciado conforme previsão no artigo 27, II, ART 386, IV, e demais dispositivos penais, e processuais penais, uma vez que se encontrava em completo estado de embriaguez involuntária não possuindo capacidade de entender o caráter ilícito do ato. Termos em que; Pede deferimento Local/ data Assinatura/ OAB/UF Douglas Vieira Nunes 201701068133 Turma/terça-feira