Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
VIROSES RESPIRATÓRIAS AGUDAS Vírus da influenza tipo A e B Vírus da parainfluenza 1, 2 e 3 Vírus respiratório sincicial humano Adenovírus Metapneumovírus humano Bocavírus FAMÍLIA ORTHOMYXOVIRIDAE FAMÍLIA PARAMYXOVIRIDAE Subfamília: Paramyxovirinae Gêneros • Respirovírus: Parainfluenza 1 e Parainfluenza 3 de humano •Rubulavírus: Parainfluenza 2 e Virus da Caxumba •Morbilivírus: Sarampo •Novo gênero: Henipavírus (Hedravírus e Niphavírus Subfamília: Peneumovirinae •Vírus Respiratório Sincicial •Metapneumovírus Humano Subfamilia: Paramyxovirinae Gênero: Respirovirus -Parainfluenza virus 1 Morbillivirus -Sarampo Rubulavirus -Parainfluenza 2 de humano e Caxumba Henipavirus: Hedravírus e Nipahvírus Avulavirus Subfamilia Pneumovirinae Gênero: Pneumovirus : Vírus Respiratório Sincicial Metapneumovírus: Metapneumovírus humano FAMILIA PARAMYXOVIRIDAE FAMÍLIA ORTHOMYXOVIRIDAE FAMÍLIA PARAMYXOVIRIDAE GÊNERO PARAMYXOVÍRUS GÊNERO PNEUMOVÍRUS MECANISMOS DE TRANSMISSÃO Contato direto Incubação: 2 a 8 dias (média 4 a 6 dias). Mesmo com melhora clínica, eliminação por 9 dias Imunodeprimidos, eliminação por até 30 dias Os portadores assintomáticos podem disseminar os vírus FAMÍLIA ORTOMYXOVIRIDAE FAMÍLIA PARAMYMYXOVIRIDAE Antigenic drift acúmulo de mutações epidemia branda Antigenic shift Troca de material genético novo vírus – grande epidemia Vacina contra a gripe Vacina contém duas amostras inativadas de Influenza A e um tipo de Influenza B Já existe uma vacina atenuada administrada por via nasal INTRODUÇÃO É uma doença aguda, altamente contagiosa caracterizada por febre, tosse, coriza, conjuntivite, erupção (pontos de koplik) na mucosa bucal ou labial, e uma erupção cutânea maculopapular disseminada. O agente etiológico pertence à família Paramyxoviridae, subfamília Paramyxivirinae e gênero Morbillivirus. O vírus do sarampo é muito lábil, sendo necessário fazer sua conservação à temperatura de – 20o C em meio contendo cerca de 10% de proteína. PATOGENIA 1. O vírus tem acesso ao organismo através das vias respiratórias, onde se multiplica localmente 2. A infecção dissemina-se para o tecido linfóide regional, ocorrendo multiplicação 3. A viremia primária dissemina o vírus, que se replica no sistema retículo-endotelial 4. A viremia secundária propaga o vírus para as superfícies epiteliais do corpo, incluindo a pele, as vias respiratórias e a conjuntiva, onde ocorre replicação focal MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS O período de incubação é de 7-18 dias, quando se inicia febre ou mal-estar do pródromo do sarampo Apresenta três períodos bem definidos: Período prodrômico ou catarral Período de estado ou exantemático Período de convalescença ou descamação furfurácea MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Período Prodrômico ou Catarral Duração de seis dias Surge febre, acompanhada de tosse produtiva, coriza, conjuntivite e fotofobia Os linfonodos estão pouco aumentados na região cervical e algumas vezes os linfonodos intra-abdominais dão reações dolorosas no abdômen Nas últimas 24 h do período, surge o sinal de Koplik PATOGENIA Durante a fase prodrômica (2-4 dias), o vírus é encontrado nas lágrimas, nas secreções nasais da garganta, na urina e no sangue A erupção maculopapular típica surge em torno do 14o dia, quando os Ac circulantes tornam-se detectáveis, a viremia desaparece e a febre cai O exantema decorre da interação das células T imunes com as células infectadas pelo vírus nos pequenos vasos sangüíneos e dura cerca de 1 semana MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Período Exantemático Todos os sinais descritos pioram, com prostração do paciente e aparecimento do exantema, que persiste por 5-6 dias A febre continua alta, com tosse exaustiva, vômitos, anorexia e secreção purulenta dos olhos e nariz Aumento das secreções respiratórias superiores e dos pulmões A faringe e a boca estão comumente inflamadas, podendo apresentar lesões por herpes e cândida • Achado Patognomônico do sarampo, consistem em pequenas ulcerações branco-azuladas na mucosa bucal MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Período de Descamação Furfurácea ou Convalescença As manchas tornam-se escurecidas e surge descamação fina Embora o doente não tenha mais febre, a tosse e a anorexia persistem por mais 6-10 dias MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Complicações Otite média aguda Pneumonia bacteriana Laringite e laringotraqueite Manifestações cardíacas, miocardite e pericardite Manifestações neurológicas raras Pan-encefalite esclerosante subaguda (complicação rara que acomete o SNC após 7 anos da doença) IMUNIDADE Existe apenas um tipo antigênico do vírus do sarampo A infecção confere imunidade permanente A presença de Ac humorais indica imunidade DIAGNÓSTICO LABORATORIAL O sarampo típico é diagnosticado com segurança com base nos dados clínicos O diagnóstico laboratorial pode ser necessário para os casos de sarampo modificado ou atípico Prefere-se o diagnóstico sorológico, visto que os métodos de isolamento do vírus são ineficazes e lentos DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Isolamento e identificação dos vírus Swabs nasofaríngeos Amostras de sangue (durante o período febril) Testes de hemadsorção Testes de imunofluorescência DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Sorologia Teste de IH (método mais prático) Teste de FC Teste de Nt A maior parte da resposta imune é dirigida contra a proteína NP; somente nos casos de sarampo atípico é que se observa uma acentuada resposta contra a proteína M EPIDEMIOLOGIA O sarampo é endêmico em todo o mundo O vírus é altamente contagioso Existe um único sorotipo Não há nenhum reservatório animal As infecções inaparentes são raras A infecção confere imunidade permanente A prevalência e a incidência etária do sarampo estão relacionadas com a densidade da população, com fatores econômicos e ambientais e com uso de uma vacina eficaz TRATAMENTO Não se dispõe de agentes antivirais contra o sarampo O tratamento é essencialmente sintomático, devendo hidratar, alimentar, diminuir a hipertermia e sedar a tosse As superinfecções bacterianas devem ser tratadas com antibióticos PREVENÇÃO E CONTROLE Existe uma vacina altamente eficaz e segura com vírus vivo atenuado do sarampo que é aplicada por via subcutânea ou intramuscular Quando administrada depois dos 12-15 meses de vida, a eficácia da vacina contra o sarampo é de aproximadamente 95%; antes dessa idade, a eficácia é menor, devido à interferência dos Ac maternos presentes na circulação Obrigado ! CDC - B.Rice Principais sintomas: Dor de cabeça, anorexia, calafrios, mal-estar e inflamação das glândulas parótidas em 95% dos casos CAXUMBA Mims et al., Medical Microbiology 1993 RESPOSTA IMUNE RESPOSTA IMUNE MEDIADA POR CÉLULAS T ANTICORPOS NEUTRALIZANTES IgA, IgM IMUNIDADE É PERMANENTE APÓS A INFECÇÃO COMPLICAÇÕES PELA CAXUMBA • Envolvimento do SNC em 17% dos infectados • Pode ocorrer encefalite, meningite asséptica e meningoencefalite • Orquite unilateral (inflamação dos testículos) mais comum em jovens (1/4 dos infectados) • Ooforite (inflamação dos ovários em mulheres) • • Pancreatite, miocardite e nefrite são raras mas podem ocorrer DIAGNÓSTICO 30% DAS INFECÇÕES SÃO SUB-CLÍNICAS E ASSINTOMÁTICAS ISOLAMENTO VIRAL ATRAVÉS DE SALIVA, URINA OU LÍQUOR EM CÉLULAS OU OVOS EMBRIONADOS PESQUISA DE ACS IgM OU IgG POR ELISA EPIDEMIOLOGIA O HOMEM É O ÚNICO HOSPEDEIRO ÚNICO SOROTIPO VIRAL INFECÇÕES SUBCLÍNICAS CONTAGIOSO ANTES E APÓS OS SINTOMAS PREVENÇÃO VACINA VIVA ATENUADA (MMR) aos 15 meses de vida com reforço aos 4 e 6 anos. NÃO É INFECCIOSA PARA OUTRAS PESSOAS Contra-indicada em – imunosuprimidos – Mulheres grávidas Pode-se utilizar soro hiperimune emimunodeprimidos Fita única de RNA com envelope Família paramyxoviridae Gênero pneumovirus Subtipos A e B Subtipo A causa doença mais severa VÍRUS RESPIRATÓRIO SINCICIAL EPIDEMIOLOGIA Admissão Hospitalar – SUS: Dados internação bronquiolite viral aguda em crianças < 1 ano (DATASUS :2001 – 2004) FATORES DE RISCO Mais em meninos Idade abaixo de 6 meses Baixo peso ao nascer Desnutrição Aglomeração (creches, irmãos maiores) Idade materna Não amamentação Fumo ANATÔMICOS E FUNCIONAIS Calibre das vias aéreas mais estreito; Diâmetro do trato respiratório Lactentes 6 a 8 anos Adultos Traquéia 5 mm 10 mm 16 mm Br0nquíolos 0,4 mm 0,5 mm 0,7 mm Bronq. terminais 0,12 mm 0,15 mm 0,2 mm Alvéolos 0,07 mm 0,15 mm 0,3 mm Edema de submucosa Infiltrado linfocítico e neutrofílico Infecção pelo VSR Aumento de muco Necrose do epitélio ciliar Obstrução dos bronquíolos FISIOPATOLOGIA Espirros e rinorréia com secreção clara Febre Diminuição do apetite Irritabilidade Tosse paroxística Chiado Dispnéia Apnéia SINTOMATOLOGIA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Estudos de Identificação Viral - Isolamento do vírus em células - Imunofluorescência da secreção das vias aéreas (sensibilidade 70% e especificidade 90%) - Biologia molecular - PCR Pneumonias, Insuficiência ventilatória descompensada Apnéia Atelectasias Pneumotórax Pneumomediatino COMPLICAÇÕES DA EVOLUÇÃO DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS AGUDAS DE ETIOLOGIA VIRAL
Compartilhar