Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Conceitos Gerais de Química Farmacêutica ❖ É o estudo da síntese, estrutura, relação entre estrutura e atividade terapêutica, ação provável, propriedades e usos dos medica- mentos ❖ A química farmacêutica preocupa-se com a descoberta, o desenvolvimento, a identifica- ção e a interpretação do modo de ação dos compostos biologicamente ativos em um nível molecular, além do estudo, da identificação e da síntese dos produtos metabólicos de fár- macos e produtos relacionados ❖ Estudo dos fármacos para a utilização tera- pêutica ou higiênica com indicação de sua estrutura química correlacionada à sua ação biológica, efeitos colaterais, reações adversas, posologia e formas farmacêuticas adequadas às principais especialidades patenteadas ❖ É a ciência cujas raízes se encontram em todos os ramos da química e da biologia, que se preocupa essencialmente com a compre- ensão e explicação dos mecanismos de ação dos fármacos, além do isolamento, da caracte- rização e da síntese de compostos que podem ser usados em medicina para a pre- venção, o tratamento e a cura das doenças ❖ A finalidade precípua da farmácia química é o estudo químico das substâncias usadas em medicina para tratamento das doenças ❖ Química Farmacêutica = Química Terapêutica = Química Medicinal = Farmacoquímica = Farmácia Química = Medicinal Chemistry = Pharmaceutical Chemistry = Pharmacie Chimi- que ❖ ▪ Planejamento ▪ Produção de fármacos ❖ ▪ Estudo dos fármacos já existentes ▪ Propriedades biológicas ▪ Relação estrutura – atividade ❖ ▪ Identificação e produção de novas subs- tâncias ❖ ▪ Melhoria da potência ▪ Maior seletividade ▪ Menor toxicidade ❖ ▪ Otimização da rota sintética para produ- ção em grande escala ▪ Modificação de propriedades farmacoci- néticas e farmacêuticas para uso clínico adequado ❖ matéria-prima de origem mineral, vege- tal ou animal da qual se podem extrair um ou mais princípios ativos ❖ ▪ Substância química de constituição defini- da que pode ter aplicação em farmácia, seja como agente curativo ou de diagnós- tico ▪ É o composto principal e geralmente o mais caro de uma especialidade farma- cêutica ▪ Responde pela ação terapêutica e efeitos adversos ❖ Droga fármaco ou medicamento ❖ forma farmacêutica (drágea, comprimido) que contém um ou mais medicamentos juntamente com outras substâncias adicionadas no curso do processo de fabricação ❖ ▪ É o mesmo que fármaco, mas especial- mente quando se encontra na sua forma farmacêutica ▪ Muitos fármacos são ácidos ou bases orgânicas ▪ Razões diversas determinam que, em farmácia e medicina, sejam utilizados na forma de sais, havendo: Modificação de propriedades físico- químicas, como solubilidade, estabili- dade, fotossensibilidade e caracterís- ticas organolépticas Melhoramento da biodisponibilidade mediante alteração da absorção, aumento da potência e prolonga- mento do efeito Redução da toxicidade ▪ Exemplos de sais de ânions: acetato, bi- carbonato, brometo, iodeto, salicilato, clori- drato, benzoato, succinato e sulfato ▪ Exemplos de sais de cátions: metálicos (Al, Ca, Li, Mg, K, Na e Zn) e orgânicos (ben- zatina, procaína, meglumina e etilenodia- mina) ❖ ▪ Fármaco: butilbrometo de escopolamina 10mg ▪ Forma farmacêutica: drágea ▪ Excipientes (outras substâncias que precisaram ser adicionados pela indústria farmacêutica para a formulação das drágeas): lactose, amido de milho, talco, ácido tartárico, estearato de magnésio, laca, óleo de rícino, goma arábica, sacaro- se, dióxido de titânio, polietilenoglicol 6000, cera de carnaúba, cera branca, água desmineralizada e etanol absoluto ❖ ▪ Fármaco: dipirona monoidratada 500mg a cada mL (20 gotas) de solução ▪ Forma farmacêutica: gotas ▪ Veículo: ácido cítrico, sorbitol e água puri- ficada ❖ ▪ Fármaco: sulfato de gentamicina 5mg ▪ Forma farmacêutica: gotas ▪ Veículo é o líquido que permitiu a formulação do colírio ❖ ▪ Fármaco: losartana potássica 50mg ▪ Forma farmacêutica: comprimido ▪ Excipientes: celulose microcristalina, ami- do, lactose, croscarmelose sódica, dióxido de silício, estearato de magnésio, dióxido de titânio, hipromelose + macrogol e álcool etílico ❖ ▪ Anti-inflamatório não-esteroide (AINE) ▪ Fármaco: sal potássico de diclofenaco ▪ Forma farmacêutica: drágea ❖ ▪ Fármaco: diclofenaco sódico ▪ Forma farmacêutica: ampola ❖ ▪ Tratamento das infecções por germes sensíveis a penicilina ▪ Fármaco: penicilina g (antibiótico) benzati- na (sal orgânico) ▪ Forma farmacêutica: frasco-ampola ❖ ▪ Fornecimento de elementos carentes ao organismo (vitaminas, sais minerais, hidroli- sados de proteínas) ▪ Prevenção de uma doença ou infecção (soros e vacinas) ▪ Combate a uma infecção (antibióticos e quimioterápicos, como antineoplásicos, antifúngicos, anti-helmíntico e antiparasitá- rios) ▪ Bloqueio temporário de uma função normal (anestésicos e anticoncepcionais) ▪ Correção de uma função orgânica desre- gulada: Disfunção: uso de cardiotônicos na insuficiência cardíaca Hipofunção: hidrocortisona no trata- mento da insuficiência da suprarre- nal Hiperfunção: anti-hipertensivos na hipertensão arterial ▪ Destoxificação do organismo (antídotos) ▪ Agentes auxiliares de diagnóstico ❖ ▪ Qualquer efeito atribuível a uma pílula, poção ou procedimento, mas não às suas propriedades farmacodinâmicas ou espe- cíficas ▪ É resultado da produção de substâncias analgésicas endógenas, denominadas endorfinas e beta-lipotropinas, que têm a capacidade de promover uma analgesia e uma melhora do bem-estar geral ▪ Classes de placebo: A. Substâncias simples farmacolo- gicamente inertes (açúcar, amido e água destilada) B. Pseudomedicamentos (extratos de ervas e solução salina) C. Ação farmacodinâmica de um fármaco alheio ao caso D. Fatores psicológicos ❖ ▪ Ao ser administrada ao organismo, a forma farmacêutica sólida (como compri- mido, drágea ou cápsula) sofre uma de- sintegração, podendo ocorrer ainda na boca, sendo transformado em grânulos e depois em partículas finas ▪ As partículas finas irão penetrar nos capi- lares sanguíneos e vão atravessar a parede do trato gastrointestinal para conseguir alcançar os grandes vasos ou a grande circulação ▪ Essa forma só acontece quando o fármaco é administrado em formas farmacêuticas sólidas ▪ Há a liberação do princípio ativo e a integração no sítio de administração ▪ Permite que o fármaco esteja disponível para a absorção ❖ ▪ Se compõe de quatro fases diferentes: absorção, distribuição, metabolismo e ex- creção ▪ Num determinado momento, vai aconte- cer a fase farmacodinâmica, que é o momento em que o fármaco vai interagir com o receptor (interação fármaco- receptor), ocorrendo o efeito farmacoló- gico ▪ Absorção: Na via oral, o medicamento deve atravessar a barreira que separa o tubo gastrointestinal da circulação geral Não ocorre quando o medicamento é intravenoso (pois já entra na circulação geral) ou de ação tópica (ação localizada, implicando que não seja absorvido sistemicamente) Ocorre por transporte passivo (quando o fármaco penetra na célula sem esforço ou gasto ener- gético, através de canais aquosos ou poros, ou então através de difusão facilitada, onde o fármaco possui grande caráter lipossolúvel e utiliza um transportador da célula que puxa o fármaco para dentro), trans- porte ativo (o fármaco se utiliza de um transportador, mas precisa de um gasto energético para entrar na célula) ou pinocitose (invaginação da membrana, englobando o fármaco de partículas maiores, ocorrendo particularmente com as vitaminas lipossolúveis) O fármaco só é absorvido quando chega na grande circulação ▪ Distribuição: Significa transferência de medica-mentos do sangue para outros teci- dos e outros líquidos biológicos, tais como a linfa e o líquido extracelular Processo rápido e reversível O fármaco é transportado pelo sangue aos diversos tecidos e líquidos até chegar em um receptor, que possui especificidade de ação Ao atingir seu objetivo, o fármaco volta à circulação passando para os processos farmacocinéticos subse- quentes Enquanto o fármaco está na corrente sanguínea, estará ligado às proteínas plasmáticas Fármacos ácidos geralmente se ligam à albumina, como barbitúricos, benzodiazepínicos, AINES, ácido val- próico, fenitoína, penicilinas, sulfona- midas, tetraciclinas, tolbutamida e varfarina Fármacos básicos geralmente se ligam à alfa-1 glicoproteína ácida, como beta-bloqueadores, bupivacaí- na, lidocaína, disopiramida, imiprami- na, metadona, prazosina, quinidina e verapamil Fármacos muito ligados às proteí- nas plasmáticas ficam amplamente restritos ao compartimento vascular, porque não conseguem atravessar as membranas A fração de fármaco ligada não está disponível para atuar O alto grau de proteína ligada geral- mente torna a duração do fármaco mais longa, devido a fração ligada não estar disponível para metabolis- mo e excreção ▪ Metabolismo: Modificação do medicamento por efeito de enzimas e sua transforma- ção em uma substância química di- ferente O metabolismo acontece majorita- riamente no fígado, pois há um grande conteúdo enzimático, que irão promover a biotransformação A biotransformação faz com que o fármaco se torne uma entidade mais polar, pois a eliminação de substâncias do organismo se realiza preferencialmente através de for- mas mais polares A maioria dos fármacos são excre- tados pela via renal, assim, para que sejam excretados junto com a urina, que é composta em maior parte por água, faz-se necessário que o fármaco seja polar, para que se dis- solva na água A biotransformação pode converter uma substância inativa em outra capaz de exercer um efeito farma- cológico O metabolismo de fármacos pode conduzir, em alguns casos, a com- postos com atividade igual ou pare- cida As reações degradativas (fase 1) são mediadas por enzimas e envolvem oxidação (dessulfurilação, desaloge- nação, desaminação, desmetilação e desalquilação), hidrólise (desesteri- ficação e desamidação) e redução (nitroredução e redução aldeídica ou cetônica) Os locais que ocorrem a biotrans- formação no organismo são fígado, rins, intestinos, músculo esquelético, plasma e pulmões As reações de síntese ou conjuga- ção (fase 2) realizam a adição de grupos glicurônicos, glicina, sulfato ou acetila Se na fase 1, o fármaco não conse- guiu ser biotransformado o suficien- te para alcançar um caráter polar que possibilite uma adequada excreção renal, isso será ajustado na fase 2 Em suma, com os metabólitos sendo mais polares, há a diminuição da capacidade de atravessar mem- branas biológicas lipoidais, sendo menos ativos e possibilitando uma excreção mais rápida, além da menor reabsorção tubular ▪ Excreção: Processo de eliminação do medica- mento do organismo que se produz principalmente através dos rins, existindo também a secreção por outras vias, como a respiratória, através da pele (suor) ou na bílis (quando não foi possível alterar a polaridade do fármaco para que pudesse utilizar a via renal) ❖ é a fração da dose disponível para absorção ❖ ▪ Via enteral: Administração pela boca O fármaco é deglutido ou colocado embaixo da língua Absorção variável e afetada por muitos fatores Há a via oral, via sublingual, via gástrica e via retal ▪ Via parenteral: Administração é irreversível Pode causar dor, medo, dano tecidual e infecções A absorção é mais rápida Há a via intramuscular (a agulha vai até o músculo, sob um ângulo de 90º), via subcutânea (a agulha vai mais profundamente na derme, sob um ângulo de 45º), via endovenosa (a agulha vai até um vaso da derme, sob um ângulo de 25º) e via intradérmica (a agulha vai apenas até a epiderme, sob um ângulo de 10 a 15º) ❖ ▪ Absorção depende do tipo de fármaco ▪ Poucos fármacos apresentam rápida absorção sistêmica direta (como nitritos e nitratos vasodilatadores) ▪ A maioria dos fármacos são incompleta- mente absorvidos ▪ Evita a destruição do fármaco pelo ácido do estômago ❖ ▪ Via para administração de broncodilatado- res ▪ Além disso, há a administração de calcito- nina e desmopressina ❖ ▪ Direto no fluido cérebro-espinhal ▪ Exemplo: anfotericina B ❖ não requer absorção, pois cai direto na corrente sanguínea ❖ a absorção depende do diluente do fármaco, onde solu- ções aquosas possuem absorção rápida e preparações de depósito (conteúdo lipídico alto) possuem absorção lenta e sustentada ❖ envolve via ocular, via auricular, via nasal e via cutânea e não devem alcançar a circulação sistêmica ❖ ▪ Os adesivos transdérmicos são colocados em uma parte do corpo (costas, barriga, braço ou coxa) ▪ Permitem a liberação lenta e contínua de determinados fármacos, sendo absorvidos pela circulação sistêmica ❖ ▪ Vantagens: Evita a destruição do fármaco pelas enzimas intestinais ou pelo baixo pH do estômago Via útil no caso de fármacos que induzem o vômito quando adminis- trados oralmente, ou se o paciente já está vomitando ou inconsciente Não é uma absorção constante ou em quantidades mantidas iguais Rápida absorção ▪ Desvantagens: Absorção errática e irregular Pode irritar a mucosa anal Pode desencadear o reflexo de defecação Muitos pacientes têm aversão a esta via ❖ ▪ Intraindividuais: sexo, idade, peso, esta- do nutricional, atividade, temperatura cor- poral, gestação, estado emocional, com- posição genética e microbiota do TGI ▪ Ambientes externos: temperatura, umida- de, pressão barométrica, estação do ano, hora do dia, habitat, luz, som, radiações e manuseios ▪ Administração do fármaco: via, local, velo- cidade, frequência da medicação, estado físico-químico do fármaco, volume admi- nistrado, composição do veículo, número de doses e duração do tratamento ❖ ▪ Abreviam a duração da ação de um fármaco, induzindo enzimas microssomiais hepáticas, tais como o conjunto citocro- mo P-450 ▪ Exemplos: balbitúricos, carbamazepina, fe- nitoína e rifampicina, além do etanol e do tabaco ▪ O álcool “agudo” (grande quantidade em um curto espaço de tempo) é inibidor enzimático, podendo causar reações adversas graves ▪ O álcool “crônico” é indutor enzimático ▪ Efeito dissulfiram inibe o metabolismo do álcool, causando a síndrome do acetaldeí- do, com náuseas, vômito, hipotensão, pal- pitação e dor de cabeça ▪ Aumento da quantidade e/ou atividade de enzimas que metabolizam xenobióticos (CYP450 principalmente) ▪ Resultam na diminuição do tempo de meia vida ▪ Se refere à síntese de novo de novas moléculas de enzimas envolvidas no me- tabolismo de xenobióticos e resulta do aumento da transcrição de genes que codificam estas enzimas, após um estímu- lo químico apropriado ❖ ▪ Diminuem o metabolismo prolongando a duração da ação do fármaco ▪ Exemplos: cloranfenicol, cetoconazol, sul- fonamidas, fenilbutazona e verapamil ▪ Diminuição da atividade catalítica de enzimas (por aderirem ao sítio ativo destas) que metabolizam xenobióticos (CYP450 principalmente) ▪ Resultam no aumento do tempo de meia vida ▪ Podem atuar por mecanismos reversíveis (competição de diferentes substratos pelas enzimas e inibição alostérica) ou irreversíveis ❖ ▪ Podem acontecer em qualquer fase da etapa farmacocinética ▪ Alteram a concentração de um dado fár- maco em seu sítio de ação (e conse- quentemente a intensidade da resposta), afetando sua absorção, distribuição,meta- bolismo e excreção ▪ Alteração de absorção ou metabolismo de primeiro passo (tetraciclina apresenta absorção diminuída por sais de cálcio e ferro e antiácidos, devido a formação de complexos insolúveis na luz do intestino) ▪ Deslocamento do fármaco ligado à pro- teína plasmática ▪ Alteração da ligação dos fármacos aos tecidos, afetando volume de distribuição e clearence (quinidina reduz a ligação da digoxina às proteínas teciduais, bem como o clearence renal e biliar por inibi- ção do transportador de efluxo glicopro- teína P, resultando no dobro dos níveis de digoxina e de toxicidade) ▪ Inibição ou indução do metabolismo ▪ Alteração da excreção ❖ ▪ Vão acontecer na interação fármaco-re- ceptor ▪ Derivam da modificação da ação de um fármaco no sítio alvo por um outro fármaco, independente de uma mudança na concentração ▪ Como resultado dessa mudança, pode ocorrer um aumento da resposta farma- cológica (sinergismo), atenuação da res- posta (antagonismo) ou uma resposta anormal ▪ Perda de efeito: apresentam ações opos- tas ▪ Um exemplo de interação que provoca resposta anormal é da ampicilina, que provoca incidência de eritemas na pele em pacientes tratados com alopurinol ❖ ▪ É uma resposta a um medicamento que é nociva e não intencional e que ocorre nas doses normalmente usadas em seres humanos ▪ Efeito colateral: é qualquer efeito não intencional de um produto farmacêutico, que ocorre em doses normalmente utili- zadas por um paciente, relacionadas às propriedades farmacológicas do medica- mento ▪ Intoxicação está relacionada com a dose exagerada do medicamento ❖ ▪ Objetivos: avaliar os riscos envolvidos no uso de um novo fármaco e obter infor- mações vitais com relação às fases far- macocinéticas ▪ Testes Pré-Clínicos: Ensaios de toxicidade de microbioló- gicos Testes realizados in vivo e in vitro Os dados de toxicidade obtidos devem apresentar uma margem de segurança substancial Testados em animais ▪ Testes Clínicos: Fase I: são conduzidos em peque- nos grupos de voluntários sadios, cujos objetivos incluem determinar o comportamento do novo fármaco no corpo humano, gerar informa- ções sobre formulação, absorção, distribuição, biodisponibilidade, elimi- nação e efeitos colaterais, e monito- rar possíveis reações adversas Fase II: são conduzidos em peque- nos grupos de pacientes que têm a condição para a qual o fármaco foi planejado como tratamento, tendo como objetivos avaliar a eficácia do fármaco no tratamento da condição para a qual será utilizado e estabele- cer doses e posologia para o fármaco Fase III: o novo medicamento é testado em um grande número de pacientes, onde há dois tipos de ensaios, o duplo-cego (o médico não sabe se o paciente irá receber o medicamento novo ou o já exis- tente) e o placebo controlado, tendo como objetivo a obtenção de dados sobre a segurança e a eficácia Fase IV: monitoração do uso de fár-macos em grande número de paci-entes, tanto nos hospitais como nas clínicas, tendo como objetivos pes-quisar aspectos específicos sobre o uso do fármaco em grupos mais específicos (idosos, lactentes, neo-natos e grupos étnicos diferentes) e monitorar a possível ocorrência de reações adversas ❖ ▪ Estrutura química: ácidos, aminas, lacto- nas e sulfonamidas ▪ Ação farmacológica: depressores do SNC, fármacos que atuam no TGI e citostáticos ▪ Emprego terapêutico: anti-infecciosos e fármacos imunossupressores ▪ Mecanismo de ação ao nível molecular: Fármacos que atuam sobre enzi- mas Fármacos que suprimem a função gênica Fármacos que agem por antagonis- mo metabólico Fármacos quelantes Fármacos que atuam sobre mem- branas biológicas Fármacos que agem pelas proprie- dades físico-químicas ❖ ▪ Sigla; número de código ou designação do código = BAY 9736 – nimodipina / Bayer ▪ Nome químico = Albendazol: éster metí- lico do ácido [5-(propiltio)-H-benzimidazol- 2-il] carbâmico ▪ Nome registrado; nome patenteado; no- me comercial; nome próprio = Bromaze- pam: Deptran (Beecham), Lexotan (Ro- che) e Somalium (Aché) ▪ Nome genérico; nome oficial ou nome comum ▪ Sinônimos e outros nomes ❖ ▪ Grupo químico: hidantoína ▪ Ação terapêutica: anticonvulsivante ▪ Ação farmacológica: atua no sistema nervoso ▪ Mecanismo de ação molecular: bloqueia a corrente de sódio persistente e prolonga o estado inativado dos canais de sódio ❖ é aquele que contém o mesmo princípio ativo, na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma posologia e indi- cação terapêutica do medicamento de refe- rência, apresentando eficácia e segurança equivalentes à do medicamento de referência e podendo, com este, ser intercambiável ❖ segura substituição do me- dicamento de referência pelo seu genérico, sendo assegurada por testes de equivalência terapêutica, que incluem comparação in vitro, através dos estudos de equivalência farma- cêutica, e in vivo, com os estudos de bioequi- valência apresentados à ANVISA ❖ é aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apre- senta mesma concentração, forma farmacêu- tica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, e que é equivalente ao medicamento registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de valida- de, embalagem, rotulagem, excipientes e veí- culo, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca ❖ é o medicamento inovador registrado no órgão federal respon- sável pela vigilância sanitária e comercializado no país, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão competente, por ocasião do registro, onde a eficácia e a segurança do medicamen- to são comprovadas através de apresentação de estudos clínicos ❖ quando dois fármacos pos- suem biodisponibilidades comparáveis e tem- pos similares para atingirem concentrações máximas no sangue ❖ Fármaco = Princípio ativo = Substância ativa = Base medicamentosa ❖ fármaco + aditivos (conservantes, co- rantes, diluentes, aromatizantes, emulsificantes e tampões) ❖ ▪ Eficácia: produzir efeito terapêutico dese- jado ▪ Segurança: isenção de efeitos adversos inesperados ▪ Biodisponibilidade: capacidade de atingir a circulação geral ou ser absorvido na quantidade suficiente e com a rapidez adequada ❖ ▪ Forma medicamentosa ▪ Via de administração do fármaco ▪ Variáveis de fabricação e conservação ▪ Estado geral do paciente ❖ ▪ Quando dois ou mais fármacos são admi- nistrados simultaneamente ou em rápida sucessão, onde um pode ser indiferente ao outro ou exibir sinergismo ou antago- nismo ▪ Sinergismo: Quando a ação de um fármaco é facilitada ou aumentada pelo outro Em um par de fármacos sinergísti- cos, ambos os fármacos têm ação na mesma direção ou um pode ser inativo, mas ainda aumentar a ação do outro administrado conjunta- mente Sinergismo aditivo: o efeito dos fármacos é na mesma direção e simplesmente se somam (efeito de dois fármacos A + B = efeito do fármaco A + efeito do fármaco B, como anlodipino + atenolol) Sinergismo supra-aditivo: o efeito da combinação é maior do que os efeitos individuais dos componentes (efeito de dois fármacos A + B > efeito do fármaco A + efeito do fármaco B, como sulfametoxazol + trimetopina) ▪ Antagonismo: Quando um fármaco decresce ou abole a ação de outro Efeito dos fármacos A + B < efeito do fármaco A + efeito do fármaco B Antagonismo físico: carvão ativo evita a absorção de alcaloides Antagonismo químico: KMnO4 oxida alcaloides (procedimento usa- do na lavagem gástrica no envene- namento) Antagonismo fisiológico: his- taminae adrenalina nos músculos bronquiais Antagonismo de receptor: pilocarpina x atropina em receptor muscarínico ❖ ▪ Um fármaco que potencia outro ou modi- fica seus efeitos, como estrogênio + pro- gestagênio nos anticoncepcionais ▪ Quando um ou mais fármacos aliviam os sintomas enquanto o fármaco principal cura a infecção, como nas infecções res- piratórias (quimioterápico + analgésico + anti-histamínico + descongestionante na- sal) ▪ Quando um fármaco combate os efeitos adversos de outra, como nalorfina x morfina ▪ Quando o MO infectante desenvolve re- sistência rapidamente, como rifampicina + isoniazida + pirazinamida ▪ Um fármaco que combate a infecção e outro que impede o crescimento de certos microorganismos ou superinfec- ção, como tetraciclina + nistatina ou anfo- tericina B ▪ Quando não se pode identificar rapida- mente o agente infectante e o paciente necessita de tratamento urgente ▪ Nas doenças parasitárias, onde os fárma- cos atuam por mecanismos diversos e assim destroem o agente invasor, como trimetoprima + sulfametoxazol ▪ Nos casos de infecções múltiplas, tais como doenças da pele causadas por Gram (+) e Gram (-) ▪ Quando a associação medicamentosa é mais barata e mais conveniente que os mesmos fármacos tomados isoladamente ▪ Desvantagens: Não permitem flexibilidade de dose Nem sempre contém os fármacos adequados ou a dose adequada Podem conduzir à diagnose descui- dada e terapia inadequada Podem interferir com a identificação do agente etiológico A toxicidade de um dos ingredientes poderá impedir o uso de doses terapêuticas de outro As toxicidades que surgem nem sempre podem ser associadas com qualquer um dos ingredientes, talvez resultando de reações químicas entre ambos durante o armazena- mento e o manejo Dificilmente é necessário mais de um fármaco para combater uma in- fecção ou corrigir uma disfunção orgânica
Compartilhar