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Raiana Zacarias de Macêdo | 1 LITÍASE URINÁRIA Doença mais comum em homens, com pico de incidência de 20-40 anos. A taxa de recorrência é de 55% em 5 a 10 anos. - Fatores de risco: · História pessoal de nefrolitíase · Hereditariedade · Baixa ingesta hídrica · Urina ácida (acontece na vigência de resistência a insulina, obesidade, DM2, diarreia crônica) · História de gota · HAS · Cirurgia bariátrica · Uso prolongado de certos medicamentos (indinavir –adultos e ceftriaxona – crianças) · Infecção urinaria crônica ou recorrente · Dieta · Ocupação e clima OBS: em países pobres acomete mais crianças e com cálculos de ácido úrico. Em países riscos, acomete mais adultos com cristais de cálcio no trato urinário superior. - COMPOSIÇÃO DOS CÁLCULOS Os cálculos compostos por sais de cálcio representam 70 – 80% dos casos. Em geral, formado por oxalato de cálcio (pode ser puro ou não). São radiopacos. Características: supersaturado/desidratado; Hipercalciúria; Hiperoxalúria; Hipernatriuria; Hipocitraturia (potente inibidor). O segundo tipo de calculo mais comum é o de Estruvita (fosfato amoníaco magnesiano) também é radiopaco. Chamado de “calculo infeccioso” porque só se desenvolve na presença de bactérias produtoras de uréase na urina (proteos, klebisiella, pseudômonas). As bactérias produtoras de uréase transforma a ureia em amônia (base) deixando o pH da urina básico > 7. Em terceiro lugar está o cálculo de ácido úrico (radiotransparente) e em quarto o cálculo de cistina. O cálculo de ácido úrico é produto do metabolismo das purinas. Como fatores temos a desidratação, baixo pH, acidose tubular renal, gota e linfome/leucemia – quimioterapia. O de cistina, há uma excreção aumentada de cistina urinária, gene homozigoto recessivo, a concentração normal de cistina deveria ser < 100mg cistina/dia. Os cistinúricos > 200mg/dia. OBS: o pH normal da urina é entre 5 – 7. - PATOGÊNESE Na urina existem vários elementos químicos que ao se combinarem podem produzir sais insolúveis formando os cristais. Os cálculos vão ser a agregação e crescimento desses cristais. O primeiro pré-requisito para a formação de cristais é a SUPERSATURAÇÃO. Uma urina com pH alcalino favorece a supersaturação do fosfato de cálcio (apatita) e do estruvita, enquanto que um pH urinário ácido reduz a solubilidade do ácido úrico e da cistina. A solubilidade do oxalato de cálcio não é afetada pelo pH. O processo de formação de cristais chama-se NUCLEAÇÃO e pode ser homogênea ou heterogênea.
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