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Questões de Classe Sem IV

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QUESTÕES DE CLASSE: REALIZAÇÃO DA DÍVIDA ATIVA: EXECUÇÃO FISCAL E MEDIDA CAUTELAR FISCAL
ALUNA: ALINE PREVIATTI DOS SANTOS
1. A Fazenda Nacional ajuíza medida cautelar fiscal incidental à execução fiscal em tramitação em face do contribuinte executado. Na petição inicial, fundamenta o pedido em um dos incisos do art. 2º da Lei nº 8.397/92 e pleiteia a indisponibilização patrimonial do contribuinte executado/requerido, nos termos do art. 4º da referida lei. Além disso, a Fazenda Nacional alega a existência de grupo econômico de fato entre o executado/requerido e diversas empresas com as quais possui algum tipo vínculo, tais como relação de parentesco entre os que integram os quadros sociais, operações negociais e semelhança de objetos sociais, incluindo essas empresas no polo passivo da medida cautelar fiscal e também requerendo contra elas a indisponibilização patrimonial. Esse pedido é fundamentado no art. 50 do Código Civil e no art. 124, I, do CTN. Não houve lançamento tributário contra essas empresas, nem pedido de redirecionamento da execução fiscal. Está correto o procedimento adotado pela Fazenda Nacional?
R: Um dos requisitos para ajuizar a cautelar é a constituição do crédito tributário (art. 3, da Lei 8.397/92), como não houve o lançamento contra essas empresas, entendo que não pode haver esse redirecionamento, ademais o art. 50 do CC, dispõe sobre o abuso da personalidade jurídica, o que não é caso do grupo econômico. Ademais, como não houve o lançamento fiscal, é necessário provar o porque elas foram inclusas no polo passivo da cautelar, visto que, grupo econômico não é uma prática ilícita, destacando-se que no grupo econômico está claro o interesse comum empresarial mas não o interesse comum tributário, exceto se praticados essas hipóteses juntos (fato gerador). Dessa forma, entendo que não está correto o procedimento adotado pelo Fisco.
 2. O que se entende por redirecionamento da execução fiscal? É lícita a imputação de responsabilidade tributária diretamente na execução fiscal, sem realização de lançamento tributário em face do responsável? Em caso positivo, essa possibilidade se estende para todas as hipóteses de responsabilidade previstas no CTN (responsabilidade dos sucessores, responsabilidade de terceiros e responsabilidade por infrações)? A data do fato desencadeador da responsabilidade tributária – (i) se anterior ao lançamento tributário, (ii) se posterior ao lançamento tributário e anterior à execução fiscal e (iii) se posterior à execução fiscal – é relevante para fins de redirecionamento?
R: Redirecionamento fiscal é a inclusão de um terceiro no polo passivo da execução, devendo estar presentes alguns requisitos tais como abuso de personalidade, caracterizado pelo desvio de finalidade ou confusão patrimonial. Se não consta a realização do lançamento em face do responsável deve-se provar a ocorrência de algum dos fatos que ensejem a responsabilidade tributária dos sócios, de acordo com os artigos 134 e 135 do CTN, ou, ainda, o redirecionamento da execução por meio da desconsideração da personalidade jurídica. Se estende para todas as hipóteses de responsabilidade previstas no CTN, e a data do fato desencadeador é extremamente importante para fins de prescrição. 
3. Em que consiste a inscrição do crédito tributário em dívida ativa? Trata-se de ato, de procedimento, ou de ambos? O que se entende por “dívida ativa regularmente inscrita” (art. 2º, Lei nº 6.830/80)? Quais são os efeitos da “dívida ativa regularmente inscrita”? E se houver irregularidades na inscrição, quais serão as consequências?
R: A inscrição de dívida ativa consiste no cadastro regularmente inscrito na repartição administrativa competente, composto por créditos que as Fazenda Públicas possuem de dívidas não pagas. Consiste em procedimento, pois seu surgimento está condicionado à realização de lançamento a ser realizado pelo Fisco. A dívida regularmente inscrita é aquela que possui todas as formalidades cumpridas conforme dispõe o art. 2°, §5° da Lei 6.830/80, caso exista irregularidades estaremos diante de um vício que pode tornar anulável a inscrição.

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