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Gabarito das Autoatividades BIOGEOGRAFIA (GEOGRAFIA) 2010/1 Módulo III 3UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES B I O G E O G R A F I A UNIDADE 1 TÓPICO 1 1 O que estuda a Biogeografia e quais os dois principais ramos em que ela se divide? R.: A Biogeografia não estuda apenas a distribuição das espécies, mas também as interações dos seres vivos entre si e com o meio em que vivem, tal como se faz na Ecologia. Contudo, com a diferença de que o espaço organizado tem que ser levado em conta, o que representa o estudo da organização do espaço, em que interagem elementos bióticos e abióticos, incluindo o homem. A Biogeografia é dividida em dois ramos: a Fitogeografia, que estuda a distribuição espacial e as formas de dispersão das plantas na biosfera; e a Zoogeografia, que analisa as formas de distribuição e dispersão dos animais. 2 Acerca do objeto, objetivo e conceito da Biogeografia, coloque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas e em seguida assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. (V) As primeiras abordagens biogeográficas, desde o século XIX até cerca de meados do século XX, apoiavam-se na Biologia e na Ecologia. (V) A Biogeografia considera o espaço geográfico organizado para explicar as causas e as consequências da distribuição das espécies. Para isso, tem que considerar o passado e, com ele, explicar o presente. (V) A Biogeografia pesquisa as razões da distribuição dos organismos, das comunidades vivas (biocenoses) e dos ecossistemas nas paisagens, países e continentes do mundo. A estrutura, a função, a história e os fatos indicadores sobre espaços são o objetivo dos estudos biogeográficos. (V) A Biogeografia não estuda apenas a distribuição das espécies, mas, também, as interações dos seres vivos entre si e com o meio em que vivem, tal como se faz na Ecologia. (V) A Biogeografia é dividida em dois ramos: a Fitogeografia, que estuda a distribuição espacial e as formas de dispersão das plantas na biosfera; e a Zoogeografia, que analisa as formas de distribuição e dispersão dos animais. A sequência correta é: a) (X) V – V – V – V – V. b) ( ) F – V – F – V – V. GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE BIOGEOGRAFIA 4 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B I O G E O G R A F I A c) ( ) V – F – V – V – F. d) ( ) V – V – V – F – V. TÓPICO 2 1 Caracterize três grandes desafios em estudos geográficos através da abordagem geossistêmica. R.: Os três grandes desafios da abordagem geossistêmica dentro do estudo geográfico são: 1 Incorporação das ações antropogênicas, sugerindo o levantamento de medidas de precaução e a apresentação de medidas preventivas das aptidões do geossistema em estudo. 2 Prática da interdisciplinaridade, “isto é, quando várias disciplinas interagem de modo convergente para um propósito superior a todas elas” (p. 90). 3 A comunicação visual dos resultados obtidos, que, em geral, requer mais do que a representação. 2 A unidade funcional da biosfera na visão da Ecologia é o ecossistema. Na visão geográfica, o espaço acha-se integrado à biosfera e é constituído por geossistemas formados por um mosaico de ecossistemas. Diante do exposto e com base no estudo realizado neste tópico, analise as afirmativas a seguir. I- O termo geobiocenose foi proposto pelo pedólogo russo Soukatchev em 1947 e é semelhante ao conceito de ecossistema. II- A Ecologia estuda a transferência de matéria e energia no âmbito dos ecossistemas e esse movimento cria uma complexa rede de inter-relações. III- A Geografia estuda, por sua vez, a distribuição espacial dos ecossistemas no sistema geográfico ou geossistema. IV- Um ecossistema não ocupa lugar no espaço, porque é uma rede de inter- relações e não um elemento concreto. V- O homem é um componente da cadeia alimentar do ecossistema. Logo, é visto pela ecologia como um produtor e consumidor de energia. Agora, assinale a alternativa correta: a) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas I, II, III e IV. b) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas I, III e V. c) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas III e IV. d) (X) Todas as afirmativas estão corretas. 5UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES B I O G E O G R A F I A TÓPICO 3 1 Por que a capacidade de reequilíbrio dos sistemas naturais depende da sua complexidade? Exemplifique. R.: O reequilíbrio dos sistemas naturais depende muito da sua complexidade. Quanto mais complexo um sistema, maior a sua capacidade de homeostasia. A complexidade do sistema está intimamente ligada a dois fatores: o número de elementos e o grau de resistência desses elementos às mudanças. O intemperismo das rochas e a fertilização artificial são dois exemplos de reequilíbrio das perdas do solo e fazem com que ele readquira o estado anterior. O homem é um agente de introdução de energia nos ecossistemas e nos geossistemas, tanto quanto é também um agente de desequilíbrio. Neste caso, o homem sempre introduziu atividades que ultrapassam o grau de homeostase da natureza, o que leva muita gente a tecer prognósticos sombrios quanto ao futuro da humanidade. 2 Sobre a BIOSFERA é correto afirmar: I- A biosfera é a camada do planeta capaz de ser habitada por organismos. II- O termo biosfera foi introduzido na ciência em 1875 pelo geólogo austríaco Eduard Suess. III- As leis da Termodinâmica dirigem o papel da energia na biosfera. IV- As formas da matéria na biosfera são pouco variadas: gasosa, sólida ou líquida. V- Todas as interações da biosfera se dão no interior dos geossistemas e dos ecossistemas. VI- Apenas 2% da energia solar são absorvidos pela biosfera – 98% se perdem. O total absorvido, nada mais que 0,1%, é usado na fotossíntese. Agora, assinale a alternativa correta: a) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas II, III, IV e V. b) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas I, II e V. c) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas IV e V. d) (X) Todas as afirmativas estão corretas. 3. Acerca dos ciclos biogeoquímicos, coloque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas e em seguida assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. ( V ) Na fotossíntese, a energia solar ou energia dispersa é transformada em matéria ou energia concentrada. ( V ) A ciclagem dos nutrientes é mais conhecida como ciclos biogeoquímicos, porque deles fazem parte tanto componentes bióticos quanto abióticos. 6 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B I O G E O G R A F I A ( V ) Os ciclos Biogeoquímicos começam com a absorção da energia solar pelas plantas clorofiladas. ( V ) Os macronutrientes existem em maior quantidade porque as plantas os usam em grande quantidade. Os micronutrientes são elementos de que as plantas têm menor necessidade e, por isto, ocorrem em menor quantidade na natureza. ( V ) Na crosta terrestre ocorrem 90 elementos químicos. Deste total, 30 são fundamentais para os organismos – são os macronutrientes. Agora, assinale a alternativa que abarca a sequência correta: a) ( ) V – V – V – F – V. b) ( X ) V – V – V – V – V. c) ( ) F – V – F – V – V. d) ( ) V – F – V – V – F. TÓPICO 4 1 O clima é o mais ativo fator da natureza. Ele influencia o bem-estar do homem desde efeitos diretos do tempo meteorológico às mudanças climáticas. Todos os seres vivos dependem diretamente do clima. Diante do exposto e com base no estudo realizado sobre a atmosfera, analise as afirmativas a seguir: I- A Climatologia, a ciência que estuda o clima, é um ramo da Geografia Física. II- O clima determina as espécies de plantas e de animais e as formas de vida que podem viver numa área. A forma da Terra intervém no clima e o altera segundo as latitudes. III- Os biomas terrestres resultam da interação do clima com o relevo, o solo, a vegetação e a fauna. IV- As zonas climáticas da Terra mantêm condições de temperatura e de chuvas diferenciadas, que regulam a distribuição dos seres vivos, incluindo o homem. V- O clima determina a chamada forma biológica ou forma de vida das plantas. Agora,assinale a alternativa correta: a) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas II, IV e V. b) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas I, III e V. c) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas III, IV e V. d) (X) Todas as afirmativas estão corretas. 7UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES B I O G E O G R A F I A 2 Qual a relação entre a altura do broto vegetativo e o clima? Comente este aspecto para plantas de clima tropical e plantas de clima desértico. R.: Raunkier (1934, In: Dajoz, 2006) classificou as plantas segundo a altura dos brotos vegetativos em relação ao solo – acima ou abaixo. Nos trópicos, onde as plantas crescem sem pressão do clima, os brotos estão nos pontos mais altos da planta. Nos casos de estiagem ou no inverno brando das regiões subtropicais, as espécies caducifólias se defendem perdendo as folhas para manter a água no seu interior. A planta, então, entra numa fase de dormência. Nas regiões de clima severo – polos e desertos – os brotos encontram-se mais próximos do solo. Nas regiões áridas, os brotos, em geral, são subterrâneos. A posição dos brotos está na dependência da quantidade de calor que a planta recebe. Nos trópicos, o calor é constante, por isso os brotos afastam-se do solo. Nos climas polares, o broto fica próximo ao solo, porque o calor liberado por ele é importante para a planta e, ademais, as folhas ficam protegidas do efeito abrasivo de partículas de gelo ou de areia empurradas pelo vento. Nos climas desérticos e semidesérticos os brotos são subterrâneos, porque, em geral, as plantas são anuais e perdem a parte exposta nas estações desfavoráveis. Permanecem vivas, porque possuem rizomas subterrâneos, que armazenam água e nutrientes usados nessas estações. Na época favorável, os brotos subterrâneos germinam. Muitas espécies liberam sementes, que ficam em estado de dormência nas estações desfavoráveis – inverno, estiagem sazonal. 3 Por que razão os físicos têm proposto que os termos efeito estufa e gases do efeito estufa sejam trocados por efeito da atmosfera? R.: As radiações letais provindas do Sol, como as ultravioletas, X, gama, que atingem a Terra constantemente, são filtradas pela capa protetora da atmosfera. Então, elas chegam aqui em quantidades não prejudiciais aos seres vivos. A capa de gases tem outro papel importante – impede a perda de calor pela superfície e mantém a temperatura média em cerca de 16º C em todo o planeta. É óbvio que a temperatura média de 16º C não é verdadeira em toda a extensão do planeta, mas considera-se que seja esta a média de temperatura que mantém os seres vivos. Esse mecanismo é denominado de efeito estufa. Deve-se a ele a manutenção da vida na Terra. Entretanto, desde o final do século passado, os físicos começaram a duvidar da real eficiência e, sobretudo, da existência do efeito estufa. De acordo com eles, a atmosfera não segura na superfície a radiação emitida pela Terra. O que mantém o calor na superfície da Terra é a pressão atmosférica exercida pela massa de gases. Cerca de 97% dos gases concentram-se nos primeiros 30 km de altura da atmosfera. 8 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B I O G E O G R A F I A O peso da atmosfera sobre a superfície facilita o atrito entre as moléculas, os átomos dos gases e todos os corpos que existem na atmosfera, os aerossóis. O atrito gera calor e, como a maior massa da atmosfera se encontra sobre a superfície, esta se mantém aquecida. A radiação infravermelha emitida pela superfície do planeta – ou a maior parte dela – atravessa a camada de gases e se perde no espaço. Por esta razão, os físicos propõem que os termos efeito estufa e gases do efeito estufa sejam trocados para efeito da atmosfera. Além disso, consideram injustificado supor que o homem pode proteger o clima controlando quantidades-traço de dióxido de carbono e outros gases na atmosfera. Essa teoria moderna ainda não está incluída nos anais da ciência atual, porque a contesta flagrantemente. Mas é vista com atenção pelos cientistas. TÓPICO 5 1. Quais são e como agem os cinco fatores de formação do solo? R.: Os cinco fatores agem de forma simultânea, gerando combinações diferentes e, consequentemente, uma grande diversidade de tipos diferentes de solos: Clima: promove o intemperismo das rochas e age na dinâmica interna do perfil de solo, transformando e distribuindo materiais através da precipitação, da temperatura, da umidade e do vento. Geologia: fornece a matéria-prima para a pedogênese, conferindo ao solo muitas de suas qualidades e limitações, tanto químicas como físicas. Relevo: ao influenciar a dinâmica da água nos processos erosivos, no microclima, no clima regional e na distribuição dos tipos de vegetação, afeta diretamente a formação dos tipos de solo. Tempo (idade): a intensidade na formação do solo se dá em função do dinamismo da ação dos demais fatores. Um solo será tanto mais antigo ou maduro quanto mais espesso e diferenciados estiverem os horizontes. 2. Os argissolos, latossolos, cambissolos e gleissolos são tipos de solo comuns no Brasil. Como se caracteriza o horizonte-diagnóstico de cada um deles? R.: ARGISSOLOS (argi/Bt.Tb): apresentam horizonte B textural e argilas de atividade baixa. Encontram-se abaixo do A ou de E. Correspondem aos anteriormente chamados: Podzólicos vermelho-amarelos Tb; Podzólicos vermelho-escuros Tb; Podzólicos amarelos; parte de Terra Roxa Estruturada, de Terra Roxa Estruturada Similar, de Terra Bruna Estruturada e de Terra Bruna Estruturada Similar. CAMBISSOLOS (cambi/cambiar, trocar): possuem horizonte B incipiente subjacente a qualquer tipo de horizonte superficial. Correspondem aos 9UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES B I O G E O G R A F I A anteriormente chamados: Cambissolos eutróficos, distróficos e álicos Ta e Tb, exceto os com horizonte A chernozêmico e B incipiente eutróficos Ta. LATOSSOLOS (lato/com horizonte B latossólico): apresenta horizonte B latossólico subjacente a qualquer tipo de horizonte A, dentro de 200 cm da superfície ou 300 cm se o horizonte A for mais espesso que 150 cm. Correspondem aos anteriormente chamados: Latossolos em geral com algumas exceções. GLEISSOLOS (glei/com horizonte glei): com horizonte glei subjacente ao horizonte A ou hístico, com menos de 40 cm de espessura. Não há outro horizonte diagnóstico acima do glei. Correspondem aos anteriormente chamados: Glei pouco húmico, Glei húmico, parte do Hidromórfico cinzento (sem mudança textural abrupta), Glei tiomórfico e Solonchak com horizonte glei. 3 O solo é o substrato que sustenta grande parte da vida na Terra. Corresponde à parte superficial não consolidada do manto de intemperismo. Diante do exposto e com base no estudo realizado sobre o solo, analise as afirmativas a seguir: I- O estudo da origem e formação dos solos teve início na escola russa, onde se destacou o geólogo V. V. Dokuchaiev (1846-1903), com estudos realizados entre 1882 e 1900 sobre os cinco fatores de formação do solo. II- O estudo do solo se faz pela Pedologia, ciência que enfoca os materiais existentes a partir da superfície até a rocha intemperizada, a alterita. III- A formação do solo se dá em função de cinco fatores: relevo, clima, geologia, organismos, tempo. IV- À medida que os fatores de formação do solo interagem e a pedogênese se desenvolve, o material de origem vai sofrendo diferenciações, mais ou menos paralelas à superfície. V- A partir dos mecanismos de formação (adições; transformações; transportes para o interior; movimentos mecânicos e perdas) desenvolvem-se fenômenos específicos de formação do solo, denominados processos pedogenéticos. Agora, assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas: a) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas I, III, IV e V. b) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas I, II e V. c) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas III e V. d) (X) Todas as afirmativas estão corretas. 10 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B I OG E O G R A F I A UNIDADE 2 TÓPICO 1 1 O final do Permiano foi marcado pela maior extinção já ocorrida na Terra. Cerca de 95% dos vertebrados extinguiram-se. Dentre as inúmeras hipóteses que tentam explicar a extinção, quatro são as mais aceitas. Quais são estas hipóteses e o que defendiam? R.: A primeira sustenta que a grande glaciação em Gondwana seria uma causa, ao provocar resfriamento em todo o mundo e rebaixamento do nível do mar. A segunda teoria afirma que a colisão de Laurásia e Gondwana fez com que as terras excedessem os oceanos em área. Isso teria forçado uma intensa competição pelo espaço entre as espécies marinhas, o que resultaria no extermínio. A terceira teoria apela para flutuações climáticas nas zonas temperadas, causadas por glaciações nos polos Norte e Sul. Essas flutuações são comprovadas por sequências de dunas e evaporitos, encontradas nas camadas sedimentares das regiões temperadas atuais. Nos polos há evidências de grandes glaciações permianas. A quarta teoria apoia-se em violentos eventos de vulcanismos basálticos ocorridos na Sibéria. As erupções foram explosivas e lançaram enormes quantidades de sulfatos na atmosfera. Nuvens de cinzas e de sulfatos provenientes dos vulcões envolveram todo o planeta, o que o privou da luz solar e o resfriou. As idades das lavas siberianas coincidem com a época das extinções do Permiano. 2 De que elementos da natureza e de que técnicas o biogeógrafo se utiliza como subsídio para interpretação de épocas passadas? R.: Formas de relevo Paleossolos e sedimentos. Análise polínica ou palinologia. Datação radiométrica. Paleontologia. Dendrocronologia. Varves em varvitos. Refúgios florestais. Paleomagnetismo. Fósseis vivos. 11UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES B I O G E O G R A F I A 3 Sobre o estudo da Paleobiogeografia, coloque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas e em seguida assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. (V) O deslocamento dos continentes teve reflexos em todo o planeta e mudou a sua face, ao originar oceanos e mares, alterar o clima mundial e levar a uma incomensurável mudança nas formas de vida em todo o mundo. (V) Não podemos estudar a Biogeografia de hoje sem compreender o passado geológico da Terra. (V) Nas espécies tropicais e subtropicais não há separação muito nítida entre as estações do ano, de modo que o câmbio funciona durante todo o ano. Logo, não há produção de anéis de crescimento na árvore, o que torna difícil calcular a sua idade. (V) Estudar os climas do passado depende diretamente da obtenção de dados, que são inferidos de indicadores climáticos naturais. (V) As causas da presente distribuição dos seres vivos não estão apenas nos fatores atuais, mas também são encontradas na evolução das eras geológicas. Agora, assinale a alternativa que abarca a sequência correta: a) ( ) V – F – V – V – F. b) ( ) F – V – F – V – V. c) ( ) V – V – V – F – V. d) (X ) V – V – V – V – V. TÓPICO 2 1. Qual a relação entre seleção natural, mutação genética, isolamento genético na evolução e adaptação de seres vivos? R.: A relação entre seleção natural, mutação genética, isolamento genético na evolução e adaptação de seres vivos está na adaptação das espécies em relação às condições ambientais em que vivem. Um ambiente em constante transformação, em que os fatores limitantes sejam constantes, como numa restinga ou num deserto, por exemplo, obriga à espécie adaptar-se. A seleção natural presenteia a espécie com meios de ajustar-se ao ambiente e ela transmite essas características aos descendentes. A espécie, certamente, extinguir-se-á se não ocorrer adaptação ou se a seleção natural não atuar a contento. É importante destacar que as mudanças ambientais podem influir nas variações e nas alterações na carga genética de uma espécie, o que pode levar a uma mutação. Assim, esta espécie irá adaptar-se ao meio em que vive. 12 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B I O G E O G R A F I A 2. Explique com suas palavras como ocorreu a experiência em que o bacteriologista francês Louis Pasteur (1802-1895) provou que, definitivamente, a geração espontânea não existia, mas que o ar estava carregado de impurezas que provocavam a decomposição da matéria orgânica. R.: Pasteur provou o que dizia. Preparou um caldo orgânico e, com ele, encheu vários frascos e não os vedou. Ao contrário, com uma chama, entortou os gargalos em forma de um alongado S. Outros frascos foram deixados com o gargalo normal. Os frascos foram postos em repouso por alguns dias. Em seguida, observou os frascos e notou que nos frascos de gargalos curvos depositaram-se, no colo do gargalo, as impurezas contidas no ar. Nesses frascos o líquido não se deteriorou. Mas nos frascos normais, houve deterioração. Pasteur, então, pôde comprovar dois fatos: a geração espontânea, definitivamente, não existia e, mais importante, o ar era carregado de impurezas, que provocavam a decomposição da matéria orgânica, com o aparecimento de bactérias, fungos, vermes e outros organismos, onde, antes, não existiam. Os frascos com gargalo entortado são mantidos intactos no Instituto Pasteur, em Paris. Foram apenas tapados para evitar a evaporação. 3 A origem da vida sempre foi objeto de preocupação do homem, desde os filósofos da Antiguidade até os pesquisadores modernos, passando pelos religiosos das diversas seitas do mundo. Neste contexto e com base no estudo realizado sobre as primeiras ideias no que tange ao aparecimento da vida, analise as afirmativas a seguir: I- Quatro linhas de pensamento buscam explicar como a vida surgiu na Terra: A criação especial; hipótese da panspermia; geração espontânea e hipótese da quimiossíntese. II- No início do século XX, poucos cientistas deram prosseguimento às pesquisas sobre a origem da vida. III- Geração espontânea, uma ideia que durou por quase dois mil anos, garantia que a vida podia surgir da matéria inanimada. Essa ideia apoiava- se apenas na observação e tirava conclusões apressadas, conjugadas com uma fertilíssima imaginação, movida, sobretudo, pela superstição e pela pressão da Inquisição. IV- No século XX surgiram hipóteses modernas, baseadas em fatos puramente científicos comprovados. A principal delas é a hipótese da quimiossíntese e traz à tona os primeiros estudos sérios sobre o surgimento da vida. Agora, assinale a alternativa correta: a) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas I, III e IV. 13UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES B I O G E O G R A F I A b) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas II e III. c) ( ) Está correta apenas a afirmativa IV. d) ( X) Todas as afirmativas estão corretas. TÓPICO 3 1 A distribuição atual de animais e plantas é fruto de processos físicos e biológicos passados e atuais. Que fatores intervêm na especiação e na repartição atual das espécies? R.: fatores físicos – altitude, longitude, latitude, temperatura, umidade do ar, luz, pressão atmosférica, radiação solar; fatores geográficos – relevo (cadeias montanhosas, vales), corpos hídricos (mares, rios e lagos); fatores químicos – acidez, alcalinidade, salinidade, concentração de gases no ar ou em solução, presença ou ausência de minerais importantes como o cálcio e fosfatos; fatores biológicos – relações biocenóticas inter e intraespecíficas, mobilidade, recursos alimentares, presença de água etc. 2 Caracterize e explique espécies endêmicas, cosmopolitas e os diversos tipos de espécies estrangeiras no enfoque biogeográfico. R.: a) Uma espécie dotada dessa habilidade poderá ocupar vastas áreas, porque seu genótipo lhe permite. É chamada de cosmopolita. São poucos os casos de cosmopolitismo ao nível de espécie. Existem apenas 25 espécies de plantas superiores que se distribuem por mais de 50% da superfície terrestre, sendo a maioria de plantas aquáticas. Os exemplos tornam-se mais abundantes quanto mais abrangente for o nível taxonômico (táxon) considerado (LACOSTE & SALANON, 1973, p.19). Uma área cosmopolita é ocupada por um táxon que apareça em todos os continentes – exceto a Antártica – e que não seja menor que um 1/3 da superfície terrestre (VALDÉS, 1985, p. 123). Eis alguns exemplos – a coruja-da-igreja (Tyto alba), Musca doméstica (mosca), Canis familiaris (cachorro), Rattus novegicus (ratazana) e o Homo sapiens, a espécie mais cosmopolita de todas (id. p. 125). No reino vegetal, temos Pteridium caudatum (samambaia invasora de terrenos depois de derrubada a vegetação), Urtiga dioica (urtiga), Taraxacum officinale (chicória) etc. Entretanto, as espécies cosmopolitas exigem certas condições favoráveis para a sua sobrevivência. A barata (Periplaneta americana), por exemplo, precisa de ambientes propícios, como o lixo acumulado em locais tranquilos e escuros. 14 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B I O G E O G R A F I A b) As espécies endêmicas resumem-se a poucas áreas ou mesmo em apenas uma área. São espécies com um baixo nível de tolerância. Por isto, sua área é determinada pelas condições ambientais. O endemismo está estreitamente ligado a barreiras biogeográficas, que isolam grupos de organismos. Esses grupos são aqueles que poderão originar especiações. Alguns exemplos de espécies endêmicas: a ordem dos monotremos (équidna e ornitorrinco) é endêmica da Austrália e Nova Guiné; o gênero Sequoia, que já ocupou amplas áreas do globo, atualmente está restrito às montanhas da Califórnia; 80% da flora da Nova Zelândia são endêmicos (LACOSTE e SALANON, 1973, p. 22). Segundo Szymhiewcz (1938, citado por Dansereau, 1957, p.29), a ilha de Córsega (França) possui 58% de espécies endêmicas, a ilha de Madagascar, 66%; Nova Zelândia 79%; Havaí (EUA) 82% e a ilha Santa Helena (Reino Unido), 85%. c) Tipos de Espécies estrangeiras Espécies estrangeiras esporádicas – ou estrangeiras, que nunca se estabelecem, porque não conseguem se adaptar a outro hábitat. Espécies estrangeiras conservadas (não naturalizadas) – exigem a intervenção do homem. É o caso do Eucalyptus sp. Introduzido no Brasil em meados do século XX, dispersa-se graças ao homem, mas sua dispersão natural é um fato consumado. O café (Coffea arabica) e as frutas cítricas – laranjas, limas, limões, tangerinas – originárias da Ásia, também vieram na bagagem do homem. Espécies estrangeiras naturalizadas – instalam-se com a ajuda do homem e se dispersam sem a sua ajuda, o que causa desequilíbrios. No Brasil, os portugueses introduziram o pardal (Passer domesticus), o bico-de-lacre (Estrilda cinerea), o capim-gordura (Melinis minutiflora), o capim-colonião (Panicum maximum). Espécies estrangeiras aclimatadas a habitações e cidades – são aqueles insetos que infernizam a vida do homem e com quem competem – a mosca doméstica (Musca domestica), o rato (Rattus rattus, R. norvegicus) e a resistente barata. Espécies estrangeiras de áreas abandonadas – o cactus figo-da-Índia (Opuntia ficus-indica), natural da América Central, foi introduzido no Mediterrâneo. O ágave (Agave spp) também levado das Américas para outros países. Espécies estrangeiras de áreas cultivadas – são plantas de jardins, agricultura e pastos. 3 Competição, amensalismo, comensalismo, epifitismo, saprofitismo e efeito de massa são relações biocenóticas importantes em populações e 15UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES B I O G E O G R A F I A comunidades. Caracterize e exemplifique cada uma delas. R.: Competição (-/-) – Pode ser tanto intraespecífica como interespecífica, em que, num sentido mais amplo, “(..).dois organismos procuram a mesma coisa”. Um exemplo de competição intraespecífica ocorre nas florestas de araucária (Araucaria angustifolia), onde os pinheiros guardam certa distância entre si, pois as folhas que caem contêm hormônios que inibem a germinação das sementes onde se depositam. Amensalismo (0/-) Relação interespecífica onde uma espécie, chamada inibidora, dificulta o crescimento da outra, chamada amensal. O fitoplâncton marinho do gênero Gonyaulase, por exemplo, provoca a conhecida maré vermelha ao lançar substâncias tóxicas, provocando a morte de outras espécies. Comensalismo (+/0) Relação interespecífica em que uma espécie, chamada comensal, aproveita-se dos restos alimentares da outra. Um exemplo tradicional é o da rêmora e do tubarão. Inquilinismo (animais) ou epifitismo (vegetais)(+/0) Relação interespecífica em que um indivíduo procura, no outro, abrigo ou melhores condições de vida. Por exemplo, o peixe-agulha (gênero Fierasfer) penetra no corpo do pepino-do-mar. Saprofitismo (+/0) Ocorre entre animais e vegetais que se alimentam da matéria orgânica em decomposição. Ex. fungos, certos anelídeos e certas pteridófitas usam a matéria orgânica em decomposição como fonte de energia. Efeito de massa (-/-) Há consequências negativas devido à superpopulação, como o canibalismo e perturbações na reprodução e fecundidade. Por exemplo, no gorgulho-do-trigo (Sitophilus oryzae), a postura diminui quando todos os grãos estão ocupados por ovos ou larvas. 4 Em síntese, no que se constitui a Teoria dos Refúgios e qual a importância biogeográfica da preservação de áreas consideradas refúgios da vida silvestre? R.: Podemos agora definir o refúgio, segundo Müller (1977, cit. por Troppmair, 2002 p. 138), como: “(...) áreas florestais ou não, onde espécies da flora e fauna permanecem isoladas em espaços relativamente restritos, enquanto em grandes áreas circunvizinhas ocorrem condições ambientais adversas à sua expansão. Esses refúgios somente podem ser considerados como tais se as condições ambientais neles reinantes permitirem a preservação integral dos ecossistemas que encerram”. Um refúgio é uma ilha, não no sentido usual de ilha, mas do ponto de vista biogeográfico – uma ilha biogeográfica, porque, neles, as espécies estão isoladas, ilhadas, sujeitas a condições ambientais específicas. 16 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B I O G E O G R A F I A Os animais e as plantas exigem um espaço mínimo para se estabelecer e esse espaço tem que lhes oferecer recursos compatíveis com o número de indivíduos que as populações possuem num dado momento. Se o espaço da vegetação diminuir, a consequência será clara – a fauna também mostrará uma retração. Por outro lado, animais que vivem em grupos precisam de um número mínimo de indivíduos nos grupos, aquém do qual a tendência é a extinção da população – é o que se chama de efeito de grupo (Dajoz, 1973, p. 183). Conclui-se, facilmente, que a extinção da cobertura vegetal poderá levar também a uma drástica redução da fauna. 5. Sobre a Teoria dos Refúgios é correto afirmar: I- A Teoria dos Refúgios foi desenvolvida por Ab’Saber em 1846 e é considerada um dos principais temas na Biogeografia atual. II- Na Geografia, Ab’Sáber deu impulso à Teoria dos Refúgios com trabalhos sobre a evolução geomorfológica e paleoclimática da América do Sul e do Brasil. III- Como toda teoria, a Teoria dos Refúgios também recebeu críticas, pela não aceitação de indicadores de interpretações de dados e modelos por parte de alguns autores. IV- O estudo dos refúgios envolve uma grande quantidade de temas ligados à biogeografia, à ecologia, à geomorfologia e à paleoclimatologia. V- A teoria dos refúgios florestais no Brasil foi esboçada por Ab’Sáber a partir de observações iniciadas em 1957, junto com o geomorfólogo francês Jean Tricart. VI- A ideia do refúgio surgiu da observação de paisagens que diferem da paisagem geral, da qual fazem parte, como os enclaves de cerrado na Amazônia, de araucária na floresta Atlântica etc. Agora, assinale a alternativa correta: a) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas I, II, III e VI. b) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas I, IV, V e VI. c) (X) Estão corretas apenas as afirmativas II, III, IV, V e VI. d) ( ) Todas as afirmativas estão corretas. UNIDADE 3 TÓPICO 1 1 Qual a relação entre o nível de endemicidade e os territórios 17UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADESB I O G E O G R A F I A biogeográficos? R.: Os seres vivos se movimentam e se distribuem na biosfera. Os padrões de distribuição não são aleatórios, mas dependem de vários fatores abióticos e bióticos, que interagem atualmente ou que interagiram no passado para constituir conjuntos de hábitats. Por causa dessas interações, esses conjuntos podem apresentar certas correspondências nos limites territoriais de distribuição dos seres vivos. Em outras palavras, podemos dizer que pode existir coincidência no limite de distribuição dos hábitats, o que é indicado pelo nível de endemicidade dos seres vivos, que se dá em diversas categorias ou níveis taxonômicos: ordem, família, gênero e espécie. Isso permite a identificação de territórios de distribuição exclusiva de determinados grupos da flora e da fauna, denominados territórios biogeográficos ou biorreinos. Eles se distribuem hierarquicamente, conforme o nível de endemicidade que está relacionado ao nível taxonômico. Os territórios biogeográficos possuem extensões continentais e se distinguem pelo número elevado de endemismos, geralmente em nível de ordens e famílias. Os reinos subdividem-se em Regiões Biogeográficas, com endemismos ao nível de subfamílias e de gêneros. Por sua vez, as regiões biogeográficas subdividem-se em Domínios ou Províncias Biogeográficas, compreendendo áreas com elevado número de endemismo ao nível de gêneros e espécies. Os domínios subdividem-se em Setores ou Distritos Biogeográficos, que correspondem a territórios restritos com elevado número de endemismos ao de espécies ou de gêneros, se estes últimos possuírem poucas espécies (LACOSTE & SALANON, 1973; VALDÉS, 1985). 2. Qual a localização dos cinco reinos biogeográficos conforme a classificação de Müller (1979)? R.: Na sua classificação, Müller (1979, p. 54) estabeleceu os reinos biogeográficos resumidos no quadro a seguir: Reino Região Localização Holártico Neártica América do Norte, Ártico e Groenlândia Paleártica Eurásia (incluídas Islândia, Canárias, Coreia e Japão) e norte da África Paleotropical Etiópica África, ao sul do Saara Malgache Madagascar e ilhas oceânicas Oriental Índia, Indochina, até a linha de Wallace Australiano Australiana Oceânica Neozelandesa Havaiana Austrália, Nova Guiné e ilhas vizinhas, Oceania, parte da Nova Zelândia, Havaí e demais ilhas do Pacífico 18 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B I O G E O G R A F I A Neotropical - Américas do Sul e Central e Antilhas Arquinótico - Antártida, sudoeste da América do Sul e sudoeste da Nova Zelândia 3 Os territórios biogeográficos possuem extensões continentais e se distinguem pelo número elevado de endemismos, geralmente em nível de ordens e de famílias. Acerca do estudo realizado sobre os territórios biogeográficos, analise as afirmativas a seguir: I- As regiões biogeográficas subdividem-se em Domínios ou Províncias Biogeográficas, compreendendo áreas com elevado número de endemismo ao nível de gêneros e espécies. II- Os domínios subdividem-se em Setores ou Distritos Biogeográficos, que correspondem a territórios restritos com elevado número de endemismos ao de espécies ou de gêneros, se estes últimos possuírem poucas espécies. III- Os limites dos reinos biogeográficos, muitas vezes, se confundem e se interpenetram, principalmente quando as barreiras biogeográficas não são bem definidas. Essas divisões variam muito, principalmente quando o nível taxonômico é mais restrito. IV- A divisão entre os reinos Neotropical e Paleotropical e o reino Holártico tem suscitado discussões. Alguns pesquisadores consideram a América Central não uma zona de transição entre os reinos Holártico e Neotropical, mas uma região do reino Neotropical, porque nela predomina a fauna sul-americana e o clima é tropical. Agora, assinale a alternativa correta: a) ( ) Estão corretas as afirmativas I, III e IV. b) ( ) Estão corretas as afirmativas II e IV. c) ( ) Apenas a afirmativa III está correta. d) ( X) Todas as afirmativas estão corretas. 4. Relacione cada reino biogeográfico com seus respectivos grupos da flora e da fauna. 1. Reino Holártico 2. Reino Paleotropical 3. Reino Australiano 4. Reino Neotropical 5. Reino Arquinótico (5) Pinguim-imperador; pinguim-de-adélia; Deschampsia antactica; Colobanthus crassifolius. (4) Macacos; saguis; tamanduás; lhama; vicuña; guanaco; beija-flores; perdizes; tucanos; cactos; bromélias; seringueira. (3) Ornitorrinco; canguru; coala; casuar; Gênero Eucalyptus. (2) Girafa; hipopótamos; hiena; gorila; chimpanzé; leão; elefante; zebras; 19UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES B I O G E O G R A F I A avestruz; gerânios; ébano; árvore produtora de alcaloide; galinhola. (1) Ursos; cães; lobos; coiotes; cervos e alces; búfalo; bisão; castores; ouriço; gambás; quatis; saracura; urogalo; papagaio-do-mar; cegonha; cucos; rouxinóis; abutres; esturjão; perca; salmão e truta; arbustos e árvores como as avelanzeiras; choupo; álamo; ranúnculos; amoreiras. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: a) ( ) 1 - 2 – 3 – 4 – 5. b) ( X ) 5 - 4 – 3 – 2 – 1. c) ( ) 3 - 4 – 5 – 2 – 1. d) ( ) 4 - 5 – 3 – 2 – 1. TÓPICO 2 1 Quais são os Domínios Morfoclimáticos Brasileiros, conforme Ab’Sáber (1976)? R.: Apoiado no princípio de que tanto fatores locais quanto externos influenciam na evolução da paisagem, AB’SÁBER (1967) delimitou os domínios morfoclimáticos e as províncias fitogeográficas brasileiros: 1 – Domínio dos chapadões tropicais a duas estações, recobertos por cerrados e com florestas-galeria. 2 – Domínio das regiões serranas tropicais úmidas ou dos “mares de morros”, recobertos por florestas pluviais. 3 – Domínio das depressões intermontanhas semiáridas, com inselbergs e drenagem intermitente e recoberta por caatingas. 4 - Domínio de planaltos subtropicais com florestas de araucárias e pradarias de altitude. 5 – Domínio das coxilhas subtropicais uruguaio-sul-rio-grandense, com pradarias mistas. 6 – Domínio das terras baixas equatoriais florestadas da Amazônia brasileira. Os domínios são separados por faixas contínuas de paisagens de transição, em que padrões inteiramente podem se destacar. 2 Recobrindo uma superfície de cerca de 18 milhões de km2 no Planalto Central brasileiro, o Domínio dos chapadões tropicais tem um clima sazonal, com chuvas de verão, que mantêm uma drenagem perene. Acerca deste domínio morfoclimático, coloque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( V ) A estiagem dura de 4 a 5 meses, predominantemente no inverno. As chuvas variam entre 1.100 e 1.600 mm/ano. 20 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B I O G E O G R A F I A ( V ) A paisagem do cerrado é formada por um tapete descontínuo e esparso de gramíneas, entremeado de ervas, arbustos e árvores. ( V ) O cerrado exibe uma fisionomia xerófita muito acentuada, maior que a da caatinga. Mas como não falta água, a vegetação é mesófita e não xerófita. ( V ) O cerrado brasileiro está caminhando em ritmo acelerado para a sua extinção. Em Minas Gerais, por exemplo, o cerrado foi praticamente todo cortado para alimentar os fornos siderúrgicos. ( V ) Os solos são pobres e predominam os latossolos vermelho-escuros e vermelho-amarelos, com textura argilosa. Nos relevos acidentados aparecem lateritas, e nas veredas, solos orgânicos e gley húmicos. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: a) ( ) V – F – V – F – F. b) ( X ) V – V – V – V – V. c) ( ) F – F – V – V – V. d) ( ) F – F – V – F – V. 3 Relacione os domínios morfoclimáticos brasileiros com suas respectivas características: 1 Domínio dos chapadões tropicais. 2 Domínio das regiões serranas tropicais úmidas. 3 Domínio das depressões intermontanhas semiáridas. 4 Domínio de planaltos subtropicais. 5 Domínio das coxilhas subtropicais uruguaio-sul-rio-grandense. 6 Domínio das terras baixas equatoriais. ( 1 ) Tem clima sazonal, com chuvas de verão, que mantêm uma drenagem perene. A estiagem durade quatro a cinco meses, predominantemente no inverno. As chuvas variam entre 1.100 e 1.600 mm/ano. ( 4 ) Estende-se na região equatorial e subequatorial, ocupando uma superfície de mais de 2,5 milhões de km2. São planícies de inundação labirínticas e meândricas, tabuleiros de vertentes convexas e morros mamelonares baixos, que aparecem nos relevos cristalinos, juntamente com relevos residuais de pães-de-açúcar, inselbergs no Quaternário. ( 5 ) São recobertos pela conífera Araucaria angustifolia, com altitudes entre 500 e 1.300 metros, clima subtropical úmido, verões brandos e invernos suaves, com neve eventual e rara. A amplitude térmica anual é acentuada. As temperaturas são fortemente influenciadas pelas altitudes. ( 6 ) A paisagem é aplainada, com encostas suaves e longas, tendo nos vales florestas-galerias subtropicais. Os solos são variados: paleossolos claros desenvolvidos em climas frios e paleossolos vermelhos evoluídos em climas quentes, o que gerou uma grande quantidade de tipos de solos, destacando- se as classes brunizem, grumossolo e planossolo. 21UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES B I O G E O G R A F I A ( 2 ) Este domínio corresponde à região dos mares de morros de origem ígnea e metamórfica, forma uma faixa que se estende ao longo do litoral oriental do reino Neotropical e ocupa uma área de mais de 1 milhão de quilômetros quadrados. ( 3 ) É considerada uma região de contrastes. O Nordeste brasileiro começa a mostrar a sua complexidade no clima, que é “[...] o que mais se destaca, não só por conferir individualidade à região, como também, por ser o principal elemento do qual decorrem as demais características do relevo, da vegetação e da rede fluvial” (Silva, 1972, p. 215). A tudo isso somam-se os aspectos humanos, estreitamente ligados e praticamente dependentes do clima semiárido. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: a) ( ) 1 – 2 – 3 – 4 – 5 – 6. b) (X) 1 – 4 – 5 – 6 – 2 – 3. c) ( ) 2 – 3 – 4 – 1 – 5 – 6. d) ( ) 6 – 1 – 5 – 3 – 4 – 2. TÓPICO 3 1 Caracterize os dois tipos de sucessão vegetal. R.: Existem dois tipos de sucessão – a sucessão primária e a sucessão secundária. A sucessão primária dá-se em um lugar nunca antes colonizado por vegetação, como uma rocha, lava resfriada ou o leito seco de um rio ou lago. O exemplo mais notável são as ilhas Krakatoa, em Java, e Surtsey, na Islândia. Nessas ilhas, pouco tempo depois das erupções, formou-se um solo rico em nutrientes, provindos do magma e, num tempo relativamente curto, as ilhas foram recolonizadas por plantas e animais. A sucessão secundária ocorre num lugar em que a cobertura anterior foi retirada, como um terreno cuja vegetação foi queimada ou uma área cultivada e, em seguida, abandonada. Na sucessão secundária, o hábitat não é totalmente estéril, porque alguns espécimes das comunidades anteriores permanecem nele. Mas, devido à exposição do solo às intempéries – erosão laminar, em sulcos – ventos, neve, chuvas, radiação solar etc. – ele, forçosamente, empobrecerá e a sucessão será menos rica que a primária. Com o tempo, contudo, as comunidades tenderão a se tornar mais complexas, com a introdução de novas espécies. A flora não será idêntica à primária. 2 As plantas podem ser agrupadas segundo as formas de vida e segundo as espécies. Os dois conceitos são importantes na descrição e classificação 22 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B I O G E O G R A F I A das comunidades. Diante do exposto e com base no estudo realizado sobre a estrutura das comunidades, analise as afirmativas a seguir: I- O agrupamento de espécies obedece à fitossociologia vegetal. O estudo da fitossociologia vegetal implica em conhecer padrões qualitativos e quantitativos de todas as espécies numa área-teste da comunidade. II- Simultaneamente, o hábitat é descrito, por exemplo, quanto aos tipos de solos, de relevo, à altitude etc. III- Constância compreende a porcentagem de ocorrência dos indivíduos de uma mesma espécie numa comunidade. Esse grupo de indivíduos, que é a população, indica a ocorrência da espécie naquela comunidade. IV- Frequência é o número de vezes que uma espécie aparece numa única área. Fidelidade indica o grau com que uma espécie é restrita a um tipo particular de comunidade. V. O grau de fidelidade varia de espécies exclusivas, limitadas a associações específicas, até espécies indiferentes, que não têm preferência por uma associação particular, isto é, podem aparecer em vários hábitats diferentes. VI. Espécies de alta fidelidade são um indicador confiável de certas condições ambientais. Agora, assinale alternativa correta: a) ( ) Estão corretas as afirmativas III, IV e V. b) ( ) Estão corretas as afirmativas I, III e IV. c) ( ) Apenas a afirmativa II está correta. d) (X) Todas as afirmativas estão corretas. 3 Sobre o desenvolvimento, sucessão, clímax e hierarquia das comunidades é CORRETO afirmar: I- O desenvolvimento das comunidades de plantas é um processo gradual, que representa o estágio final de uma longa série sucessiva de diferentes comunidades que colonizaram o hábitat. II- A substituição de uma comunidade por outra é chamada de sucessão vegetal ou sucessão ecológica, e a sequência de mudanças pelas quais as comunidades passaram é conhecida por sere. III- A sucessão vegetal ocorre em três tipos de hábitats – numa rocha exposta, num solo recém- desenvolvido ou recém- exposto às intempéries ou numa área desmatada. IV- A evolução da cobertura vegetal prosseguirá até o clímax dominante. V- A tendência da sucessão é alcançar um estado mais provável, ou o estado estacionário, no clímax. VI- Se a comunidade de plantas não estiver em equilíbrio com o clima, o clímax será determinado pelo solo, pelo relevo, pelo fogo ou pela ação do homem. Portanto, há um policlímax, explicado pela teoria policlimácica. 23UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES B I O G E O G R A F I A VII- A hierarquia das comunidades está relacionada ao porte da planta. A maior comunidade é chamada de bioma. Agora, assinale a alternativa correta: a) ( ) Estão corretas as afirmativas I, II, IV e VII. b) ( ) Estão corretas as afirmativas I, III e VI. c) ( ) Estão corretas as afirmativas III, V, VI e VII. d) (X) Todas as afirmativas estão corretas. TÓPICO 4 1 Como se dá o impacto da sociedade humana sobre os sistemas naturais? R.: Espera-se que o(a) acadêmico(a) aborde os principais impactos que a sociedade humana tem infligido aos sistemas naturais desde o início da Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra e que se espalhou para o mundo, intensificando a destruição do meio ambiente, com consequências ainda incertas para o futuro da humanidade. 2 No que tange ao estudo realizado sobre as modificações nos ecossistemas e nos geossistemas, coloque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. (V) As transformações que os ecossistemas e os geossistemas sofrem podem ser estudadas sob muitos pontos de vista. Contudo, um aspecto fundamental que deve ser considerado é o de transporte de energia e da matéria no interior dos sistemas naturais. (V) Os seres vivos, portanto, apresentam maior ou menor adaptabilidade aos fatores limitantes. As condições naturais nunca são as ideais para os organismos e, por isso, eles veem-se obrigados a criar uma série de adaptações a essas condições. (V) Os sistemas naturais encontram-se bem próximos dos limites de tolerância a mudanças bruscas, embora seus componentes se achem em equilíbrio. (V) O grande trunfo dos ecossistemas na luta para se autopreservarem é a sua complexidade. Quando mais complexos, quanto maior o número de elementos que interligam os diversos setores, tanto maior será a quantidade de ligações de interdependência com os sistemas vizinhos. (V) As alterações nos ecossistemas dão-se, cada vez mais, em escala maior, resultado da necessidade do homem de ampliar as suas atividades econômicas, vitais para a humanidade. (V) A base em que se apoiam as alteraçõesnos ecossistemas e nos geossistemas é, sem dúvida, a falta de um planejamento racional que estabeleça normas – que sejam obedecidas – de ação. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 24 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD B I O G E O G R A F I A a) ( X ) V – V – V – V – V – V. b) ( ) V – F – V – F – F – V. c) ( ) F – F – V – V – V – F. d) ( ) F – F – V – F – V – V.
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