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Resumo de Hemorragia Digestiva Alta 0 0 www.sanarflix.com.br Resumo Hemorragia Digestiva Alta Resumo de Hemorragia Digestiva Alta 1 1 www.sanarflix.com.br 1. Introdução Hemorragia Digestiva Alta (HDA) é definida como sangramento intraluminal decorrente de lesões no sistema digestório proximal ao ligamento de Treitz, podendo acometer esôfago, estômago ou duodeno. Normalmente se expressa como hematêmese e/ou melena e com menor frequência (5-20%), pode apresentar hematoquezia nos casos de hemorragias súbitas de grande volume. Sua incidência varia de 48-160 casos a cada 100 mil pessoas/ano e ocorre duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Pode ser dividida em dois grandes grupos baseados em sua etiologia: HDA varicosa (causada por ruptura de varizes esofagogástricas) e HDA não varicosa (causada principalmente por úlceras pépticas). A HDA é altamente prevalente e a despeito dos avanços diagnósticos e terapêuticos, permanece com altas taxas de mortalidade: de 30-50% para HDA varicosa e de 8-11% para HDA não varicosa. Estas taxas podem triplicar, caso os pacientes já estejam hospitalizados devido a outras comorbidades. A avaliação inicial de pacientes com hemorragia digestiva alta aguda envolve uma avaliação da estabilidade hemodinâmica e ressuscitação, se necessário. Estudos de diagnóstico (geralmente endoscopia) seguem, com o objetivo de diagnóstico e, quando possível, tratamento do distúrbio específico. Resumo de Hemorragia Digestiva Alta 2 2 www.sanarflix.com.br 2. Etiologia HDA decorrente de varizes: ocorre mais comumente nas varizes esofágicas, mas estar relacionada à ruptura de varizes gástricas. Aparece nos pacientes portadores de hipertensão portal de qualquer etiologia, mas 1/3 dos pacientes com cirrose hepática terão hemorragia varicosa. O risco de sangramento das varizes esofágicas é relacionado ao seu tamanho e a presença de marcas vermelhas ou “red spots”. A taxa de hemorragia por varizes recorrentes em um ano é de cerca de 60% e a mortalidade de cada episódio varia de 15-20% em pacientes com Child A e cerca de 30% em paciente Child C. Paciente pode apresentar juntamente com a HDA, outras características referentes a estigmas de doença hepática crônica: icterícia, eritema palmar, telangiectasias, ginecomastia. HDA decorrente de úlcera péptica: é a causa mais frequente. Os fatores de risco compreendem a infecção pelo Helicobacter pylori, uso de AINE, estresse fisiológico e condições que cursam com hipersecreção gástrica (Síndrome Zollinger-Ellison). O paciente cursa com dor abdominal superior. Esofagite: a esofagite é uma causa comum de HDA. Pacientes com esofagite erosiva geralmente têm história de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). Outros fatores de risco incluem o uso de medicamentos (AINE, bifosfonatos orais, tetraciclina) e infecções (Candida, vírus do herpes simples). Síndrome de Mallory-Weiss: também chamada de síndrome da laceração gastroesofágica, refere-se ao sangramento proveniente de lacerações das paredes na Principais causas de HDA Úlcera gástrica ou duodenal 30-50% Varizes esofagogástricas 10-20% Síndrome de Mallory-Weiss 10-20% Gastrite ou duodenite 5-10% Malformações arteriovenosas 2-5% Tumores 2-5% Resumo de Hemorragia Digestiva Alta 3 3 www.sanarflix.com.br junção do estômago com o esôfago induzidos por ataques de tosse ou vômito. Mais comuns em pessoas que consomem álcool cronicamente e gestantes. Síndrome de Boerhaave: é a ruptura espontânea do esôfago, ocorre subitamente e gera grande risco de morte. Em 80% dos casos é precedida por episódios de vômitos intensos. Lesão de Dieulafoy: é um vaso submucoso anômalo dilatado que pode erodir o epitélio de revestimento sobrejacente na ausência de uma úlcera primária. Os episódios de sangramento são frequentemente autolimitados, embora o sangramento possa ser recorrente e profuso. Fístulas aortoentéricas: é uma causa rara de HDA e geralmente, de origem iatrogênica. Deve ser suspeitada em todos os pacientes com HDA maciça ou repetitiva, com história de aneurisma da aorta torácica ou abdominal ou prótese vascular. A taxa de mortalidade, quando não tratada, é de quase 100%. O reparo cirúrgico do aneurisma da aorta e fístula é o tratamento padrão. 3. Abordagem Inicial O grande foco é estabilizar o paciente, avaliando vias aéreas, respiração e circulação para classifica-lo quanto à gravidade. Após garantir estabilidade hemodinâmica, a deve-se seguir com história clínica, exame físico, exames laboratoriais e, em alguns casos, lavagem nasogástrica (guidelines mais recentes não indicam o uso rotineiro). O objetivo é avaliar a gravidade da hemorragia, identificar potenciais fontes e verificar a existência de condições afete o manejo subsequente. As informações coletadas como devem ser usadas para orientar decisões sobre triagem, reanimação, tratamento empírico e testes diagnósticos. Resumo de Hemorragia Digestiva Alta 4 4 www.sanarflix.com.br Sinais e sintomas: Os pacientes devem ser questionados sobre os sintomas como parte da avaliação da gravidade da hemorragia e como parte da avaliação de potenciais fontes de sangramento. ▪ Pacientes com sinais de choque hipovolêmico (hipotensão, agitação, confusão ou letargia, com extremidades), teve uma perda estimada maior que 40% do sangue. ▪ Pacientes taquicardíacos em repouso, com frequência cardíaca maior que 100bpm, com hipotensão postural, a perda provável foi de 15-30% do volume sanguíneo. ▪ Queda na pressão arterial (PA) acima de 10mmHg e aumento superior a 20bpm na frequência cardíaca (FC) sugerem perda de pelo menos 20% do volume sanguíneo. ▪ Dor abdominal superior: úlcera péptica; ▪ Odinofagia, refluxo gastroesofágico, disfagia: úlcera esofágica; ▪ Êmese, náuseas ou tosse antes da hematêmese: síndrome de Mallory-Weiss; ▪ Icterícia, distensão abdominal, ascite: hemorragia varicosa ou gastropatia hipertensiva portal; ▪ Disfagia, sensação de plenitude gástrica, perda de peso involuntária, caquexia: malignidade. Antecedente médico: Os pacientes devem ser questionados sobre episódios prévios de HDA, uma vez que até 60% deles apresentam ressangramento em uma lesão pré-existente. Além disso, o histórico médico deve ser revisado para identificar comorbidades que podem levar a hemorragia ou influenciar no manejo. As possíveis fontes de sangramento sugeridas pelo histórico médico incluem: ▪ Varizes ou gastropatia por hipertensão portal: associado à hepatopatia por etilismo crônico ou outras causas; ▪ Fístula aorto-entérica: história de aneurisma de aorta abdominal ou enxerto aórtico; Resumo de Hemorragia Digestiva Alta 5 5 www.sanarflix.com.br ▪ Angiodisplasia: doença renal, estenose aórtica ou telangiectasia hemorrágica hereditária; ▪ Doença ulcerosa: histórico de infecção por H. pylori, uso de AINEs ou tabagismo; ▪ Malignidade: história de tabagismo, abuso de álcool ou infecção por H. pylori. Uso de medicamentos: Um histórico completo de medicações deve ser obtido, com especial atenção para medicamentos que: ▪ Predispõem à formação de úlcera péptica, como a aspirina e outros AINEs, incluindo inibidores da COX-2. ▪ Estão associados à esofagite como AINEs, bifosfonatos orais e tetraciclina. ▪ Predispõe a sangramentos, como antiagregantes plaquetários (Clopidogrel) e anticoagulantes. ▪ Pode alterar a apresentação clínica, como bismuto e ferro, o que pode tornar as fezes pretas. Exame físico: O exame físico é um componente fundamental na avaliação da estabilidade hemodinâmica. Análise de pulso, cor da pele, temperatura, pressão arterial, tempo de enchimento capilar, frequência cardíaca,pressão arterial e redução da perfusão periférica são mandatórios. Deve-se investigar telangiectasias, eritema palmar, ascite, esplenomegalia, hipersensibilidade abdominal (pode estar presente na úlcera péptica). Alem destes, o toque retal oferece informações quanto à coloração das fezes e ajuda na identificação da origem da hemorragia. Hipotensão ortostática, taquicardia, pele fria e pulsos filiformes indicam sangramento grave, necessitando de reposição volêmica imediata e tratamento definitivo da causa do sangramento. Resumo de Hemorragia Digestiva Alta 6 6 www.sanarflix.com.br 4. Diagnóstico Após estabilizar o paciente deve-se buscar a causa da hemorragia. Endoscopia digestiva alta A endoscopia digestiva alta é o exame de escolha para o diagnóstico etiológico da HDA e deve ser realizada o mais precocemente possível. Apresenta alta sensibilidade e especificidade para localização e identificação de lesões hemorrágicas no trato gastrointestinal superior. Além disso, uma vez que uma lesão tenha sido identificada, a endoscopia terapêutica pode promover hemostasia e prevenir sangramentos recorrentes na maioria dos pacientes. A endoscopia precoce (dentro de 24 horas) é recomendada para a maioria dos pacientes com HDA. A aparência endoscópica ajuda a determinar quais lesões requerem terapia endoscópica. Em pacientes nos quais o sangramento excessivo dificulta a identificação da lesão, uma segunda endoscopia pode ser necessária para estabelecer um diagnóstico e potencialmente aplicar a terapia. A administração de análogos da somatostatina pode levar a interrupção temporária do sangramento, caso haja sangramento por varizes esofágicas, e facilitar o procedimento endoscópico. Em relação às úlceras pépticas sangrantes, os achados endoscópicos podem ser descritos usando a classificação de Forrest. Resumo de Hemorragia Digestiva Alta 7 7 www.sanarflix.com.br Outros testes diagnósticos para hemorragia digestiva alta aguda incluem: ▪ Angiografia: detectar sangramento ativo. ▪ Colonoscopia: é geralmente necessária para pacientes com hematoquezia e uma endoscopia digestiva negativa. Dados laboratoriais Os testes laboratoriais que devem ser obtidos em pacientes com sangramento gastrointestinal superior agudo incluem hemograma completo, bioquímica sérica, perfil hepático e testes de coagulação. Como o sangue é absorvido à medida que passa pelo intestino delgado e os pacientes podem ter perfusão renal diminuída, pessoas com HDA aguda normalmente têm um nível elevada de ureia e creatinina. Vale ressaltar, que o hematócrito não deve CLASSIFICAÇÃO ENDOSCÓPICA DAS ÚLCERAS Classificação de Forrest Achado endoscópico Risco de sangramento Hemorragia ativa Ia Hemorragia em jato 90% (alto) Ib Hemorragia em “lençol” 90% (alto) Hemorragia recente IIa Protuberância pigmentada ou não, sem sangramento. 50% (alto) IIb Coágulo aderido 30% (intermediário) IIc Cobertura plana de hematina 10% (baixo) Sem sinais de sangramento III Base clara ou com fibrina < 5% (baixo) Resumo de Hemorragia Digestiva Alta 8 8 www.sanarflix.com.br ser utilizado para mensurar gravidade da hemorragia, pois não se altera inicialmente, devido à perda de plasma e hemácias em proporções semelhantes. Lavagem com sonda nasogástrica (SNG) As recomendações quanto ao uso da SNG são controversas, pois muitos estudos não conseguiram demonstrar benefícios em relação aos resultados clínicos. Lavagem de NGT foi associada com um menor tempo para endoscopia, mas não foram encontradas diferenças nas taxas de ressangramento ou mortalidade entre os pacientes que realizaram lavagem com SNG e aqueles que não o fizeram. Sugere-se que os pacientes só sejam submetidos a lavagem com SNG se partículas, sangue fresco ou coágulos precisarem ser removidos do estômago para facilitar a endoscopia. 5. Tratamento Embora os princípios por trás do manejo de todos os pacientes com hemorragia digestiva alta sejam semelhantes, existem algumas considerações especiais quando se trata de pacientes com instabilidade hemodinâmica. Todos os pacientes com instabilidade hemodinâmica ou sangramento ativo devem ser internados em uma unidade de terapia intensiva (UTI) para ressuscitação e observação cuidadosa com monitoramento automatizado da PA, monitoração eletrocardiográfica e oximetria de pulso. O manejo ambulatorial pode ser apropriado para alguns pacientes de baixo risco. Para avaliação do risco, utiliza-se o escore de Rockall. A causa mais comum de HDA por úlceras pépticas é o uso crônico de AINE, logo seu uso deve ser descontinuado. Pacientes com infecção por H. pylori confirmada, devem ser trados. Os inibidores de bomba de prótons venosos (como o pantoprazol) são a principal terapia clínica para hemostasia e cicatrização de lesões pépticas. O aumento do pH gástrico pode promover agregação plaquetária e formação de coágulo, reduzindo o risco de ressangramento. Resumo de Hemorragia Digestiva Alta 9 9 www.sanarflix.com.br Em relação ao tratamento do sangramento varicoso, o mais recomendado é a combinação de farmacoterapia (octreotide, somatostatina), endoscopia (ligadura elástica, escleroterapia) e tamponamento com balão. A laceração de Mallory-Weiss tem sangramento autolimitado, com hemostasia espontânea, geralmente. Em casos de sangramento persistente, deve-se tratar de forma semelhante às úlceras pépticas. Os principais pontos relacionados ao tratamento das HDA de origem varicosa e não varicosa estão sumarizados abaixo. ESCORE PROGNÓSTICO DE ROCKALL Idade (anos) <60 0 60-70 1 >80 2 Estado hemodinâmico Sem choque (PAS>100mmHg; fc < 100bpm 0 Taquicardia (PAS>100mmHg; fc > 100bpm) 1 Hipontensão PAS < 100mmHg 2 Doenças associadas Sem doença associada 0 Cardiopatia isquêmica, ICC, DPOC, outras 2 IRC, CH, neoplasia. 3 Diagnóstico Mallory-Weiss 0 Todos os outros diagnósticos 1 Neoplasia gastrointestinal 2 Sinais de hemorragia recente Sem estigmas, Hematina 0 Sangue no TGI, sagramento ativo com vaso visível ou coágulo aderido. 2 Resumo de Hemorragia Digestiva Alta 10 10 www.sanarflix.com.br MEDIDAS GERAIS NA HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA COM INSTABILIDADE HEMODINÂMICA Abordagem inicial Cateter venoso: 1 a 2 veias pediféricas calibrosas Reserva de concentrado de hemácias Exames laboratoriais com provas de coagulação Sonda nasogástrica Reposição volêmica Avaliar necessidade de oxigenoterapia, sonda vesical, cateter central, intubação traqueal ou internação em unidade de terapia intensiva. Transfusão - Avaliar necessidade de transfusão com concentrado de hemácias com: Choque classe III/IV Hematócrito < 25% Hb < 7 g/dL (baixo risco) ou Hb < 9 g/dL (alto risco) Avaliar necessidade de transfusão de plasma fresco em caso de politransfusão https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi21KC5sK_hAhWPH7kGHeZvAFsQjRx6BAgBEAU&url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912008000200010&psig=AOvVaw1GamujtaqxWYzzrztA0-bA&ust=1554224730115459 Resumo de Hemorragia Digestiva Alta 11 11 www.sanarflix.com.br HDA não varicosa: ▪ Uso de IBP: Omeprazol/Pantoprazol 40mg 12/12h. ▪ Indicação de cirurgia: falha do tratamento clínico; ressangramento em 12/24h; úlcera Gigante (> 3cm); Forrest Ia e Ib; falta de sangue disponível; patologias associadas. HDA varicosa: A transfusão de plaquetas pode ser necessária caso a contagem < 50.000 microL Controle dos sinais vitais Jejum nas primeiras 24 horas MEDIDAS GERAIS NA HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA COM ESTABILIDADE HEMODINÂMICA Realizar endoscopia digestiva alta precocemente (<24h) Farmacoterapia para todos os pacientes com suspeitade sangramento severo: Inibidor de bomba de prótons (IBP): Omeprazol ou Pantoprazol 40mg IV 2x/dia Farmacoterapia para pacientes com HDA varicosa e/ou cirrose: Somatostatina ou análogos: Octreotide 50mcg IV em bolus seguido de 50mcg/h em infusão IV contínua. Antibiótico IV (fluoroquinolona e ceftraxona). HDA incontrolável Tamponamento com balão de Sengstaken-Blakemore ou tubo de Minessota Caso o tamponamento seja realizado, deve-se intubar o paciente Resumo de Hemorragia Digestiva Alta 12 12 www.sanarflix.com.br ▪ Conduta: EDA de urgência com escleroterapia; ▪ Profilaxia do ressangramento (< 30%): somatostatina ou análogos: Octreotide 50mcg IV em bolus seguido de 50mcg/h em infusão IV contínua; ▪ Antibióticoprofilaxia: Fluoroquinolona ou Ceftraxona. HDA de difícil controle: ▪ Tamponamento esofágico com Balão de Sangstaken-Blakemore: insuflar 8-12h (pressão do balão esofágico 40mmHg), desinsuflar por 24 horas antes de retirar; ▪ Terapia endoscópica: esclerose, ligadura elástica, cianoacrylato. FLUXOGRAMA DE ABORDAGEM TERAPÊUTICA PARA HDA Resumo de Hemorragia Digestiva Alta 13 13 www.sanarflix.com.br Referências Bibliográficas 1. GIORDANO-NAPPI, J; MALUF FILHO, F. Aspectos endoscópicos no manejo da úlcera péptica gastroduodenal. Rev. Col. Bras. Cir., Rio de Janeiro , v. 35, n. 2, p. 124- 131, Apr. 2008 . 2. LEÃO, SCP. Hemorragia digestiva alta. 1982. 3. SALTZMAN, JR R.; FELDMAN, Mark; TRAVIS, A. Approach to acute upper gastrointestinal bleeding in adults. UpToDate, Waltham, MA. (Accessed on September 25, 2016.), 2015. 4. http://www.arkansaslasersolutions.com/facial_spider_veins.html 5. https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/multimedia/image/v26614312_pt http://www.arkansaslasersolutions.com/facial_spider_veins.html https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/multimedia/image/v26614312_pt Resumo de Hemorragia Digestiva Alta 14 14 www.sanarflix.com.br
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