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NEOPLASIAS UROGENITAIS

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1 Neoplasias urogenitais – Luisa Tejerizo – 7° semestre 
UROLOGIA 
NEOPLASIAS UROGENITAIS 
AULA 5 
Neoplasias urogenitais 
1. Tumores renais 
2. Tumor de bexiga 
3. Tumor de pênis 
4. Tumores testicular 
1.TUMORES RENAIS 
1.1EPIDEMIOLOGIA 
• 2-3% de todas as neoplasias urogenitais, não são 
muito frequentes 
• 1,5/1 H:M 
• Incidência: pico entre 60-70 anos 
• Raro antes dos 20 anos de idade, exceção para 
tumor de Wilms, tumores renais típicos de crianças 
menores, quanto mais velha menor incidência do 
tumor. 
• 2018: 6270 novos casos no Brasil (INCA). 
1.2ETIOLOGIA 
• Relacionados a exposição do organismo a substâncias 
oncogênicas como nitrosaminas (compostos químicos 
de nitrito com aminas, geralmente ocorrem em 
ambiente ácidos. Alimentos ricos em nitrito que 
possuem determinadas aminas, no ambiente ácido do 
estomago podem se transformar em nitrosaminas 
(alimentos como a cerveja, carne de peixe e demais 
carnes que são conservadas com sais com nitratos). 
Metais pesados como cadmio, chumbo e bromato 
(estes últimos são comuns na gasolina e tabaco). Por 
isso exposição ao tabaco aumenta chance de câncer 
renal. 
• Hereditariedade: doença de von hippel – lindau → a 
patologia é hereditária, dominante, aumenta risco de 
carcinomas de células claras, tipo de tumor mais 
frequente 
• Obesidade 
• Desequilíbrios hormonais 
• Exposição do paciente a radiação → radioterapia 
usada para tratar outros tipos de tumores. 
 
 
 
PATOLOGIA – TIPOS DE TUMORES 
• Carcinoma de células claras é o mais comum, 
corresponde a 70% dos tumores → podem ser de dois 
tipos: 
-Esporádicos (95%) 
-Hereditário (5%) → doença de von hippel lindau ou 
esclerose tuberosa pode estar relacionada com 
formação de angioliomipomas renais que são tumores 
benignos que podem ter grande crescimento, causar 
hematúria, aumentar risco de sangramento do rim 
quando acontece trauma contuso renal. Raramente a 
esclerose tuberosa pode estar relacionada com 
formação de carcinoma de células claras. 
• Cacinoma papilífero: 10% 
• Carcinoma cromofobo 5% 
• C cístico solido 1 a 4% 
• C de ductos coletores de Bellini 1%: tumores 
bastante agressivos 
• C medular 1% 
1.3QUADRO CLINICO 
• Massa renal palpável 
• Dor lombar 
• Hematúria macro ou microscópica (60% dos casos) 
• Manifestações paraneoplasicas (anemia, febre, HAS) – 
tumores são produtores de compostos que levam a 
esses sinais e sintomas. 
Tríade clássica (10% dos casos) → muito comum 
antigamente, antes do advento dos exames de imagem, 
USG, o diagnóstico de câncer de rim era tardio, 
diagnosticado quando o paciente sentia dor lombar no 
flanco ou sangue na urina ou massa renal palpável que 
significava avanço importante de tumor. Hoje em dia não 
é comum ter a tríade uma vez que se diagnostica o tumor 
de forma mais precoce. 
1.4DIAGNOSTICO 
1.4.1ULTRASSOM 
 revolucionou o diagnostico 
 
Imagem 1: Lesão na parte mais externa do rim apontada 
pela seta branca → lesão ecogênica, tumor renal →lesão 
mesorenal, por estar mais próximo do hilo renal onde 
entra a pelve renal, artéria e veia. Lesão de 
 
2 Neoplasias urogenitais – Luisa Tejerizo – 7° semestre 
aproximadamente de 2 a 3 cm de diâmetro crânio caudal 
semelhante a outra da segunda imagem. 
OBS: Liquido no USG fica com coloração mais escura/preta. 
Esses tumores tem importante neovasculariação, com 
vasos aberrantes penetrando na lesão fazendo crescer de 
forma acelerada. Por conta disso, algumas partes do tumor 
podem não receber irrigação adequada, pode morrer e 
perceber presença de uma lesão solido cística, mostrando 
na cor da seta vermelha 
 
Imagem 2: Na seta amarela tem tumor polar, no polo 
superior do rim. 
Lesão no polo superior →como na segunda imagem - 
pode precisar ser feito uma nefrectomia renal parcial. 
 Lesão mesorenal → - como na primeira imagem- pode ter 
comprometimento de artérias e veias, não sendo possível 
muitas vezes, realizar a nefrectomia parcial. Porém, é 
necessário de uma TC computadorizada com contraste ou 
RNM para avaliar grau de invasão da lesão e realizar 
tratamento cirúrgico. 
 
1.4.2LABORATÓRIO: 
pode encontrar hematúria (60%) micro ou macroscopia. E 
anemia pelas perdas urinárias de sangue e pela síndrome 
paraneoplasica. 
1.4.3TC 
 
 
 
 
 
 
1° Imagem: TC computadorizada com contraste de abdome 
corte axial, coronal e sagital todos na fase arterial com setas 
apontadas para lesão solida hipervascularizada de 1,6 no 
maior eixo localizada no terço inferior do rim esquerdo. 
Lesão hipercaptante. A captação da imagem faz com que ela 
fique bem branca. No centro da imagem a esquerda, a 
imagem mais branca marcada de vermelho denota 
metabolismo alto da lesão, capta muito contraste e brilha 
com contraste, mais captante do que demais partes do 
parênquima renal. 
 
 
 
 
 
 
 
2° imagem: corte axial, coronal e sagital, todos em fase 
arterial, com setas apontando para lesão solida 
hipervascularizada de 1,6cm no maior eixo, localizada no 
terço inferior do rim esquerdo. 
 
Divisão do rim: polos 
 
 
3 Neoplasias urogenitais – Luisa Tejerizo – 7° semestre 
So tem como determinar a divisão de polos se olhar de forma 
anterior, vendo o hilo renal. Na segunda imagem não é 
possível ver. 
Na primeira imagem é possível notar a lesão no polo inferior. 
 
 
Imagem 2: tumor mesorrenal direito →Foto mostra detalhe 
de tc de abdome corte coronal no qual se observa grande 
tumor renal direito. O tumor se estende além da gordura 
perineal e invade seio renal. Pacientes com esse tipo de 
lesão devem ser tratados por nefrectomia radical e 
linfadenectomia do retroperitônio. Lesão que abrange e 
destrói todo o polo superior do rim, imagem de 
reconstrução. A parte mais cranial, caudal, coluna vertebral, 
hilo renal deve estar na região mesorenal, todo o polo 
superior do rim é destruído por lesão que deve estar 
invadindo fígado e estruturas adjacentes 
 
Tumor mesorrenal direito → Mostra detalhe de tc de 
abdome em corte coronal na qual se observa grande tumor 
renal direito. O tumor estende se além da gordura perirenal 
e invade seio renal. Pacientes com essa lesão deve ser 
tratado com nefrectomia radical e linfadenectomia de 
retroperitoneo. Nesse caso, não se faz nefrectomia parcial, 
porque o hilo renal ou seio está invadido. O sistema coletor, 
vascularização foi invadida. O paciente precisara de 
tratamento adjuvantes além da cirurgia. Provavelmente tem 
metástase linfonodal. Quando o tumor tem crescimento 
exagerado, tende a ter lesão cística no centro. Quando o 
tumor já sofreu necrose extensa: tumor que morreu: 
 
1.4.4RMN 
Exame mais importante para lesão solido cística. 
O tumor representado na primeira imagem no local marcado 
em vermelho abaixo: 
 
Volumoso tumor renal com invasão da veia renal e trombo 
tumoral que chega ate a veia cava. A parte marcada 
avermelhada mostra trombo tumoral, que invadiu veia renal 
e cava 
 
 
 
 
 
 
Imagem na RNM, marcado em vermelho lesão com invasao 
 
2° imagem: Massa expansiva vascular, heterogenea com 
origem no cortex renal invadindo veia cava e veia cava 
inferior, tumor é multicentrico como ocorre 16- 26% dos 
carcinomas renais esporadicos, e em uma porcentagem 
mais alta de casos sindromicos e hereditarios. 
 
4 Neoplasias urogenitais – Luisa Tejerizo – 7° semestre 
Em corte coronal com realce por contraste mostra massa 
expansivel no polo superior do rim esquerdo marcado no 
circulo. Estende para veia renal e veia cava inferior. 
 
A propensão para invasão venosa leva a alta prevalencia de 
metastases pulmonares. 
RMN avalia com mais precisao. Bom para tumor solido 
cistico/vascular. Bom para planejamento de cirurgia. Precisa 
de cirurgiao vascular para clampar veia cava e pelas lesoes 
vasculares. 
1.5ESTADIAMENTO TNM 
Tumor 
• Tx o tumor primario não pode ser avaliado 
• T0 não há evidencia de tumor primario• T10 tumor menor 7cm limitado ao rim 
• T2 tumor maior que 7cm limitado ao rim 
• T3 tumor estende-se para os grandes vasos ou 
invae a supra renal ou os tecido perrinefreticos, 
mas não alem da genota 
• T3a tumor invade supra renal ou os tecidos 
periefreticos, mas não alem da gerota 
• T3b tumor invade macroscopicamente veia renal 
ou veia cava inferior 
• T4 tumor invade tecidos alem da gerota 
 
1.5.1TNM 
Linfonodos regionais 
• NX: linfonodos regionais não podem ser avaliados 
• NO não há metastases para linfonodos regionais 
• N1 metastase em um único linfonodo de ate 2cm 
• N2 metastase em um único linfonodo maior que 2cm, 
menor que 5 cm ou multiplos nodos, nenhum maior 
que 5cm 
 
 
 
 
 
Metastase a distancia 
• MX Metastase não pode ser avaliada 
• MO Ausencia de metastase 
• M1 Metastase a distancia 
 
1.6TRATAMENTO 
1. Nefrectomia Radical 
2. Nefrectomia parcial 
Na TC tem tumor polar → nefrectomia parcial direita ou 
tumorectomia 
 
Antigamente tirava todo o rim até gerota + linfadenectomia 
hilar, regional→ padrão ouro 
Hoje em dia, com avanço da laparoscopia, cirurgia robótica, 
passou a serem feito tratamentos menos invasivos com 
economia de nefrons, que possuem mesmo índice de cura 
oncológica e preservação de boa parte do parênquima renal. 
Pra uma lesão polar, localizada como essa o tratamento de 
tumorectomia ou nefrectomia parcial é o indicado e com 
preservação e nefron. 
Nefrectomia radical que está representada pela imagem a 
cima da direita, faz a ligadura do hilo e remove o rim como 
uma peça junto com gerota e toda gordura perirenal. Se isso 
é feito no jovem, no final da vida, ainda mais se ele ficar com 
HAS, DM, pode vir a ter decréscimo de função renal e 
insuficiência renal. Por isso começou a fazer tratamento 
minimamente invasivo com cirurgia de preservação de 
nefron, demonstrando mesma eficiência de cura do que a 
nefrectomia radical com retirada do rim de todo o 
envoltório. 
 
 
 
5 Neoplasias urogenitais – Luisa Tejerizo – 7° semestre 
1.6.1TRATAMENTO PARA DOENÇA 
METASTÁTICA 
Imunoterapia: 
• IL-2 
• Sorafnib 
• Sunitinib 
• Nivolumab 
A chance de cura é maior no início, com tumor menor → 
Antes de T3, quando ainda não tem linfonodo aumentado. 
Tumores maiores precisam de tratamento complementar a 
cirurgia, por imunoterapia. Tumor renal não responde bem 
a radioterapia. 
Imunoterapia era feito com il2, imunoterapico mais antigo 
que induz diminuição da passa tumoral, não curava, mas 
fazia diminuir por algum tempo, assim como a 
vascularização. Mas, é agressivo, trás impacto para o 
organismo, principalmente quando o paciente tem 
comorbidades. O tratamento era pior do que a doença. 
Drogas mais novas como antiangiogenicos como sorafenib e 
suntinib → Essas drogas inibem a neovascularização, as 
vezes são usados juntamente com imunoterapicos e 
nivolumab , este último tem alto custo. São bons para 
diminuir o tamanho do tumor, melhorar sobrevida. Il2 vem 
sendo deixada de lado. 
 
2. CANCER DE BEXIGA 
• Tumor frequente, segundo tumor mais frequente, só 
perde para o tumor de próstata 
• Segunda magnilidade urológica 
• 3,5% das neoplasias em geral 
• Relação 5:1 H:M 
• Aumento da incidência conforme idade avança 
• 90% dos tumores de bexiga são superficiais, 70% 
papilar e 5% acometendo trato urinário superior 
(ureter alto e rins) – são carcinomas uroteliais 
comprometendo trato urinário superior 
• Tabagismo, cigarro eletrônico (pod), estão 
relacionados a substancias que aumentam risco de 
câncer de rim. 
• Ocupacional (aminas aromáticas, solventes, tintas, 
metais, hidrocarbonos, produtos de combustão e 
exaustão, poeira de couro) – trabalhadores de 
indústria, polo petroquímico. 
• Infecções crônicas (cistite intersticial e actinica- 
decorrente da aplicação de radioterapia) 
• Drogas 
• Genética familiar 
2.1HISTOPATOLOGIA 
• Carcinoma urotelial (células transicionais) → maioria 
• Variante escamoso (17-20%) 
• Variante micropapilar (6%) 
• Variante sarcomastoide (4%) 
• Variante adenocarcinoma (1,4%) 
Sarcomas retroperitoneais são os piores, tem alto potencial 
de invasão e levam a óbito. Se não forem descobertos em 
fase inicial tem má prognostico. 
 Quando o tumor invade camada muscular própria, 
demonstrada no lado esquerdo da figura, não pode ser 
 
6 Neoplasias urogenitais – Luisa Tejerizo – 7° semestre 
tratado com cirurgia endoscópica. Todos os tumores 
superficiais, que são ate t2b os que invadem a muscular 
própria, são tumores superficiais. Quando invade a camada 
muscular da bexiga, não é mais considerado tumor 
superficial, precisa ser com cistectomia radical, não pode 
mais ser tratado com RTU (ressecção transuretral), passa a 
ser tumor que invade. 
2.2APRESENTAÇÃO: 
• Hematúria micro/macroscópica -80-90% → clássico: 
hematúria macroscópica indolor! Ocorre nos tumores 
volumosos, Mas não é para pensar que é 
patognomonico. Ocorre nos pacientes mais velhos. 
• O mais comum é hematúria microscópica. 
• Outros sintomas urinários irritativos: urgência, 
polaciuria, diminuição da capacidade urinária vesical, 
sintomas irritativos – quando é mais grave 
• Dor: flancos – hidronefrose por compressão ureteral 
quando o tumor é de trato urinário superior, surge com 
dor lombar. 
• Supra púbica – invasão vesical 
• Desconforto retal e dor perineal 
 
2.3DIAGNOSTICO E ESTADIAMENTO 
• Citologia urinaria → coleta de 3 amostras de urina, 
analisadas pelo microscópico que detecta células 
neoplásicas. Sensibilidade: 49%; especificidade: 96% 
• Citoscopia (introduz endoscópico pela uretra, ate 
bexiga e faz inspeção de toda a mucosa vesical em 
busca de tumor. tumores pequenos, polipoides, USG 
não consegue identificar, só a citoscopia é capaz de 
detectar→nela, utiliza recursos como luz branca, 
fluorescente , NBI com biopsia 
• Marcadores tumorais → sensibilidade < 70% e 
especificidade < 80%. Muito inespecíficos. Existem 
diversos estudos para encontrar algum marcador. 
Urovysion, immunocyt são estudos promissores. 
• TC com urograma →para identificar se existe invasão 
de parede vesical da gordura perivesical RNM 
• PET-TC → útil pra avaliar doença metastática 
linfonodal. 
 
2.4TRATAMENTO 
Superficial: 
Resseção transuretral da bexiga (técnica 
bipolar/monopolar) → introduz endoscópio pera uretra 
com paciente anestesiado com raquianestesia. Faz remoção 
completa da lesão, coagula toda a base, faz biopsia da 
camada muscular profunda pra ver se tumor não invade a 
muscular própria da mucosa. Se documentar que invade, 
chamado tumor T2, não pode mais ser tratado de forma 
curativa pela cirurgia endoscópica → tumor musculo 
invasivo, avançado precisa ser tratado com cistectomia 
radical, remoção completa da bexiga 
Se paciente não resiste a cirurgia desse porte, é oferecido 
tratamento multimodal, trimodal → por radioterapia, 
quimioterapia sistêmica e RTU periódica (Terapia trimodal 
RTU, RTX, QT). Deixa o leito da bexiga sem lesão, o 
oncologista entra pra fazer a quimio sistêmica e 
radioterapeuta pra irradiar o leito de ressecção e inibir o 
crescimento tumoral, pode ser útil essa terapia em pacientes 
que não são candidatos a cistectomia radical ou não querem 
ser submetidos a ela. 
Quimio/imunoterapia intravesical (BCG, mitomicina, 
gencitabina) 
2.4.1CISTECTOMIA (BEXIGA, PRÓSTATA, 
LINFONODOS E DERIVAÇÃO URINARIA) 
Aberta, laparoscópica e robótica 
 
 
A bexiga comprometida será removida, e para isso existem 
algumas possibilidades de derivação urinaria, a primeira é: 
Derivação urinaria incontinente com ureterostomia 
cutânea → onde os dois ureteres são desviados para pele 
(ureterostomia cutânea) →dificilmente usada, só quando o 
paciente não possui teto cirúrgico pra fazer outra cirurgia 
maior. porque esse procedimento faz com que ele fique com 
duas bolsas na parede abdominal, o que é ruim para a 
qualidade de vida. Resumo: Faz acistectomia, remove 
bexiga, e faz ureteretostomia cutânea bilateral → 
DERIVAÇÃO URINARIA INCONTINENTE COM 
URETEROSTOMIA CUTANEA. 
 
7 Neoplasias urogenitais – Luisa Tejerizo – 7° semestre 
 
 
Derivação urinaria incontinente de Bricker → paciente tem 
urostomia, usa segmento de delgado, implanta os dois 
ureteres nesse segmento de 15cm de delgado e faz abertura 
do delgado na pele, paciente fica com bolsa de urostomia e 
é uma derivação usada até hoje e mais rápida. Mais rápida 
do que a neobexigaortotopica → DERIVACAO URINARIA 
INCONTINENTE DE BRICKER 
 
 
 
CONTINENTES: 
Ureterostomia parasigmoide 
(RETEROSIG/URETEROSIGMOIDESTOMIA)→ pega os dois 
ureteres implanta os no sigmoide e o paciente passa a ter 
cloaca. Tirou a bexiga →fez a cistectomia radical e faz 
derivação urinaria dos dois ureteres para sigmoide. É rápida, 
seguro. Mas, paciente começa a ter risco e deteriorar função 
renal por ITU de repetição uma vez que as bactérias das fezes 
contaminam frequentemente o trato urinário, passa a ter 
infecção urinaria, pielonefrite aguda, rins decrescem função. 
O nome é continente porque sai fezes e urina por uma única 
via, reto. Pode ter perdas liquidas uma vez que o reto não é 
bom para segurar urina. 
 
 
Derivação urinaria neobexiga ortotopica→ tira bexiga, 
cistectomia radical e cria nova bexiga ortotopica a partir de 
um segmento de 40cm de intestino delgado. Urologista faz a 
detubularizacao, abertura do segmento de delgado e cria 
nova bexiga ou bolsa pelo segmento de intestino delgado, 
essa neobexiga é colocada em contato com uretra de modo 
que tenha derivação urinaria continente. É a melhor 
derivação, tem melhor controle da urina. A neobexiga não 
tem contratilidade própria, não tem sensibilidade de 
enchimento e esvaziamento. Ela tem que ser esvaziada por 
cateterismo vesical intermitente. Passa sonda por uretra, 
autocateterismo intermitente como esvaziamento da 
bexiga, a cada 4h. 
 
 
 
Continente com bolsa → cria mecanismo de válvula pra não 
vazar urina sempre, fica como urostomia na parede 
abdominal e pra ser esvaziada precisa que faca cateterismo 
periodicamente. não é boa no ponto de vista funcional. 
Precisa fazer cateterismo periódico 
 
 
8 Neoplasias urogenitais – Luisa Tejerizo – 7° semestre 
 
3.CANCER DE PENIS 
3.1EPIDEMIOLOGIA 
• Muito raro em países desenvolvidos, mais comum 
em locais onde tem falta de higiene. 
• Incidência: 0,3 a 1/100.000 nos EUA; 4,2 a 
4,4/100.000 Paraguai e Uganda; Brasil 1,3 a 
2,7/100000 Norte e NE do Brasil 
• Incidência: pico entre 60-70 anos 
• Raro antes de 20 anos de idade 
 
3.2FATORES PREDISPONENTES: 
• Fimose 
• HPV 
• Inflamação crônica (balanopostite, liquen escleroso e 
atrófico, balanite xerotica)→ condições que irrita e 
inflama de forma crônica a mucosa da glande 
• Tabagismo → elimina substancia carcinogênicas no 
suor, que se acumulam no esmegma (sujeira que fica 
entre prepúcio e glande, aumenta risco de câncer de 
pênis) 
• Radiação ultraviolenta 
 
3.3PATOLOGIA 
TIPOS DE CARCINOMA ESCAMO CELULAR: (mais frequente) 
Subtipos: 
• Clássico 
• Verrucoso 
• Basaloide 
• Sarcomastoide 
• Adenoescamoso 
 
3.4QUADRO CLINICO 
 
• Lesão peniana crônica ulcerada ou vegetante com ou 
sem linfadenopatia inguinal 
• Indolores, meses de evolução, pode ter necrose, odor 
até com roupa. 
3° imagem: Componente vegetante 
Comprometimento linfonoidal, nas cadeias inguinais → 
linfonodomegalias indolores 
 
3.5DIAGNOSTICO 
A conduta para esses dois casos da 2° e 3° imagem é usar 
ATB, existem causas infecciosas de lesão ulcerada crônica, 
causas de doenças ulceradas crônicas que deformam a 
glande peniana. Usa doxiclina por 3 semanas as vezes 
reverte o quadro. 
Depois faz biopsia incisional da lesão, remove amostra de 
espessura total da lesão → faz biopsia de toda a raiz, desde 
a mucosa sadia, para ter amostra de células neoplásicas 
vivas!! 
OBS: sujeita leva a inflamação crônica e mutação da mucosa 
 
AMPUTAÇÃO PARCIAL DO PÊNIS 
 
Amputação parcial de pênis → garroteamento da base 
do pênis, controle vascular, secção. Primeira coisa é 
isolar, garroteia base do pênis, controle vascular, 
controle da uretra e secciona o pênis deixando o coto 
uretral longo, fundamental pra não ter estenose do 
meato da uretra. Vai ter o pênis reconstruído. 
Existem tratamentos mais conservadores pra tumores 
glandais, glandectomia parcial. 
3.5.1AMPUTACAO TOTAL O PENIS 
 
9 Neoplasias urogenitais – Luisa Tejerizo – 7° semestre 
 
Quando o tumor compromete toda haste peniana, fica com 
coto peniano que não consegue direcionar o jato urinário. 
Penectomia total →controla corpos cavernosos secciona 
uretra, faz amputação do pênis próxima a base e faz 
uretrestomia perineal, abertura da uretra no períneo do 
paciente, abaixo da bolsa testicular, anterior ao orifício anal. 
Fica com corpo cavernosos ligados em sua base e urina por 
uretrestomina perineal, faz xixi sentado. Não consegue ter 
vida sexual ativa. Provavelmente é um paciente que vai 
morrer. Prótese se coloca dentro do corpo cavernoso, nesse 
caso não existe corpo cavernoso. 
3.5.2LINFADENECTOMIA INGUINAL BILATERAL 
RADICAL OU MODIFICADA 
 
• Radical: extensa → linfedema 
• Modificada: preserva alguns linfonodos → diminui taxas 
de linfedema. 
Paciente fica com linfedema bilateral nos membros 
inferiores irreversível, porque prejudica linfáticos da região 
inguinal, atrapalha drenagem dos membros inferiores. 
 
4.TUMORES TESTICULARES 
4.1EPIDEMIOLOGIA 
• É um tumor raro 1 a 1,5% das neoplasias masculinas 
• Apesar disso, é um tumor solido mais comum em 
homens entre 15 a 53 anos de idade 
• Incidência: 2,2 casos/100000 habitantes ( Brasil) 
• Mais frequentes em brancos do que negros e amarelos 
• Taxa de cura alta quando operados precocemente. 
 
4.2FATORES DE RISCO 
• Criptorquidia: testículo não desce da bolsa 
testicular 
• Atrofia testicular 
• Infertilidade 
• Desequilíbrio hormonal 
• História familiar 
• Sindrome de kilnefelter 
• Presença de tumor contralateral 
Tipos: 
• Tumores germinativos (97%) 
• Seminomas (4045%) 
• Clássico ( mais comum) 
• Anaplasico 
• Espermatocitico ( mais comum em idosos) 
 
 
 
4.3QUADRO CLINICO: 
Paciente jovem com testículo dolorido e aumento, disuria, 
febre →suspeita de epididimite aguda. Não é todo testículo 
aumentado que é cancer. 
• Aumento do volume testicular – 51% a 61% tumor de 
testículo geralmente o aumento é indolor 
• Dor local – 31 a 34% 
• Nódulo testicular 23 a 31% 
• Dor lombar e ou abdominal 6% 
• Antecedente de trauma escrotal 3 a 5% 
• Hidrocele 10% 
• Massa abdominal 4% 
• Gânglios supraclaviculares e ou inguinais 2% 
• Ginecomastia 2% 
 
4.4DIAGNOSTICO 
 
10 Neoplasias urogenitais – Luisa Tejerizo – 7° semestre 
4.4.1ULTRASSOM 
 
Imagem hipoecogenica 
1° imagem: tumor na região mais central, ao redor o 
parênquima 
2° imagem: tumor pequeno, periférico, palpável, faz relevo 
na parte externa todo testículo, geralmente é nódulo mais 
endurecido do que quando o parênquima é normal 
4.4.2RMN- RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR 
 
1° imagem: tumor no testículo esquerdo 
2° imagem: volumosa tumoração que muda arquitetura do 
testículo, tumor volumoso 
 
4.4.3MARCADORES TUMORAIS 
• Alfatoproteina 
• Beta hcg 
• LDH – marcador inespecíficos com massas tumorais 
muito grandes 
 
 
OBS: O mesmo b hcg usado pra gravidez, aumenta em quase 
todos os casos! 
Exames complementares de estadiamento dos tumores 
testiculares 
• TC de tórax sem contraste: para ver metástase em 
pulmão 
• TC de abdome ou RMN de abdome: para achar 
linfonodos aumentados, linfonodomegalia, 
retroperitoneal 
• TC de crânio: metástase cerebral 
• Cintilografia óssea: se metástase óssea 
• PET TC (avaliação de massas linfonoidais residuais > 
3cm após cirurgia 
 
4.5TRATAMENTO 
4.5.1ORQUIECTOMIA RADICAL 
 
No tumor de testículonão faz incisão na bolsa testicular, a 
abordagem é inguinal, seja transversa ou obliqua, porque 
condena o paciente a ter patologia incurável, dissemina o 
tumor. Incisa na região inguinal e faz ligadura precoce do 
cordão espermático, clampa, para segurança, para 
interromper o fluxo pra que as células malignas não voltem 
através das vias linfáticas e veias para contaminar paciente. 
Faz ligadura e só depois remove testículo junto com 
envoltórios deixando a bolsa vazia. Pode fazer implante de 
prótese testicular para ele ter sensação de ter duas bolas na 
bolsa testicular 
Para fase reprodutiva, se for fazer quimioterapia preserva 
semem, criopreservação pra ter filhos no futuro. 
As vezes precisa fazer linfadenectomia retroperitoneal 
principalmente em metástase retroperitoneal ou 
radioterapia com irradiação de áreas de linfonodos do 
retroperitônio. 
4.5.2LINDADENECTOMIA RETROPERITONEAL 
 
 
11 Neoplasias urogenitais – Luisa Tejerizo – 7° semestre 
 
TRATAMENTO 
• Orquiectomia radical + RXT/LND retroperitoneal/QT 
• Índice de cura +/- 95% em estádios iniciais 
• Atentar para conservar espermatozoides dos pacientes 
em idade fértil, uma vez que depois da quimio o paciente 
fica estéril.

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