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1 UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ LICENCIATURA EM PEDAGOGIA ROSINEIDE ALVES DE CARVALHO SIMÕES DISCIPLINAS: TRABALHO ÚNICO PARA TODAS AS DISCIPLINAS CÓDIGO DA DISCIPLINA: CEL0379/5890541 – EEL0015/5679748 MATRICULA: 202003186058 A IMPORTÂNCIA DA TEORIA DE EDGAR MORIN, PARA A TRANSFORMAÇÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL NA COMUNIDADE ESCOLAR ATUAL, REFLEXÃO DE UMA PROFESSORA DA EDUCAÇÃO BÁSICA. 21 de setembro de 2021 2 Resumo: O objetivo deste trabalho é discutir e analisar as teorias de Edgar Morin compreende que os educadores precisam refletir sobre a natureza do conhecimento a ser trabalhado pela escola? Ele crê que é necessária uma mudança por parte dos educadores, pois é preciso valorizar a bagagem de vida que o aluno traz. Palavras-Chave:. Educação. Edgar Morin, Transformadora, 7 saberes, Bagagem. 3 INTRODUÇÃO O pensador e sociólogo francês Edgar Morin elaborou, em sua obra, profundas reflexões sobre a educação. O Homo Sapiens, como ele gosta de se referir ao ser humano, é um fruto da vida natural e da cultura; seguindo esta linha de raciocínio, ele encontra uma forma de construir a Educação dos tempos futuros, embora ela pareça ainda estar tão vinculada ao passado, principalmente ao fragmentar o conhecimento. (MORIN,2001) defende o pensamento integral, pois ele permite ao homem concretizar uma meditação mais pontual; a pedagogia atua, porém, com seu radical fracionamento do saber, e leva o indivíduo a entender o universo em que vive de forma facciosa, sem conexão com o universal. Assim, rompe-se qualquer interação entre local e global, o que proporciona uma resolução das questões existenciais completamente desvinculada da contextura em que elas estão situadas. Estes debates estão inseridos na teoria da complexidade deste educador, a qual preconiza que o pensamento complexo permite abarcar a uniformidade e a variedade contidas na totalidade, ao contrário da tendência do ser humano a simplificar tudo. Ele afirma a importância do ponto de vista integral, embora não descarte o valor das especialidades. (Edgar Morin,2001) percebe a classe escolar como uma entidade complexa, que engloba uma variedade de disposições, estratos sócio-econômicos, emoções e culturas, portanto, ele a vê como um local impregnado de heterogeneidade. Assim, ele considera ser este o espaço perfeito para se dar início a uma transformação dos paradigmas, da maneira convencional de se pensar o ambiente escolar. É preciso que este contexto tenha um profundo significado para os alunos. O caminho indicado por Morin é o da visão que se retira do âmbito estreito da disciplina, compreende o contexto e adquire o poder de encontrar a conexão com a existência. É preciso romper com a fragmentação do conhecimento em campos restritos, no interior dos quais se privilegiam determinados teores, e também eliminar a estrutura hierárquica vigente entre as disciplinas. Reformar esta tradição requer um esforço complexo, uma vez que esta mentalidade foi desenvolvida ao longo de inúmeras décadas. Neste empenho para mudar a tradição educacional, Morin estabelece igualmente os sete saberes, indispensáveis na edificação do futuro da educação. O primeiro é sobre as cegueiras do conhecimento – o erro e a ilusão: deve-se valorizar o erro enquanto instrumento de aprendizagem, pois não se conhece algo sem primeiro cair nos equívocos ou nas ilusões. 4 O segundo saber se relaciona ao conhecimento próprio, a unir os mais diversos campos do conhecimento para combater a fragmentação; assim, a educação deve deixar a contextura, o universal, as diversas dimensões do ser humano e da sociedade, e a estrutura complexa bem claras. O terceiro saber é ensinar a condição humana, transmitir ao aluno que o Homem é um ser multidimensional. Assim, a pedagogia do amanhã necessita, antes de tudo, privilegiar a compreensão da natureza do ser humano, ele também um indivíduo fragmentado. A identidade terrena também deve ser prioridade, preconiza o quarto saber, pois é fundamental conhecer o lugar no qual se habita, suas necessidades de sustentabilidade, a variedade inventiva, os novos implementos tecnológicos, os problemas sociais e econômicos que ela abriga. O quinto saber indica a urgência de enfrentar as incertezas, que parte da certeza da existência de dúvidas na trajetória humana, pois, apesar de todo o progresso da Humanidade, não é possível, ainda, predizer o futuro, uma região nada previsível, a qual desafia constantemente o Homem. O sexto saber defende que se deve ensinar a compreensão, fator indispensável na interação humana; ela deve ser instaurada em todos os campos de ação do cotidiano escolar. O sétimo saber é a ética do gênero humano, correspondente à antropo-ética, a qual defende que não devemos querer para outrem aquilo que não desejamos para nós mesmos, como já pregava Jesus Cristo. RESPONDENDO AS PERGUNTAS: 1 – Visão de Edgar Morin para os educadores sobre a natureza e o conhecimento a ser trabalhado pela escola? Vamos pensar em um conhecimento mais simples, a nossa percepção visual. Eu vejo as pessoas que estão comigo, essa visão é uma percepção da realidade, que é uma tradução de todos os estímulos que chegam à nossa retina. Por que essa visão é uma fotografia? As pessoas que estão longe são pequenas, e vice-versa. E essa visão é reconstruída de forma a reconhecermos essa alteração da realidade, já que todas as pessoas apresentam um tamanho similar. Todo conhecimento é uma tradução, que é seguido de uma reconstrução, e ambos os processos oferecem o risco do erro. Existe outro ponto vital que não é abordado pelo ensino: a compreensão humana. O grande problema da humanidade é que todos nós somos idênticos e diferentes, e precisamos lidar com essas duas ideias que não são compatíveis. 5 A crise no ensino surge por conta da ausência dessas matérias que são importantes ao viver. Ensinamos apenas o aluno a ser um indivíduo adaptado à sociedade, mas ele também precisa se adaptar aos fatos e a si mesmo. 2 – A proposta de Edgar morin é contrária ou afinada com as ideias passadas na charge? Contrária, pois o mesmo diz que é necessário que os educadores respeitem a bagagens trazidas pelos seus alunos. 3- Relação de controle mútuo entre a sociedade e os indivíduos pela democracia e conceber a humanidade como comunidade planetária? Diante desse cenário, o sociólogo francês Edgar Morin, defende que a maior urgência no campo das ideias não é rever doutrinas e métodos, mas elaborar uma nova concepção do próprio conhecimento. No lugar da especialização, da simplificação e da fragmentação de saberes, Morin propõe um dos conceitos que o tornaram um dos maiores intelectuais do nosso tempo: o da complexidade. 4 – Proponha alguma solução para as situações apresentadas nas charges? CHARGE 1 - Todo conhecimento é uma tradução, que é seguido de uma reconstrução, e ambos os processos oferecem o risco do erro. Existe outro ponto vital que não é abordado pelo ensino: a compreensão humana. O grande problema da humanidade é que todos nós somos idênticos e diferentes, e precisamos lidar com essas duas ideias que não são compatíveis. A crise no ensino surge por conta da ausência dessas matérias que são importantes ao viver. Ensinamos apenas o aluno a ser um indivíduo adaptado à sociedade, mas ele também precisa se adaptar aos fatos e a si mesmo. CHARGE 2 - O modelo de ensino que foi instituído nos países ocidentais é aquele que separa os conhecimentos artificialmente através das disciplinas. E não é o que vemos na natureza. No caso de animais e vegetais, vamos notar que todos os conhecimentos são interligados. E a escola não ensinao que é o conhecimento, ele é apenas transmitido pelos educadores, o que é um reducionismo. http://www.fronteiras.com/conferencistas/edgar-morin 6 O conhecimento complexo evita o erro, que é cometido, por exemplo, quando um aluno escolhe mal a sua carreira. Por isso eu digo que a educação precisa fornecer subsídios ao ser humano, que precisa lutar contra o erro e a ilusão. 5 – Quais conselhos você daria para si mesmo, na situação da charge? A figura do professor é determinante para a consolidação de um modelo “ideal" de educação. Através da Internet, os alunos podem ter acesso a todo o tipo de conhecimento sem a presença de um professor. É preciso desenvolver o senso crítico dos alunos. O papel do professor precisa passar por uma transformação, já que a criança não aprende apenas com os amigos, a família, a escola. Outro ponto importante: é necessário criar meios de transmissão do conhecimento a serviço da curiosidade dos alunos. O modelo de educação, sobretudo, não pode ignorar a curiosidade das crianças. É preciso educar os educadores. Os professores precisam sair de suas disciplinas para dialogar com outros campos de conhecimento. E essa evolução ainda não aconteceu. O professor possui uma missão social, e tanto a opinião pública como o cidadão precisam ter a consciência dessa missão. REFLEXÃO SOBRE A NOVA PROPOSTA CURRICULAR DISPOSTA NA BNCC. A BNCC aponta para a necessidade de os alunos serem capazes de utilizar os saberes que adquirirem para dar conta do seu dia a dia, sempre respeitando princípios universais, como a ética, os direitos humanos, a justiça social e a sustentabilidade ambiental. Ela também indica que as escolas promovam não apenas o desenvolvimento intelectual, mas também o social, o físico, o emocional e o cultural, compreendidos como dimensões fundamentais para a perspectiva de uma educação integral. Isso as diferencia das habilidades, que são mais focadas no desenvolvimento cognitivo. A ideia não é planejar uma aula específica sobre essas competências ou transformá-las em componente curricular, mas articular a sua aprendizagem à de outras habilidades relacionadas às áreas do conhecimento. Muitas dizem respeito ao desenvolvimento sócio emocional que, para acontecer de fato, deve estar incorporado ao cotidiano escolar, permeando todas as suas disciplinas e ações. O desafio principalmente na pandemia, portanto, foi e continua sendo complexo, pois impacta não apenas os currículos, mas processos de ensino e aprendizagem. 7 Listo como de suma importância ser trabalhado na educação básica: - Conhecimento aos meus alunos tanto em sala de aula como on-line apresentados os conteúdos de forma igual. - Pensamento científico, crítico e criativo explorando em cada atividade a bagagem que o meu aluno tem consigo. - Comunicação que é super importante neste momento ouvir o que cada aluno tem a falar, assim como procurar entender a fala. - Cultura digital explorando presencial e on-line os materiais de apoios que tenho para tomar as aulas mais dinâmicas e prazeirosas. - Autoconhecimento e autocuidado com o período que ainda estamos enfrentando ( pandemia). - Empatia e cooperação sempre procurando compreender o meu aluno para juntos alcançarmos os objetivos esperados. - Responsabilidade e comprometimento com cada atividade realizada com o aluno e instituição 8 REFERÊNCIAS EDGAR MORIN – BIOGRAFIA UNIVERSIA.COM.BR CONTEUDO ESCOLA.COM.BR EDUCARPARACRESCER.COM.BR ‘A educação não pode ignorar a curiosidade das crianças’, diz Edgar Morin - Jornal O Globo https://oglobo.globo.com/brasil/educacao/a-educacao-nao-pode-ignorar-curiosidade-das-criancas-diz-edgar-morin-13631748
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