Buscar

E-BOOK_Avaliação Nutricional em Oncologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
EM ONCOLOGIA
ADULTOS 2021
Designed by
Freepik
SUMÁRIO:
INTRODUÇÃO 1
ASPEN 8
BRASPEN 16
ESPEN 17
INCA 21
CONCLUSÃO 25
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 26
COMO CITAR?
CARDENAS, T.C. Avaliação Nutricional em Oncologia 
para Adultos. Vital Knowledge: Muriaé, 2021.
Esse levantamento visa facilitar a consulta para decisão 
ou elaboração de fluxograma de atendimento nutricional 
em oncologia com foco nas principais evidências sobre 
avaliação nutricional, tanto em nível ambulatorial quanto 
para o paciente internado. Não são incluídos nesse 
material as discussões sobre diagnóstico e principais 
ferramentas e métodos para avaliação da caquexia e 
sarcopenia, que poderão ser abordadas em outras 
circunstâncias, visto importância da discussão e 
implicabilidade do diagnóstico em nossa prática clínica.
1AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
O público alvo deste levantamento são adultos com 
câncer. Em algumas ocasiões podem ser replicadas 
também para idosos e, nesse caso, serão destacadas 
as observações pertinentes à faixa etária. Da mesma 
forma, muitos consensos não são exclusivamente 
para oncologia, mas destaco o que pode ser aplicado 
para os pacientes com câncer, alvo deste 
levantamento.
Designed by Freepik
2AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
De cada Sociedade, foram selecionadas as publicações 
mais relevantes para avaliação nutricional nos últimos 10 
anos. Esse prazo de tempo foi escolhido porque algumas 
apresentam consensos únicos e não atualizados desde 
então, sendo interessante que conheçamos o que foi 
apontado de principais recomendações na ocasião da 
publicação. Quando existia mais de uma diretriz 
semelhante a respeito, no prazo dos últimos 10 anos, 
apenas a mais atual é apresentada.
As diretrizes são apresentadas em ordem alfabética:
3AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
Designed by Freepik
4AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
OS ARGUMENTOS TRABALHADOS 
NO CONTEÚDO SÃO:
Resumo simplificado, com nível de 
evidência e força de recomendação, 
quando disponíveis, das principais 
DESCRIÇÃO:
 diretrizes relacionados aos cuidados nutricionais;
uma diretriz visa auxiliar o processo 
decisório para implantação da 
assistência baseada em evidências, 
ANÁLISE:
mas obviamente cada serv iço tem suas 
particularidades, que devem ser consideradas para 
decisão final.
OBJETIVO:
Levantar as principais indicações de 
ferramentas e processos para 
avaliação nutricional de adultos e/ou 
idosos, em oncologia para facilitar a assistência 
nutricional;
5AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
RECOMENDAÇÕES E NÍVEL DE 
EVIDÊNCIA (ASPEN):
GRUPO A
NÍVEL I
SUPORTADO 
POR, NO 
MÍNIMO, DOIS 
ESTUDOS 
NÍVEL I
GRANDES ENSAIOS 
RANDOMIZADOS, 
BAIXO RISCO DE FALSO 
POSITIVO OU 
FALSO NEGATIVO.
GRUPO B
NÍVEL I
SUPORTADO 
POR 
UM ESTUDO 
NÍVEL I
GRANDES ENSAIOS 
RANDOMIZADOS, 
BAIXO RISCO DE FALSO 
POSITIVO OU 
FALSO NEGATIVO.
GRUPO C
NÍVEL II
SUPORTADO 
POR, NO 
MÍNIMO, UM 
ESTUDO 
NÍVEL II
PEQUENOS ENSAIOS 
RANDOMIZADOS, 
RESULTADOS INCERTOS, 
MODERADO A ALTO RISCO 
DE FALSO POSITIVO OU 
FALSO NEGATIVO
GRUPO D
NÍVEL III
SUPORTADO 
POR, NO 
MÍNIMO, UM 
ESTUDO 
NÍVEL III
COORTES NÃO 
RANDOMIZADAS, COM 
CONTROLES 
CONTEMPORÂNEOS
GRUPO E
NÍVEL IV
SUPORTADO 
POR 
ESTUDOS 
NÍVEL IV 
COORTES NÃO
 RANDOMIZADAS, 
COM CONTROLES 
HISTÓRICOS
GRUPO E
NÍVEL V
SUPORTADO 
POR ESTUDOS 
NÍVEL V
RELATO DE CASO, 
ESTUDO NÃO 
CONTROLADO, OPINIÃO 
DE ESPECIALISTAS
GRAU BAIXO: Estudos observacionais, mais 
especificamente estudos de coorte e caso-controle, 
considerados altamente susceptíveis a vieses. Podem 
ser, também, ensaios clínicos com importantes 
limitações.
03
GRAU MUITO BAIXO: Estudos observacionais não 
c o n t r o l a d o s e o b s e r v a ç õ e s c l í n i c a s n ã o 
sistematizadas, por exemplo, relato de casos e série de 
casos. Quando a qualidade da evidência é muito baixa 
qualquer estimativa de efeito deve ser vista como 
incerta.
04
GRAU ALTO: Ensaios clínicos randomizados bem 
planejados e conduzidos, com grupos paralelos, com 
controles adequados, análise de dados adequada e 
achados consistentes tendo como alvo o desfecho 
clínico de interesse para o médico e o paciente. Em 
algumas situações estudos observacionais podem ser 
considerados de nível alto de qualidade para apoiar 
recomendações, inclusive terapêuticas.
01
GRAU MODERADO: Ensaios clínicos randomizados 
com importantes problemas na condução, 
inconsistência nos resultados, avaliação de um 
desfecho substituto (surrogate endpoint) em lugar de um 
desfecho de maior interesse par ao médico e paciente, 
imprecisão nas estimativas e vieses de publicação. Os 
resultados podem ser também provenientes de 
estudos observacionais.
02
SISTEMA GRADE DE CLASSIFICAÇÃO DE 
EVIDÊNCIA (BRASPEN / ESPEN):
6AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
7AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
Designed by Freepik
SISTEMA GRADE DE 
CLASSIFICAÇÃO DE 
RECOMENDAÇÃO 
(ASPEN):
NÓS RECOMENDAMOS, 
BENEFÍCIOS SUPERAM PREJUÍZOS
NÓS SUGERIMOS, BENEFÍCIOS OU 
DESFECHOS SÃO IMPORTANTES PARA 
OS PACIENTES
NÓS NÃO PODEMOS FAZER QUALQUER 
RECOMENDAÇÃO NO MOMENTO, 
BENEFÍCIOS INCERTOS PARA OS PACIENTES
MAIS PESQUISAS SÃO NECESSÁRIAS
FRACO
FORTE
OS MEMBROS CONCORDARAM 100% 
QUANTO À RECOMENDAÇÃO
75 A 95% DE CONCORDÂNCIA
NÓS NÃO PODEMOS FAZER QUALQUER 
RECOMENDAÇÃO NO MOMENTO, 
BENEFÍCIOS INCERTOS PARA OS PACIENTES
SISTEMA GRADE 
DE CLASSIFICAÇÃO 
DE RECOMENDAÇÃO
 (ESPEN):
FORTE RECOMENDAÇÃO
RECOMENDADO
MAIS PESQUISAS SÃO NECESSÁRIAS
1.1.
CONSENSO AMERICANO SOBRE VALIDADE DE 
AVALIAÇÃO DE COMPOSIÇÃO CORPORAL EM 
POPULAÇÃO CLÍNICA (COM DOENÇA AGUDA OU 
CRÔNICA)
8AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
ASPEN
AMERICAN SOCIETY FOR PARENTERAL AND 
ENTERAL NUTRITION – CLINICAL GUIDELINES
As diretrizes clínicas são declarações desenvolvidas 
sistematicamente para auxiliar nas decisões sobre os 
cuidados nutricionais em circunstâncias clínicas 
específicas. Elas contêm recomendações baseadas em 
evidências de uma revisão sistemática rigorosa e 
avaliação da literatura publicada. As diretrizes ASPEN são 
direcionadas à população clínica, no geral, mas podem 
ser aplicadas no paciente com câncer. Incluo, em cada 
um dos tópicos, as pertinências adequadas para tal, no 
intuito de podermos aplicar aos nosso pacientes sem 
quaisquer problemas.
PONTOS IMPORTANTES: 
1. Autores conceituados em avaliação de composição 
corporal. Dentre eles, uma brasileira (Maria Cristina 
González), com publicações de referência para nossa 
população, incluindo diversos trabalhos com 
Bioimpedância Elétrica, Força do Aperto de Mão, 
Sarcopenia, etc. Além disso, temos a referência em 
avaliação de composição corporal Carla Prado, 
nutricionista, também brasileira, porém residente no 
Canadá há muitos anos. Responsável por publicações de 
referência em avaliação de composição corporal com uso 
de tomografia computadorizada, e muitos dessas, em 
pacientes com câncer.
9AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
2. Não incluiu estudo em populações saudáveis. 
3. População alvo: ≥ 18 anos, com potencial condição 
inflamatória ou condição associada a uma doença ou 
condição clínica específica, como câncer, doença 
cardiovascular, insuficiência cardíaca, diabetes, doença 
hepática ou renal, vírus da imunodeficiência humana ou 
condição que requer intervenção cirúrgica.
4. Exclusão: atletas, pessoas saudáveis, obesos (a não ser 
que estejam ligados a síndrome metabólica, hipertensão 
e etc.), crianças, adolescentes, gestantes ou pós parto e 
idosos.
DOS TERMOS: 
1. Composição Corporal: campo emergente da ciência 
que explora a diferença na distribuição de massa magra 
versus tecido adiposo e seu impacto na saúde. 
2. Ultrassonografia (USG): técnica que gera imagem com 
base na amplitude das ondas sonoras de alta frequência 
refletidas, considerando também a velocidade que elas 
se dissipam pelo corpo humano.
3. Bioimpedância elétrica (BIA): técnica que usa corrente 
elétrica de baixaamplitude em radiofrequências única 
(frequência única) ou múltipla (multifrequencial) para 
caracterizar os componentes de fluido e tecido 
condutores e não condutores do corpo. Os tecidos 
gordurosos, ósseo e o ar não conduzem correntes 
elétricas, como músculos e sangue (excelentes 
condutores). Os eletrodos do aparelho são capazes de 
detectar a impedância ou oposição, dependente da 
frequência, ao fluxo de corrente elétrica à medida que 
passa pelo corpo. A impedância é composta de dois 
parâmetros dependentes de frequência: resistência 
(oposição ao fluxo de corrente) e reactância (atraso na 
10AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
condução da corrente causado por membranas celulares, 
interfaces teciduais e substâncias não iônicas). A partir do 
aparelho também é possível obter o Ângulo de Fase (AF), 
medida derivada da resistência e reactância, que pode 
ser interpretado como um indicador de integridade da 
membrana celular e de distribuição de água entre os 
espaços intra e extracelulares. Tem sido bastante 
utilizado em estudos como prognóstico de diversas 
patologias. 
ABAIXO (QUADRO 1) COMPARATIVO DE ALGUMAS 
VARIÁVEIS ENTRE OS EQUIPAMENTOS QUE PODEM SER 
UTILIZADOS EM AVALIAÇÃO DE COMPOSIÇÃO 
CORPORAL E SEUS PRINCIPAIS RESULTADOS.
USG BIA 
TIPO DE MÉTODO NÃO INVASIVO NÃO INVASIVO 
VARIÁVEIS 
O QUE MEDE 
ESPESSURA DE MÚSCULO 
ESQUELÉTICO (POR EX. 
QUADRÍCEPS) ; MASSA 
MUSCULAR ESQUELÉTICA 
( Q U E É O P R I N C I PA L 
COMPONENTE DO TECIDO 
MAGRO). 
AVALIA QUANTIDADE E 
QUALIDADE DO MÚSCULO. 
MEDE TAMBÉM TECIDO 
ADIPOSO (FORMADO POR 
TECIDOS CONECTIVOS 
C O M O A D I P Ó C I T O S , 
C O L Á G E N O E F I B R A S 
ELÁSTICAS E TAMBÉM 
POR FIBROBLASTOS E 
CAPILARES). 
M A S S A L I V R E D E 
G O R D U R A ( T E C I D O 
MAGRO MAIS CONTEÚDO 
MINERAL ÓSSEO, NÃO 
I N C L U I M Ú S C U L O 
ESQUELÉTICO).
 
M A S S A G O R D A 
(CONTEÚDO LIPÍDICO, 
80% DO COMPARTIMENTO 
DO TECIDO ADIPOSO)
11AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
não EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO não 
REALIZAÇÃO 
DO EXAME 
NECESSIDADE DE MUITO 
T R E I N A M E N T O P A R A 
C O M P R E E N S Ã O 
DA ESTRUTURA FÍSICA.
 
R E P E T I Ç Ã O D E 
M A N O B R A S P A R A 
LEITURA ASSERTIVA, POR 
ISSO PODE SER UM POUCO 
DEMORADO.
 
N E C E S S I D A D E D E 
MARCAÇÃO DA IMAGEM 
PARA VISUALIZAÇÃO. 
RESULTADO INSTANTÂNEO 
A P Ó S L I G A Ç Ã O D O 
APARELHO. 
P O D E H A V E R M A I S 
DIFICULDADE NA ANÁLISE 
DE INTERPRETAÇÃO EM 
VIRTUDE DA PRESENÇA DE 
V A R I Á V E I S 
CONFUNDIDORAS.
VANTAGENS 
N Ã O N E C E S S I T A D E 
P R E P A R O P A R A 
REALIZAÇÃO. EXCELENTE 
CONCORDÂNCIA INTRA E 
I N T E R O B S E R V A D O R 
( Q U A N D O B E M 
TREINADO) . TÉCNICA 
PODE SER PROMISSORA 
E M M E D I R T E C I D O 
VISCERAL ADIPOSO EM 
PESSOAS SAUDÁVEIS . 
CALIBRAÇÃO A CADA VEZ 
Q U E C O N E C T A O 
EQUIPAMENTO.
BOA CORRELAÇÃO COM 
MÉTODOS REFERÊNCIA 
E M C O M P O S I Ç Ã O 
C O R P O R A L , 
P R I N C I PA L M E N T E E M 
NÍVEL AMBULATORIAL.
C A L I B R A Ç Ã O 
AUTOMÁTICA.
MAIS ENSAIOS CLÍNICOS 
PARA DESENVOLVIMENTO 
D E P R O T O C O L O S E 
P O S S I B I L I D A D E D E 
COMPARAÇÕES ENTRE 
GRUPOS. NÃO EXISTEM 
ANÁLISES DE IMPACTO DO 
EDEMA (PENSANDO EM 
PACIENTES CRÍTICOS), 
MAS MUITOS ESTUDOS 
A P O N T A M Q U E N Ã O 
I N F L U E N C I A 
SIGNIFICATIVAMENTE OS 
A C H A D O S D E 
COMPOSIÇÃO CORPORAL. 
LIMITAÇÕES 
CONDIÇÕES COMO FEBRE, 
CERTOS MEDICAMENTOS 
E D I S T Ú R B I O S D E 
FLUIDOS E ELETRÓLITOS, 
P O D E M A LT E R A R D E 
FORMA NÃO UNIFORME 
O S A C H A D O S D E B I A 
ENTRE AS POPULAÇÕES 
CLÍNICAS. PRECISA DE 
O R I E N T A Ç Õ E S 
D E P R E PA R O PA R A O 
EXAME.
VALOR 
APROX. R$ 16.0000
(O GEL DE ULTRASSOM, 
I T E M Q U E V O C Ê I R Á 
PRECISAR, É O MESMO 
U T I L I Z A D O P A R A 
E Q U I P A M E N T O S 
SEMELHANTES DE USG, 
COM VALOR APROXIMADO 
DE R$ 1 ,70 O FRASCO 
DE 250G).
A P R O X . R $ 5 6 . 0 0 0 , 
INCLUI 60 ELETRODOS 
( E L E T R O D O S P A R A 
AQUISIÇÃO ADICIONAL 
SÃO DO TIPO LONGO).
1. USG: Método promissor, de baixo custo, não invasivo, 
movimentado facilmente, com potencial para ser um dos 
melhores métodos disponíveis para avaliação da 
composição corporal, visto que o uso de outras técnicas 
em população saudável pode ser inviável.
2. BIA: emergente área em pesquisa de uso do Ângulo de 
Fase (pode ser considerado um marcador substituto da 
massa magra, incluindo a sua qualidade e não somente 
quantidade). Estudos de intervenção, que incluem treino 
de resistência, por exemplo, mostraram melhora no AF, 
que foi então correlacionado com ganho de massa 
magra.
QUESTÕES LEVANTADAS NA DIRETRIZ:
1. A ultrassonografia (USG) é um método válido de 
avaliação de composição corporal em várias populações 
clínicas (população alvo). Muito baixo grau de evidência. 
Recomendação fraca.
2. A bioimpedância elétrica (BIA) é um método válido de 
avaliação de composição corporal em várias populações 
clínicas (população alvo). Baixo grau de evidência. 
Recomendação fraca.
12AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
13AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
PONTOS DE DESTAQUE:
1. Termos: cuidado com 
os termos utilizados para 
falar em massa magra ou 
músculo esquelético, às 
vezes eles são usados 
e m e s t u d o s c o m o 
sinônimos, mas não são.
2. Aferições: se existe possibilidade de uso do USG, sugiro 
escolher dois músculos para acompanhamento contínuo 
do seu paciente (por exemplo, bíceps e quadríceps). Não 
existem pontos de cortes para definições de diagnóstico, 
por isso é legal comparar sempre ele com ele mesmo e os 
resultados poderiam ser consequência da sua 
intervenção como nutricionista clínica. Nesse sentido, a 
BIA também é interessante. O destaque para o USG é que, 
visualmente, você pode mostrar para o paciente como 
está o “músculo” e usar os valores de marcação para 
verificar mudanças (veja esse vídeo para ter uma ideia: 
https://www.youtube.com/watch?v=NwcExYk2DNM). É 
preciso se dedicar bastante ao treinamento para 
aproveitar tudo que a ferramenta proporciona.
3. Valores para investimento: Um USG portátil pode estar 
na faixa de R$ 15.000 a 17.000,00. Um aparelho de BIA 
multifrequencial tem custo aproximado de R$ 55.000,00. 
Vale lembrar de avaliar o valor do exame para o paciente 
em função do uso dos eletrodos quando optar pela BIA 
(cada exame usa 4 eletrodos, que são descartáveis, ou 
seja, aproximadamente R$ 12,00/exame). O gel de 
ultrassom é o mesmo usado em outros aparelhos, acho 
q u e n ã o é o q u e v a i e n c a r e c e r a a n á l i s e 
(aproximadamente R$ 1,70 um frasco de 250g). 
2.
CONSENSO AMERICANO SOBRE TRIAGEM, AVALIAÇÃO 
E INTERVENÇÃO EM ADULTOS
PONTOS IMPORTANTES: 
1. Apresentação de um algoritmo de cuidado nutricional, 
que inclui a triagem, avaliação e intervenção para o 
paciente adulto desnutrido.
DOS TERMOS:
1. Triagem Nutricional: processo para identificar um 
paciente em risco para desnutrição para determinar se 
uma avaliação mais completa deve ser realizada. A Joint 
Comission International (JCI) recomenda que a triagem 
seja feita dentro de 24h da admissão em centros de 
cuidado intensivo. 
2. Avaliação Nutricional: é uma forma de realizar um 
diagnóstico nutricional que usa uma combinação de 
história médica, nutricional, uso de medicamentos, 
exame físico e antropometria, dados laboratoriais, 
informações funcionais e financeiras, determinação das 
necessidades nutricionais e, geralmente, a elaboração de 
um plano de cuidado/tratamento. Visa identificar os 
riscos e a existência da desnutrição. Ela deve levar a 
recomendações para melhora do estado nutricional. 
14AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
Designed by Freepik
Figura 1. Algoritmo de cuidado nutricional, traduzido.
Abaixo (Figura 1) o algoritmo sugerido para o cuidado 
nutricional. Nesse algoritmo é importante que vocêdefina, em cima das ferramentas escolhidas, o tempo 
para re-triagem e reavaliação nutricional, que pode 
depender de particularidades do seu serviço ou de 
características e recomendações dos autores da 
ferramenta.
15AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
RECOMENDAÇÕES LEVANTADAS NA DIRETRIZ:
1. Triagem para risco nutricional é sugerida para todos os 
pacientes hospitalizados. Grau de evidência E.
2. Avaliação nutricional deve ser feita em todos os 
pacientes com risco nutricional determinado por uma 
triagem nutricional. Grau de evidência E.
3. Intervenção nutricional deve ser feita para todos os 
pacinetes em risco ou desnutridos. Grau de evidência C.
Designed by Freepik
16AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
BRASPEN 
BRAZILIAN SOCIETY OF PARENTERAL AND 
ENTERAL NUTRITION
Diretriz brasileira elaborada com apoio institucional da 
Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e da 
Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC).
1.
DIRETRIZ BRASPEN DE TERAPIA NUTRICIONAL NO 
PACIENTE COM CÂNCER
RECOMENDAÇÕES LEVANTADAS NA DIRETRIZ:
1. Método de triagem para o paciente com : câncer
Triagem de Risco Nutricional 2002 (NRS-2002), 
Instrumento Universal de Triagem de Desnutrição 
(MUST), Avaliação Subjetiva Global Produzida Pelo 
Paciente versão reduzida (ASG-PPP, versão reduzida), 
Instrumento de Triagem de Desnutrição (MST), Mini 
Avaliação Nutricional versão reduzida (MNA-VR), em até 
24 a 48 horas após a admissão hospitalar. Nível de 
evidência moderado.
2. Métodos para avaliar o estado nutricional do paciente 
com : deve ser feita para todos os pacientes em câncer
risco nutricional. A combinação de vários métodos 
permite melhor compreensão da condição nutricional. 
Sugestões de métodos subjetivos: ASG (Avaliação 
Subjetiva Global) e ASG-PPP e MNA (Mini Avaliação 
Nutricional), em idosos. Métodos objetivos: avaliação 
antropométrica (% de perda de peso, Índice de Massa 
Corpórea - IMC), bioquímica, clínica (exame físico) e 
dietética. E sempre que possível estimar e/ou avaliar a 
massa muscular, seja por meio de exame físico, 
17AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
antropometria, bioimpedância elétrica, ou métodos de 
imagem como densitometria óssea (DXA) ou tomografia 
computadorizada Nível de evidência moderado.. 
3. Avaliação da ingestão alimentar: registro alimentar, 
história dietética, recordatório alimentar ou escalas 
analógicas visuais ou verbais. Nível de evidência baixo.
ESPEN
EUROPEAN SOCIETY FOR CLINICAL NUTRITION 
AND METABOLISM – GUIDELINES
Basicamente são duas publicações relacionadas à 
oncologia: o consenso para cuidados do paciente com 
câncer (número 2) e as recomendações para a 
desnutrição propriamente dita (número 1), que é a mais 
recente e visa dar suporte ao primeiro consenso, 
examinando as causas e consequências da desnutrição 
relacionada ao câncer. 
1.
RECOMENDAÇÕES PARA A DESNUTRIÇÃO NO CÂNCER
PONTOS IMPORTANTES:
1. O material engloba a revisão das abordagens de 
tratamento atualmente disponíveis, e construiu a base 
lógica para realizar ações que facilitem o cuidado 
nutricional na prática. O conteúdo do documento é 
baseado em apresentações e discussões na reunião de 
Berlim, no Câncer and Nutrition Workshop, em outubro 
de 2016. 
ESTRATÉGIAS PARA ATUALIZAR O CUIDADO 
N U T R I C I O N A L N O PAC I E N T E C O M C Â N C E R 
RELACIONADAS À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL: 
1. Faça a triagem do estado nutricional de todo paciente, 
n o i n í c i o d o s e u t r a t a m e n t o d e c â n c e r , 
independentemente do seu IMC e histórico de perda de 
peso.
2. Reavalie regularmente.
3. Identifique sinais ou sintomas de anorexia, caquexia e 
sarcopenia, o mais cedo possível.
4. Avalie massa muscular precisamente por meio de 
tomografia computadorizada ou outros métodos de 
imagem para detecção precoce de desnutrição / 
sarcopenia.
5. Use biomarcadores específicos para avaliar a gravidade 
da inflamação sistêmica relacionada ao câncer, por ex. 
PCR e albumina.
6. Avalie a função física rotineiramente para monitorar e 
orientar reabilitação física.
18AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
DOS TERMOS:
1. Desnutrição relacionada à doença: condição que 
resulta da ativação da inflamação sistêmica por uma 
doença subjacente como o câncer. A resposta 
inflamatória causa anorexia e degradação dos tecidos, 
que por sua vez, resulta em perda significativa de peso, 
alterações na composição corporal e perda de função 
física. 
2.
CONSENSO DE NUTRIÇÃO NO PACIENTE COM CÂNCER
PONTOS IMPORTANTES:
1. População da diretriz: maiores de 18 anos.
2. Os custos para implantação deste protocolo se 
resumem ao impacto de triar todos os pacientes com 
câncer e necessidade de outras avaliações e intervenções 
para uma parcela desses pacientes. Necessidade, em 
horas do profissional, para triagem do risco nutricional = 
0,1 a 0,2 hora/ paciente. Necessidade para outras 
avaliações = 0,2 a 0,5 hora/ paciente.
DOS TERMOS:
1. Paciente com câncer: paciente com diagnóstico de 
câncer que está esperando por tratamento ou já em 
tratamento, em tratamento de sintomas e/ou recebendo 
cuidados paliativos.
19AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
PONTOS DE DESTAQUES:
1. Identificação do risco para desnutrição: basear-se 
apenas no peso não é uma medida efetiva. Anorexia sim, 
é um marcador precoce do risco nutricional e, a alteração 
no apetite, pode acontecer independentemente do peso 
inicial do paciente. A perda de peso é um sinal do avanço 
da desnutrição.
2. Escore Prognóstico de Glasgow: escore baseado na 
concentração sérica de PCR e albumina, como 
marcadores da inflamação, de fácil uso e altamente 
preditiva para avaliação da inflamação em pacientes com 
câncer, além de validada, na prática clínica, para predizer 
prognóstico e mortalidade.
20AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
1. Sugestão de ferramentas para triagem: Triagem de 
Risco Nutricional 2002 (NRS-2002), Instrumento 
Universal de Tr iagem de Desnutr ição (MUST), 
Instrumento de Triagem de Desnutrição (MST), Mini 
Avaliação Nutricional versão reduzida (MNA-VR). 
2. Sugestão de ferramentas para avaliação nutricional: 
Avaliação Global Subjetiva (ASG), Avaliação Global 
Subjetiva Produzida Pelo Paciente (ASG-PPP) e Mini 
Avaliação Nutricional (MNA). A avalição nutricional deve 
ser repetida em intervalos constantes de tempo 
(quinzenalmente, mensalmente, semestralmente, 
conforme apropriado).
3. Avaliação de reservas musculares e de gordura poderia 
ser feita através de DXA, antropometria, tomografia
RECOMENDAÇÕES LEVANTADAS NA DIRETRIZ:
1. Recomenda-se avaliar regularmente a ingestão 
alimentar, alteração no peso e IMC, iniciando no 
diagnóstico do câncer e repetindo, a depender da 
condição clínica e estabilidade do paciente. Nível de 
evidência muito baixo. Forte recomendação.
2. Para paciente com risco nutricional apontado na 
triagem, recomenda-se uma avaliação objetiva e 
avaliação quantitativa do consumo alimentar, impacto 
dos sintomas presentes, massa muscular, performance 
física e grau de inflamação sistêmica. Nível de evidência 
muito baixo. Forte recomendação.
3. Recomenda-se triar rotineiramente todos os pacientes 
com câncer avançado para avaliar ingestão alimentar, 
perda de peso, IMC e, na presença do risco, avaliar mais a 
fundo esses pacientes, tanto pensando em manejo de 
sintomas quanto de distúrbios metabólicos. Nível de 
evidência baixo. Forte recomendação.
21AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
computadorizada no nível da lombar 3 ou bioimpedância 
elétrica.
4. Performance física por ECOG (de 0 = performance 
normal a 4 = restrito ao leito) ou Karnofsky (de 0 a 100).
5. Inflamação sistêmica: PCR e albumina (Glasgow 
Prognostic Score).
INCA
CONSENSO NACIONAL DE NUTRIÇÃO 
ONCOLÓGICA
Os Consensos de Nutrição do INCA são obras do esforço 
conjunto do Instituto Nacional de Câncer José Alencar 
Gomes da Silva (INCA) e de representações nacionais de 
instituições que promovem a assistência nutricional ao 
i n d i v í d u oco m c â n c e r. T ê m p o r o b j e t i v o d e 
homogeneizar as condutas nutricionais na assistência ao 
indivíduo com câncer, oferecendo, assim, a todos os 
usuários portadores de câncer da rede do Sistema Único 
de Saúde (SUS), equidade e qualidade na sua assistência. 
As condutas foram acordadas entre os autores 
participantes e são apresentadas no formato de 
propostas. 
CONSENSO NACIONAL DE NUTRIÇÃO – ONCOLÓGICA
PACIENTE ADULTO, 2ª EDIÇÃO, 2015.
2.
PONTOS IMPORTANTES:
1. População envolvida: paciente adulto no pré e pós 
operatório de cirurgia oncológica, em tratamento clínico 
22AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
(Quimioterapia e Radioterapia), submetido ao 
transplante de células tronco hematopoéticas e 
pacientes adultos em cuidados paliativos.
2. A indicação de conduta para pacientes em cuidados 
paliativos é dividida conforme expectativa de vida em 3 
grupos: expectativa > 90 dias, ≤ 90 dias e cuidados de fim 
de vida.
PROPOSTAS APRESENTADAS PARA O PACIENTE NO 
PRÉ E PÓS CIRÚRGICO, EM TRATAMENTO CLÍNICO E EM 
PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE DE 
CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS:
1. Todos os pacientes adultos atendidos no ambulatório, 
devem ser avaliados.
2. Todos os pacientes adultos internados, devem ser 
triados e avaliados. 
3. No ambulatório ou na internação: usar NRS-2002 para 
triagem e ASG ou ASG-PPP para avaliação completa. 
4. No ambulatório ou na internação: realizar anamnese 
nutricional e dinamometria.
5. No ambulatório: sem risco, avaliar em até 30 dias; com 
risco, avaliar em até 15 dias.
6. Internado: avaliar em até 48h da admissão hospitalar e 
semanalmente, durante a internação.
7. Métodos para usar na re-triagem ou reavaliação: 
ingestão alimentar < 75% das necessidades nutricionais 
nas 2 últimas semanas, sintomas de impacto nutricional 
por mais de 3 dias consecutivos ou alternados na última 
semana, % perda de peso, cirurgia de grande porte, 
anamnese nutricional, dinamometria.
2.
CONSENSO NACIONAL DE NUTRIÇÃO – ONCOLÓGICA
PACIENTE IDOSO E SOBREVIVENTE DO CÂNCER, 2ª 
EDIÇÃO, 2016. 
PONTOS IMPORTANTES:
1. População envolvida: idoso e sobrevivente do câncer.
DOS TERMOS:
1. Paciente idoso: > 60 anos.
PROPOSTAS APRESENTADAS PARA O PACIENTE 
ADULTO EM CUIDADOS PALIATIVOS COM EXPECTATIVA 
DE VIDA > 90 DIAS OU < 90 DIAS:
PROPOSTAS APRESENTADAS PARA O PACIENTE 
ADULTO EM CUIDADOS PALIATIVOS EM CUIDADO DE 
FIM DE VIDA:
1. Todos os pacientes adultos devem ser avaliados.
2. Usar anamnese nutricional com foco em sinais e 
sintomas. 
3. Se internados, diariamente avaliar sinais e sintomas.
23AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
1. Todos os pacientes devem ser avaliados.
2. Usar ASG-PPP, anamnese nutricional, sinais e sintomas 
e parâmetros laboratoriais (para esse último, apenas 
naqueles pacientes com expectativa > 90 dias). 
3. Se internados, avaliar no momento da admissão e 
posteriormente, conforme risco nutricional. 
4. Se internados, diariamente avaliar sintomas e ingestão 
alimentar.
5. Se no ambulatório ou em domicílio: a cada 15 dias ou 
conforme agendamento (demanda espontânea).
RECOMENDAÇÕES LEVANTADAS NA DIRETRIZ PARA O 
PACIENTE IDOSO:
1. Todos os pacientes idosos devem ser avaliados, sejam eles 
internados ou ambulatoriais. 
2. Na admissão do paciente idoso: ASG-PPP ou MAN, nas 
primeiras 24 a 48h da internação e, se em ambulatório ASG-PPP 
ou MAN na forma reduzida.
3. Durante a internação e na consulta ambulatorial, anamnese 
nutricional com dados clínicos, exame físico, história alimentar, 
exames laboratoriais, parâmetros antropométricos (IMC, 
circunferência da panturrilha, circunferência do braço, 
circunferência muscular do braço, dobra cutânea tricipital, % de 
perda de peso).
RECOMENDAÇÕES LEVANTADAS NA DIRETRIZ PARA O 
SOBREVIVENTE DO CÂNCER:
1. Todos os pacientes sobreviventes do câncer devem 
receber assistência nutricional. 
2. Triagem nutricional e avaliação de hábitos de vida, 
voltados à identificação dos fatores de riscos nutricionais 
para recidiva da doença (excesso de peso, hábitos 
alimentares inadequados, tabagismo, sedentarismo, 
alcoolismo, entre outros), segundo tumor primário, 
manutenção do peso corporal ou deficiências 
nutricionais.
3. Dados a serem coletados: Exame físico: para identificar 
carências nutricionais; Antropométricos: IMC, dobra 
cutânea tricipital, circunferência do braço, circunferência 
muscular do braço, circunferência de cintura, % perda ou 
ganho de peso, a cada consulta; Alimentar: história 
alimentar na primeira consulta, anamnese e questionário 
de frequência alimentar (QFA) a cada consulta.
24AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
2. Sobreviventes do câncer: todas as pessoas que estão 
vivendo com um diagnóstico de câncer, incluindo aquelas 
que se recuperaram da doença.
CONCLUINDO...
Neste documento, reuni as principais indicações referentes à 
avaliação nutricional com enfoque em oncologia ou no grupo de 
pacientes com doença aguda ou crônica e hospitalizados.
Conhecer as maiores diretrizes em cuidado nutricional é 
importante para desenharmos, de forma personalizada, mas 
jamais esquecendo das evidências existentes e orientações já 
acordadas, nossa forma de cuidar do paciente com câncer.
De forma geral, todo paciente precisa ser triado, seja em 
ambulatório, seja internado, seja o paciente cirúrgico, clínico ou 
em cuidados paliativos. Mas a triagem deve ser a primeira peneira 
para direcionamento dos cuidados e avaliações adicionais para 
aquele que foi identificado como risco. Se triar e diagnosticar o 
risco não muda sua conduta entre esses dois grupos (com risco e 
sem risco), não há sentido em triar! Pense nisso!
E da mesma forma, toda avaliação exige uma conduta. A partir do 
momento que nos dedicamos para desenhar nosso processo 
assistencial de cuidado, estamos olhando para qualidade e 
segurança do nosso paciente, e portanto, cada um dos grupos 
identificados merece uma conduta individualizada, mas pautada 
no diagnóstico encontrado. Não tem sentido apontarmos que um 
paciente tem desnutrição moderada e o outro, grave, e, para 
ambos, traçarmos o mesmo plano de cuidado.
Agora você tem algumas ferramentas para começar a desenhar 
ou rever seus processos de admissão, triagem, avaliação e 
reavaliações em nutrição e câncer.
Elaborado pela Nutricionista Thais de Campos 
Cardenas. 
25AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Sheean P. et al., American Society for Parenteral and Enteral 
Nutrition Clinical Guidelines: The Validity of Body Composition 
Assessment in Clinical Populations. Journal of Parenteral and 
Enteral Nutrition. 2020;44(1):12–43.
Mueller C. et al., A.S.P.E.N. Clinical Guidelines. Nutrition 
Screening, Assessment, and Intervention in Adults. Journal of 
Parenteral and Enteral Nutrition. 2011;35(1):16–24.
Horie L.M. et al., Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional no 
Paciente com Câncer. BRASPEN Journal. 2019;34(Supl. 1):2–32.
Arends J. et al., ASPEN expert group recommendations for action 
against cancer related Malnutrition. Clinical Nutrition. 
2017;36:1187–1196.
Arends J. et al., ESPEN guidelines on nutrition in cancer patients. 
Clinical Nutrition. 2017;36:11–48.
Consenso nacional de nutrição oncológica / Instituto Nacional de 
Câncer José Alencar Gomes da Silva, Coordenação Geral de 
Gestão Assistencial, Hospital do Câncer I, Serviço de Nutrição e 
Dietética; Organização Nivaldo Barroso de Pinho. – 2. ed. rev. 
ampl. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2015. 182p.
Consenso nacional de nutrição oncológica / Instituto Nacional de 
Câncer José Alencar Gomes da Silva, Coordenação Geral de 
Gestão Assistencial, Hospital do Câncer I, Serviço de Nutrição e 
Dietética; Organização Nivaldo Barroso de Pinho. – 2. ed. rev. 
ampl. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016. 112p; v.2.
26AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
	Página 1
	Página 2
	Página 3
	Página 4
	Página 5
	Página 6
	Página 7
	Página 8
	Página 9
	Página 10
	Página 11
	Página 12
	Página 13
	Página 14
	Página 15
	Página 16
	Página 17Página 18
	Página 19
	Página 20
	Página 21
	Página 22
	Página 23
	Página 24
	Página 25
	Página 26
	Página 27
	Página 28