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➢ LESÃO CELULAR PATOLOGIA Logotipos pathos (insulto celular) (estudo) Patologia é o estudo de alterações estruturais e funcionais de células, tecidos ou órgãos expressos como doenças (teoria celular de Virchow). • Etiologia: agente etiológico ou causa. • Patogênese: mecanismos que originam a resposta celular a um noxa. • Fisiopatologia: alterações morfológicas, estruturais e funcionais que caracterizam cada doença. • Manifestações Clínicas: sintomas e sinais de cada doença. Síndromes. • Algoritmo Médico: análise e interpretação dos dados de anamnese. • Homeostase celular:as células do organismo desenvolvem processos anabólicos e catabólicos com o objetivo de manter um equilíbrio do ambiente interno: a homeostase. A homeostase celular é mantida por mecanismos de eliminação seletiva de proteínas: proteasomes e ubiquitina. Proteasomes participam da resposta celular a situações estressantes causada por noxas e em adaptação a ambientes extracelulares modificados. Dois tipos são descritos: 20S para a degradação de proteínas oxidadas e 26S para proteínas polibiquitinadas degradantes. Formas imunoproteíveis em células que produzem γ interferon (ifn γ). A proteína ubiquitina 76 AA tem várias funções: endocitose, transporte celular, controle de ciclo celular, regulação de histonas e transcrição, reparo de Dano de DNA, autofagia e degradação proteasome. A alteração transitória ou permanente da homeostase celular gera um doença. A ubiquitina defeituosa está associada a: Parkinson, Alzheimer, Sjögren, DM tipo 2 e câncer cervical. ➢ LESÃO OU LESÃO CELULAR Conceito:se uma célula é exposta à ação de agentes exógenos ou endógenos, ela tem mecanismos de adaptação celular ao stress. Se esses estresses excedem a capacidade de adaptação, a resposta ao estresse é a base da lesão celular. ✓ Lesão celular reversível Lesão celular sub letal é uma interação entre o noxa e uma célula estrófico, que determina mudanças celulares reversíveis. Nas lesões suletois a função celular é preservada com alterações morfológicas e fisiológicas, há inchaço do citoplasma por entrada excessiva de Na + e H2O (por danos da bomba Na +). A membrana plasmática tem permeabilidade seletiva devido à integridade de sua estrutura, ao funcionamento da bomba Na-K e às enzimas que hidrolisam ATP para fornecer energia a ela. Há também alteração do metabolismo oxidativo, um estado de hipóxia afeta fosforilação oxidativa nas mitocôndrias com ◗ de ATP resultando em metabolismo anaeróbico. Essas alterações são imediatamente revertidas quando a célula retorna às condições normais de oxigenação e metabolismo. A célula exposta a uma lesão subletal possui mecanismos adaptativos que favorecem a sobrevivência celular: • Atrofia:é a diminuição do tamanho devido à perda de substância celular, diminuição o número de mitocôndrias e o ER. • Autofagia:é uma forma de sobrevivência celular programado que permite normal operação. • Hipertrofia:consiste em aumento do tamanho celular, maior demanda funcional por mudanças adaptativas, maior expressão do crescimento promovendo genes (proto-oncogenes). Visto em cardiomiopatias e em hipertrofia renal. • Armazenamento de substâncias • Hiperplasia: é o aumento do número de células. • Metaplasia • Displasia ✓ Lesão Celular Irreversível: Na lesão celular letal persistente, os mecanismos adaptativos são alterações morfológicas, bioquímicas e funcionais insuficientes que levam à perda de função e desorganização da estrutura celular de um organismo vivo que tem como resultado final a morte celular: necrose. ❖ AUTOLISE É a modificação estrutural que ocorre em órgãos post-mortem, pela ação de enzimas lysossômicas que digerem esses tecidos. Morte Somática: é a morte do indivíduo pela cessação de toda a atividade respiratório, cardíaco e cerebral. ❖ APOPTOSE É morte celular geneticamente programada, afetando apenas um grupo de células isoladas. • Diferenças com necrose A necrose afeta um tecido que sofreu uma lesão alterando a homeostase e a permeabilidade da membrana celular. Apoptose afeta células isoladas, é morte geneticamente programada, está ativa regulado por vias de sinalização pré-existentes • No apoptose há destruição de cromatina nuclear. Organelas são englobadas em corpos apoptóicos, fagocitas por células vizinhas ou macrófagos. • Apoptose Fisiológica: durante o desenvolvimento fetal: arcos aeréticos, formação de câmaras cardíacas, dutos Müller e Wolff, trato gastrointestinal, tecido interdigital, células-tronco do sistema hemopoiético. Também na epiderme, involução do corpus luteum, perda do endométrio na fase menstrual, regressão da hiperplasia na mama lactante e turn-over celular (GR, GB, mucosa gastrointestinal). A apoptose é um mecanismo de eliminação de células obsoletas, mutantes e defesa contra a propagação de infecções. • Apoptose patológica: metaplasia, necrose pela ação de vírus, em células com dano irreparável de DNA. Há fenômenos de apoptose no desenvolvimento de neoplasias, também na AIDS (pela proteína GP 120). Alguns vírus podem bloquear a apoptose (HPV 16, Epstein-Barr). Do ponto de vista terapêutico, a área que mais se beneficiou do conhecimento do apoptose é a Oncologia, para o tratamento de neoplasias. ❖ NECROSE • Conceito:É a morte celular em um organismo vivo causada por lesão ou danos. • Etiologia: As causas da necrose podem ser múltiplas: isquemia, metais pesados, agentes biológicos (bactérias, vírus, fungos, parasitas), radiação ionizante, fatores genéticos (alterações metabólicas), imunológicas. NECROSE APOPTOSE GRUPOS DE AFETA CELULAR AFETA ISOLAR CÉLULAS CAUSADA POR ALGUM DANO Á CELULA EU ESTAVA GENETICAMENTE PROGRAMADO. OCORRE DEVIDO À FALTA DE ENERGIA. É UM MECANISMO ATIVO UMA CÉLULA TEM TUMEFAÇÃO UMA CÉLULA SE RETRAI SE ASSOCIA COM INFLAMAÇÃO NÃO SE ASSOCIA COM INFLAMAÇÃO. • Patogênese de lesão isquêmica ✓ A isquemia diminui o fornecimento de O2 e glicose no tecido afetado. ✓ Há glicólise anaeróbica com acúmulo de lactato e ◗ pH celular. ✓ A acidose intracelular ativa a bomba de troca de íons com entrada Ca2+aumentada. ✓ O aumento da concentração de Ca2+ é fundamental para danos celulares isquêmicos. ✓ Phospholipase A2 é ativado e o membrana celular. Estresse oxidativo desencadeia lesão resposta celular e adaptativa. ✓ A falta de O2 diminui a síntese da ATP, gerando radicais livres. ✓ Radicais livres são moléculas reativas, que têm um número ímpar de elétrons em suas órbitas periféricas, que e formado por reações de óxido redução na fosforilação oxidativa de mitocôndrias, em peroxissomas, no metabolismo de substâncias químicas, por radiação ionizante (raios UV e X). ✓ Radicais livres normalmente estão presentes nas células por apenas alguns microssegundos, suas condições de aumento do aparecimento de certas patologias no corpo. Eles derivam da molécula de O2, formam ânion de superóxido (O2−), peróxido de hidrogênio (H2O2) e um dos mais frequentes, radical hidroxila (OH•), óxido nítrico (NO•) e ácido hipocloros2 (HOCl), que reagem com fosfolipídios causando uma reação em cadeia catalítica resultando em danos às estruturas celulares. • Fisiopatologia O envolvimento da membrana plasmática, sistema vacuolar, mitocôndrias e lisesomos produzem a liberação de enzimas lisossômicas que levar à lise celular. PmNs têm a capacidade de liberar radicais livres, causando danos teciduais. Há PMN em: inflamações granulomatoses, artrite reumatoide (RA), síndromes de sofrimento expiratório (SDRRN), enfisema (devido à deficiência de inibidores de protease e presença de radicais livres na fumaça do tabaco), ventilação mecânica (ARDS), lesões cerebrovasculares, aterosclerose (oxidação de lipoproteínas LDL que são depositadas no endotélio vascular), envenenamento por tetraclorito de carbono, nos estágios iniciaisda carcinogênese. ✓ Enzimas desintoxicantes: Superóxido dismutase, catalase, glutationa peroxidyse, albumina. "Varredores" radicais livres: vitamina E, vitamina C, retinóides e óxido nítrico (NO•). A vitamina E é usada como um antioxidante terapêutico na doença de Alzheimer. Antioxidantes podem ser encontrados em: frutas secas, nozes, amêndoas e em algumas leguminosas. ✓ NECROSE COAGULATIVA É causada por isquemia e infarto. Macroscopicamente a zona necrosada é Esbranquiçado. Na MO há perda de histoarquitetura normal, estruturas são preservadas e detalhes celulares são perdidos. As células estão inchadas com citoplasma rosa-claro com a técnica usual de H e E. Esta necrose é a mais comum, ocorre em órgãos sólidos: coração, rim e baço. A AMI tem infiltração inflamatória nas primeiras 24 horas, as células inflamatórias liberam enzimas hidrolíticas que digerem componentes celulares e extracelulares que dão uma citomílise, os restos celulares são fagocitados por macrófagos. ✓ NECROSE LIQUEFEIDA Ocorre no CNS. Em casos de necrose por isquemia há abrandamento do tecido nervoso, cavidades císticas com fluido xantocromórmico (liquefação) e material necrotico que é então fagocitado pela reação gliana(gliose). Há necrose liquefesa também em infecções bacterianas que não resolvem e complicar com a produção de pus (abscesso, flegmon). Os PMNs degeneram e se transformam em piócitos, com vacuolização e perda de relação nucleo citomática. ✓ NECROSE CASEOUS (gaseificação) É característico da tuberculose. É chamada de caseosa por causa de sua aparência macroscópico semelhante ao queijo macio. A necrose casenos difere da necrose coagulativa, pois as células retêm seu contorno celular; um material necrotico suavizado que é parcialmente liquefeito (não pode ser incluído na forma liquefato) origina-se, depósitos de lipólises capsular de Mycobacterium tuberculoses. Com o MO parece acidófilo homogêneo com um componente inflamatório, células gigantes langhans, células epitheloides, macrófagos e linfócitos que formam um granuloma. ✓ NESE GORDA (Citosteatonecrose) Citosteatonecrose na glândula mamária é consequência do trauma,há ruptura deadipócitos com liberação de ácidos graxos. Há uma reação inflamatória gigantocelular e cicatrizes subsequentes (na mamografia um diagnóstico diferencial deve ser feito com câncer de mama). Pancreatite aguda tem citosteatonecrose devido à patogênese enzimática. Danos aos acinos pancreáticos produzem liberação de enzimas: proteases, lipases e elastase, com reação inflamatória. O cálcio é depositado em combinação com ácidos graxos (sabonetes de cálcio), constitui um forma distrófica de calcificação. ✓ NECROSE DE GOMA Esta forma particular de necrose é observada em vísceras no período terciário da sífilis (gengiva sífiliítica). • Necrose fibrinólise A substância fibrinólise é observada em colagens (ou doenças conjuntivas) e vasculite, doenças com depósitos de Imuno complexos. É uma substância PAS+, para confirmar o diagnóstico de imuno marcação com antifibrinogênio é usado. ✓ NECROSE DE HYALINA Intracelular:Corpos malloriais possuem megamimocondriae, são vistos em lesão hepática alcoólica. Croke incorpora células basofílicas da adenohifofise na doença de Cushing. Corpo de vereador em hepatócitos em hepatite viral e febre amarela. Os corpos de A inclusão de Negri no chifre de Amun é vista na raiva e corpos Guarnieri em células epidérmicas na varíola. A necrose hialina de Zenker afeta o músculo reto anterior que perde suas estrias e é visto na febre tifoide e PM-DM. Extracelular: Hialina branca-perolada vista em fibroleiomyoma uterino com fibras conjuntivas e músculos giratórios lisos. No baço com periesplenis crônica, há aumento da espessura da cápsula e hialinose esbranquiçado ("baço açucarado"). • Complicações e Evolução da Necrose Uma vez estabelecida a lesão irreversível com a consequente necrose ou Pode ocorrer morte celular, calcificação, gangrena ou inflamação aguda que produz liquefação seguida de cura que pode ser por reparo ou regeneração. • Gangrena É necrose seguida de putrefação observada em pacientes com arteriosclerose, vasculite, diabetes. Há gangrena seca (sem superinfecção de tecido necrosado), gangrena molhada com infecção por bactérias Gram- e gangrena gasosa que é uma variante do molhado associado com microrganismos produtores de gás (Clostridium perfringes), fermentados por toxinas bacterianas.
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