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5° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ARM 2025.1 Procedimentos Médicos UCXVI Cistostomia Trato urinário superior: rins e ureteres o Rins: pousam sobre o quadrado lombar e o músculo psoas, sendo que o rim direito é mais baixo por conta do lobo direito do fígado o Ureteres: 3 constrições: junção ureteropiélica, junção ureterovesical e cruzamento dos vasos ilíacos Trato urinário inferior: bexiga e uretra o Trígono vesical: parte fixa da bexiga, que não contrai – 2 óstios ureterais + 1 óstio uretral o Urotélio, músculo detrusor da bexiga o Teto vesical é recoberto pelo peritônio Espaço de Retzius: gordura ao redor da bexiga Vesicostomia: abrir uma “boca” na superfície Cistostomia por Punção suprapúbica Desobstrução permanente realizada por urologista ou cirurgião geral As artérias que fazem a vascularização da bexiga situam-se lateralmente, portanto a punção deve ser centralizada e não lateralizada. Pode ser realizada a céu aberto ou por punção suprapúbica (trocater) o Aberta: pacientes com obesidade mórbida, cirurgia pélvica prévia, radioterapia pélvica prévia o Manobra de Gyon: descolamento da gordura no espaço de Retzius manualmente com uma gaze De modo mais amplo a técnica por punção costuma ser mais realizada por ser mais rápida e de execução mais simples A cistostomia SÓ deve ser realizada quando não foi possível a sondagem via uretral (trauma de quadril, trauma uretral, estenose uretral, hiperplasia prostática, etc) ou antecipar drenagem urinária (fístula uretro ou vesicoretais, uretro ou vesicovaginais, síndrome de Fournier, etc) Complicações: lesão de peritônio e de alças intestinais Causas Dor, distensão e incapacidade de urinar Homens: estenose uretral, HPB, câncer de próstata, tumor de bexiga, trauma Mulheres: tumor uretral invasivo, trauma Indicações: Impossibilidade de passagem de sonda uretral (obstruções abaixo do colo vesical); Trauma uretral/ vesical; Estenose de uretra; Processos inflamatórios na uretra ou pênis. Contraindicações: Diagnóstico ou suspeita de CA de bexiga; Cirurgia pélvica prévia; Passado de radioterapia Materiais e técnica cirúrgica Caso haja dúvida: USG Explicar o procedimento para paciente e família Posicionamento em decúbito dorsal horizontal Higiene Luvas estéreis Antissepsia e campos estéreis Testar o balonete Anestesia local 2-4cm acima da sínfise púbica, com lidocaína a 2% sem vasoconstritor (Peso x 5 / 20) Incisão cutânea com bisturi de 0,5-1 cm, 4cm acima da sínfise púbica, na linha média Identificação da aponeurose Punção vesical com agulha (volta urina) Punção com trocater (gravado qual tamanho sonda) Passagem de sonda Foley de 16-18-20Fr guiada por trocater, introduzindo até o final o Pode ficar por 1-2 meses até ser trocada Inflar o balonete com água destilada Fixar na pele O trocarte de punção deve ser inserido perpendicularmente ao abdome de modo lento e firme até que se atinja o interior da bexiga (esta etapa é facilitada quando a bexiga está repleta). Feito isto, retira- se a porção central do trocarte, deixando no local da 5° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ARM 2025.1 incisão apenas a sua bainha e, logo em seguida, é retirada após a passagem da sonda Foley através da mesma insuflando o balonete. A fixação deve ocorrer com fio monofilamentar na própria pele do paciente e realização de curativo Caso Clínico RFR, 72 anos, masculino, branco, aposentado (agricultor), procedente de Botuverá-SC. QP: dor e incapacidade de urinar há 20 horas HDA: sintomas de jato fraco, entrecortado esforço miccional há 4 anos. Após ingestão de 5 cervejas, não conseguiu mais urinar e muita dor vesical. HMP: HAS controlado (enalapril 10 mg – IECA) HMF: pai operado “da próstata” aos 78 anos (sic) Ao exame físico: bexigoma e sangue no pênis após repetidas tentativas de sondagem. Hipótese diagnóstica: retenção urinária aguda e trauma ureteral
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